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- Avaliação da época de vigilância ICARO - Mortalidade: 2022Publication . Silva, Susana; Torres, Ana Rita; Rodrigues, Ana Paula; Nunes, Baltazar; Neto, Mariana; Matias Dias, CarlosO objetivo deste trabalho foi o cálculo de estimativas de excessos de mortalidade potencialmente associados ao calor extremo no verão de 2022. Para isso analisámos apenas os períodos de calor extremo com potencial impacte na mortalidade identificados pelo Sistema ÍCARO, que decorreu entre 1 de maio e 30 de setembro de 2022.
- Monitorização da Mortalidade 2020Publication . Torres, Ana Rita; Silva, Susana; Nunes, Baltazar; Matias Dias, Carlos; Rodrigues, Ana PaulaA monitorização da mortalidade por todas as causas é uma ferramenta útil na identificação de fenómenos de saúde, ou desastres de elevada gravidade ou de elevada incidência na população e impacto na mortalidade. Em Portugal, a monitorização da mortalidade é realizada, desde 2007, pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, permitindo estimar impactos associados a diversos eventos tais como: epidemias de gripe, COVID-19, períodos de temperaturas extremas e acidentes. Este relatório tem como objetivos, descrever a evolução da mortalidade por todas as causas durante o ano de 2020 [semana 01/2020 (30 de dezembro de 2019 a 05 de janeiro de 2020) à semana 53/2020 (28 de dezembro de 2020 a 03 de janeiro de 2021)], bem como identificar e analisar os períodos de excesso de mortalidade por todas as causas ocorridos. No período em estudo, foram registados 125.770 óbitos em Portugal, tendo sido identificados quatro períodos de excesso de mortalidade a nível nacional (totalizando 8.073 óbitos em excesso): 1. 23 março a 12 abril: 1.057 óbitos em excesso; temporalmente coincidente com a primeira onda pandémica de COVID-19; 2. 25 a 31 de maio: 363 óbitos em excesso; temporalmente coincidente com um período de temperaturas elevadas, embora este não tenha sido identificado pelo sistema de vigilância ÍCARO como um período de calor extremo com potenciais impactos na mortalidade; 3. 06 julho a 02 agosto: 2.199 óbitos em excesso; temporalmente coincidente com um período de calor extremo, identificado pelo sistema de vigilância ÍCARO; 4. 26 outubro a 03 de dezembro: 4.454 óbitos em excesso; temporalmente coincidente com a segunda onda pandémica de COVID-19. Este período de excesso de mortalidade ainda não terminou à data da publicação deste relatório. Estes períodos de excesso de mortalidade a nível nacional foram observados em todas as regiões do país, à exceção da Região Autónoma da Madeira. Ocorreram, ainda, excessos de mortalidade a nível regional durante a epidemia de gripe de 2019/2020, nas regiões Norte, Centro e Algarve que não se traduziram em excessos de nível nacional. De modo análogo, ocorreram excessos de 3 mortalidade regionais nas semanas contíguas aos períodos de calor extremo verificados em 2020, em particular, no Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo que não se traduziram em excessos de mortalidade a nível nacional. Observaram-se excessos de mortalidade acima dos 45 anos, existindo um gradiente crescente com a idade, quer em relação à magnitude, quer em relação ao número de períodos em excesso de mortalidade. Sublinha-se que nos anos anteriores em vigilância,raramente foram observados excessos de mortalidade abaixo dos 65 anos, pelo que o excesso observado entre os 45 e 64 anos de idade no final do ano de 2020, e que se estende para o início de 2021, é um sinal de importante impacto na mortalidade. Dada a coincidência temporal, podemos concluir que a maioria dos períodos de excessos de mortalidade identificados quer a nível nacional, quer a nível regional, terão estado potencialmente associados a fenómenos amplamente conhecidos por poderem ter impactos na mortalidade, particularmente, as epidemias de gripe e COVID-19 e os períodos de calor extremo. Não podemos, no entanto, excluir que a variação da mortalidade observada durante os períodos de calor de 2020 não tenha sido indiretamente afetada pela pandemia de COVID-19 (por uma possível menor utilização e acesso aos serviços de saúde). No entanto, em relatório anterior estimou-se que o excesso de mortalidade observado durante o período de calor extremo de julho teve a magnitude esperada para um período de calor extremo da sua intensidade. Por fim, referira-se que desde o início da epidemia de COVID-19 em Portugal, a mortalidade por todas as causas teve um acréscimo não significativo de 4 % em relação à média de anos anteriores, mesmo nos períodos sem excessos de mortalidade, o que se traduziu num aumento do risco de morrer na população com 45 e mais anos durante o ano de 2020, quando comparado com o observado nos 5 anos anteriores.
- Heat-related mortality amplified during the COVID-19 pandemicPublication . Sousa, Pedro; Trigo, Ricardo; Russo, Ana; Geirinhas, João; Rodrigues, Ana Paula; Silva, Susana; Torres, Ana RitaExcess mortality not directly related to the virus has been shown to have increased during the COVID-19 pandemic. However, changes in heat-related mortality during the pandemic have not been addressed in detail. Here, we performed an observational study crossing daily mortality data collected in Portugal (SICO/DGS) with high-resolution temperature series (ERA5/ECMWF), characterizing their relation in the pre-pandemic, and how it aggravated during 2020. The combined result of COVID-19 and extreme temperatures caused the largest annual mortality burden in recent decades (~ 12 000 excess deaths [~ 11% above baseline]). COVID-19 caused the largest fraction of excess mortality during March to May (62%) and from October onwards (85%). During summer, its direct impact was residual, and deaths not reported as COVID-19 dominated excess mortality (553 versus 3 968). A prolonged hot spell led mortality to the upper tertile, reaching its peak in mid-July (+ 45% deaths/day). The lethality ratio (+ 14 deaths per cumulated ºC) was higher than that observed in recent heatwaves. We used a statistical model to estimate expected deaths due to cold/heat, indicating an amplification of at least 50% in heat-related deaths during 2020 compared to pre-pandemic years. Our findings suggest mortality during 2020 has been indirectly amplified by the COVID-19 pandemic, due to the disruption of healthcare systems and fear of population in attending healthcare facilities (expressed in emergency room admissions decreases). While lockdown measures and healthcare systems reorganization prevented deaths directly related to the virus, a significant burden due to other causes represents a strong secondary impact. This was particularly relevant during summer hot spells, when the lethality ratio reached magnitudes not experienced since the 2003 heatwaves. This severe amplification of heat-related mortality during 2020 stresses the need to resume normal healthcare services and public health awareness.
- Monitorização da Mortalidade 2022Publication . Silva, Susana; Torres, Ana Rita; Nunes, Baltazar; Rodrigues, Ana PaulaA monitorização da mortalidade por todas as causas é uma ferramenta útil na identificação de fenómenos de saúde, ou desastres de elevada gravidade ou de elevada incidência na população e impacto na mortalidade. Em Portugal, a monitorização da mortalidade é realizada, desde 2007, pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, permitindo estimar impactos associados a diversos eventos tais como: epidemias de gripe, COVID-19, períodos de temperaturas extremas e acidentes. Este relatório tem como objetivos, descrever a evolução da mortalidade por todas as causas durante o ano de 2022 [semana 01/2022 à semana 52/2022 (03 janeiro de 2022 a 01 janeiro de 2023)], bem como identificar e analisar os períodos de excesso de mortalidade identificados. No período em estudo, foram registados 124.602 óbitos em Portugal, tendo sido identificados quatro períodos de excesso de mortalidade a nível nacional [6.135 óbitos em excesso (IC 95%: 5.214-7.056)]: 1. 17 janeiro a 06 de fevereiro: 891 óbitos em excesso (IC 95%: 479-1.303; 12 % de excesso em relação ao esperado); temporalmente coincidente com uma onda de COVID-19 e um período de temperaturas baixas, identificado pelo sistema de vigilância FRIESA como um período de frio extremo com efeito provável na mortalidade; 2. 23 de maio a 19 de junho: 1.744 óbitos em excesso (IC 95%: 1.268-2.220; 21 % de excesso em relação ao esperado); temporalmente coincidente com uma vaga de COVID-19 e um período de temperaturas anormalmente elevadas para a época do ano de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA); 3. 04 de julho a 07 de agosto: 2.401 óbitos em excesso (IC 95%: 1.869-2.933; 25 % de excesso em relação ao esperado); temporalmente coincidente com períodos de calor extremo, identificados pelo sistema de vigilância ÍCARO; 4. 28 de novembro a 18 de dezembro: 1.099 óbitos em excesso (IC 95%: 687-1.511; 15 % de excesso em relação ao esperado); coincidentes com o período epidémico da gripe. Foram observados períodos de excesso de mortalidade em todas as regiões, embora com diferente duração e magnitude. A região Norte foi a região em que se identificou um maior número de semanas de excesso de mortalidade (18) distribuídas por quatro períodos. Observaram-se excessos de mortalidade no grupo etário 15 aos 24 anos de idade e nos grupos etários acima dos 65 anos. existindo um gradiente crescente com a idade em relação ao número de semanas em excesso de mortalidade (65-74 anos: 6 semanas; 75-84 anos: 9 semanas; e 85 mais: 22 semanas). Dada a coincidência temporal, podemos concluir que a maioria dos períodos de excessos de mortalidade identificados quer a nível nacional, quer a nível regional, terão estado potencialmente associados a fenómenos amplamente conhecidos por poderem ter impactos na mortalidade, particularmente, as epidemias de gripe e COVID-19 e os períodos de calor e frio extremos. Salientando-se que, os impactos devido à gripe e COVID-19 terão sido inferiores do que o observado noutros invernos, embora os impactos observados no verão tenham sido superiores aos observados em anos anteriores (ainda que dentro do esperado para a magnitude e duração dos períodos de calor registados). Refira-se que o aumento da taxa de mortalidade em vários grupos etários indica um aumento do risco de morrer, em relação a anos pré-pandemia, que não parece totalmente explicado pelo envelhecimento populacional, uma vez que ao contrário do que se observava antes da pandemia a taxa de mortalidade padronizada aumentou a partir de 2020 e ainda não regressou aos valores pré-pandemia.
- Métodos epidemiológicos e estatísticos numa emergência de Saúde PúblicaPublication . Nunes, Baltazar; Caetano, Constantino; Antunes, Liliana; Torres, Ana Rita; Silva, Susana; Rodrigues, Ana Paula; Kislaya, Irina; Machado, Ausenda; Garcia, Ana Cristina; Gómez, Verónica; Namorado, Sónia; Patrício, Paula; Ribeiro, Maria Luísa; Pereira, João; Matias Dias, CarlosSobre o papel dos método estatístico e epidemiológico na resposta à emergência COVID-19: Vigilância epidemiológica; Estudos epidemiológicos especiais; Modelação matemática.
- Statistics in Times of Pandemics: the Role of Statistical and Epidemiological Methods during the COVID-19 Emergency. One Day Meeting on Statistics and Applied ProbabilityPublication . Nunes, Baltazar; Caetano, Constantino; Antunes, Liliana; Torres, Ana Rita; Silva, Susana; Rodrigues, Ana Paula; Kislaya, Irina; Machado, Ausenda; Garcia, Ana Cristina; Gómez, Verónica; Namorado, Sónia; Patrício, Paula; Ribeiro, Maria Luísa; Pereira, João; Matias Dias, CarlosAbout the Role of Statistical and Epidemiological Methods during the COVID-19 Emergency.
- Monitorização da Mortalidade 2021Publication . Torres, Ana Rita; Silva, Susana; Rodrigues, Ana PaulaEntre as semanas 53/2020 e 07/2021 (28 de dezembro a 21 de fevereiro), foi registado um período de excesso de mortalidade por todas as causas (totalizando 11.946 óbitos) em Portugal. Este período de excesso de mortalidade nacional foi temporalmente coincidente com uma elevada incidência de COVID-19 em Portugal (terceira onda epidémica), sendo um reflexo dos excessos de mortalidade observados em todas as regiões do país, à exceção da Região Autónoma dos Açores. Adicionalmente, este intervalo temporal com mortalidade acima do esperado em 2021 fez parte de um período de excesso de mortalidade mais alargado, que se observou desde a semana 44/2020 (26 de outubro a 01 de novembro) e que totalizou um excesso de 15.692 óbitos. Este foi o período de excesso de mortalidade mais longo (14 semanas) desde 1980 e com uma intensidade extraordinária. Ocorreram ainda, excessos de mortalidade regionais, coincidentes com elevadas taxas de incidência de COVID-19 durante a quarta e quinta ondas pandémicas, em várias regiões, que não se traduziram em excessos de mortalidade a nível nacional: - Algarve [215 óbitos em excesso nas semanas 47/2021 a 52/2021 (22 de novembro a 02 de janeiro)]; - Açores [21 óbitos em excesso na semana 28/2021 (12 a 18 de julho)]; - Madeira [46 óbitos em excesso nas semanas 47/2021 (22 a 28 de novembro) e 51/2021 (20 a 26 de dezembro)].
- Vigilância do vírus sincicial respiratório em crianças menores de 2 anos em Portugal, 2022/23Publication . Guiomar, Raquel; Verdasca, Nuno; Melo, Aryse; Gomes, Licínia; Henriques, Camila; Dias, Daniela; Lança, Miguel; Torres, Ana Rita; Pernadas, Bernardo; Gaio, Vânia; Rodrigues, Ana PaulaO vírus sincicial respiratório (Respiratory Syncytial Virus - RSV) é um dos principais agentes etiológicos de infeções respiratórias do trato respiratório inferior, com elevado impacto na morbilidade e mortalidade em crianças menores de 5 anos. É por isso considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde, com prioridade na vigilância e prevenção. Este trabalho pretende descrever e caraterizar os casos de infeção por RSV identificados no sistema de vigilância VigiRSV durante a época 2022/23.
- Monitoring COVID-19 and Influenza: The Added Value of a Severe Acute Respiratory Infection Surveillance System in PortugalPublication . Torres, Ana Rita; Gómez, Verónica; Kislaya, Irina; Rodrigues, Ana Paula; Tavares, Margarida Fernandes; Pereira, Ana Catarina; Pereira, Débora; Côrte-Real, Rita; Flores, Carlos Humberto; Verdasca, Nuno; Guiomar, Raquel; Machado, AusendaBackground: Severe acute respiratory infections (SARI) surveillance is recommended to assess the severity of respiratory infections disease. In 2021, the National Institute of Health Doutor Ricardo Jorge, in collaboration with two general hospitals, implemented a SARI sentinel surveillance system based on electronic health registries. We describe its application in the 2021/2022 season and compare the evolution of SARI cases with the COVID-19 and influenza activity in two regions of Portugal. Methods: The main outcome of interest was the weekly incidence of patients hospitalized due to SARI, reported within the surveillance system. SARI cases were defined as patients containing ICD-10 codes for influenza-like illness, cardiovascular diagnosis, respiratory diagnosis, and respiratory infection in their primary admission diagnosis. Independent variables included weekly COVID-19 and influenza incidence in the North and Lisbon and Tagus Valley regions. Pearson and cross-correlations between SARI cases, COVID-19 incidence and influenza incidence were estimated. Results: A high correlation between SARI cases or hospitalizations due to respiratory infection and COVID-19 incidence was obtained (ρ = 0.78 and ρ = 0.82, respectively). SARI cases detected the COVID-19 epidemic peak a week earlier. A weak correlation was observed between SARI and influenza cases (ρ = -0.20). However, if restricted to hospitalizations due to cardiovascular diagnosis, a moderate correlation was observed (ρ = 0.37). Moreover, hospitalizations due to cardiovascular diagnosis detected the increase of influenza epidemic activity a week earlier. Conclusion: In the 2021/2022 season, the Portuguese SARI sentinel surveillance system pilot was able to early detect the COVID-19 epidemic peak and the increase of influenza activity. Although cardiovascular manifestations associated with influenza infection are known, more seasons of surveillance are needed, to confirm the potential use of cardiovascular hospitalizations as an indicator of influenza activity.
- Implementation of a Nationwide Surveillance Network of Respiratory Syncytial Virus in Children < 2 years old in PortugalPublication . Melo, Aryse; Torres, Ana Rita; Lança, Miguel; Gaio, Vânia; Rodrigues, Ana Paula; Guiomar, Raquel; Bandeira, Teresa; Azevedo, Inês; VigiRSV networkHuman respiratory syncytial virus (RSV) is associated with substantial morbidity and mortality in infants, young children and elderly. Monoclonal antibodies (MAb) therapy is the available method to prevent and combat severe disease in infants, nevertheless there is a global effort in the development of vaccines and new generation of MAb. In this sense, RSV surveillance is essential to estimate the burden of RSV infection, evaluate the impact of preventive measures and to support public health decisions. Following European recommendations, a nationwide hospital-based RSV sentinel network denominated VIGIRSV was set up in Portugal. The aim of this work is to describe the implementation of VIGIRSV and report preliminary results obtained in this surveillance. VIGIRSV was implemented in 2021 with the initiative of the National Institute of Health Dr.outor Ricardo Jorge (INSA) and the Portuguese Paediatrics Society (PPS), and in 2023, 20 Hospitals collaborate in the surveillance. The surveillance is based on the recruitment of children <2 years-old hospitalized for, at least, 24 hours, that fulfill the case definition fordue to an RSVAcute Respiratory Infection (ARI). At recruitment, the paediatrician fills an epidemiological clinical questionnaire, and biological samples are collected for laboratorial diagnosis. Positive samples for RSV are forwarded to INSA for complementary virological analyses such as genetic characterization of the virus. Preliminary results from the first 2 years of surveillance are presented in table 1 and show an early RSV activity with high intensity in the 2022/23 season.. The data obtained from VIGIRSV´s results integrate the weekly published “Epidemiological surveillance bulletin of Influenza and other respiratory viruses” which can be foundavailable at https://www.insa.min-saude.pt/category/informacao-e-cultura-cientifica/publicacoes/atividade-gripal/, as well as the surveillance at European level. In addition, epidemiological and virological results are disclosed in scientific publications. The maintenance of such important surveillance is possible due to effort of distinct organizations and professionals, and has impact on the public health service.
