Repository logo
 

DDI - Artigos em revistas nacionais

Permanent URI for this collection

Browse

Recent Submissions

Now showing 1 - 10 of 187
  • Falência vacinal secundária contra o sarampo: casos identificados em 2024
    Publication . Neves, Raquel; Ribeiro, Carlos; Palminha, Paula
    Portugal alcançou o estatuto de eliminação do sarampo em 2015, no entanto, continuam a ocorrer surtos esporádicos, incluindo casos em indivíduos previamente vacinados. O teste de avidez das IgG avalia a força de ligação das imunoglobulinas ao seu antigénio específico, a qual aumenta ao longo da resposta imunitária, permitindo assim distinguir infeções primárias de respostas imunes pré-existentes. Este estudo teve como objetivo identificar casos de falência vacinal secundária contra o sarampo que ocorreram em 2024 utilizando o teste de avidez das IgG. Em 2024 foram confirmados 35 casos de sarampo em pacientes com idades entre 1 e 61 anos. A avidez de IgG foi avaliada em 17 casos (48,6%): 14 vacinados com duas doses de VASPR e 3 com estado vacinal desconhecido. Todos os soros, exceto um, foram colhidos durante a primeira semana após o início do exantema e utilizados reagentes comerciais com ureia como agente desnaturante. O RNA do vírus do sarampo foi detetado em todos os 16 casos. A IgM foi positiva em 6 pacientes: 5 vacinados e 1 com vacinação desconhecida. IgG de baixa avidez (IA < 40%) ocorreu apenas no paciente com vacinação desconhecida e IgM positiva, indicando infeção primária. Os outros 2 pacientes com vacinação não documentada apresentaram IgG de alta avidez e IgM negativa sugerindo falência vacinal secundária ou reinfeção. Todos os 14 casos vacinados apresentaram IgG de alta avidez (IA > 60%), sendo 5 também positivos para a IgM. O estudo identificou uma infeção primária e dois casos de falência vacinal secundária ou reinfeção em indivíduos com status desconhecido. Todos os casos em vacinados ocorreram em adultos, mais de 10 anos após a segunda dose da VASPR, sendo compatíveis com uma falência vacinal secundária e representando 40% dos casos de 2024. Isso reflete o contexto pós-eliminação em Portugal, onde a baixa exposição ao vírus selvagem reduz o reforço natural da imunidade, permitindo sintomas moderados e replicação viral apesar da vacinação prévia.
  • Parvovirus B19: perfil serológico de casos com suspeita clínica de infeção confirmada no INSA entre 2009-2024
    Publication . Soeiro, Sofia; Ferreira, Carla Manita; Matos, Rita
    O diagnóstico laboratorial de parvovirus B19 humano é feito a partir da pesquisa de anticorpos específicos para o vírus (imunoglobulinas do tipo G e M) e deteção do DNA viral no sangue ou amostras respiratórias. Com este estudo pretende-se contribuir para o conhecimento da seroprevalência de anticorpos para parvovírus B19 em Portugal, através da análise da presença de anticorpos IgG e IgM de amostras biológicas de indivíduos com suspeita clínica de infeção recebidas no Instituto Nacional de Saúde durante os últimos 15 anos, 2009-2024. Entre 2009 e 2024 foram estudados 8469 indivíduos com suspeita clínica de infeção. Quando agrupados por estadio de infeção, 58% dos indivíduos apresentaram infeção antiga, 38% eram negativos e 4% apresentava perfil compatível com infeção aguda. Verificou-se a existência de 5 períodos com maior proporção de infeções agudas: 2009, 2012, 2015-2016, 2019 e 2024. A proporção de indivíduos com infeção antiga aumenta com a idade (22% para 69%). A proporção de indivíduos com infeção aguda foi mais elevada no grupo etário 10-19 anos (7%). No que diz respeito à sazonalidade, verificou-se uma maior proporção de indivíduos com infeção aguda no mês de julho (8%). A presença de anticorpos IgG em 63% dos indivíduos estudados é sugestiva de uma prevalência de infeção elevada na população. Apesar da ocorrência destes períodos anuais com atividade viral mais intensa, este estudo mostra que o vírus se mantém em circulação, com infeções agudas a ocorrerem todos os anos em Portugal. A proporção de infeções antigas aumenta de forma mais acentuada durante as primeiras duas décadas de vida, tanto para os homens como para as mulheres. Esta observação é particularmente importante para as mulheres em idade fértil. Apesar desta percentagem de mulheres protegidas ser superior a 50%, ainda existe uma percentagem considerável de mulheres em idade fértil sem proteção (entre 34 e 44%), que podem contrair o vírus e transmiti-lo ao feto. Apesar de este estudo não ter representatividade nacional, os resultados obtidos sugerem que a frequência de infeção por parvovirus B19 se tem mantido,estável ao longo dos anos, não deixando, contudo, de ser importante a monitorização e vigilância dos casos suspeitos de infeção, face ao risco acrescido da ocorrência de transmissão vertical.
  • Enterovírus não-polio e infeções do sistema nervoso central em crianças: avaliação laboratorial, 2023-2024
    Publication . Palminha, Paula; Neves, Raquel; Ribeiro, Carlos; Garcia, Ana Margarida; Fontes, Inês Sousa; Gouveia, Catarina; Corte-Real, Rita
    Os enterovírus não-polio permanecem como os principais agentes patogénicos do sistema nervoso central (SNC) em todo o mundo, especialmente em crianças com idade inferior a 5 anos, causando desde doença ligeira a quadros graves que podem evoluir para desfechos fatais. Entre 2023 e 2024 foram analisadas no INSA fezes de 327 crianças com suspeita de infeção por enterovírus. O diagnóstico laboratorial incluiu a deteção do RNA viral por RT-PCR em tempo real e o isolamento viral. A identificação viral foi realizada por sequenciação genómica. Neste período foram identificados 109 (33,3%) casos de infeção a enterovírus, dos quais 26 casos (23,9%) corresponderam a infeções do SNC, maioritariamente em crianças com menos de 5 anos (88,5%), sem uma evidente distribuição temporal. Os enterovírus mais frequentes foram os echovírus (tipos 5, 6,7, 9, 18, 21, 25, 30, 31 e 32), detetados em 13 casos (52,0%), seguidos pelos Coxsackievírus A (tipos 4, 6, 9, 10 e 16), em 7 casos (28,0%), ambos associados a meningite e meningoencefalite. O Enterovírus 71 (EV71) foi detetado em dois casos, um de romboencefalite e um de paralisia flácida aguda (PFA), e um caso de meningite esteve associado ao EV-C99. Não se observou nenhum padrão de surto nestes dois anos. Estes resultados reforçam a relevância da identificação rápida e dirigida para enterovírus como agentes etiológicos de infeções do SNC, fundamental para uma intervenção clínica direcionada, evitando o uso desnecessário de antibióticos e de múltiplos exames complementares de diagnóstico
  • Triquinelíase: estudo de uma população humana potencialmente exposta à infeção em Portugal, 2023-2024
    Publication . Zhygachova, Kateryna; Ferreira, Idalina; Martins, Susana; Vilares, Anabela; Reis, Tânia; Gargaté, Maria João
    A triquinelíase é uma zoonose parasitária de origem alimentar causada por nemátodas do género Trichinella, frequentemente transmitida através do consumo de carne curada, mal cozinhada ou inadequadamente congelada contendo larvas infetantes. Esta doença tem um impacto significativo na saúde pública e constitui um desafio global no âmbito da segurança alimentar, tendo sido detetada em animais silvestres de 66 países. Em Portugal, a triquinelíase é uma doença de declaração obrigatória, não havendo registo de qualquer caso humano desde 1987. Esta ausência contrasta com a situação observada em países vizinhos, como Espanha, que partilha práticas alimentares e perfis epidemiológicos semelhantes ao nosso país. Este estudo tem como objetivo avaliar a presença de anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG) anti-Trichinella spp. em 200 indivíduos potencialmente expostos ao consumo de carne mal cozinhada ou não inspecionada. A deteção foi realizada através do ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), sendo os resultados positivos ou equívocos posteriormente confirmados por imunoblot. Dos 200 indivíduos em estudo foi confirmado um caso positivo, resultando numa seroprevalência de 0,5%. Além disso, o caso confirmado apresentou reatividade específica para os antigénios de Toxocara sp., sugerindo uma possível reatividade cruzada ou co- infeção. A baixa seroprevalência de anticorpos contra Trichinella spiralis observada na população estudada, sugere que a triquinelíase humana é rara em Portugal. No entanto, existe a possibilidade de um subdiagnóstico e consequente subnotificação o que, por si só, reforça a importância de vigilância ativa e continuada das zoonoses parasitárias.
  • Seroprevalência de SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de hospitais em comparação com a população geral, 2021-2022
    Publication . Gaio, Vânia; Amaral, Palmira; Santos, Ana João; Henriques, Camila; Guiomar, Raquel; Rodrigues, Ana Paula; Machado, Ausenda
    Os profissionais de saúde (PS) desempenham um papel essencial na linha de frente durante emergências de saúde causadas por doenças infeciosas. Protegê-los é crucial para garantir a sua saúde, manter a continuidade do atendimento aos pacientes e prevenir a transmissão durante a prestação de cuidados. Este estudo teve como objetivo estimar a tendência da seroprevalência de SARS-CoV-2 entre PS de uma coorte hospitalar entre maio de 2021 e junho de 2022 e compará-la com a tendência de seroprevalência na população geral com 40-49 anos. Adicionalmente, foi feita a caracterização dos PS de acordo com o seu estado de seropositividade relativa aos anticorpos IgG anti-nucleocapside (IgG Anti-N). No âmbito de um estudo da efetividade das vacinas, os PS foram testados para deteção de anticorpos IgG anti-RBD/Spike contra o SARS-CoV-2 em três períodos: maio-junho de 2021, setembro-novembro de 2021 e maio-junho de 2022. No terceiro momento, também foram avaliados anticorpos IgG Anti-N. Para comparação com a população geral, foram usados os resultados de três fases do Inquérito Serológico Nacional à COVID-19 (ISN COVID-19): fevereiro-março de 2021, setembro-novembro de 2021 e abril-junho de 2022. Um total de 977, 509 e 67 PS foram testados nos três momentos, com uma seroprevalência de 85%, 89% e 100%, respetivamente. Essas taxas foram semelhantes às encontradas na população geral portuguesa, exceto no primeiro período (85% versus 19% na população geral, grupo etário 40-49 anos). No terceiro momento, a seroprevalência pós-infeção (anticorpos IgG anti-nucleocápside) foi maior entre os PS do que na população geral (41% versus 27%). A idade menor e o contacto direto com pacientes com COVID-19 estavam associados à positividade para os anticorpos IgG anti-N. A tendência crescente da seroprevalência nos PS segue a mesma tendência observada na população geral. Embora os períodos não coincidam exatamente, no 1º momento, a seroprevalência para SARS-CoV-2 mais elevada entre os PS esteve provavelmente associada à vacinação prioritária desse grupo. No 3º momento, a maior seroprevalência pós-infeção entre os PS indica um aumento na exposição e incidência de infeção nesse grupo após a onda da variante Ômicron. Considerando a diminuição da cobertura vacinal contra a COVID-19 entre os PS, é essencial continuar a monitorização da seroprevalência e a incidência de infeção por COVID-19 neste grupo.
  • Surtos de mpox em Portugal: resposta laboratorial e desafios no controlo da epidemia
    Publication . Cordeiro, Rita; Francisco, Rafaela; Pelerito, Ana; Carvalho, Isabel Lopes de; Núncio, Maria Sofia
    A infeção mpox, causada pelo vírus monkeypox (MPXV), tornou-se uma emergência global de saúde pública em 2022. Portugal foi um dos primeiros países a confirmar casos de infeção, o que levou à implementação de um sistema de vigilância laboratorial a nível nacional. Este estudo descreve a evolução epidemiológica de mpox em Portugal entre 2022 e 2025 e avalia o desempenho de diferentes tipos de amostras biológicas na deteção de MPXV. No Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge foram analisadas 5610 amostras de 2802 casos suspeitos de mpox pelo método PCR em tempo real. As amostras biológicas incluíram, maioritariamente, exsudados de lesão, orofaríngeo e anal e amostras de urina. Confirmaram-se 1202 casos positivos de mpox distribuídos por três surtos, sendo o primeiro o mais expressivo (79,3%). A maioria dos casos ocorreu em homens que têm sexo com homens, entre os 20 e 39 anos de idade. As amostras de exsudados de lesão e anal apresentaram as maiores taxas de positividade (95,1% e 87,9%, respetivamente), enquanto o exsudado orofaríngeo permitiu o diagnóstico em cerca de 5% dos casos que não apresentavam lesões visíveis. A vacinação, aliada a outras estratégias direcionadas, contribuiu para reduzir a transmissão e a severidade clínica da doença. A vigilância laboratorial contínua mostrou-se essencial para a deteção precoce dos casos, contribuindo para uma resposta rápida e eficaz no controlo dos três surtos. Estes dados reforçam a importância do desenvolvimento e da implementação de metodologias laboratoriais de diagnóstico e a adoção de medidas de vigilância dirigidas a populações vulneráveis.
  • Testes rápidos de antigénio e efetividade da vacina contra a COVID-19 nos cuidados de saúde primários, em Portugal: explorando o potencial de viés
    Publication . Gómez, Verónica; Delaunay, Charlotte Laniece; Kissling, Esther; Verdasca, Nuno; Gomes, Licínia; Guiomar, Raquel; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana Paula
    A disponibilização dos testes rápidos de antigénio (TRAg) permitiu que o diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2 possa ser feito antes ou durante uma consulta médica. Este conhecimento pode condicionar a procura de cuidados e por outro lado, o Médico de Família (MF) pode ter informação sobre o estado de infeção antes do recrutamento do doente para os estudos de efetividade vacinal. Estudos com desenho de caso-controlo teste-negativo (TND), tradicionalmente usados para estimar a efetividade da vacina contra a COVID-19, podem assim incorrer em viés se a realização dos TRAg e a consulta com o MGF variarem consoante o estado vacinal e o resultado do autoteste. Este estudo descreve os padrões de autoteste em cuidados de saúde primários e as diferenças entre indivíduos que realizaram autoteste e não, nos cuidados de saúde primários em Portugal, avaliando o potencial de viés nos estudos de efetividade vacinal contra a COVID-19. Foram incluídos indivíduos com 60 ou mais anos com Infeção Respiratória Aguda (IRA) que consultaram um MGF entre setembro de 2022 e maio de 2023. Foram recolhidos dados demográficos, de vacinação, testagem, sinais e sintomas e comorbilidades. Dos 166 indivíduos incluídos (21 casos, 145 controlos), 67 (40%) realizaram TRAg. Estes foram mais frequentemente mulheres (72% vs. 67%) e mais jovens (94% entre 60-79 anos vs. 87%). Os indivíduos que realizaram autotestes tiveram uma taxa de positividade para SARS-CoV-2 de apenas 10%, comparado com 14% entre aqueles que não realizaram autoteste. Além disso, apresentavam menor prevalência de doenças crónicas (64% vs. 79%) e foram menos vacinados na campanha vacinal sazonal (39% vs. 53%). Os resultados sugerem uma possível associação negativa entre vacinação e TRAg. A elevada proporção de indivíduos que realizaram TRAg (40%) pode gerar viés no estudo de EV, reforçando a necessidade de estudos com maior dimensão e estimativas de efetividade vacinal estratificadas de acordo com esta variável.
  • Implementação de um questionário epidemiológico a detentores de explorações caseiras de animais em Portugal
    Publication . Esteves, Ana; Aniceto, Carlos; Baroni, Bruno; Ramos, Sónia; Ferreira, Rita; Gomes, João Paulo; Machado, Ausenda; Nunes, Alexandra
    A detenção e a criação de animais em explorações caseiras podem representar um risco para a transmissão de agentes patogénicos zoonóticos e de genes de resistência a antibióticos, com impacto na saúde pública. Em Portugal, a ausência de registo de sistemas de produção caseira (SPC) dificulta a caracterização das práticas de gestão e criação de animais, assim como o perfil dos seus proprietários. Este estudo piloto pretende avaliar o método de amostragem dos detentores de SPC e desenvolver um questionário epidemiológico pioneiro para avaliar as condições de criação, biossegurança e riscos sanitários e ambientais em SPC. Estruturado em cinco seções, o questionário foi disponibilizado em i) formato eletrónico e ii) em papel, tendo-se testado duas formas de divulgação: através de divulgação digital e por aplicação presencial por pontos de contacto (veterinários, inspetores sanitários e associações do setor). Até ao momento, observou-se um maior número de respostas na versão online, pela sua maior facilidade e abrangência de divulgação. Apesar das limitações na distribuição dos questionários, a metodologia adotada permitirá caracterizar os SPC e os seus proprietários, contribuindo para a avaliação de possíveis riscos e o seu impacto na saúde pública. A continuidade da recolha de dados fortalecerá esta caracterização, apoiando estratégias de mitigação de riscos zoonóticos, segurança alimentar e promoção da saúde animal sob a abordagem One Health.
  • Respiratory syncytial virus under 2 years of age: hospitalization trends and risk factors for severe disease – preliminary data from the Portuguese sentinel network
    Publication . Torres, Ana Rita; Melo, Aryse; Aniceto, Carlos; Guiomar, Raquel; Gaio, Vânia; Bandeira, Teresa; Azevedo, Inês; Rodrigues, Ana Paula; on behalf of the VigRSV network
    Introduction and Objectives: Respiratory Syncytial Virus (RSV) infection is an important cause of hospitalization in children under five years. A national RSV sentinel network was set up in Portugal in April 2021. We describe the trends in RSV hospitalizations until September 2022 and identify risk factors for severe disease. Methods: Acute respiratory infections in hospitalized children under two years were reported and tested for RSV. RSV disease severity was defined by the need for ventilation or admission to an intensive care unit. Risk ratios were used to assess the association between gender, age group, gestational age, birthweight, chronic conditions, RSV subtype and severity of disease. Results: We detected two RSV off-season epidemics in June 2021 to February 2022 and May to September 2022. 63.3% of RSV-related hospitalizations occurred in children under six months old and 8.0% had chronic conditions. 11.0% had severe disease. Children under six months and with chronic conditions had, respectively, an 18-fold risk and a 2-fold risk of developing severe illness. Discussion: The off-season RSV epidemics were probably triggered by the relaxation of COVID-19 physical distancing measures and immunity debt. In the first epidemic, the proportion of children with severe disease was higher than reported by previous studies, however, this result is probably overestimated due to the high proportion of cases notified by central hospitals. Age < 6 months and chronic conditions predispose to severe disease. As several factors may change the pattern of RSV activity, causing more severe outbreaks at different times, countries should implement year-round RSV surveillance systems.
  • Doenças transmitidas por vectores em Portugal [editorial]
    Publication . Alves, Maria João
    As doenças transmitidas por vectores (DTV) representam uma ameaça global significativa. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as DTV representam 17% de todas as doenças infeciosas, causando mais de 700 000 mortes por ano em todo o Mundo. Enquanto que nos trópicos e subtrópicos os mosquitos encontram-se entre os vectores responsáveis por patologias com milhares de casos de infeção por ano, como por exemplo a malária, febre amarela, dengue entre outras, na Europa são os ixodídeos os vetores que apresentam maior relevo. Na Europa, a DTV mais prevalente é a Encefalite Transmitida por Carraças (na sigla em inglês TBE, Tick-borne Encephalitis). O vírus da TBE é um flavivírus transmitido por carraças do género Ixodes, sobretudo Ixodes ricinus, e provoca anualmente cerca de 3000 infecções confirmadas. Em Portugal, apesar do vector estar presente, nunca foram notificados casos autóctones de TBE nem identificadas carraças positivas para este vírus em pesquisas sistemáticas realizadas desde 1987 pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. [...]