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DEP - Artigos em revistas nacionais

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  • A atividade do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge à luz dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável [Editorial]
    Publication . Dias, Carlos Matias; Almeida, Fernando de
    Ao percorrer os 15 artigos incluídos neste trigésimo oitavo número do Boletim Epidemiológico Observações do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), podemos, adotando uma interpretação lata da Agenda 2030 preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), associar, diretamente ou indiretamente, dez daqueles artigos ao terceiro Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 3: Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades), constatação natural num Instituto público do sector da saúde como INSA. (...)
  • Seroprevalência de SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de hospitais em comparação com a população geral, 2021-2022
    Publication . Gaio, Vânia; Amaral, Palmira; Santos, Ana João; Henriques, Camila; Guiomar, Raquel; Rodrigues, Ana Paula; Machado, Ausenda
    Os profissionais de saúde (PS) desempenham um papel essencial na linha de frente durante emergências de saúde causadas por doenças infeciosas. Protegê-los é crucial para garantir a sua saúde, manter a continuidade do atendimento aos pacientes e prevenir a transmissão durante a prestação de cuidados. Este estudo teve como objetivo estimar a tendência da seroprevalência de SARS-CoV-2 entre PS de uma coorte hospitalar entre maio de 2021 e junho de 2022 e compará-la com a tendência de seroprevalência na população geral com 40-49 anos. Adicionalmente, foi feita a caracterização dos PS de acordo com o seu estado de seropositividade relativa aos anticorpos IgG anti-nucleocapside (IgG Anti-N). No âmbito de um estudo da efetividade das vacinas, os PS foram testados para deteção de anticorpos IgG anti-RBD/Spike contra o SARS-CoV-2 em três períodos: maio-junho de 2021, setembro-novembro de 2021 e maio-junho de 2022. No terceiro momento, também foram avaliados anticorpos IgG Anti-N. Para comparação com a população geral, foram usados os resultados de três fases do Inquérito Serológico Nacional à COVID-19 (ISN COVID-19): fevereiro-março de 2021, setembro-novembro de 2021 e abril-junho de 2022. Um total de 977, 509 e 67 PS foram testados nos três momentos, com uma seroprevalência de 85%, 89% e 100%, respetivamente. Essas taxas foram semelhantes às encontradas na população geral portuguesa, exceto no primeiro período (85% versus 19% na população geral, grupo etário 40-49 anos). No terceiro momento, a seroprevalência pós-infeção (anticorpos IgG anti-nucleocápside) foi maior entre os PS do que na população geral (41% versus 27%). A idade menor e o contacto direto com pacientes com COVID-19 estavam associados à positividade para os anticorpos IgG anti-N. A tendência crescente da seroprevalência nos PS segue a mesma tendência observada na população geral. Embora os períodos não coincidam exatamente, no 1º momento, a seroprevalência para SARS-CoV-2 mais elevada entre os PS esteve provavelmente associada à vacinação prioritária desse grupo. No 3º momento, a maior seroprevalência pós-infeção entre os PS indica um aumento na exposição e incidência de infeção nesse grupo após a onda da variante Ômicron. Considerando a diminuição da cobertura vacinal contra a COVID-19 entre os PS, é essencial continuar a monitorização da seroprevalência e a incidência de infeção por COVID-19 neste grupo.
  • Dez invernos de vigilância: 10 anos do sistema FRIESA (FRIo Extremo na SAúde)
    Publication . Silva, Susana das Neves Pereira da; Antunes, Sílvia; Marques, Jorge; Antunes, Sílvia; Marques, Jorge; Dias, Carlos Matias; Rodrigues, Ana Paula
    O Sistema FRIESA foi criado em 2014 para monitorizar o impacto do frio extremo na mortalidade nos distritos de Lisboa e do Porto. Após uma década de atividade, este artigo sintetiza os principais resultados e seu contributo na definição e implementação das medidas de saúde pública. Para este trabalho foram analisados os resultados dos relatórios anuais do FRIESA, tendo sido demonstrada a utilidade do sistema na identificação precoce de períodos críticos e na produção de evidência científica para apoio à decisão em saúde pública.
  • Ocorrência de acidentes domésticos e de lazer durante a pandemia da COVID-19: dados do inquérito ao painel ECOS
    Publication . Krippahl, Helena; Namorado, Sónia; Alves, Tatiana; Neto, Mariana; Fernandes, Teresa; Rodrigues, Ana Paula
    Dada a possibilidade da pandemia da COVID-19 e as medidas associadas terem alterado os padrões de risco e de utilização dos serviços de saúde, tornou-se pertinente avaliar o seu impacto na ocorrência de Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) na população portuguesa. Para tal, foram recolhidos dados através de um inquérito ao painel ECOS, em 2021, analisando-se as prevalências por sexo, grupo etário, região, nível de escolaridade e situação face ao trabalho. Estimou-se que 11,2% da população sofreu pelo menos um ADL no ano anterior à entrevista. Apesar de não se terem encontrado diferenças estatisticamente significativas entre os diferentes subgrupos sociodemográficos, foi observada uma maior frequência entre indivíduos sem escolaridade ou com o ensino básico (12,4%) e entre trabalhadores por conta de outrem (45,2%), tendo, ainda, cerca da metade dos acidentes ocorrido dentro da habitação (46,3%), e sobretudo na cozinha (39,1%), seguindo-se os que ocorreram na rua (28,2%). Dos participantes que referiram ter sofrido um ADL, as estimativas indicam que 47,6% tiveram necessidade de cuidados de saúde e, destes, 98,3% referiram ter recebido os cuidados de que necessitavam, recorrendo ao serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) (62,1%). Como consequência dos ADL, 10,7% dos indivíduos faltaram ao trabalho ou à escola, sendo que 11,0% destes registaram ausências prolongadas, iguais ou superiores a 90 dias. Os resultados reforçam a importância de prever respostas adequadas aos traumatismos por ADL, na preparação de emergências de saúde pública.
  • Testes rápidos de antigénio e efetividade da vacina contra a COVID-19 nos cuidados de saúde primários, em Portugal: explorando o potencial de viés
    Publication . Gómez, Verónica; Delaunay, Charlotte Laniece; Kissling, Esther; Verdasca, Nuno; Gomes, Licínia; Guiomar, Raquel; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana Paula
    A disponibilização dos testes rápidos de antigénio (TRAg) permitiu que o diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2 possa ser feito antes ou durante uma consulta médica. Este conhecimento pode condicionar a procura de cuidados e por outro lado, o Médico de Família (MF) pode ter informação sobre o estado de infeção antes do recrutamento do doente para os estudos de efetividade vacinal. Estudos com desenho de caso-controlo teste-negativo (TND), tradicionalmente usados para estimar a efetividade da vacina contra a COVID-19, podem assim incorrer em viés se a realização dos TRAg e a consulta com o MGF variarem consoante o estado vacinal e o resultado do autoteste. Este estudo descreve os padrões de autoteste em cuidados de saúde primários e as diferenças entre indivíduos que realizaram autoteste e não, nos cuidados de saúde primários em Portugal, avaliando o potencial de viés nos estudos de efetividade vacinal contra a COVID-19. Foram incluídos indivíduos com 60 ou mais anos com Infeção Respiratória Aguda (IRA) que consultaram um MGF entre setembro de 2022 e maio de 2023. Foram recolhidos dados demográficos, de vacinação, testagem, sinais e sintomas e comorbilidades. Dos 166 indivíduos incluídos (21 casos, 145 controlos), 67 (40%) realizaram TRAg. Estes foram mais frequentemente mulheres (72% vs. 67%) e mais jovens (94% entre 60-79 anos vs. 87%). Os indivíduos que realizaram autotestes tiveram uma taxa de positividade para SARS-CoV-2 de apenas 10%, comparado com 14% entre aqueles que não realizaram autoteste. Além disso, apresentavam menor prevalência de doenças crónicas (64% vs. 79%) e foram menos vacinados na campanha vacinal sazonal (39% vs. 53%). Os resultados sugerem uma possível associação negativa entre vacinação e TRAg. A elevada proporção de indivíduos que realizaram TRAg (40%) pode gerar viés no estudo de EV, reforçando a necessidade de estudos com maior dimensão e estimativas de efetividade vacinal estratificadas de acordo com esta variável.
  • Implementação de um questionário epidemiológico a detentores de explorações caseiras de animais em Portugal
    Publication . Esteves, Ana; Aniceto, Carlos; Baroni, Bruno; Ramos, Sónia; Ferreira, Rita; Gomes, João Paulo; Machado, Ausenda; Nunes, Alexandra
    A detenção e a criação de animais em explorações caseiras podem representar um risco para a transmissão de agentes patogénicos zoonóticos e de genes de resistência a antibióticos, com impacto na saúde pública. Em Portugal, a ausência de registo de sistemas de produção caseira (SPC) dificulta a caracterização das práticas de gestão e criação de animais, assim como o perfil dos seus proprietários. Este estudo piloto pretende avaliar o método de amostragem dos detentores de SPC e desenvolver um questionário epidemiológico pioneiro para avaliar as condições de criação, biossegurança e riscos sanitários e ambientais em SPC. Estruturado em cinco seções, o questionário foi disponibilizado em i) formato eletrónico e ii) em papel, tendo-se testado duas formas de divulgação: através de divulgação digital e por aplicação presencial por pontos de contacto (veterinários, inspetores sanitários e associações do setor). Até ao momento, observou-se um maior número de respostas na versão online, pela sua maior facilidade e abrangência de divulgação. Apesar das limitações na distribuição dos questionários, a metodologia adotada permitirá caracterizar os SPC e os seus proprietários, contribuindo para a avaliação de possíveis riscos e o seu impacto na saúde pública. A continuidade da recolha de dados fortalecerá esta caracterização, apoiando estratégias de mitigação de riscos zoonóticos, segurança alimentar e promoção da saúde animal sob a abordagem One Health.
  • Monitorização da mortalidade em Portugal: evolução da mortalidade por todas as causas em 2024
    Publication . Silva, Susana Pereira da; Rodrigues, Ana Paula
    A monitorização da mortalidade por todas as causas é uma ferramenta útil na identificação de fenómenos de saúde, ou desastres de elevada magnitude ou gravidade e que podem, por isso, ter impacto na mortalidade. Este trabalho teve como objetivo descrever a evolução da mortalidade por todas as causas durante o ano de 2024 [semana 01/2024 à semana 52/2024 (01 janeiro de 2024 a 29 dezembro de 2024)], bem como, identificar e analisar os períodos de excesso de mortalidade. Foram analisados dados semanais de mortalidade, estratificados por sexo e grupo etário. A mortalidade esperada foi estimada através de modelos de regressão linear ajustados para tendências temporais e sazonalidade, excluindo-se os períodos associados a eventos com potencial impacto na mortalidade. A identificação dos períodos de excesso de mortalidade baseou-se na aplicação de regras de Westgard, e os excessos foram quantificados em termos absolutos e relativos. No período em estudo, foram registados 118.360 óbitos em Portugal, tendo sido identificados dois períodos de excesso de mortalidade a nível nacional [3.072 óbitos em excesso (IC 95%: 2.534-3.610)]. Foram estimados excessos de mortalidade nos grupos etários acima dos 45 anos, observando-se um gradiente crescente com a idade. Pela coincidência temporal podemos concluir que os períodos de excesso de mortalidade terão estado potencialmente associados à epidemia de gripe, ao período de maior circulação de COVID-19, e ao período de calor extremo ocorrido em 2024.
  • Respiratory syncytial virus under 2 years of age: hospitalization trends and risk factors for severe disease – preliminary data from the Portuguese sentinel network
    Publication . Torres, Ana Rita; Melo, Aryse; Aniceto, Carlos; Guiomar, Raquel; Gaio, Vânia; Bandeira, Teresa; Azevedo, Inês; Rodrigues, Ana Paula; on behalf of the VigRSV network
    Introduction and Objectives: Respiratory Syncytial Virus (RSV) infection is an important cause of hospitalization in children under five years. A national RSV sentinel network was set up in Portugal in April 2021. We describe the trends in RSV hospitalizations until September 2022 and identify risk factors for severe disease. Methods: Acute respiratory infections in hospitalized children under two years were reported and tested for RSV. RSV disease severity was defined by the need for ventilation or admission to an intensive care unit. Risk ratios were used to assess the association between gender, age group, gestational age, birthweight, chronic conditions, RSV subtype and severity of disease. Results: We detected two RSV off-season epidemics in June 2021 to February 2022 and May to September 2022. 63.3% of RSV-related hospitalizations occurred in children under six months old and 8.0% had chronic conditions. 11.0% had severe disease. Children under six months and with chronic conditions had, respectively, an 18-fold risk and a 2-fold risk of developing severe illness. Discussion: The off-season RSV epidemics were probably triggered by the relaxation of COVID-19 physical distancing measures and immunity debt. In the first epidemic, the proportion of children with severe disease was higher than reported by previous studies, however, this result is probably overestimated due to the high proportion of cases notified by central hospitals. Age < 6 months and chronic conditions predispose to severe disease. As several factors may change the pattern of RSV activity, causing more severe outbreaks at different times, countries should implement year-round RSV surveillance systems.
  • Vigilância epidemiológica de infeções respiratórias: um estudo-piloto da adaptação Programa Nacional de Vigilância da Gripe e outros Vírus Respiratórios na rápida deteção de surtos de origem animal
    Publication . Gómez, Verónica; Guiomar, Raquel; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana Paula
    A investigação epidemiológica de surtos de infeções respiratórias graves é determinante para a rápida identificação de ameaças à saúde pública. As infeções respiratórias de origem animal têm sido frequentemente reportadas nos últimos anos, incluindo gripe aviária, suína e mais recentemente em felinos e gado bovino. Após um surto de Influenza A(H5N1) em gatos na Polónia, em 2023, e em aves em Portugal desde novembro de 2021, o Programa Nacional de Vigilância de Gripe e outros Vírus Respiratórios (PNVGVR), no âmbito de uma abordagem integrada Uma Só Saúde, incluiu na época de gripe 2023/2024 uma questão sobre o contacto com animais prévio ao início dos sintomas respiratórios, para sensibilizar médicos e outros profissionais de saúde sobre este risco. O presente trabalho tem como objetivo explorar a exequibilidade da recolha de informação sobre contactos com animais no PNVGVR na deteção de surtos de origem animal. Os dados indicam que, embora menos de um terço dos indivíduos que relataram contato com animais nos últimos dez dias tenha sido diagnosticado com gripe, esta associação não deve ser ignorada, especialmente em contextos onde foram identificados casos de gripe em animais. Na época 2024/2025, pretende-se continuar a recolha de dados sobre contactos com animais e e reforçar junto dos clínicos a importância desta informação na vigilância das infeções respiratórias em Portugal, tirando partido do PNVGVR como um instrumento de instrumento de vigilância bem estabelecido.