DEP - Relatórios científicos e técnicos
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Recent Submissions
- EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes: relatório 2023Publication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Rodrigues, Emanuel; Braz, Paula; Aniceto, Carlos; Mexia, Ricardo; Matias Dias, CarlosRelatório EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes relativo ao ano de 2023. O sistema EVITA é um sistema de recolha e análise de dados sobre os acidentes domésticos e de lazer que implicaram recurso às urgências das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em Portugal, a notificação dos acidentes domésticos e de lazer (ADL) realiza-se através do sistema de vigilância EVITA, criado em 2000 na continuidade do sistema ADELIA (Acidentes Domésticos e de Lazer – Informação Adequada), sob a coordenação do Departamento de Epidemiologia do INSA. Este sistema conta com a colaboração da entidade Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Os objetivos do sistema EVITA são: a) fornecer informação essencial sobre a epidemiologia dos ADL em Portugal; b) manter um sistema de vigilância que permita a caracterização dos ADL, a identificação das situações de risco, os agentes envolvidos, bem como os produtos perigosos que propiciem a ocorrência de ADL; c) manter uma base de dados disponível para a comunidade cientifica, a partir da qual seja possível realizar estudos epidemiológicos na área dos ADL, e avaliar políticas de prevenção baseadas na evidência. O presente relatório apresenta a análise descritiva dos dados recolhidos pelo sistema EVITA no decurso do ano de 2023. Evidenciam-se, dessa análise, os seguintes resultados: - Uma proporção de ADL superior no sexo feminino nos grupos etários acima dos 55 anos; - Uma frequência mais elevada de ADL ocorridos na habitação, com destaque para o sexo masculino dos 0-44 anos e para o sexo feminino a partir dos 75 anos; - A proporção de ADL ocorridos em “Escola, área institucional e recintos públicos” foi mais elevada no sexo masculino entre os 0 e os 54 anos, e a partir dos 55 anos no sexo feminino; - O “Mecanismo de lesão” mais frequente foi a “Queda”; - Cerca de 57% de todos os ADL envolveram uma “Contusão, hematoma”; - A parte do corpo lesada referida com maior frequência foram os “Membros”.
- Infeção por VIH em Portugal – 2025Publication . Direção-Geral da Saúde; Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo JorgeRelatório anual Infeção VIH em Portugal – 2025. Este relatório conjunto DGS/INSA apresenta os dados mais recentes da vigilância epidemiológica da infeção por VIH em Portugal, bem como resultantes de iniciativas de prevenção e rastreio desenvolvidas no âmbito do Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo VIH (PNISTVIH). Dos resultados e conclusões apresentados no documento, destaca-se o seguinte: (1) Vigilância epidemiológica: - Em Portugal, segundo os dados recolhidos a 30 de junho de 2025, foram notificados 997 casos de infeção por VIH com diagnóstico em 2024, dos quais 951 com diagnóstico em Portugal; - Registou-se uma redução de 35% no número de novos casos de infeção por VIH e de 43% em novos casos de SIDA entre 2015 e 2024; - A maioria (72,3%) dos novos casos de infeção VIH em adolescentes e adultos (≥ 15 anos) registou-se em homens. A taxa de novos diagnósticos mais elevada registou-se no grupo etário dos 25-29 anos (28,5 casos/105 habitantes) e em 25,2% dos novos casos a idade ao diagnóstico foi igual ou superior a 50 anos. Foram notificados 3 casos de infeção VIH em crianças com idade <15 anos; - A transmissão heterossexual mantém-se como a mais frequente (52,5%), mas os casos em homens que têm sexo com homens (HSH) corresponderam à maioria dos novos diagnósticos em homens (60,6%); - Apresentaram-se tardiamente aos cuidados de saúde 53,9% das pessoas com novo diagnóstico de VIH e 65,4% das pessoas com 50 ou mais anos; - Foram comunicados 194 casos de SIDA com diagnóstico do estádio em 2024 e 108 óbitos em pessoas que viviam com VIH. Em 46,3% dos óbitos o diagnóstico VIH tinha ocorrido há mais de 20 anos; - Em Portugal, ao longo das quatro décadas da epidemia VIH, foram diagnosticados 66 421 casos de infeção por VIH, 23 946 atingiram o estádio de SIDA e foram notificados 16 080 óbitos. Estima-se que viviam em Portugal, em 2023, 49 699 pessoas com infeção por VIH (PVVIH), 94,2% destas já diagnosticadas; - Foi possível obter dados completos do "continuum of care" de 26 hospitais nacionais, relativos a 36 184 PVVIH, constatando-se que 97,8% estavam em tratamento e, destas, 95,9% atingiram a supressão virológica; - O relatório apresenta ainda uma análise das causas de morte reportadas nos certificados dos óbitos de pessoas que viviam com VIH, constatando-se que desde 2021 predominam as causas de morte não associadas à infeção por VIH; - São também apresentadas as características dos casos com diagnóstico entre 2014 e 2023 e residência nas 12 cidades portuguesas que aderiram à iniciativa Fast-track cities. As estimativas realizadas revelaram que em cinco destas cidades mais de 95% das PVVIH que conheciam a sua infeção. (2) Prevenção, rastreio e estigma: - O PNISTVIH prosseguiu e/ou monitorizou as atividades referentes à prevenção da infeção por VIH efetuadas em 2024, com destaque para a distribuição de materiais preventivos, o Programa de Troca de Seringas, a profilaxia pré-exposição ao VIH (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PPE). É apresentado um balanço positivo, tendo aumentado significativamente o número de pessoas que tiveram acesso à PrEP, incluindo fora do contexto hospitalar. O número de testes de rastreio e diagnóstico para VIH realizados no país, em diferentes contextos, mostrou um ligeiro decréscimo face aos anos precedentes.
- Programa Nacional de Vigilância da Gripe e Outros Vírus Respiratórios: relatório da época 2024/2025Publication . Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; Direção-Geral da Saúde (colaboração); Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (colaboração)Relatório anual do Programa Nacional de Vigilância da Gripe e Outros Vírus Respiratórios relativo à época 2024/2025. A presente publicação descreve a caraterização clínica e laboratorial da atividade gripal e de vírus respiratórios detetados nesta época. O Programa Nacional de Vigilância da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (PNVGVR) assegura a vigilância epidemiológica em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. Nas últimas épocas, foi reforçada a vigilância dos vírus respiratórios e a caraterização genética, não apenas do vírus da gripe e do SARS-CoV-2, mas também do vírus sincicial respiratório (RSV), dos coronavírus, rinovírus e enterovírus. As atividades do PNVGVR são desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge através do Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e do Departamento de Epidemiologia, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde. Colaboram no PNVGVR a Rede Médicos-Sentinela, a Rede de Unidades de Saúde Sentinela e a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios.
- Registo Nacional de Anomalias Congénitas: Regiões 2011-2019Publication . Braz, Paula; Machado, Ausenda; Aniceto, Carlos; Dias, Carlos MatiasRelatório do Registo Nacional de Anomalias Congénitas – Relatório Regiões, referente aos anos de 2011 e 2019, que apresenta os resultados a nível nacional e desagregados a nível das regiões, utilizando-se a Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, NUTS II. No Relatório RENAC−Regiões apresentado, sobre prevalência de anomalias congénitas e fatores associados, destacam-se os seguintes resultados: - As cardiopatias congénitas mantêm-se como o grupo de Anomalias Congénitas (AC) mais prevalente, tanto a nível nacional, como em todas as regiões; - A nível nacional, 58,6% dos casos notificados com AC foram detetados durante a gravidez, variando, esta frequência, entre 71,1% na Região Norte e 34,6% na Região Autónoma da Madeira (RAM); - Tanto a nível nacional, como em todas as regiões, é na idade materna ≥ 40 anos que se observa a maior prevalência de nascimentos com AC; - Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) (23,3%) e na Região Algarve (21,3%), observou-se a maior percentagem de grávidas estrangeiras a ter um nascimento com AC. Nas restantes regiões, a frequência variou entre 1,5% (Região Autónoma dos Açores (RAA)) e 7,0% (Região Alentejo); - O consumo de tabaco durante o 1.º trimestre da gravidez foi reportado, mais frequentemente, pelas grávidas da Região Alentejo (14,1%), seguido da RAA (13,5%) e da Região Algarve (13,2%). Nas restantes regiões os consumos variaram entre os 0,8% (RAM) e os 10,1% (AML). O RENAC, com dados disponíveis desde 1997, é um registo nosológico de base populacional que recebe notificações da ocorrência de Anomalias Congénitas (AC) em Portugal, sendo reportados os casos com AC diagnosticados nos recém-nascidos, fetos-mortos e nos fetos submetidos a interrupção médica da gravidez, após o diagnóstico de malformação grave. São objetivos deste registo: i) fornecer informação essencial sobre a epidemiologia das AC em Portugal; ii) manter um sistema de vigilância que permita detetar novas exposições teratogénicas; iii) avaliar o impacto do diagnóstico pré-natal; iv) manter uma base de dados disponível para a investigação na área das AC, acessível a profissionais de saúde e à comunidade cientifica; v) integrar a rede europeia de registos de AC.
- Impacte direto e indireto da Pandemia COVID-19 na mortalidade por todas as causas e por causas específicas em Portugal entre março de 2020 e dezembro de 2021Publication . Rodrigues, Ana Paula; Leite, Andreia; Machado, Ausenda; Nunes, Baltazar; Matias Dias, Carlos; Barreto, Marta; Soares, Patricia; Sá, Regina; Silva, SusanaIntrodução: Durante a pandemia de COVID-19 foram observados excessos de mortalidade muito elevados e muito superiores aos observados no período pré-pandemia. No entanto, é menor a evidência sobre o impacte direto (devido à infeção e suas complicações) e indireto (em consequência das medidas não farmacológicas e das alterações no acesso e procura de cuidados de saúde). Este trabalho teve como objetivo colmatar essa lacuna do conhecimento, e pretendeu: i) estimar o excesso de mortalidade por todas as causas e por causas específicas; ii) estimar o impacte direto e indireto da COVID-19. Material e Métodos: Foi realizado um estudo quasi-experimental de séries temporais no qual se estimou o excesso de mortalidade por todas as causas e por causas específicas, como a diferença entre a mortalidade observada e esperada tendo em conta condições atmosféricas (temperaturas, poluição atmosférica) e epidemiológicas (incidência de gripe). Numa segunda fase foram considerados os efeitos diretos da COVID-19 (mortalidade por COVID-19) e efeitos indiretos da COVID-19 (Índice de Contingência; ocupação hospitalar por COVID-19) para estimar a fração do excesso de mortalidade diretamente atribuível à COVID-19. Resultados: Foram estimados 21 243 (204 por 100 000) óbitos em excesso por todas as causas, 90 % dos quais foram diretamente atribuíveis à COVID-19. Ainda na mortalidade por todas as causas, estimaram-se excessos significativos nos grupos etários acima dos 65 anos de idade e nas regiões do Norte até ao Alentejo. Observou-se um aumento do excesso de mortalidade com a idade (2 924 óbitos em excesso por 100 000 no grupo etário ≥ 85 anos) e um aumento crescente de norte para sul (174 por 100 000 no Norte a 413 por 100 000 no Alentejo). Quanto ao impacto direto da COVID-19, este variou inversamente com a idade (95 % entre os 65-74 anos até 85 % ≥ 85 anos) e entre regiões (63 % no Alentejo a 83 % no Centro). Foram estimados 187 óbitos em excesso por 100 000 nas causas respiratórias, 98 % dos quais diretamente atribuíveis à COVID-19 e 18 óbitos em excesso por 100 000 nas causas acidentais. O aumento das mortes por causas acidentais ocorreu em períodos de menor intensidade das medidas restritivas. Foi ainda observado um aumento nas causas de mortes mal-definidas ou desconhecidas, que parece maioritariamente associado ao efeito direto da COVID-19 (69 %). Nas restantes causas de morte estudadas não foram identificados excessos de mortalidade para todo o período. Contudo, no primeiro ano da pandemia observou-se um aumento da mortalidade, em períodos específicos, de várias causas de morte, seguido de uma diminuição da mortalidade abaixo da linha de base após fevereiro de 2021. Esta evolução temporal não é habitual e deverá ser analisada em estudos específicos para identificação dos mecanismos subjacentes. Conclusão: A pandemia de COVID-19 teve um impacte de muito elevada intensidade na mortalidade, principalmente devido às mortes por COVID-19. Estes impactes não foram iguais para toda a população, tendo sido mais intensos nos grupos etários mais idosos e nos indivíduos com doenças crónicas. Tal reforça a necessidade de dar prioridade a estes grupos populacionais na preparação e resposta a futuras pandemias, quer na proteção em relação à infeção e suas complicações, quer na prevenção e mitigação dos efeitos secundários das medidas não farmacológicas.
- Envelhecimento e Saúde: caracterização da saúde da população idosa em PortugalPublication . Santos, Ana João; Braz, Paula; Gomez, Verónica; Folha, Teresa; Alves, Tatiana; Matias Dias, CarlosO presente documento apresenta uma integração e síntese de dados sobre a saúde da população idosa portuguesa, obtidos através de fontes estatais nacionais, fontes europeias, inquéritos de saúde nacionais e estudos de temas específicos. Apresentam-se os dados atualizados até 2021, variando o período temporal dos diferentes indicadores, de acordo com as publicações disponíveis até dezembro de 2021, para cada uma das temáticas apresentadas. Partindo-se da definição multidimensional de saúde proposta pela Organização Mundial da Saúde em 1946, o relatório apresenta, para além da caracterização do estado de saúde, indicadores de várias áreas que influenciam a saúde e a qualidade de vida desta população, nomeadamente ao nível económico, social e individual. Está dividido em cinco capítulos: 1. Demografia e sociologia do envelhecimento; 2. Desafios do envelhecimento; 3. Processos de envelhecimento e saúde: condições associadas; 4. Estado de saúde e 5. Serviços e cuidados de saúde.
- EVITA - Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes: relatório 2022Publication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Rodrigues, Emanuel; Braz, Paula; Mexia, Ricardo; Neto, Mariana; Matias Dias, CarlosRelatório EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes relativo ao ano de 2022. O sistema EVITA, é um sistema de recolha e análise de dados sobre os acidentes domésticos e de lazer que implicaram recurso às urgências das unidades do Serviço Nacional de Saúde. Em Portugal, a notificação dos acidentes domésticos e de lazer (ADL) realiza-se através do sistema de vigilância EVITA, criado em 2000 na continuidade do sistema ADELIA – Acidentes Domésticos e de Lazer - Informação Adequada, sob a coordenação do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Este sistema conta com a colaboração da entidade Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Os objetivos do sistema EVITA são: a) fornecer informação essencial sobre a epidemiologia dos ADL em Portugal; b) manter um sistema de vigilância que permita a caracterização dos ADL, a identificação das situações de risco, os agentes envolvidos, bem como os produtos perigosos que propiciem a ocorrência de ADL; c) manter uma base de dados disponível para a comunidade cientifica, a partir da qual seja possível realizar estudos epidemiológicos na área dos ADL, e avaliar políticas de prevenção baseadas na evidência. O presente relatório apresenta a análise descritiva dos dados recolhidos pelo sistema EVITA durante o ano de 2022. Dele se destacam os seguintes resultados: - Três picos de frequência diária de ocorrência de ADL: às 10h, às 15h e às 16h. - Uma frequência de ADL superior no sexo masculino nos grupos etários dos 0 aos 54 anos. - Uma frequência de ADL superior no sexo feminino nos grupos etários acima dos 55 anos. - Uma frequência mais elevada de ADL ocorridos na habitação, com destaque para o sexo masculino dos 0-44 anos e para o sexo feminino a partir dos 75 anos. - A frequência de ADL ocorridos em “Escola, área institucional e recintos públicos” foi mais elevada no sexo masculino entre os 0 e os 44 anos. Por outro lado, nos indivíduos com 45 ou mais anos observou-se uma maior frequência de ADL no sexo feminino. - O “Mecanismo de lesão” mais frequente foi a “Queda”. - Cerca de 56% de todos os ADL envolveram uma “Contusão, hematoma”. - A parte do corpo lesada referida com maior frequência foram os “Membros”.
- EUROlinkCAT - Establishing a Linked European Cohort of Children with Congenital Anomalies: relatório final de projetoPublication . Santos, Ana João; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Matias Dias, CarlosCerca de 2% de todos os nascidos vivos na Europa (cerca de 50.000 nascimentos por ano) apresentam uma anomalia congénita (AC) e 80% destas são doenças raras. As AC são uma das principais causas de mortalidade e morbidade infantil assim como de incapacidade de longa duração. Em Portugal o Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) é um instrumento estratégico na vigilância epidemiológica das AC que ocorrem em Portugal. É um registo nosológico de base populacional que colabora com o European Surveillance of Congenital Anomalies (EUROCAT) na vigilancia das AC a nível europeu. 21 registos de 14 países, participaram no projeto EUROlinkCAT que procurou utilizar a experiência e a infraestrutura do EUROCAT para estabelecer um conjunto de bases de dados harmonizadas, com informação a nível europeu, sobre as necessidades de crianças nascidas com AC e, sempre que possível, de crianças nascidas sem AC (controlos) através da ligação da bases de dados das AC às bases de dados da mortalidade, morbilidade e educação. Este projeto teve duas grandes finalidades: a) investigar a evolução do estado de saúde de crianças nascidas com AC durante os primeiros 10 anos de vida, e avaliar os custos de hospitalizações durante os primeiros cinco anos de vida, assim como o acesso à educação; b) facilitar o desenvolvimento de uma relação mais recíproca entre famílias com crianças com AC, profissionais de saúde e investigadores, através da plataforma online ConnectEpeople.
- Programa Nacional de Vigilância da Gripe: relatório da época 2022/2023Publication . Verdasca, Nuno; Melo, Aryse; Henriques, Camila; Gomes, Licínia; Lança, Miguel; Dias, Daniela; Silva, Susana Pereira da; Rodrigues, Ana Paula; Guiomar, Raquel; Direcção-Geral da Saúde (colaboração); Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (colaboração)Relatório anual do Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG). A presente publicação descreve a caraterização clínica e laboratorial da atividade gripal na época 2022/2023. O PNVG assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. A componente clínica possibilita o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório (RSV) o que permite detetar e caraterizar os vírus respiratórios em circulação em cada inverno. As atividades do PNVG são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde. Da descrição da atividade gripal no inverno de 2022/2023 agora apresentada, destacam-se os seguintes resultados: - Na época 2022/2023 a atividade gripal foi de baixa intensidade, tendo sido verificada a epidemia de gripe mais precoce ocorrida nas últimas épocas; - O vírus da gripe A(H3) foi o predominante durante o período epidémico, tendo sido detetados em cocirculação os vírus da gripe A(H1)pdm09 e do tipo B; - A análise virológica demonstrou que os vírus da gripe circulantes eram na sua maioria semelhantes aos vírus que integraram a vacina de 2022/2023. A análise do genoma viral mostrou alguma diversidade genética nos vírus em circulação; - Os vírus SARS-CoV-2 pertenciam na sua maioria à linhagem BA.5 e XBB; - Foi nas crianças entre os 5 e os 14 anos que se detetou a maior percentagem de casos de gripe (33%), seguidas dos jovens e adultos entre os 15 e os 29 anos (26%); - Observou-se um excesso de mortalidade de cerca de 1959 óbitos, no período coincidente com a epidemia de gripe e de frio extremo; - A taxa de admissão de casos confirmados de gripe em UCI registou o valor máximo nas semanas 47/2022 e 10/2023. O vírus influenza tipo A foi identificado na quase totalidade dos casos. Os resultados obtidos no relatório constituem informação útil para a orientação e planeamento de medidas de prevenção e controlo da gripe, SARS-CoV-2, RSV e de outros vírus respiratórios de forma precisa.
- Avaliação da época de vigilância ICARO - Mortalidade: 2022Publication . Silva, Susana; Torres, Ana Rita; Rodrigues, Ana Paula; Nunes, Baltazar; Neto, Mariana; Matias Dias, CarlosO objetivo deste trabalho foi o cálculo de estimativas de excessos de mortalidade potencialmente associados ao calor extremo no verão de 2022. Para isso analisámos apenas os períodos de calor extremo com potencial impacte na mortalidade identificados pelo Sistema ÍCARO, que decorreu entre 1 de maio e 30 de setembro de 2022.
