DAN - Artigos em revistas nacionais
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- Abordagem da obesidade infantil através do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 – Saúde e Bem-Estar : a contribuição do Centro Colaborativo da OMS para Nutrição e Obesidade InfantilPublication . Rito, Ana; Gaspar, Marta; Alvito, Paula; Bento, Alexandra; Santos, Cristina AbreuA obesidade infantil constitui um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI e representa uma ameaça significativa para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3) – Saúde e Bem-Estar, definido pela Agenda 2030 das Nações Unidas. Este artigo analisa criticamente a relação entre a obesidade infantil e o ODS3, com especial enfoque no papel desempenhado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), enquanto Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Nutrição e Obesidade Infantil (CCOMS). Foi realizada uma revisão da literatura científica publicada entre 2020 e 2025, tendo sido identificadas 379 publicações das quais 19 artigos científicos sujeitos a arbitragem por pares foram incluídos na análise final. Seis estudos forneceram evidência direta sobre a relação entre obesidade infantil e o ODS 3, com particular ênfase na meta 3.4, evidenciando a obesidade infantil como fator determinante nas doenças não transmissíveis sublinhando a relevância de dados epidemiológicos e reforçando a necessidade de estratégias intersetoriais e prevenção e promoção da saúde. Os resultados destacaram ainda a escassez de literatura abrangente que articule soluções sustentáveis para a obesidade infantil em consonância com as metas do ODS 3. O CCOMS enquanto centro de vigilância nutricional infantil (com destaque para o estudo “Childhood Obesity Surveillance Initiative” (COSI) da OMS Europa), pelo seu apoio técnico e ação multissetorial e participação ativa na investigação e inovação científica, tem vindo a reforçar substancialmente o progresso em direção às metas do ODS 3. Em Portugal, os dados recentes do COSI revelam prevalências preocupantes de excesso de peso (31,9%) e obesidade (13,5%) em crianças, confirmando a urgência de medidas eficazes. Conclui-se que enfrentar a obesidade infantil é crucial para reduzir desigualdades em saúde e avançar no cumprimento do ODS 3, exigindo colaboração internacional e nacional, políticas públicas integradas e intervenções baseadas em evidência científica.
- Acrilamida em cereais e derivados: validação do método analítico e resultados preliminaresPublication . Copeto, Sandra; Jesus, Susana; Delgado, Inês; Coelho, InêsA reação de Maillard, responsável pela cor, sabor e aroma dos alimentos, também produz substâncias nocivas, como a acrilamida (AA). Esta amida insaturada forma-se quando alimentos ricos em hidratos de carbono, como pão, batatas e café, são cozinhados a temperaturas elevadas e humidade baixa. A União Europeia classificou a AA como carcinogénica (Categoria 1B), mutagénica (Categoria 1B) e tóxica para a reprodução (Categoria 2). O presente estudo visa validar um método para determinar AA em cereais e derivados e investigar a sua presença em diferentes variedades desses produtos. Utilizou-se a cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a um detetor de massa (UPLC-MS/MS) com ionização por electrospray positiva (ESI+ ) para detetar e quantificar a AA. O desempenho do método foi validado utilizando testes de avaliação externa da qualidade internacionais como testes de proficiência (FAPAS) e material de referência certificado (ERM-BD272). Avaliaram-se parâmetros como linearidade, limite de deteção (LD), limite de quantificação (LQ), precisão, exatidão e incerteza. Os LD e LQ foram de 0,40 µg/L e 1,22 µg/L, respetivamente, em conformidade com o Regulamento (UE) 2017/2158. A curva de calibração mostrou linearidade (R2 > 0,995). O método apresentou boas taxas de recuperação (92%-105%) e de precisão (desvio padrão relativo (RSD) ≤ 13%), participação satisfatória em ensaios de comparação interlaboratorial (ECI) (Z-score: 0,69 para Crispbread e -0,93 para Biscuit), assim como bons resultados para o ERM-BD272, demonstrando que o método é adequado para a determinação de AA em cereais e derivados. O método foi aplicado a cereais e derivados existentes no mercado, incluindo bolacha Maria, pão de trigo, flocos de milho e bolachas para bebé, todos recolhidos em Lisboa, Portugal. Os resultados de AA das amostras avaliadas, expressos em µg/kg, encontram-se abaixo dos valores legislados pelo Regulamento (EU) 2017/2158. Embora os níveis de acrilamida encontrados cumpram os limites estabelecidos pela União Europeia, é necessária uma monitorização contínua da sua ocorrência, considerando as incertezas ainda presentes sobre os efeitos a longo prazo deste contaminante.
- Alergenicidade de soja e milho geneticamente modificados é equivalente à das variedades controloPublication . Fonseca, Cátia; Oliveira, Maria Margarida; Batista, Rita
- Alimentação saudável: a composição dos alimentos nas escolhas dos consumidores [editorial]Publication . Dias, M. GraçaA Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, como objetivos gerais até 2020, o consumo de sal per capita próximo de 5 g/dia, de açúcares simples inferior a 50 g/dia e de ácidos gordos trans produzidos industrialmente próximo de zero. A nível nacional, o Governo está empenhado em dar prioridade às pessoas, assumindo como fundamental na área da saúde políticas de promoção de uma alimentação saudável. O eixo estratégico das «políticas saudáveis» do Plano Nacional de Saúde (com revisão e extensão a 2020), o Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde (DGS), e, mais recentemente, a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), aprovada pelo Despacho n.º 11418/2017, de 29 de dezembro, que funciona de forma articulada como o PNPAS, são exemplos de iniciativas que visam a melhoria da situação alimentar e nutricional em Portugal. Na EIPAS, que envolve vários Ministérios, nomeadamente o da Saúde, bem como os diferentes parceiros intervenientes no setor da alimentação numa abordagem integrada da «saúde em todas as políticas» recomendada pela OMS, é definido no primeiro dos seus quatro eixos estratégicos: “modificar o meio ambiente onde as pessoas escolhem e compram alimentos através da modificação da disponibilidade de alimentos em certos espaços físicos e da promoção da reformulação de determinadas categorias de alimentos”, promovendo a melhoria da composição dos alimentos disponíveis ao consumidor, particularmente quanto aos seus teores de sal, açúcar e ácidos gordos trans. Neste contexto a DGS, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), e a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) estão envolvidos num protocolo de colaboração no âmbito da promoção articulada da auto-reformulação destes nutrientes nas categorias de produtos alimentares (embalados) que mais contribuem para a sua ingestão.
- Alimentação, um determinante de saúde [editorial]Publication . Castanheira, Isabel(...) Mas, enquanto unidade orgânica do INSA, o Departamento de Alimentação e Nutrição que tem como principal missão a abordagem da alimentação como determinante de saúde, tem como dever avaliar o impacto de outras catástrofes na saúde dos consumidores. (...)
- Alimentos classificados com Nutri-Score no mercado português: monitorização de características nutricionais em 2021Publication . Brazão, Roberto; Fernandes, Paulo; Lopes, Andreia; Dias, M. GraçaOs sistemas de rotulagem nutricional simplificada na frente da embalagem (FoPNL) visam aumentar o conhecimento e perceção dos consumidores sobre a qualidade nutricional dos alimentos, bem como incentivar a indústria a disponibilizar produtos com melhores características nutricionais. Existem evidências que os sistemas de FoPNL, nomeadamente o Nutri-Score (NS), influenciam de forma significativa a tomada de decisão e o comportamento de compra dos consumidores. Os alimentos classificados com cor verde (letras A ou B) são percecionados como mais saudáveis, sendo o seu consumo potenciado. Contudo, a eficácia desta ferramenta não é globalmente consensual. Neste âmbito, procedeu- se à recolha de informações nutricionais conjuntamente com a classificação NS de diversas categorias de alimentos disponíveis no mercado português e à comparação dos respetivos teores de açúcares e de sal com os valores de referência da Estratégia Integrada para Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), tendo por base a classificação NS atribuída. Foram monitorizados 268 produtos com NS de 10 categorias alimentares diferentes, sendo que 60,1% tinham classificação NS A ou B (verde), no entanto, a grande maioria (87,0%) destes produtos com melhor classificação nutricional não cumpria os valores de referência da EIPAS, quando avaliados conjuntamente os açúcares e o sal. O NS poderá, assim, ser pouco eficiente e potencialmente enganador para determinados alimentos, sendo as campanhas de educação alimentar, a literacia e o incentivo à leitura completa do rótulo pelos consumidores essenciais para a realização de escolhas alimentares mais adequadas.
- Alterações no consumo alimentar e outros comportamentos relacionados com a alimentação em crianças durante o confinamento em contexto da pandemia da COVID-19, em Portugal: programa MUN-SI Cascais 2019/2020Publication . Baleia, Joana; Pirata, Catarina; Mendes, Sofia; Figueira, Inês; Martins, Fátima; Rito, Ana IsabelO confinamento obrigatório e o encerramento das escolas durante a pandemia da COVID-19 afetaram as rotinas e estilos de vida das crianças, com impacto na sua saúde. Este trabalho pretende identificar as mudanças no consumo e comportamentos alimentares durante o primeiro confinamento em contexto da pandemia da COVID-19 em 2020, entre crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico (EB). Este estudo transversal decorreu dois meses após o início do confinamento, em 11 escolas participantes no programa MUN-SI Cascais, abrangendo crianças entre os 8-10 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário de família online, no qual 113 encarregados de educação (EE) participaram voluntariamente. Os EE reportaram alterações na ingestão alimentar das crianças durante o confinamento como o aumento da ingestão de cereais de pequeno-almoço, pão de forma embalado e batatas fritas (25,5%, 19,4% e 18,8%, respetivamente). Metade dos EE (50,0%) reportaram ter comprado mais produtos locais, 22,4% compraram mais produtos em grandes quantidades e 19,7% usaram mais apps/lojas online para adquirir alimentos durante o confinamento. Destacam-se ainda outros comportamentos que aumentaram durante o confinamento: prestar mais atenção aos prazos de validade (52,1%), fazer mais listas de compras (51,4%), comer em horários mais regulares (43,2%), prestar mais atenção ao desperdício de alimentos (35,7%) e maior envolvimento das crianças na preparação das refeições (27,8%). Estes dados reforçam a necessidade de manter e incentivar estratégias de desenvolvimento de políticas efetivas em saúde, de base escolar e familiar, durante e após o período pós-pandemia.
- Análise comparativa do teor de iodo em lacticínios e bebidas vegetais consumidas em PortugalPublication . Delgado, Inês; Coelho, Inês; Ventura, Marta; Rodrigues, Sara; Ferreira, Marta; Silva, José Armando L. da; Castanheira, IsabelOs lacticínios per tencem ao grupo de alimentos com maior teor de iodo. Atualmente, cada vez mais a população por tuguesa está a substituir os lacticínios por bebidas vegetais. Como estas bebidas têm geralmente teores de iodo baixo, leva-nos a uma preocupação acrescida sobre o impacto desta popularidade das bebidas vegetais nas necessidades de iodo nos consumidores. O iodo é um micronutriente essencial para a síntese das hormonas da tireoide, presente em pequenas quantidades no corpo humano. O principal objetivo deste trabalho foi a determinação de iodo em lacticínios e bebidas vegetais consumidas em Por tugal. A metodologia escolhida para a quantificação deste nutriente foi a espectrometria de massa acoplada a plasma indutivo (ICP-MS) precedida por extração em meio básico com placa de aquecimento de grafite. Foram analisadas 41 amostras, 15 leites, 20 iogur tes e 6 bebidas vegetais comercializadas por marcas de grande aceitação pela população por tuguesa. Verificou-se que os iogur tes apresentavam maiores concentrações de iodo, seguido do leite e por fim, as bebidas vegetais. Estas apresentaram na sua maioria valores inferiores ao limite de quantificação. Estes resultados levam-nos a concluir que as populações com dietas restritas em lacticínios (intolerância à lactose, alergia à proteína do leite ou vegans) poderão ter um risco acrescido de uma ingestão inadequada em iodo.
- Análise de B, Cu, Zn, As, Cd e Pb em vinhos portuguesesPublication . Coelho, Inês; Ventura, Marta; Bordado, João Moura; Castanheira, IsabelA qualidade do vinho é afetada, entre outros fatores, pela sua composição mineral podendo a presença de elementos contaminantes ser prejudicial à saúde humana. Por forma a garantir a segurança alimentar dos consumidores, encontram-se estabelecidos limites legais para alguns elementos. Neste trabalho pretende-se avaliar a presença de boro, cobre, zinco, arsénio, cádmio e chumbo em vinhos de Denominação de Origem (DO) «Porto» e «Douro». Assim, foi desenvolvida e implementada a metodologia de ICP-MS para análise multielementar em vinhos, tendo-se estudado 10 vinhos de cada denominação de origem. Os resultados mostraram que a técnica de ICP-MS é adequada para a análise da matriz vinho e que todas as amostras analisadas cumprem quer a regulamentação da União Europeia quer da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
- Análise de contaminantes inorgânicos em alimentos provenientes de áreas ardidas na região Centro de PortugalPublication . Gueifão, Sandra; Sequeira, Catarina; Ribeiro, Mariana; Moreira, Tiago; Ventura, Marta; Delgado, Inês; Rego, Andreia; Coelho, Inês; Silva, José Armando L. da; Castanheira, IsabelPortugal é um dos países europeus onde ocorre maior número de incêndios florestais e com a mais vasta área ardida. Os incêndios ocorridos em 2017, nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, evidenciaram o enorme impacto destas catástrofes ambientais na saúde das populações, no seu bem-estar e no seu modo de vida. Este trabalho teve como objetivo a análise de seis elementos inorgânicos, nomeadamente bromo (Br), arsénio (As), níquel (Ni), cádmio (Cd), chumbo (Pb) e cromo (Cr), em amostras de couves, batatas e ovos provenientes de hortas familiares dos três concelhos afetados, em dois períodos de tempo diferentes, após a ocorrência dos incêndios. Os resultados deste estudo foram comparados com valores obtidos para os mesmos alimentos colhidos nas mesmas áreas, antes dos incêndios (amostra controlo de couves) e com valores referidos na literatura (batatas e ovos). Quando possível, e aplicável, os resultados foram também comparados com valores limite reportados na legislação em vigor. A determinação foi realizada por Espetrometria de Massa acoplada a Plasma Indutivo (ICP-MS). Os ensaios foram realizados mediante procedimentos analíticos em conformidade com a norma ISO 17025:2005. Os resultados mostraram que as amostras de couves, colhidas após os incêndios, e a amostra controlo apresentam diferenças significativas no As, Ni, Cd, Cr e Br. Relativamente ao Pb, não foram encontradas diferenças significativas entre as amostras das duas colheitas e a amostra de controlo. Por outro lado, os elementos analisados apresentam valores abaixo dos referidos na literatura e/ou na legislação em vigor, para as três matrizes estudadas. No entanto, foram encontradas exceções para o As e Cr, nos ovos, e para o As, nas batatas da 2ª colheita, em que os valores encontrados estão acima dos referidos na literatura.
