DEP - Apresentações orais em encontros nacionais
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- Inquérito Serológico Nacional à COVID-19Publication . Rodrigues, Ana Paula; em nome do grupo ISN COVID-19Este apresentação apresenta o resumo dos principais resultados dos Inquéritos Serológicos Nacionais à COVID-19 realizados em Portugal entre maio 2020 e junho de 2022.
- A paralisia cerebral é mais grave quando coexistente com malformações congénitas: coorte 2001 a 2014 do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia CerebralPublication . Virella, Daniel; Folha, Teresa; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Cadete, Ana; Calado, Eulalia; Matias Dias, CarlosIntrodução e objectivos: A paralisia cerebral (PC) é um complexo clínico com múltiplas causas e quadros clínicos muito variados. As malformações congénitas (MC) encefálicas são reconhecidas como causa de PC. No entanto, estudos recentes chamam a atenção para a associação da presença de MC com a gravidade e complexidade da PC. Apresenta-se a evidência desta associação nas crianças com PC residentes em Portugal. Metodologia: Foi realizado o cruzamento de dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas e do Programa de Vigilância Nacional de Paralisia Cerebral para complementar a informação sobre MC. Analisaram-se crianças com PC nascidas entre 2001 e 2014. Foram caracterizadas as MC de acordo com a CID-10, seguindo os critérios EUROCAT. Exploraram-se associações entre as formas clínicas da PC e a presença ou grupo de malformações congénitas. Resultados: Foi identificada alguma MC em 526/2066 das crianças com esta informação (25,5%; IC95% 23,6-27,4); 197 crianças tinham múltiplas MC (9,5%; IC95% 8,3-10,9). A prevalência de MC nas crianças com PC é muito superior à da população em geral; a MC do SNC é a mais frequente (15%; IC95% 13,7-16,8), seguida da cardíaca (4,4%; IC95% 3,6-5,3) e de síndromes de causas externas (3%; IC95% 2,5-4,0). Não ter MC confere uma possibilidade 2,2 vezes superior de não ter nenhum indicador de complexidade de PC (Odds Ratio 2,2; IC95% 1,64-3,02). A análise estratificada identifica a MC do SNC como o factor mais importante de complexidade na presença de MC múltipla. Conclusão: A presença de MC associa-se a risco de maior gravidade e/ou complexidade da PC, mesmo quando não seja causa direta da PC. Este risco é maior na presença de malformações do SNC. Este facto deve ser tido em conta ao avaliar o prognóstico e na programação do acompanhamento multidisciplinar.
- Evolução do diagnóstico pré-natal em Portugal: dados do Registo Nacional de Anomalias CongénitasPublication . Braz, Paula; Machado, Ausenda; Aniceto, Carlos; Matias Dias, CarlosIntrodução: O diagnóstico pré-natal (DPN), permite: o diagnóstico de patologia para programar tratamento, preparar pais para o nascimento de uma criança com anomalias e optar pela continuidade da gravidez. É objetivo deste estudo avaliar a evolução do DPN nas gravidezes com anomalia congénita (AC) ao longo do tempo e nas diferentes regiões do país. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo, usando dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC. A análise contemplou dois resultados de interesse: i) quando foi detetada a primeira AC e respetivo primeiro exame alterado, (dados de 2000-2019); ii) quais as AC mais diagnosticadas ecograficamente, tanto a nível nacional como por região NUTS II de residência da grávida (dados de 2011-2019). Resultados: Nos 23745 casos notificados ao RENAC, observou-se um aumento de casos diagnosticados na fase pré-natal (42,3% em 2000 e 62,9% em 2019) e uma redução ao nascer (40,2% em 2000 e 23,7% em 2019). O primeiro exame alterado foi a ecografia em 89,6% dos casos, e os exames invasivos reduziram de 6,4% em 2000 para 1,9% em 2019. Nos 11931 casos notificados entre 2011-2019, observou-se uma maior frequência de diagnóstico em algumas AC do Sistema Nervoso Central (89% a 93%), Aparelho Renal (93% a 96%), AC da Parede Abdominal (85% e 92%), Anomalias dos Cromossomas (85% a 98%) e coração esquerdo hipoplásico (95,1%). São também estes os grupos mais diagnosticados por NUTS II, registando-se na Região Norte frequências quase sempre superiores às nacionais. Conclusões: Nos anos em estudo, ao observou-se um impacto do diagnóstico pré-natal, com aumento de diagnósticos na fase pré-natal e redução ao nascer, sendo a ecografia o exame que mais frequentemente diagnostica ou suspeita da presença de uma AC. Nas AC potencialmente detetáveis por ecografia, observou-se variação na frequência de diagnostico de acordo com a região de residência da gravida.
- Vigilância do vírus sincicial respiratório em Portugal - VigiRSVPublication . Azevedo, Inês; Rodrigues, Ana Paula; Gaio, Vânia; Melo, Aryse; Guiomar, Raquel; Equipa VigiRSVEste trabalho descreve os principais resultados da vigilância das infeções por VSR em Portugal na época 2022/23.
- Estimativa do risco cardiovascular na população portuguesa: aplicação do novo SCORE2Publication . Santos, Maria Manuel; Sousa-Uva, Mafalda; Namorado, Sónia; Gonçalves, Teresa; Matias Dias, Carlos; Gaio, VâniaIntrodução: As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte globalmente. A estimativa do risco cardiovascular (RCV) é útil para a prevenção precoce através da identificação dos indivíduos com necessidade de intervenção no estilo de vida e, eventualmente, na terapêutica medicamentosa. De acordo com um estudo prévio realizado na população portuguesa, que utilizou o Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE), a estimativa do risco a 10 anos de doença cardiovascular fatal na população portuguesa foi 17,1%. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo estimar e caraterizar o RCV a 10 anos em Portugal, no ano de 2015, nos indivíduos com idade entre os 40 e 69 anos, utilizando o novo SCORE2 desenvolvido em 2021, pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Metodologia: Foram usados os dados gerados pelo 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015) considerando como critérios de inclusão à data do inquérito: idade entre os 40 e 69 anos, ausência de gravidez, informação disponível sobre o sexo, idade, consumo de tabaco, pressão arterial sistólica, colesterol total e lipoproteína de alta densidade. Foram excluídos da análise os participantes com as seguintes doenças ativas: doença cardiovascular, diabetes, doença renal crónica, ou com terapêutica medicamentosa para enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabetes e doença renal crónica (n = 2817). A prevalência de RCV alto ou muito alto foi estratificada por sexo, grupo etário, estado civil, nível de escolaridade, atividade profissional, grau de urbanização, região de residência e quintil de rendimento. Resultados: Em Portugal, no ano de 2015, 36,7% (IC95%: 34,2 a 39,0) e 6,1% (IC95%: 4,9 a 8,0) dos indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 69 anos tinha um RCV alto e muito alto, respetivamente. A prevalência de risco cardiovascular alto ou muito alto era superior nos homens, entre os 60 e 69 anos, nos indivíduos sem escolaridade ou com o 1º ciclo do ensino básico e com baixa qualificação da atividade profissional (por exemplo: agricultores, trabalhadores da indústria e construção). Conclusões: Verificou-se uma elevada prevalência de risco alto ou muito alto de vir a desenvolver doença cardiovascular (fatal ou não fatal) nos 10 anos seguintes (42,8%) na população portuguesa com idade entre os 40 e os 69 anos, em 2015. Dada esta prevalência e considerando os grupos populacionais mais suscetíveis, é premente identificar precocemente e monitorizar estes indivíduos, nomeadamente, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, o que poderá contribuir para a redução da mortalidade e morbilidade por doença cardiovascular na população portuguesa.
- Afinal, é ou não seguro consumir regularmente pescado?Publication . Santiago, Susana; Namorado, Sónia; Dias, Carlos; Martins, Carla; Santos, Mariana; Carvalho, Cristina; Assunção, RicardoConsumo de pescado em Portugal, Riscos e beneficios do consumo de pescado, Metilmercúrio (MeHg), População mais suscetível ao MeHg, Avaliação da exposição ao MeHg, Recomendações para o consumo de pescado.
- Exposição ambiental e ocupacional da população portuguesa a metais e seus determinantesPublication . Namorado, Sónia; Silva, Maria JoãoA União Europeia reconheceu o papel relevante da biomonitorização humana (BMH) na geração do conhecimento para a avaliação dos efeitos cumulativos da exposição a químicos, tendo em conta as várias vias e fontes de exposição e, neste sentido, cofinanciou a Iniciativa Europeia de Biomonitorização Humana (2017-2022), projeto que envolveu 116 instituições de 30 países e teve como objetivo utilizar a biomonitorização humana para avaliar a exposição humana a substâncias químicas, com vista a uma melhor compreensão dos impactos associados na saúde e à melhoria da avaliação dos riscos químicos. No âmbito desta iniciativa, Portugal participou no estudo realizado para avaliação da exposição da população geral a químicos selecionados como prioritários (Estudos Alinhados do HBM4EU), entre os quais o cádmio, e no estudo ocupacional para avaliação da exposição a crómio hexavalente. Nesta comunicação serão apresentados os resultados portugueses, nomeadamente dados da exposição a cádmio na população geral e da exposição a crómio em trabalhadores.
- Assessing exposure to environmental contaminants in portuguese mother-infant pairs: the project ARTEMISPublication . Namorado, Sónia; Pastorinho, M. Ramiro; Simões, Mariana; Coelho, Susana; Lamy, Elsa; Silva, Susana Pereira; Ogura, Joana; Nunes, Baltazar; Sousa, Ana CatarinaObjective: Today chemicals play a major role in our daily lives, being present in the air we breathe, in the food we eat and in the products we use. As such, it is essential to know the levels of chemicals present in our bodies and assess the risks associated. For that, Human Biomonitoring (HBM), the measurement of the concentrations of chemicals in human biological samples, is a very useful technique. Nevertheless, Portuguese HBM data is scarce and more knowledge on the exposure to chemicals of the Portuguese population is needed. It is then proposed to develop a study to assess the current environmental exposure of Portuguese children and women of childbearing age, vulnerable groups of the population, to selected chemicals, particularly metals and endocrine disruptors. Methods: The project ARTEMIS will evaluate exposure of children aged 6-11 years old and their mothers aged 45 years or less residing in four selected rural and urban areas in Portugal (LVT and Alentejo regions). Recruitment will be done through schools. Urine and hair samples will be collected for the analysis of exposure biomarkers, namely of metals (including mercury, cadmium and arsenic), bisphenols and cotinine. Additionally, saliva samples will be collected for the analysis of effect biomarkers (salivary proteome). Questionnaire data on socio-demographic characteristics, lifestyle, nutrition, health, and specific information on exposure to the selected chemicals will be collected using CATI (Computer-Assisted Telephone Interviewing). A biobank will also be established to allow further analysis of the samples. Expected results: ARTEMIS will be an innovative project that will not only produce much needed data on the current exposure of the Portuguese population to chemicals, but also allow to evaluate time trends of exposure to some chemicals by comparison with the results from previous projects and to study the association of exposure with biomarkers of effect.
- Avaliação da exposição da população portuguesa a substâncias químicas: resultados de um estudo de âmbito nacionalPublication . Namorado, Sónia; Ogura, Joana; Silva, Susana; Coelho, Inês; Delgado, Inês; Gueifão, Sandra; Ventura, Marta; Martins, Carla; Viegas, Susana; Alvito, Paula; Silva, Maria João; Nunes, Baltazar; Matias Dias, CarlosIntrodução: Tem sido amplamente reconhecido que a exposição humana a determinados químicos tem um impacto negativo na saúde humana. Importa, pois, caracterizar e monitorização a exposição da população por forma a, se necessário, suportar o desenvolvimento de medidas que levem à redução dessa exposição. Objetivo: Caracterizar a exposição da população adulta portuguesa a um conjunto de substâncias químicas consideradas prioritárias no âmbito da Iniciativa Europeia de Biomonitorização Humana (HBM4EU). Metodologia: Em 2019-2020 realizou-se um estudo epidemiológico transversal (INSEF-ExpoQuim) numa subamostra dos participantes do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015). Para tal, selecionaram-se indivíduos de ambos os sexos e entre os 28 e 39 anos que foram recontactados. Cada participante respondeu a um questionário para recolha de dados socio-demográficos e estilos de vida e cedeu uma amostra de primeira urina da manhã. As amostras foram analisadas em laboratórios previamente qualificados para determinação de cádmio (Cd), bisfenóis (BPA, BPF e BPS), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), acrilamidas e micotoxinas (desoxinivalenol – DON). Foi realizada uma análise descritiva das concentrações dos biomarcadores e uma avaliação do risco para a saúde utilizando a proporção de participantes com valores acima dos valores de referência disponíveis. Resultados: Observaram-se, na população portuguesa (n=296), valores médios das concentrações urinárias de BPA, BPS, acrilamidas e de alguns PAHs, entre os quais o 1-hidroxipireno, superiores aos valores médios observados para a população europeia, enquanto que a média das concentrações de cádmio era inferior. Comparando as concentrações dos biomarcadores analisados com os valores de referência disponíveis observou-se que 1,4%, 0%, 19,3%, 13,7% e 1,0% das concentrações de Cd, BPA, BPS, DON, e 1-hidroxipireno, respetivamente, se encontravam acima dos valores de referência. Conclusões: O INSEF-ExpoQuim produziu pela primeira vez dados de exposição a várias substâncias químicas na população adulta portuguesa harmonizados e diretamente comparáveis com valores de exposição da população Europeia. Os resultados mostraram que a população portuguesa está exposta aos químicos analisados e considerados prioritários no âmbito do HBM4EU, com uma proporção significativa de indivíduos a apresentar valores de exposição a BPS e DON, que poderão ser preocupantes, em termos de saúde pública. Os presentes resultados poderão contribuir para a definição de prioridades nacionais num futuro programa de monitorização e apoiar o desenvolvimento de políticas que visem a redução da exposição a estes químicos.
- Avaliação da exposição da população portuguesa a substâncias químicas perigosasPublication . Namorado, SóniaApresentação dos resultados do estudo INSEF-ExpoQuim, nomeadamente os referentes à exposição da população portuguesa a cádmio, bisfenóis e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs). O conhecimento científico atual suporta a afirmação que a exposição a determinadas substâncias químicas ambientais pode causar efeitos adversos na saúde ou mesmo doença. Para avaliar o risco para a saúde humana é importante medir a quantidade dessas substâncias químicas no nosso organismo. Isto pode ser feito com recurso à biomonitorização humana, que consiste na medição da quantidade de uma determinada substância química em amostras biológicas como sangue, urina, unhas ou cabelo, e pode ser utilizada para a avaliação da exposição interna total a uma substância química resultante de todas as fontes e vias de exposição. No âmbito da Iniciativa Europeia de Biomonitorização Humana (HBM4EU), Portugal contribuiu com o estudo INSEF-ExpoQuim, um estudo epidemiológico transversal realizado entre os participantes no primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015) com o objetivo de caracterizar a exposição da população adulta portuguesa a substâncias químicas. Os resultados apresentados serão discutidos numa perspetiva de avaliação de risco, de apoio à tomada de decisão e de definição de prioridades a nível nacional para a realização de estudos futuros.
