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- Avaliação da época de vigilância ICARO - Mortalidade: 2022Publication . Silva, Susana; Torres, Ana Rita; Rodrigues, Ana Paula; Nunes, Baltazar; Neto, Mariana; Matias Dias, CarlosO objetivo deste trabalho foi o cálculo de estimativas de excessos de mortalidade potencialmente associados ao calor extremo no verão de 2022. Para isso analisámos apenas os períodos de calor extremo com potencial impacte na mortalidade identificados pelo Sistema ÍCARO, que decorreu entre 1 de maio e 30 de setembro de 2022.
- O desenvolvimento de uma ferramenta tecnológica de recolha de dados aplicada ao sistema EVITAPublication . Alves, Tatiana; Tavares, Pedro; Silva, Susana; Braz, Paula; Neto, Mariana; Mexia, Ricardo; Matias Dias, CarlosOs Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) enquanto fenómeno de Saúde Pública reconhecido pelas principais organizações internacionais e nacionais, com impacte na vida dos indivíduos, suas famílias e sistema de saúde, têm efeitos económicos e sociais relevantes, conduzindo a eventual perda de produtividade e interferência na vida em sociedade. Em Portugal, a caracterização epidemiológica dos ADL e o conhecimento do contexto em que ocorrem é possível através do sistema EVITA - Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes - instrumento de observação e vigilância sedeado no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP. Sendo o sistema EVITA alimentado pelo registo de ADL realizados nos serviços de urgência (SU) dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com sistema SONHO, o desenho de um sistema similar de recolha de dados aplicável aos hospitais do SNS sem este sistema constitui um avanço relevante. Objetivo: apresentar a ferramenta desenvolvida para a recolha de dados sobre ADL, que compreende o registo e integração de informação em tempo real, de forma estruturada, numa base de dados, descrevendo a metodologia utilizada. Em parceria com o Instituto Superior Técnico, na área da Engenharia Biomédica, no âmbito da disciplina “Projeto Integrador” foi desenvolvida a interface do aplicativo em Python, utilizando um framework de GUI (Graphical User Interface) embutido na biblioteca padrão da linguagem – o Tkinter; e a base de dados foi criada recorrendo à linguagem de programação SQL. Foi concebida uma aplicação modular de desktop – um ficheiro executável denominado “interface.exe” – que se conecta a uma base de dados guardada num ficheiro local “BaseDados.db”, no mesmo diretório. A interface gráfica da aplicação contemplou diferentes campos de resposta organizados por segmentos de informação referentes, por ordem do fluxo de preenchimento, à admissão no SU, ao utente e ao acidente. Incluíram-se campos abertos e campos de resposta múltipla, facilitando ao utilizador a escolha da opção que melhor descreve o ADL. Nestes campos, a resposta pode ser desagregada a dois níveis, em que a seleção de uma opção mais genérica num 1º nível antecede o aparecimento de um novo campo selecionável, um 2º nível, com opções relacionadas com o primeiro, permitindo especificar as condições de ocorrência do ADL. Esta aplicação, permitiu o desenvolvimento de novas funcionalidades na visualização dos registos efetuados e que contribuíram para a otimização da sua utilização. Este projeto, permitiu o desenvolvimento de uma aplicação de recolha de dados sobre ADL passível de aplicar em hospitais do SNS que não utilizam o sistema de administração SONHO. Num futuro próximo prevê-se o desenvolvimento de protejo piloto para testar a exequibilidade desta metodologia, e assim alargar o âmbito do EVITA a todos os hospitais a nível nacional.
- Pequenos acidentes de grande variedade de agentes (externos), em casa, nas crianças até aos 9 anos, em 2019Publication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Braz, Paula; Aniceto, Carlos; Neto, Mariana; Matias Dias, CarlosEm Portugal, as causas externas de lesão na população infantil têm representado motivo de análise, na medida em que, ocupam a terceira causa de internamento hospitalar de crianças entre os 5 e os 9 anos de idade. Neste grupo populacional merecem destaque os Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL), dado constituírem cerca de 14% do total de admissões ao Serviço de Urgência (SU). Importa salientar que os acidentes e as lesões têm sido identificados como um dos problemas de saúde mais relevantes no desenvolvimento saudável das crianças e jovens, dado constituírem causas evitáveis de morbilidade. O presente estudo foi desenvolvido de modo a conhecer a amplitude do tipo de produtos e, ou, objetos envolvidos nos acidentes ocorridos em casa, que direta ou indiretamente possam ter contribuído para a sua ocorrência, por mecanismo de lesão, localização e idade, os quais implicaram recurso aos serviços de urgência, durante o ano de 2019. Procedeu-se a um estudo observacional, descritivo, transversal utilizando os dados recolhidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2019, pelo sistema EVITA. Os dados são provenientes dos registos efetuados nos serviços de urgência hospitalares, no âmbito das notificações realizadas pelas entidades de saúde da rede do sistema EVITA. Foi realizada uma análise descritiva e secundária dos dados desagregados pelas variáveis idade, sexo, local de ocorrência, mecanismo de lesão e produto, ou, objeto direta ou indiretamente envolvido. Em 2019, no grupo das crianças dos 0 aos 9 anos ocorreram 12 594 ADL, representando cerca de 14,4% do total de acidentes registados nesse período. Considerando a idade, observou-se que 68,3% dos ADL ocorreram nas crianças até aos 4 anos e 31,7% nas crianças entre os 5 e os 9 anos. A maioria dos casos de acidentes em casa foram devido a queda (66,9%), na sequência de contacto com outra pessoa ou objeto (10,9%) e por corte/perfuração (8,0%). A análise dos ADL devido a queda (n=7854), pelos principais objetos/produtos envolvidos e grupos etários permitiu verificar o predomínio da “banheira/poliban” no espaço da casa-de-banho; na cozinha destacaram-se os acidentes com envolvimento da “cadeira/banco”, quer no grupo etário dos 0 aos 4 anos (34,2%), quer no grupo etário dos 5 aos 9 anos (35,0%); no quarto foi notória a maior proporção de quedas da “cama” nas crianças dos 0-4 (78,1%) e dos 5-9 anos (72,7%); no espaço relativo à sala de estar o “sofá” representou 53,4% das quedas no grupo dos 0-4 e 40,5% no grupo dos 5-9 anos. Decorre destes resultados, que a idade da criança ocupa um papel relevante na frequência da ocorrência de quedas. Assim, em função da idade, interligada com importantes etapas do seu desenvolvimento devem ser consideradas para a compreensão das quedas em idade pediátrica. Confirma-se ainda, a utilidade do conhecimento produzido a partir de EVITA no suporte e planeamento de medidas de prevenção simples e dirigidas, em função da idade e do local em que a criança se encontra.
- Depression and multimorbidity - Results from a nationwide studyPublication . Pedrosa, Bárbara; Neto, Mariana; Namorado, Sónia; Leite, AndreiaBackground and objectives: Most studies concerning the relationship between depression and chronic physical disease focused on a single physical disease and did not consider multimorbidity or depression severity. We aimed to characterize this relationship considering chronic physical diseases’ type and number, and depression severity. Methods: We undertook a cross-sectional study, using data from a phone household panel, with “chronic physical disease” as the exposure and “depression” as the outcome. The sample is representative of the Portuguese population. Adjusted logistic and multinomial regression analyses were conducted between depression presence/severity and chronic physical disease presence/type/number. Odds ratio and 95% confidence intervals adjusted for possible confounders were calculated. Results: 1027 individuals were included. Of the population, 8.9% had depression and 72.1% had at least one chronic physical disease. There was no statistically significant relationship between depression and physical disease in general (OR=1.68 [CI95%:0.55, 5.15]), but there was with allergy (OR=2.08 [CI95%:1.02, 4.25]) and COPD (OR=3.04 [CI95%:1.21, 7.61]). The risk of depression was smaller with two physical diseases (vs. three or more, OR=0.32 [CI95%:0.15, 0.68]). Conclusions: A relationship between COPD, allergy and a higher number of physical diseases and depression was observed. Clinicians should be aware of these relationships. Evaluating the presence of depression in people with multimorbidity, COPD and allergy is recommended.
- Acidentes Domésticos e de Lazer com bicicleta em crianças, durante a pandemia COVID-19, em PortugalPublication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Braz, Paula; Rodrigues, Emanuel; Neto, Mariana; Mexia, Ricardo; Matias Dias, CarlosOs acidentes e lesões não intencionais têm representado a maior causa de internamento hospitalar e morte para as crianças no mundo, sendo uma prioridade de intervenção na área pediátrica. Atendendo às alterações no quotidiano e nas rotinas das crianças, decorrentes das medidas impostas face o contexto pandémico da Covid-19, que limitaram a sua participação em atividades de grupo, sociais e desportivas, o uso de bicicleta e outros equipamentos com rodas (trotinete, patins, skate) tem vindo a aumentar. Considerando ainda o estadio de desenvolvimento deste grupo etário, o presente estudo assume particular relevo no entendimento desta problemática de saúde pública. Este estudo tem como objetivo descrever a evolução da frequência dos episódios de ADL com bicicleta e outros equipamentos com rodas, nas crianças e jovens dos 5 aos 14 anos, que recorreram ao SU por esse motivo, em 2019 e 2020. Através de uma análise secundária dos dados recolhidos pelo sistema EVITA, respeitantes a crianças e jovens dos 5 aos 14 anos, entre 2019 e 2020, procedeu-se à análise descritiva dos dados, com o apuramento das frequências absolutas e relativas (percentagens). Comparações entre proporções foram realizadas através do teste do Qui-quadrado de Pearson com um nível de significância de 5%. Nesta análise foi utilizado o programa estatístico SPSS V.24. Nos dois anos foram registados 1322 episódios de ADL (607 em 2019 e 715 em 2020), com envolvimento de bicicleta e outros equipamentos com rodas, nas crianças e jovens dos 5 aos 14 anos. A distribuição dos episódios de admissão ao SU devidos a ADL por grupo etário revelou que 31% ocorreram nas crianças dos 5 aos 9 anos e 69% no grupo dos 10 aos 14 anos, numa maior proporção no sexo masculino (58,8%; 75,2%, respetivamente). As quedas constituíram o principal mecanismo de lesão em 2019 e em 2020, nas crianças dos 5 aos 9 anos (91,7%) e dos 10 aos 14 anos (96,5%), destacando-se o “Ar livre” (38,1%; 42,4%) e as “Áreas de transporte” (18,8%; 18,9%) como os locais onde ocorreram em maior frequência em ambos os grupos etários, respetivamente. Em 2020, entre os meses de maio e novembro, com exceção do mês de julho, o número mensal de episódios de ADL com recurso ao SU com envolvimento de bicicleta e outros equipamentos com rodas manteve-se acima dos valores do período homólogo, em 2019 (p<0,01). No geral, destaca-se o aumento percentual de episódios de ADL com bicicleta e outros equipamentos com rodas ocorridos ao “Ar livre” (26%), em “Áreas de transporte” (13%), em “Casa” (43%) e uma diminuição percentual em “Área desportiva” (-52%) e “Área diversão”(-15%) em 2020, face a 2019. Dado o aumento do número de episódios de ADL com bicicleta em 2020 considera-se útil uma análise mais detalhada que permita conhecer a distribuição destas frequências por tipologia de lesão, parte do corpo lesada, bem como, a continuidade do estudo, aumentando o período de observação.
- Vacinação antigripal da população portuguesa nas épocas 2016/2017 e 2017/2018: cobertura e características do ato vacinalPublication . Machado, Ausenda; Torres, Ana Rita; Kislaya, Irina; Neto, MarianaNo âmbito da monitorização da toma da vacina antigripal sazonal (VAGS) em Portugal, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, disponibiliza o relatório Vacinação antigripal da população portuguesa nas épocas 2016/2017 e 2017/2018. A publicação divulga a cobertura e caraterísticas do ato vacinal referente às épocas 2016/2017 e 2017/2018 e contempla, pela primeira vez, estimativas referentes a Portugal Continental e Regiões Autónomas. O estudo epidemiológico, transversal, utilizou dados recolhidos mediante inquérito por questionário estruturado aplicado por entrevista telefónica ao painel de famílias do instrumento de observação ECOS (Em Casa Observamos Saúde). O trabalho de recolha de dados realizou-se entre julho e setembro de 2018. A análise dos dados foi ponderada e extrapolada para a população residente em Portugal. De entre os resultados apresentados, destaca-se o seguinte: i) As estimativas da cobertura da vacina antigripal na época 2017/2018 foram: 20,7% na população geral; 60,8% nos indivíduos com 65 e mais anos; 41,0% nos indivíduos portadores de doenças crónicas; ii) Comparando com a taxa de cobertura estimada para a população geral, referente à época 2015/2016 (16,2%), observou-se um aumento de cobertura da vacina antigripal de aproximadamente 5% na época 2017/2018; iii) Verificou-se uma evolução igualmente positiva nos indivíduos com 65 e mais anos, tendo a estimativa pontual evoluído de 50,1% (época 2015/2016) para 57,4% (época 2016/2017) e posteriormente, para 60,8% (época 2017/2018).
- O recurso ao serviço de urgência por acidentes domésticos e de lazer em crianças até aos 4 anos em PortugalPublication . Alves, Tatiana; Aniceto, Carlos; Braz, Paula; Silva, Susana; Papadakaki, Maria; Neto, Mariana; Mexia, Ricardo; Matias Dias, CarlosOs acidentes e lesões não intencionais nas crianças entre os 0 e os 4 anos assumem relevante expressão ao nível da dimensão da morbilidade. Assim, apesar dos acidentes domésticos e de lazer (ADL) serem eventos comuns e com impacto no volume das admissões aos Serviços de Urgência (SU), o conhecimento epidemiológico acerca destes acontecimentos ainda é limitado. Este estudo tem como objetivo descrever a distribuição dos episódios de ADL por idade, sexo, mecanismo de lesão, produto/objeto envolvido no acidente, período de admissão ao SU e estação do ano, em crianças até aos 4 anos que recorreram ao SU. Através da análise dos dados recolhidos pelo sistema EVITA (Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes), em 2021, procedeu-se à análise descritiva dos dados, com o apuramento das frequências absolutas e relativas (percentagens). Comparações entre proporções foram realizadas através do teste do Qui-quadrado de Pearson com um nível de significância de 5%. Nesta análise foi utilizado o programa estatístico SPSS V.24. Em 2021 foram registados 14097 episódios de ADL ocorridos em crianças até aos 4 anos sendo que 58% observaram-se em bebés até aos 2 anos. A análise dos dados deste grupo etário revelou uma proporção superior no sexo masculino até aos 2 anos (57%), e nos mais de 2 anos (60%) (p<0,01). O maior recurso ao SU por ADL ocorreu ao fim-de-semana (30,1%), durante o verão (29,8%) e a primavera (27,1%). No total dos episódios de ADL os acidentes ocorreram maioritariamente no período entre as 15 e as 21 horas (56,8%). As quedas (58,6%) constituíram o principal mecanismo de lesão, destacando-se as quedas ocorridas “ao mesmo nível” (tropeçar, escorregar) (57,9%) e as quedas sobre ou de escadas (5,6%). Durante o ano em análise as três categorias de produto/objeto mais frequentemente envolvidos nos episódios de ADL foram “mobiliário” (27,7%), “superfície de solo” (18,5%) e “animal, planta ou pessoa” (11,5%). Os resultados deste estudo estão em linha com o apresentado em outros estudos revelando que as quedas e o mobiliário são o mecanismo e o produto mais frequente em acidentes em crianças até aos 4 anos. A reduzida proporção de acidentes observados em escadas ou de escadas neste estudo, sugere que são utilizadas medidas protetoras de forma adequada. Considera-se relevante a continuidade do estudo tendo em vista o conhecimento e a evolução das características epidemiológicas de ADL neste grupo populacional particularmente vulnerável.
- Reasons for non-uptake of Influenza Vaccination: comparison between high-risk and non-high risk groups in the Portuguese populationPublication . Santos, Ana João; Kislaya, Irina; Machado, Ausenda; Matias, Carlos Matias; Neto, MarianaBackground & objective: In Portugal, the Influenza Vaccine (IV) coverage remains bellow the coverage goals proposed by the European Union. Understanding motives for IV non-uptake, particularly for high-risk groups is essential for intervention purposes. The Health Belief Model (HBM) has been one of the most used theoretical frameworks to understand vaccination. This study aims to describe the Portuguese non-uptake and differences between HBM dimensions (susceptibility, severity, benefits, barriers and cues for action) frequency for high-risk and non-high-risk groups. Methods: A cross-sectional study was developed using the panel of families, a probabilistic dual-sampling frame telephone household panel of Portugal. The survey was conducted between June and September 2021-2013, with data collected by questionnaire applied to one element of each household unit with 18+ years (n=1050). Content thematic analysis was conducted in one open question about the reasons for IV non-uptake and included in HBM dimensions. Statistical analysis focused on estimating non-adherence to IV and frequency of the HBM categories stratified by target group recommended for vaccination. Results were weighted by age group and region Results: The response rate was 68%. Of the total sample (n=1050), 671 individuals did not uptake the IV (69.3%, CI95%:64.8-73.5). For the population recommended for the IV, non-uptake was 49.8 (CI95%:43.6-55.9). The perception of low Susceptibility was more common in individuals who did not belong to the target group (74%, CI95%:63.4-82.3 vs. 26%, CI95%:17.7-36.6). By contrast, the Barriers dimension was more frequently mentioned by the target population (45%, CI95%:32.4-58.2 vs. 55%, CI95%:41.8-67.6), namely due to unavailability of stock. Conclusion: IV non-uptake was lower for high-risk group of the Portuguese population, compared to the general population. Differences between the reasons not to take the IV, suggest that the group to whom the IV is recommended, due to increased risk of complications, is aware of increased susceptibility. Overall, these results indicate that vaccination campaign seem to be successfully targeting high-risk group, even then efforts need to be maintained to decrease non-uptake.
- Changes in home and leisure accidents in children and young people during the COVID-19 pandemic, in PortugalPublication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Papadakaki, Maria; Neto, Mariana; Mexia, Ricardo; Matias Dias, CarlosThe pandemic context we are experiencing came to focus efforts and resources in direct response to the health needs caused by this new disease (Covid -19). Injuries are the leading cause of morbidity and mortality in the pediatric population. It is important to study the impact of this pandemic on injuries in this group, as relevant public health. The aim of this study is to describe the temporal changes of the Home and Leisure Accidents (HLA) among children aged up to 19 years which needed attendance in the Emergency Department (ED) of the National Health Service Hospitals in Portugal. Hospital records were used through EVITA system, between 2019 and 2021 (until october). A descriptive analysis of the data was performed to identify changes in HLA attendance in ED rate by sex, age group, place of occurrence, type of mechanism and follow-up. Rate ratios and 95% confidence intervals (CIs) were used to evaluate potential differences between these three years. Between 2019 and 2021 there were 170 042 HLA episodes in the age groups 0-19 years old representing 31% of all home and leisure accidents during this period of three years. As compared to the year 2019, HLA episodes rate registered in children and young people up to 19 years a decreased of 23,9% [RR=0,76; IC95 (0,75; 0,77)] during the 2020 year and a decreased of 16,1% [RR=0,84; IC95 (0,83; 0,85)] in 2021 year. The HLA episodes registered, from march to december 2020, have always remained below the values of the previous year. However, the months of april to july in 2021, registered the highest values of these three years. During this three years period accidents occurred at school accounted for 34,4% of all HLA in the youngest till 19 years old. In 2020 it was observed a significant reduction (18,5%) on HLA rate in this place of occurrence, as well as, in 2021, a reduction of 11,8%. This pattern was reversed for HLA at home with the highest increase of 34,7%in the year of 2020. As for the type of injury mechanism the decrease was most marked in the HLA rate caused by “blunt force” of 22,8% in 2020 and a decrease of 11,5% in 2021. More discussion regarding the frequency and evolution of HLA during the pandemic in this group of greater vulnerability is needed, evaluating the safety at home.
- Saúde e Bem-estar da população portuguesa em 2018Publication . Santos, Ana João; Torres, Ana Rita; Machado, Ausenda; Neto, MarianaA definição de saúde proposta pela Organização Mundial de Saúde em 1948, reconhece várias componentes na compreensão da saúde. A interação dinâmica entre as dimensões biológica, psicológica e social, sublinham a perspetiva multidimensional da saúde. Contribuindo para esta perspetiva o estudo teve como objetivo descrever indicadores das dimensões de saúde física, mental, social e de bem-estar na população portuguesa, em 2018. O estudo epidemiológico, transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde), no segundo semestre de 2018 (1131 indivíduos). As estatísticas descritivas, bem como as estimativas de prevalência foram obtidas com ponderação para a idade, sexo, região e desenho amostral. Os resultados mostram que, para a maioria dos portugueses o seu estado de saúde é bom (46%) ou muito bom (10%), aproximadamente um terço dos Portugueses referiu não ter nenhuma doença crónica (28%) e a proporção de indivíduos com multimorbilidade (presença de duas ou mais doenças crónicas) foi de 45%. Para a maioria dos respondentes, os problemas de saúde não limitaram a realização das atividades de vida diária (71%). Observou-se uma prevalência de depressão de 8,6% e o bem-estar subjetivo avaliado através do Florescimento Psicológico (FP) indicou que 55,8% da população apresenta valores indicativos de recursos psicológicos. Quanto à rede social, em média, a população indicou quase duas pessoas como constituindo a sua rede de suporte social, com a qual estava satisfeita ou muito satisfeita. Os resultados observados mostram que a existência de doenças crónicas, de limitações nas atividades de vida diária e a autoapreciação do estado de saúde não correspondem a sobreposições, sugerindo que outros fatores e determinantes (como a saúde mental, o bem-estar e o suporte social) interagem com a autoapreciação dos respondentes. Um aspeto a destacar são os níveis elevados de florescimento psicológico por cerca de metade da população, bem como a grande satisfação manifestada por grande parte da população quanto à sua rede de suporte.
