DEP - Artigos em revistas nacionais
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- Vacinação anti-gripal: cobertura da população portuguesaPublication . Nunes, Baltazar; Contreiras, Teresa; Falcão, J MarinhoEntre 1999 e 2003 o Observatório Nacional de Saúde realizou quatro inquéritos telefónicos (1998/99, 1999/00, 2001/02 e 2002/03) ao painel de famílias ECOS - Em Casa Observamos Saúde, com o objectivo de estudar a cobertura com vacina antigripal da população portuguesa do Continente.Dos resultados obtidos destacam-se: A percentagem de indivíduos que declararam estar vacinados contra a gripe aumentou de forma consistente entre 1998/99 (14,2%) e 2001/02 (17,0%), apresentando uma descida, sem significado estatístico, na época de 2002/03(15,0%). Foi no grupo etário dos indivíduos com 65 e mais anos que se verificou sempre a percentagem mais elevada de vacinados (36,9%, 2002/03), por outro lado, a percentagem mais baixa de vacinados foi verificada no grupo etário 15-44 anos (7,0%, 2002/03). Os indivíduos que declararam sofrer de doenças crónicas (asma/bronquite asmática, doenças reumáticas, hipertensão arterial e diabetes),mostraram sempre percentagens de vacinados superiores à do total da população. Os valores mais elevados foram registados nos indivíduos com diabetes (34,5% 2002/03) e asma/bronquite asmática (34,3% 2002/03). Nestas circunstâncias, afigura-se importante que seja promovida uma maior cobertura com a vacina anti-gripal dos indivíduos com 65 anos e mais, já que essa cobertura não é suficientemente elevada, nomeadamente se comparada com a de outros países europeus. Embora sem ter disponíveis valores europeus de comparação, afigura-se igualmente necessário aumentar a cobertura dos outros quatro grupos de risco incluídos neste estudo, bem como, possivelmente, daqueles que nele não foram abordados.
- Comportamentos das Famílias Portuguesas em Épocas de Calor e Durante a Onda de Calor de Agosto de 2003Publication . Nogueira, Paulo; Paixão, Eleonora; Falcão, José MarinhoEste estudo teve como principal objectivo a caracterização das atitudes e da adopção de medidas de protecção em períodos de calor e em particular conhecer aquelas que efectivamente foram adoptadas durante a onda de calor de Agosto de 2003 (29 de Julho a 15 de Agosto). Foi realizado um inquérito por via postal, aplicando um questionário aos indivíduos de 18 e mais anos das unidades de alojamento (UA), que constituem a amostra ECOS (Em Casa Observamos Saúde) do Observatório Nacional de Saúde. Estudaram-se 769 indivíduos, o que correspondeu a 25,6% da totalidade dos indivíduos elegíveis nas UA. Uma vez que a amostra ECOS não é autoponderada, foram ponderados os resultados das unidades de alojamento pela variável do Instituto Nacional de Estatística (INE) «número de famílias clássicas» por região e pela «população residente segundo o nível de instrução» obtidas pelos censos de 2001. Os comportamentos referidos como adoptados em épocas de calor que apresentaram maiores percentagens foram «tomar duches ou banhos» (84,6%), «ingestão de líquidos» (79,6%), «uso de roupa leve, larga e clara» (73,2%) e «tomar refeições leves» (53,7%). Durante a onda de calor de 2003, a maior parte da população (92,5%) leu, ouviu ou viu informação sobre os cuidados a ter durante a onda de calor, tendo sido a televisão (95,2%), a rádio (56,3%) e os jornais (49,3%) os meios de comunicação social mais referidos. Cerca de metade da população (51,4%) informou alguém, fundamentalmente a família, sobre os cuidados a ter. Com efeito, durante esta onda de calor verificou-se um maior cuidado em relação a comportamentos mais prejudiciais em épocas de maior calor. Por um lado, a população portuguesa andou menos ao sol (49,4%), fez menos viagens de carro/transportes à hora do calor (39,8%), realizou menos actividades que exigiriam esforço físico (32,5%) e também houve alguma preocupação em beber menos bebidas alcoólicas (26,5%). Por outro lado, aumentaram os comportamentos que já são mais habituais durante o período de Verão, tais como abrir as janelas durante a noite (40,8%), tomar refeições leves (46,7%), tomar mais duches ou banhos (58,5%), o uso de roupas leves largas e claras (42,5%) e o uso de ventoinhas (37,8%). A alteração do comportamento andar ou estar ao sol sem restrições aumenta com o número de meios de comunicação onde se obteve informação. Abrir as janelas de casa durante a noite e tomar duches ou banhos apresentou uma associação com o número de meios de comunicação onde se obteve informação e com o número de pessoas que prestaram informação. Ingerir líquidos e usar roupa leve, larga e clara mostrou também uma dependência do número de meios de comunicação onde se obteve informação.
- Incapacidade auditiva autodeclarada na população portuguesa: uma análise aos dados do quarto Inquérito Nacional de SaúdePublication . Almeida, Sofia Pinto; Falcão, José MarinhoA deficiência auditiva está associada a um impacto psicossocial negativo, que se traduz numa diminuição da qualidade de vida do indivíduo. Apesar das consequências negativas desta incapacidade pouco é conhecido sobre a sua prevalência em Portugal. Objectivo: Estimar a prevalência da incapacidade auditiva auto-declarada numa amostra representativa da população portuguesa. Material e Métodos: Os dados utilizados na realização deste estudo foram gerados pelo 4º Inquérito Nacional de Saúde (INS), 2005-2006, conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA, 2007) e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE, 2007). A amostra foi seleccionada com o fim de ser representativa das principais regiões (NUTS II) de Portugal. Os dados foram obtidos por entrevista pessoal, no domicílio, por pessoal treinado de acordo com um protocolo uniformizado. Obteve-se informação sobre características sociais e demográficas, e a situação relativa à incapacidade auditiva. Analisou-se a prevalência de incapacidade auditiva auto-declarada por região, sexo, grau de escolaridade e grupo etário. Resultados: Observou-se um aumento da percentagem de indivíduos com incapacidade auditiva («moderada» ou «grave») com o aumento da idade e uma prevalência bruta e padronizada pela idade mais elevada no sexo masculino do que no sexo feminino. No conjunto dos dois sexos a maior percentagem bruta de incapacidade auditiva foi observada na região do Alentejo – 11,0% nos homens e 9,5% nas mulheres. No entanto, após padronização pela idade, a Região Norte teve o valor mais elevado no conjunto dos dois sexos (11,6%), ficando a Região do Alentejo em segundo lugar (9,7%). A Região Autónoma da Madeira teve a prevalência padronizada mais baixa (5,0%). No conjunto dos dois sexos, a prevalência de incapacidade auditiva diminuiu com o aumento do grau de escolaridade. Este facto verificou-se em todos os grupos etários do sexo masculino e na maior parte deles, no sexo feminino. Conclusões: Face a esta situação, afigura-se importante promover a investigação epidemiológica sobre incapacidade auditiva nomeadamente possíveis exposições com ela relacionadas nas várias Regiões e a sua distribuição nas respectivas populações.
- Óbitos por gripe pandémica A (H1N1) 2009 em Portugal Período de Abril de 2009 a Março de 2010Publication . Froes, Filipe; Diniz, António; Falcão, Isabel; Nunes, Baltazar; Catarino, JuditeProcedeu-se à análise dos 124 óbitos notificados em Portugal por gripe pandémica A (H1N1) 2009 no período de Abril de 2009 a Março de 2010. A taxa de mortalidade estimada foi de 1,17/100.000 habitantes. Cerca de 60% dos falecidos eram do sexo masculino, a idade média foi de 47,6 anos e 66,7% apresentavam, pelo menos, um factor de risco para doença grave. As doenças pulmonar e cardíaca crónicas foram os factores de risco mais prevalentes, identificados em 24,7% e 20,7% dos casos, respectivamente. Mais de ¾ dos doentes foram internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). A pneumonia viral primária foi a principal causa de morte, diagnosticada em 79,7% dos doentes. Constatou-se haver diferença estatisticamente significativa em relação à distribuição da causa de morte nos grupos dos indivíduos com e sem factores de risco (p=0.048). Estimaram-se em 2 853 os anos potenciais de vida perdidos, o que equivale a 30,8 anos por 100.000 habitantes. Os valores encontrados são comparáveis, na generalidade, com os encontrados noutros países com o mesmo nível de desenvolvimento. Em futuras circunstâncias semelhantes deverá ser equacionada a notificação obrigatória dos casos de maior gravidade.
- Perspetivas atuais sobre a proteção jurídica da pessoa idosa vítima de violência familiar: contributo para uma investigação em saúde públicaPublication . Fonseca, Rita; Gomes, Inês; Lobato Faria, Paula; Gil, Ana PaulaA violência contra pessoas idosas em contexto familiar constitui um problema de saúde pública numa sociedade envelhecida. A dimensão do problema exige a realizac¸ão de estudos que permitam um maior conhecimento deste fenómeno na sociedade portuguesa, justificando as intervenc¸ões de saúde como jurídico-penais. Este artigo apresenta uma abordagem terminológica dos conceitos, bem como uma operacionalizac¸ão das condutas descritas face à legislac¸ão portuguesa. Considerando a complexidade deste fenómeno, entendeu-se pertinente a realizac¸ão de uma análise de direito comparado, à luz do caso português. No âmbito dos ordenamentos jurídicos estudados, foram considerados aqueles que procuram acautelar os direitos sociais da pessoa idosa.
- Comparação da prescrição de antibacterianos em 2001 e 2007: um estudo na rede Médicos SentinelaPublication . Paixão, Eleonora; Branco, Maria João; Rodrigues, Emanuel; Marinho Falcão, JoséObjectivos: Comparar a prescrição de cefalosporinas e quinolonas pelos médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF), participantes da Rede Médicos-Sentinela (MS), em 2007, com a observada num estudo semelhante realizado em 2001, estimando: i) o número de antibacterianos (AB) prescritos por 1.000 utentes; ii) a percentagem de prescrições de cefalosporinas; e iii) a percentagem de prescrições de quinolonas. Tipo de estudo: Observacional, descritivo, transversal. Local: Centros de Saúde de Portugal onde trabalham os médicos da Rede MS. População: Lista de utentes dos médicos da Rede MS. Métodos: O estudo foi realizado no âmbito da Rede MS que permite estimar indicadores de base populacionais. A notificação das prescrições de AB decorreu em 2001 e em 2007. Foram calculados índices de frequência anual da prescrição de AB (nANTI = número de prescrições de AB por 1.000 indivíduos), desagregados por sexo e idade. Resultados: Foram estudadas 12.184 prescrições de AB em 2001 e 9.034 em 2007, relevando-se: o número de prescrições de cefalosporinas por 1.000 utentes, assim como a percentagem de prescrição no total de prescrições de AB, foram menores em 2007 relativamente a 2001 (respectivamente, nANTI = 8,2 e 10,1%, em 2007 e nANTI = 11,1 e 11,9%, em 2001); o número de prescrições de quinolonas por 1.000 utentes foi menor em 2007 relativamente a 2001 (respectivamente, nANTI = 13,2 e nANTI = 14,2) mas a percentagem de prescrição no total de prescrições de AB foi maior em 2007 do que em 2001 (respectivamente, 16,2 e 15,3%). Conclusões: O número de prescrições de cefalosporinas e de quinolonas por 1.000 utentes foi menor em 2007 relativamente a 2001. De 2001 para 2007, a percentagem de prescrição foi menor nas cefalosporinas mas superior nas quinolonas. O grupo etário dos 75 e mais anos registou um aumento em 2007, quer nas cefalosporinas, quer nas quinolonas, sendo este aumento estatisticamente significativo neste último subgrupo.
- Distribuição conjunta de determinantes de saúde relacionados com comportamentos na população portuguesaPublication . Dias, Carlos Matias; Briz, Teodoro
- Vigilância epidemiológica da gripe em PortugalPublication . Pechirra, Pedro; Gonçalves, Paulo; Conde, Patrícia; João, Inês; Nunes, Baltazar; Guiomar, Raquel
- "No Trilho da Negligência…” Configurações Exploratórias de Violência Contra Pessoas IdosasPublication . Gil, Ana Paula; Fernandes, Ana AlexandreA violência contra as pessoas idosas está associada às condições de vulnerabilidade física e psicológica das pessoas que envelhecem tornando-as susceptíveis a situações de dependência extrema face a família e outros. A violência na esfera familiar e institucional tem vindo a apresentar contornos preocupantes na sociedade portuguesa. Esta perspectiva foi assumida pelos participantes de um grupo focal no âmbito de um estudo empírico que envolveu profi ssionais de saúde, acção social e representantes policiais, que a partir das suas práticas profi ssionais admitiram a existência de situações de violência contra os mais velhos. Os resultados deste estudo dão relevância a dois tipos de problemas: a negligência associada aos cuidados na dependência e o abuso fi nanceiro. Este estudo permitiu também evidenciar alguns dilemas e contradições com que os profi ssionais se confrontam no quotidiano num campo de intervenção onde existem divergências claras de interpretação que podem infl uenciar o conhecimento sobre o mesmo.
- Programa Nacional de Vigilância da Gripe: Resultados da Atividade Gripal em Portugal na Época 2010/2011Publication . Pechirra, Pedro; Gonçalves, Paulo; Conde, Patrícia; Nunes, Baltazar; Guiomar, RaquelIntrodução: A vigilância epidemiológica da gripe, doença associada a uma elevada mortalidade em idosos e indivíduos pertencentes a grupos de risco, é essencial para a caraterização das epidemias de gripe bem como para a monitorização da ocorrência de surtos e do surgimento de estirpes virais resistentes aos antivirais. Material e Métodos: No presente estudo analisaram-se os dados da vigilância epidemiológica da gripe durante o Inverno de 2010/2011. Os dados clínicos, epidemiológicos e virológicos referentes aos casos de síndroma gripal foram recolhidos através do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe (LNRVG) em colaboração com o Departamento de Epidemiologia (DEP) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e com a Direção-Geral da Saúde (DGS). Resultados: A análise dos dados recolhidos mostra que, durante a época de inverno de 2010/2011, a atividade gripal foi moderada/ alta com um período epidémico de 8 semanas, entre as semanas 50/2010 e 5/2011, com um pico de 121,12 casos por 100 000 habitantes na semana 52/2010. Discussão: Os vírus influenza do tipo B (linhagem Victoria) predominaram no início da época até à semana 1/2011, altura em que passaram a predominar os vírus influenza A(H1)pdm09. A maior proporção de casos de gripe foi encontrada no grupo etário das crianças entre os 5 e os 14 anos de idade. Os vírus caracterizados quer antigénica quer geneticamente, foram semelhantes às estirpes incluídas na vacina da gripe sazonal de 2010/2011, apresentando algumas substituições de aminoácidos em locais antigenicamente importantes. A maioria das estirpes do vírus A(H1)pdm09 permanecem ainda sensíveis ao oseltamivir e ao zanamivir, tendo sido detetados alguns casos esporádicos de vírus resistentes ao oseltamivir. Até à data, o LNRVG detetou a existência da substituição H275Y no gene da neuraminidase, associada à resistência ao oseltamivir, em 3 vírus A(H1)pdm09 analisados. Para um deles, a resistência ao oseltamivir foi confirmada por ensaios fenotípicos. Conclusão: Apesar do receio associado à emergência de um novo vírus pandémico (rápida dispersão, elevada morbilidade e mortalidade), as características clínicas e epidemiológicas da infeção pelo vírus influenza A(H1)pdm09, revelaram-se, no decorrer de duas épocas (2009/2010 e 2010/2011), muito semelhantes às da gripe sazonal, sendo no entanto de salientar que na época da pandemia (2009/2010) ao vírus da gripe A(H1N1)pdm09 estiveram ligadas características particulares no que diz respeito à sua distribuição temporal, aos grupos etários mais afetados, aos casos de infecção grave e de óbito e fatores de risco associados.
