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Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde

 

National Institute of Health Dr Ricardo Jorge Scientific Repository

A digital and freely accessible institutional repository in the area of Public Health, which provides the collection of scientific and technical publications produced by the institution.

Its aims to aggregate, preserve and disseminate the technical-scientific literatura and materials produced, increasing their visibility and the sharing of information, in order to increase the impact of their research and contribute to the promotion of study and scientific knowledge. It also aims to preserve the memory of the institution.

Recent Submissions

Boletim Epidemiológico Observações: Vol. 14, Nº 38, mai-ago 2025
Publication . Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Observações é uma publicação científica do INSA, IP, que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa. Através do acesso público e gratuito a resultados científicos gerados por atividades de observação em saúde, monitorização e vigilância epidemiológica nas áreas de atuação do Instituto - Alimentação e Nutrição, Doenças Infeciosas, Genética Humana, Saúde Ambiental, Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis, Epidemiologia, Investigação em Serviços e Políticas de Saúde - é dada especial atenção à disseminação rápida de informação relevante para a resposta a temas de relevo para a saúde da população portuguesa, tendo como principal alvo todos os profissionais, investigadores e decisores intervenientes na área da Saúde Pública em Portugal.
A atividade do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge à luz dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [Editorial]
Publication . Dias, Carlos Matias; Almeida, Fernando de
Ao percorrer os 15 artigos incluídos neste trigésimo oitavo número do Boletim Epidemiológico Observações do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), podemos, adotando uma interpretação lata da Agenda 2030 preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), associar, diretamente ou indiretamente, dez daqueles artigos ao terceiro Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 3: Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades), constatação natural num Instituto público do sector da saúde como INSA. (...)
Abordagem da obesidade infantil através do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 – Saúde e Bem-Estar : a contribuição do Centro Colaborativo da OMS para Nutrição e Obesidade Infantil
Publication . Rito, Ana; Gaspar, Marta; Alvito, Paula; Bento, Alexandra; Santos, Cristina Abreu
A obesidade infantil constitui um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI e representa uma ameaça significativa para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3) – Saúde e Bem-Estar, definido pela Agenda 2030 das Nações Unidas. Este artigo analisa criticamente a relação entre a obesidade infantil e o ODS3, com especial enfoque no papel desempenhado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), enquanto Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Nutrição e Obesidade Infantil (CCOMS). Foi realizada uma revisão da literatura científica publicada entre 2020 e 2025, tendo sido identificadas 379 publicações das quais 19 artigos científicos sujeitos a arbitragem por pares foram incluídos na análise final. Seis estudos forneceram evidência direta sobre a relação entre obesidade infantil e o ODS 3, com particular ênfase na meta 3.4, evidenciando a obesidade infantil como fator determinante nas doenças não transmissíveis sublinhando a relevância de dados epidemiológicos e reforçando a necessidade de estratégias intersetoriais e prevenção e promoção da saúde. Os resultados destacaram ainda a escassez de literatura abrangente que articule soluções sustentáveis para a obesidade infantil em consonância com as metas do ODS 3. O CCOMS enquanto centro de vigilância nutricional infantil (com destaque para o estudo “Childhood Obesity Surveillance Initiative” (COSI) da OMS Europa), pelo seu apoio técnico e ação multissetorial e participação ativa na investigação e inovação científica, tem vindo a reforçar substancialmente o progresso em direção às metas do ODS 3. Em Portugal, os dados recentes do COSI revelam prevalências preocupantes de excesso de peso (31,9%) e obesidade (13,5%) em crianças, confirmando a urgência de medidas eficazes. Conclui-se que enfrentar a obesidade infantil é crucial para reduzir desigualdades em saúde e avançar no cumprimento do ODS 3, exigindo colaboração internacional e nacional, políticas públicas integradas e intervenções baseadas em evidência científica.
Avaliação da exposição a cádmio, arsénio e chumbo no primeiro Estudo da Dieta Total harmonizado em Portugal
Publication . Vasco, Elsa; Dias, Maria Graça; Oliveira, Luísa
Este estudo avaliou a exposição crónica da população portuguesa adulta (18--74 anos) ao arsénio inorgânico (iAs), cádmio (Cd) e chumbo (Pb) através da alimentação, usando a metodologia harmonizada dos Estudos de Dieta Total (TDS). Os dados de consumo alimentar foram combinados com dados de ocorrência dos contaminantes em 164 amostras de alimentos, representativas da dieta da população, preparadas “como consumidas” e analisadas por espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado (ICP-MS). Os resultados indicaram que a exposição média ao iAs (0,28 μg/kg de peso corporal/dia) e os valores de P95 para iAs, Cd e Pb não permitem excluir riscos para a saúde, como cancro, efeitos cardiovasculares, nefrotoxicidade e disfunções renais. Os grupos de alimentos “pratos compostos”, “cereais e derivados” e “peixes, marisco, anfíbios, répteis e invertebrados” foram as principais fontes de exposição, sendo o pão a única fonte comum aos três contaminantes. Recomenda-se a continuidade do TDS nacional com o refinamento dos procedimentos analíticos, incluindo a redução dos limites de deteção e a análise de especiação do arsénio, assim como a utilização de dados de consumo obtidos por duas vezes, com questionários às 24 horas anteriores, a fim de orientar de forma mais eficaz as estratégias de gestão de risco em saúde pública.
Fontes alternativas de proteína: consumo de insetos e a promoção de sistemas alimentares sustentáveis
Publication . Oliveira, Joana; Murta, Daniel; Trindade, Alexandre; Assunção, Ricardo
A crescente pressão exercida sobre os sistemas alimentares globais e os impactos ambientais da produção pecuária impulsionaram a procura por fontes de proteína alternativas sustentáveis. Os insetos comestíveis surgem como uma alternativa promissora, com elevado valor nutricional e reduzido impacto ambiental. Este estudo analisa a literatura disponível sobre a utilização de insetos como fonte de proteína para consumo humano. Espécies como Tenebrio molitor (tenébrio) e Acheta domesticus (grilo doméstico) apresentam elevada quantidade de proteína, lípidos, vitaminas, minerais e fibra, podendo substituir, parcialmente, as proteínas convencionais. A produção de insetos requer menos água e terra e gera menores emissões de gases de efeito estufa do que a produção pecuária convencional, e a sua capacidade de valorizar subprodutos agroalimentares contribui para a economia circular. Contudo, a bioacumulação de contaminantes e a repulsa cultural por parte dos consumidores constituem barreiras à adoção generalizada do consumo de insetos, exigindo boas práticas de produção e estratégias para aumentar a aceitação por parte do consumidor. Os insetos representam, assim, uma fonte proteica sustentável e eficiente, capaz de diversificar a alimentação e reduzir a pressão sobre os recursos naturais, consolidando o seu papel em sistemas alimentares resilientes e sustentáveis, alinhados com o conceito de Uma Só Saúde.