DEP - Apresentações orais em encontros nacionais
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- (In) visibilidades e paradoxos na violência contra as pessoas idosasPublication . Gil, Ana Paula; Santos, Ana JoãoO problema da violência contra as pessoas idosas não constitui um problema novo, mas ganha hoje uma maior visibilidade social. Crise da família ou a perda de alguns valores e práticas sociais, no seio da família, são alguns dos argumentos invocados para a construção social da violência contra as pessoas idosas. Se a família pode ser hoje um local de afetos e reciprocidades, também pode constituir um lugar de omissões e de violência. As perceções sociais face ao problema por parte da população em geral e os números reais obtidos através de estudos europeus de prevalência revelam desfasamentos e paradoxos. Os resultados qualitativos que apresentaremos surgem no âmbito do projeto de investigação Envelhecimento e Violência, financiado pela FCT, que tem como objetivo estimar a prevalência da violência (física, psicológica, financeira, negligência e sexual) contra as pessoas com 60+ anos na população portuguesa, caracterizando as condições de ocorrência no contexto familiar, bem como os fatores de risco associados. Na fase exploratória do estudo, e a partir de uma amostra por conveniência, analisaram-se as representações sociais que as pessoas com 60+ anos têm do fenómeno. Quais os principais atos de violência identificados? Quais os fatores de risco? Quais os circuitos institucionais da denúncia? Estas e outras questões constituíram os eixos de análise que serviram de base para a utilização da técnica de focus group. Para o efeito foram constituídos 4 grupos heterogéneos, homens e mulheres, com 60+ anos, oriundos de freguesias rurais e urbanas, na região de Lisboa. Os resultados revelaram que a questão da violência constitui um novo risco social, que se traduz no conhecimento crescente de casos (diretamente ou pelos mass media), influenciando as perceções que se constroem sobre a sua natureza e extensão. A sobrevalorização do problema gera uma visão simplificada e reduzida a uma relação interpessoal. A complexidade das relações intergeracionais obriga ao reconhecimento da ambivalência como parte integrante destas e à diferenciação entre conflito e violência. Torna-se necessário distinguir o que é um ato violento, de um ato que tem subjacente um conflito familiar, que resulta, por vezes, do processo desigual de atribuição das responsabilidades familiares ou das condições adversas que o exercício das práticas de cuidar exige. De modo a contribuir para a clarificação das fronteiras conceptuais entre conflito e violência, a perspetiva sócio-ecológica possibilita-nos um modelo teórico multifactorial, compatível com a complexidade do problema em análise e articula fatores de risco: individuais, contextuais e estruturais. A realização de estudos de base populacional que possam estimar a prevalência da violência, que hoje as pessoas idosas são vítimas, passou a ser premente no planeamento das políticas públicas que visem assegurar um envelhecimento mais saudável e seguro.
- Características sociodemográficas dos fumadores em Portugal: análise comparativa dos Inquéritos Nacionais de Saúde (1987-2005)Publication . Leite, Andreia; Machado, Ausenda; Dias, Carlos MatiasIntrodução: Fumar é um importante fator de risco para várias patologias. Descrever as características dos fumadores é importante para monitorizar e planear estratégias preventivas. Pretende-se com este estudo contribuir para o conhecimento da epidemiologia do consumo de tabaco em Portugal. Metodologia: Foram usados os dados dos 4 Inquéritos Nacionais de Saúde (INS) realizados até à data – 1987, 1995, 1998 e 2005. Para cada inquérito foi ajustado um modelo de regressão logística incluindo covariáveis sociodemográficas – grau de escolaridade, ocupação e grupo profissional, região e estado civil. Os modelos foram ajustados separadamente para cada dos sexos. Resultados: Nos homens, em todos os anos, verificou-se que os desempregados [Odds Ratio (OR): 5,57 em 2005 e 8,38 em 1995], divorciados (OR: 1,75 em 2005 a 2,79 em 1987), trabalhadores não qualificados (OR: 4,07 em 2005 a 5,4 em 1998) e da região do Alentejo (OR: 1,67 em 1998 a 2,4 em 1987) apresentavam maior risco de fumar. Já relativamente ao grupo etário o grupo de maior risco foi o dos 25-34 anos para todos os inquéritos (OR: de 5,44 em 1987 a 5,94 em 1998), exceto para o de 2005 em que foi o dos 35-44 (OR: 4,69). Na escolaridade verificou-se um maior risco para os homens com 12º ano em 1987 (OR: 1,23), 9º ano em 1995 (OR: 1,18) e 6º ano nos dois últimos inquéritos (OR respetivamente de 1,34 e 1,42). Nas mulheres e em todos os INS as desempregadas [OR de 3,68 em 2005 a 5,91 em 1987] e divorciadas (OR de 2,59 em 2005 a 3,35 em 1998) apresentaram maior risco de fumar. Com a exceção de 1998 na região de Lisboa encontrou-se o maior risco de fumadoras (OR: 2,02 a 2,04). Já relativamente ao grupo etário o de maior risco foi o dos 15-24 anos para o primeiro inquérito (OR: 11,82), e o dos 25-34 anos para os seguintes (OR de 12,08 em 2005 a 17,55 em 1995). Na escolaridade destacou-se o grupo do ensino superior nos dois primeiros INS (classe de referência), o do 12º ano em 1998 (OR: 1,25) e o do 6º ano em 2005 (OR: 1,2). Os grupos profissionais em maior risco foram variáveis nos vários inquéritos. Conclusões: Os grupos potencialmente mais suscetíveis e estáveis (desempregados, divorciados) devem ser o maior enfoque das estratégias de cessação tabágica. Nas restantes características a sua evolução deve ser acompanhada, adaptando as estratégias de acordo com a sua evolução.
- Efetividade da vacina antigripal na época 2011-2012: resultados do projeto EuroEVAPublication . Machado, Ausenda; Nunes, Baltazar; Guiomar, Raquel; Gonçalves, Paulo; Pechirra, Pedro; Batista, Ines; Conde, Patricia; Falcão, IsabelIntrodução: Anualmente o vírus da gripe é responsável por epidemias que afetam as populações humanas, originando infeções respiratórias normalmente benignas mas que podem ter repercussões elevadas na saúde dos indivíduos. A medida de prevenção mais eficaz é a vacinação, mas a constante evolução dos vírus influenza obriga à reformulação da sua composição todos os anos. O projeto de EuroEVA (Efetividade da vacina antrigripal na Europa) é a componente Portuguesa do estudo europeu multicêntrico I-MOVE e pretende obter estimativas da efetividade da vacina sazonal e pandémica durante e após a época de gripe. Os resultados apresentados correspondem à implementação do estudo EuroEVA na época 2011-2012, que teve como objetivo obter estimativas da vacina antigripal nesta época para a população geral e no grupo alvo da vacinação. Métodos Foi utlizado um delineamento caso controlo, onde casos de síndrome gripal (SG), com resultado laboratorial positivo para a gripe (casos de gripe) foram comparados com controlos, casos de SG com resultado laboratorial negativo para gripe. Os casos de SG foram selecionados de entre doentes com sinais e sintomas de SG numa consulta com um médico de medicina geral e familiar. A informação relevante incluindo sociodemográfica, características clínicas do SG, estado vacinal e potenciais fatores de confundimento (história tabágica, doenças crónicas, estado funcional, educação, consultas de MGF nos últimos 12 meses) foi obtida através de um questionário. A efetividade foi estimada através de EV=1-OR, sendo OR o odd ratio de estar vacinado nos casos de gripe vs controlos. Resultados Entre a semana 46/2011 e a semana 15/2012, foram recrutados 352 casos de SG. Após exclusão de 79 casos que não cumpriam os critérios de inclusão, a amostra final analisada consistiu em 273 casos de SG (134 casos de gripe e 139 controlos). A estimativa bruta da efetividade da vacina (EV) foi 59,2% (IC95%:21,1-79,4) na população geral e de 61,8% (IC95%:15,5-83,1) no grupo alvo da vacinação. Após ajustamento, o valor da EV sazonal 2011-12 diminuiu para 48,8% (IC95%:0,0-73,8) e 51,6% (IC95%:-6,2-77,9) respetivamente na população geral e no grupo alvo da vacinação. Conclusões Para a época de gripe 2011-12, as estimativas ajustadas da EV foram semelhantes para a população em geral (48,8%) e para o grupo-alvo da vacinação (51,6%), mas nenhuma era estatisticamente significativa. Quando comparado com a época 2010-11, a estimativa pontual da EV para a população em geral foi inferior (em 2010-11 a EV foi de 58%), embora haja sobreposição do intervalo de confiança.
- Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico em Portugal: avaliação das fases de planeamento e implementaçãoPublication . Gil, Ana Paula; Barreto, Marta; Machado, Ausenda; Horta Correia, Filomena; Dias, Carlos MatiasO Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP) participou em 2010-2011 no projecto piloto EHES (European Health Examination Survey), co-financiado pela UE e coordenado pelo Instituto Finlandês de Saúde Pública (THL). A pertinência destes estudos reside na possibilidade de aliar a análise de diversas dimensões de saúde numa amostra populacional à máxima validade dos dados e informação obtidos, reconhecidamente superior à de estudos baseados em informação autodeclarada. O objetivo foi avaliar a capacidade dos 12 países participantes para construir e ensaiar uma infraestrutura capaz de implementar um futuro EHES harmonizado. A fase piloto (em Portugal, Inquérito de Saúde com Exame Físico - INSEF) visou explorar diferentes formas de implementação e demonstrar a sua exequibilidade Portugal.
- Letalidade intra-hospitalar ajustada por ano, grupo etário e sexo; significado, implicações e robustez da análisePublication . Nunes, BaltazarLetalidade intra-hospitalar ajustada por ano, grupo etário e sexo; significado, implicações e robustez da análise
- Sickle cell disease severity scoring: cross-validation between a disease severity score and a paediatric severity scorePublication . Coelho, Andreia; Dias, Alexandra; Morais, Anabela; Nunes, Baltazar; Faustino, Paula; Lavinha, JoãoSickle cell disease (SCD) is a monogenic disorder under polygenic and environmental control. This aetiopathogenic architecture leads to marked clinical heterogeneity with the emergence of multiple and diverse subphenotypes, which makes the patients severity stratification particularly difficult. A number of severity scores have been proposed, aiming at the integration of many clinical dimensions into a meaningful single synthetic measure of morbidity and/or risk of death within a given period. As part of a wider research on the development and validation of vaso-occlusion early predictors in SCD, we have analysed (i) the correlation between two scores, namely a disease severity score (DSS) and a paediatric severity score (PSS), and (ii) the association of scores to a number of genotypic and phenotypic markers in a series of 99 paediatric SS patients followed-up in two large general hospitals in Greater Lisbon area. The evaluated patients were mostly (97%) of Sub-Saharan African ancestry and presented an M/F ratio of 1.17, a median current age of 9.9 years, and a median follow-up/patient of 5.0 years. Both DSS and PSS displayed a non-normal (p<0.01) multimodal distribution. The Spearman’s ρ correlation coefficient between DSS and PSS was 0.280 which is significant at the 2-tailed 0.01 level. Although statistically significant, this weak positive correlation, coupled with a fair inter-rater agreement (κ value) of 0.281, suggests the compared severity scores, although overall convergent, are measuring different aspects of the phenotype, at different developmental stages (paediatric versus adult) and with different weights. Regarding the association studies, statistically significant relationships were observed (i) of DSS to a beta-globin gene cluster polymorphism, leukocyte and reticulocyte counts, RDW and HbF and (ii) of PSS to HbF. In conclusion, recently developed SCD severity scores are not yet the effective tool needed for patient stratification in genotype/phenotype (including response to medical interventions) association studies, as well as in the discovery and validation of prognosis markers of the largely unpredictable SCD clinical course. In particular, the marked reduction of sepsis incidence in younger SCD patients in developed countries is just an illustration of the type of problems novel improved severity scores should address. Acknowledgements: This study was partially funded by FCT grants PIC/IC/83084/2007 and CIGMH. The authors have no competing interests.
- Avaliação Externa da Qualidade na Fase Pré AnalíticaPublication . Faria, Ana PaulaFase Pré Analítica; AEQ – Fase Pré Analítica; Fase Pré-Analítica 2007-2011 no PNAEQ; Fase Pré-Analítica AEQ 2012/2013: Indicadores
- A Saúde em Todas as Políticas, o papel da evidênciaPublication . Fonseca, Rita; Dias, Carlos MatiasSumário: Conceitos e definições; O papel da evidência; Exemplos internacionais; Exemplos nacionais
- Efeitos da austeridade na saúde da população, evidência internacional e experiência portuguesaPublication . Dias, Carlos Matias; Fonseca, Rita; Contreiras, Teresa; Pereira Miguel, José
