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DEP - Posters/abstracts em congressos nacionais

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  • Vigilância do vírus sincicial respiratório em crianças menores de 2 anos em Portugal, 2022/23
    Publication . Guiomar, Raquel; Verdasca, Nuno; Melo, Aryse; Gomes, Licínia; Henriques, Camila; Dias, Daniela; Lança, Miguel; Torres, Ana Rita; Pernadas, Bernardo; Gaio, Vânia; Rodrigues, Ana Paula
    O vírus sincicial respiratório (Respiratory Syncytial Virus - RSV) é um dos principais agentes etiológicos de infeções respiratórias do trato respiratório inferior, com elevado impacto na morbilidade e mortalidade em crianças menores de 5 anos. É por isso considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde, com prioridade na vigilância e prevenção. Este trabalho pretende descrever e caraterizar os casos de infeção por RSV identificados no sistema de vigilância VigiRSV durante a época 2022/23.
  • Pequenos acidentes de grande variedade de agentes (externos), em casa, nas crianças até aos 9 anos, em 2019
    Publication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Braz, Paula; Aniceto, Carlos; Neto, Mariana; Matias Dias, Carlos
    Em Portugal, as causas externas de lesão na população infantil têm representado motivo de análise, na medida em que, ocupam a terceira causa de internamento hospitalar de crianças entre os 5 e os 9 anos de idade. Neste grupo populacional merecem destaque os Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL), dado constituírem cerca de 14% do total de admissões ao Serviço de Urgência (SU). Importa salientar que os acidentes e as lesões têm sido identificados como um dos problemas de saúde mais relevantes no desenvolvimento saudável das crianças e jovens, dado constituírem causas evitáveis de morbilidade. O presente estudo foi desenvolvido de modo a conhecer a amplitude do tipo de produtos e, ou, objetos envolvidos nos acidentes ocorridos em casa, que direta ou indiretamente possam ter contribuído para a sua ocorrência, por mecanismo de lesão, localização e idade, os quais implicaram recurso aos serviços de urgência, durante o ano de 2019. Procedeu-se a um estudo observacional, descritivo, transversal utilizando os dados recolhidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2019, pelo sistema EVITA. Os dados são provenientes dos registos efetuados nos serviços de urgência hospitalares, no âmbito das notificações realizadas pelas entidades de saúde da rede do sistema EVITA. Foi realizada uma análise descritiva e secundária dos dados desagregados pelas variáveis idade, sexo, local de ocorrência, mecanismo de lesão e produto, ou, objeto direta ou indiretamente envolvido. Em 2019, no grupo das crianças dos 0 aos 9 anos ocorreram 12 594 ADL, representando cerca de 14,4% do total de acidentes registados nesse período. Considerando a idade, observou-se que 68,3% dos ADL ocorreram nas crianças até aos 4 anos e 31,7% nas crianças entre os 5 e os 9 anos. A maioria dos casos de acidentes em casa foram devido a queda (66,9%), na sequência de contacto com outra pessoa ou objeto (10,9%) e por corte/perfuração (8,0%). A análise dos ADL devido a queda (n=7854), pelos principais objetos/produtos envolvidos e grupos etários permitiu verificar o predomínio da “banheira/poliban” no espaço da casa-de-banho; na cozinha destacaram-se os acidentes com envolvimento da “cadeira/banco”, quer no grupo etário dos 0 aos 4 anos (34,2%), quer no grupo etário dos 5 aos 9 anos (35,0%); no quarto foi notória a maior proporção de quedas da “cama” nas crianças dos 0-4 (78,1%) e dos 5-9 anos (72,7%); no espaço relativo à sala de estar o “sofá” representou 53,4% das quedas no grupo dos 0-4 e 40,5% no grupo dos 5-9 anos. Decorre destes resultados, que a idade da criança ocupa um papel relevante na frequência da ocorrência de quedas. Assim, em função da idade, interligada com importantes etapas do seu desenvolvimento devem ser consideradas para a compreensão das quedas em idade pediátrica. Confirma-se ainda, a utilidade do conhecimento produzido a partir de EVITA no suporte e planeamento de medidas de prevenção simples e dirigidas, em função da idade e do local em que a criança se encontra.
  • Evolução da infeção pelo vírus da Hepatite C em dadores de sangue e população geral em Portugal entre 2015 e 2022
    Publication . Santos, João Almeida; Mendonça, Pedro; Escoval, Maria Antónia; Pedro, Isaías
    Introdução A elevada taxa de progressão para a cronicidade e o potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular, fazem da infeção pelo vírus da Hepatite C (VHC) um grave problema de saúde pública. O risco de transmissão do VHC por transfusão sanguínea tem sido minimizado pelo desenvolvimento de testes cada vez mais sensíveis na deteção dos anticorpos anti-VHC, bem como da implementação da detecção do RNA-VHC através de Testes de Amplificação de Ácidos Nucleicos. Objetivo Caracterizar a evolução da infeçáo por VHC em dadores de sangue e população geral em Portugal (2015-2022). Material e métodos Estudo retrospetivo com dados obtidos do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), DGS e INE. Foi calculada a proporção anual de dadores VHC positivos por 100 000 dadores e a proporção de VHC positivos por 100 000 habitantes (população geral). A tendência da variação percentual média anual (AAPC) foi estimada através do software Joinpoint®. Resultados Entre 2015 e 2022, foram identificadas 135 dadores com VHC, correspondendo a uma média de 17 casos/ano (min-max: 9-22). Na população geral, foram notificados no mesmo período 1721 casos, correspondendo a uma média de 215 casos/ano. Em termos de tendência, a proporção de dádivas VHC positivas ter vindo a diminuir mas esta tendência decrescente não foi estatisticamente significativa (AAPC=-2.9, p=0.45). Na população geral, a tendência de casos notificados de VHC tem vindo a diminuir de forma estatisticamente significativa (AAPC=-7.4, p=0.02). Globalmente, a maioria dos casos são do sexo masculino em ambas as populações. Anualmente, na população em geral o número de homens é sempre cerca 3x superior ao das mulheres (2.5-3.6), mas nos dadores os valores são mais próximos ou chegando mesmo a inverter (mulheres>homens). Discussão e Conclusão Os resultados obtidos permitem constatar que a infecção pelo VHC permance um problema de saúde pública em Portugal, continuando a existir indivíduos que desconhecem que se encontram infetados. A não deteção destes casos assintomáticos representa um problema não só em termos de transmissão do agente na comunidade, mas também como potencial risco de transmissão através da dádiva de sangue. Os dados da hemovigilância em Portugal demonstram um esforço continuado na melhoria da deteção destes casos, especialmente através do avanço tecnológico das técnicas de rastreio, o que tem permitido manter o risco residual infecioso em valores perto de zero (0.0-0.06/100 000 dádivas).
  • Mortalidade e anos de vida perdidos por COVID-19 em Portugal dois anos de pandemia
    Publication . Santos, João Almeida; Martins, Carla; Assunção, Ricardo
    Introdução: O impacto da pandemia COVID-19 na população portuguesa não é ainda conhecido na sua totalidade. A caracterização dos anos de vida perdidos prematuramente atribuídos à COVID-19 pode fornecer informação relevante para o desenvolvimento e implementação de estratégias de prevenção e controlo de doenças infeciosas no futuro. Objetivos: Calcular os anos de vida perdidos (YLL) atribuídos às mortes por COVID-19, em Portugal, entre março de 2020 e março de 2022. Métodos: Estudo observacional e transversal. Os dados sobre a população residente média e a esperança de vida à nascença por grupo etário e sexo foram obtidos a partir do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Estudo Global de Carga de Doença 2019, respetivamente. Os dados sobre as mortes por COVID-19 foram extraídos dos relatórios da Direção-Geral da Saúde (DGS). Os YLL foram calculados como o número de mortes por COVID-19 multiplicado pela esperança de vida padrão na idade da morte. YLL foram calculados globalmente, por sexo e por faixa etária (YLL/100 000 habitantes e ajustado por idade). Resultados: Entre 2020 e 2022, foram notificados 3 413 013 casos de COVID-19 em Portugal, dos quais 21 342 (0,6%) morreram devido à doença. Globalmente, os YLL estimados para a COVID-19 em Portugal foram 309 383,8, sendo mais elevados para os homens que para as mulheres na maioria dos grupos etários, exceto nos grupos etários 10-19 anos (76,5 vs 153,1) e > 80 anos (58710,9 vs 68491,4). Os YLL ajustados por idade também mostraram um aumento constante à medida que progredimos na faixa etária [de 3,3 (0-9 anos) para 885,5 (>80 anos)], em que a faixa etária onde se observa um aumento mais acentuado foi a faixa etária de 50-59 anos. Conclusões: COVID-19 teve um impacto nas taxas de mortalidade em Portugal, sendo esse impacto maior na população mais idosa, sobretudo nas pessoas com mais de 70 anos. Os homens apresentaram YLL mais elevados do que as mulheres, sendo que esta diferença aumentou substancialmente à medida que a idade progride. Estes dados representam informação potencialmente relevante para a definição de medidas de saúde pública em fase endémica e em futuras epidemias.
  • Sintomas de COVID-19 durante predominância da variante Delta versus Ómicron: coorte prospetiva de profissionais de saúde
    Publication . Gaio, Vânia; Ramalhete, Sara; Santos, Ana João; Melo, Aryse; Guiomar, Raquel; Machado, Ausenda
    Introdução: A apresentação clínica da COVID-19, na maioria dos pacientes infetados, foi considerada como leve sem necessidade de hospitalização. No entanto, ao longo da pandemia, o padrão de sintomatologia variou, nomeadamente pela influência da introdução da vacina, mas também consoante a variante SARS-CoV-2 em circulação. Objetivos: Neste estudo pretende-se comparar a sintomatologia autorreportada pelos profissionais de saúde num período de predominância (>50%) da variante Delta (PVD) comparativamente a um período de predominância da Variante Ómicron (PVO). Metodologia: Foram utilizados os dados de um estudo de coorte realizado entre 1 de junho de 2021 e 26 de janeiro de 2022, no qual foram seguidos 3255 profissionais de saúde (PS) com idades compreendidas entre os 18 e os 70 anos. Foram comparados os sintomas autorreportados pelos PS que manifestaram doença sintomática (teste PCR positivo e autorreporte de sintomas) durante o período de PVD (1.6.2021 a 19.12.2021) comparativamente ao período de PVO (3.1.2022 a 26.1.2022). As diferenças entre os dois grupos foram analisadas usando o teste Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher no caso de menos de 5 eventos. Resultados: De entre o total de 3255 PS seguidos, 84 tiveram um teste positivo com reporte de sintomatologia durante o período do estudo (43 durante o período PVD e 41 durante o período PVO). Os sintomas febre, anosmia, e ageusia foram mais reportados durante o período PVD comparativamente ao período PDO (46,2% versus 21,6%, p=0.04; 64,3% versus 11,1%, p<0.001; 56,1% versus 17,1%, p=0.001). O sintoma dor de garganta foi mais reportado durante o período PVO do que no período PVD (9,0% versus 36,7%, p=0.006). As percentagens dos casos sintomáticos que tinham a 1ª dose de reforço da vacina foram de 45,7% e 91,4% nos períodos PVD e PVO, respetivamente. Conclusões: Os resultados obtidos através deste estudo permitiram verificar que houve uma alteração nas frequências dos sintomas reportados pelos PS durante o período PVD comparativamente ao período PVO. É essencial o desenvolvimento e manutenção de estudos de seguimento que permitam monitorizar a evolução desta sintomatologia para reconhecer a apresentação clínica da doença e identificar possíveis causas virológicas e imunológicas para as alterações observadas.
  • Tendência epidemiológica de casos de brucelose em Portugal entre 2002 e 2022
    Publication . Santos, João Almeida; Aires, Joana; Martins, Carla
    Introdução: Apesar do sucesso das estratégias de prevenção implementadas no controle da brucelose, Portugal permanece um dos países com maior taxa de notificação por 100 000 habitantes da União Europeia. A monitorização da doença é assim um instrumento essencial para a implementação precoce de medidas de prevenção, de forma a limitar a ocorrência de surtos na população. Objetivo: Analisar a tendência temporal dos casos notificados de brucelose em Portugal, entre 2002 e 2022. Material e Métodos Estudo observacional retrospetivo baseado nos casos notificados de brucelose em Portugal (2002-2022). Os dados foram recolhidos a partir da DGS, ECDC e INE. Estatística descritiva e análise da tendência temporal foram realizadas em termos globais, por sexo e faixa etária. Resultados: Entre 2002 e 2022, foram notificados 1435 casos de brucelose, a maioria do sexo masculino (60.1%), com idade compreendidas entre 25 e 64 anos (68.8%). A variação percentual média anual (AAPC) da incidência apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-11.1%, 2002-2022). Analisando a tendência da variação percentual anual (APC) observou-se três períodos distintos: entre 2002-2008 houve uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-15.3%), entre 2008-2011 houve uma tendência crescente não significativa (+2.4%), e entre 2011-2022 houve uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-14.5%). Apesar da incidência da doença ser maior nos homens do que nas mulheres, na maioria dos anos, a incidência nos homens e mulheres apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (AAPC=-11.3% e -10.5%, respetivamente) muito próxima. Foi igualmente observada uma tendência decrescente de incidência estatisticamente significativa em todas as faixas etárias analisadas. Conclusão: Nos últimos vinte anos, a incidência de brucelose diminuiu significativamente, refletindo os avanços significativos no controlo e prevenção da doença. Vários fatores poderão contribuir para esta diminuição: a melhoria do sistema de notificação, mudanças socioeconómicas, educação/consciencialização e os programas de erradicação da brucelose animal. A tendência observada confirma o sucesso das intervenções adotadas, no entanto, também confirma que a brucelose não está erradicada em Portugal. De forma a manter a tendência decrescente, é essencial a vigilância de casos para desenvolver estratégias para controlar a brucelose, não apenas a nível humano, mas também a nível animal e ambiental
  • Hospitalizações por Hepatite A em Portugal – Análise da tendência entre 2013-2022
    Publication . Santos, João Almeida; Fonseca, Yasmin; Almeida, Ana
    Introdução: A Hepatite A é uma doença infeciosa provocada pelo vírus da Hepatite A (VHA). A principal via de transmissão é fecal-oral, embora a transmissão sexual tenha vindo a desempenhar um papel mais preponderante na disseminação deste agente. Existe uma associação entre a incidência de Hepatite A com o acesso à água potável e indicadores socioeconómicos. Regiões globais de alta renda têm um reduzido número de novos casos de doença, no entanto a maioria dos diagnósticos é realizado em adultos, faixa etária em que a doença tende a apresentar maior gravidade, com consequências na morbilidade e mortalidade. A infeção por VHA pode ser assintomática, subclínica ou provocar insuficiência hepática aguda. O diagnóstico precoce da infeção é essencial, a hidratação adequada e controlo dos sintomas integram o processo terapêutico. É fundamental a prestação de cuidados intensivos, multidisciplinares para o reconhecimento de fatores de mau prognóstico, como complicações hepáticas ou extra-hepáticas. Objetivo: Caraterizar a tendência de hospitalizações por Hepatite A ocorridas em Portugal entre 2013 e 2022. Material e métodos: Estudo observacional retrospetivo, que analisou a tendência de hospitalizações por hepatite A identificadas na Base de Dados de Morbilidade Hospitalar (BDMH/ACSS), utilizando os códigos 070.0 e 070.1 (ICD-09) e B15 e B15.9 (ICD-10), entre 2013 e 2022. Estatística descritiva foi realizada através SPSS® ver.25 e a tendência das hospitalizações foi estimada através do Joinpoint Regression Program 5.0.2. Resultados: Entre 2013 e 2022, ocorreram 546 hospitalizações por Hepatite A com uma mediana de duração de 5 dias (0-133 dias). A maioria das hospitalizações corresponderam a indivíduos do sexo masculino (n=391; 71,6%), com idades entre 25 e 44 anos (n=231; 42.3%). Apenas 5.5% das hospitalizações envolverem crianças com idade <14anos. Neste período registaram-se 13 óbitos, sendo a maioria do sexo feminino (n=7; 54%), com idades compreendidas entre 44 e 86 anos (mediana 63 anos). A tendência crescente das hospitalizações foi estatisticamente significativa quer quando avaliada globalmente (+40.7, p=0.04), quer quando observada de forma distinta em homens (+53.4, p=0.04) e mulheres (+35.5, p=0.02). A tendência crescente foi mais acentuada em homens do que em mulheres. As faixas etárias 45-64 e >65 anos foram as únicas a apresentar uma tendência crescente estatisticamente significativa (+39.2, p=0.01; +46.8, p=0.004). Discussão e Conclusão: Em Portugal, o número de novos casos de doença reportados é baixo. A diminuição dos casos, apesar de ser um bom indicador da melhoria das condições higieno-sanitárias, aumenta a possibilidade da ocorrência de surtos pois a população tenderá a ver reduzida a sua imunidade natural contra a doença. A maioria dos diagnósticos ocorre em indivíduos de idade adulta, traduzindo-se no aumento da gravidade da doença e consequentemente no aumento das hospitalizações. Nas regiões urbanas, Lisboa e Porto, a disseminação da infeção foi associada maioritariamente a transmissão sexual. A monitorização da doença é fundamental para a implementação precoce de medidas de prevenção, de forma a mitigar danos que um surto possa ter na população e auxiliar no desenvolvimento de estratégias de saúde pública no controlo da Hepatite A.
  • Incidência de Sífilis congénita em Portugal e na União Europeia – tendência das últimas décadas (2001-2021)
    Publication . Santos, João Almeida; Almeida, Ana
    Introdução: A sífilis é uma infeção causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo a transmissão vertical ocorrer por via transplacentária ou durante a passagem do recém-nascido (RN) pelo canal do parto. A sífilis precoce não tratada durante a gravidez, pode resultar em morte do feto (40%), RN com sífilis congénita (40%) ou RN sem infeção (20%). As estratégias de controlo incluem o rastreio precoce e tratamento de todas as grávidas e o desenvolvimento de intervenções específicas em grupos de risco elevado. Objetivo: Caraterizar e detetar alterações da tendência temporal relativa à sífilis congénita em Portugal, entre 2001 e 2021 e comparar com a tendência observada na União Europeia (UE). Material e métodos: Estudo retrospetivo, desenvolvido com base nos casos de sífilis congénita (indivíduos <1ano) em Portugal (2001-2021). Os dados foram obtidos a partir da DGS e do Surveillance Atlas of Infectious Diseases (ECDC). Estatística descritiva realizada através SPSS® e a tendência de sífilis congénita estimada através do Joinpoint® ver 5.0.2. Resultados: Entre 2001 e 2021, foram notificados 281 casos de sífilis congénita em Portugal. A incidência mantém-se abaixo dos 21 casos/100000 nados-vivos desde 2007, apresentando heterogeneidade de ano para ano. A variação percentual média anual (AAPC) da incidência apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-5.48%, p<0.001, 2001-2021). Analisando a tendência da variação percentual anual (APC) observaram-se três períodos distintos: 2001-2003 observou-se uma tendência decrescente acentuada (-24.5%); 2003-2017 observou-se uma tendência decrescente menos acentuada mas significativa (-5.6%, p=0.01); 2017-2021 observou-se uma tendência crescente mas estatisticamente não significativa (+11.1%). Apesar dos valores de incidência da UE serem inferiores aos de Portugal, apresentam igualmente três períodos distintos, com o período entre 2016 e 2021 a apresentar uma tendência crescente (+7.5%). Discussão e Conclusão: Apesar da tendência não ter sido estatisticamente significativa, torna-se preocupante observar um aumento do número de casos de sífilis congénita nos últimos anos, quer a nível nacional quer a nível europeu. Este aumento provavelmente reflete o aumento do número de casos de sífilis em adultos observado em Portugal e no resto da Europa. Os resultados observados alertam para a necessidade de serem pensadas estratégias específicas de forma a impedir o sentido da tendência observada.
  • Association between the adrenoreceptor β2 gene and pediatric asthma severity – a study of the PACMAN cohort
    Publication . Caleiro, Maria Leonor; Soares, Patricia; Antunes, Marilia
    "Pharmacogenetics of Asthma medication in Children: Medication with Anti-Inflammatory effects" (PACMAN) is an observational retrospective pharmacy-based study carried out in 2009, in the Netherlands, aiming to investigate the effects of genetic variation on treatment response to asthma medication in children and to identify (profiles of) SNPs that characterize response phenotypes. Data on respiratory symptoms and medication use, including medication type and amount, was collected from pharmaceutical records of asthmatic children and data on the children’s sex, age, genetic traits, and ethnicity. We aimed to assess the association between asthma severity and the Arg16Glu polymorphism of the β2 adrenoreceptor gene (ADRB2). This gene is expressed in bronchial muscle cells, which is involved in the physiological response of the airway response and has been associated with clinical drug response and asthma exacerbations. We used the PACMAN data and considered the dispensing of oral corticosteroid prescriptions as a proxy of the disease severity since corticoids are commonly used in uncontrolled asthmatic states (exacerbations). We considered two different genetic models – additive and genotypic, which can be translated for analysis purposes into a numeric format, corresponding to the number of copies of the minor allele, and categorical (each genotype representing a category), respectively. We used models of the class of the Generalized Linear Mixed Models for count data with excess of zeros, namely zero-inflated and hurdle models, considering a Negative Binomial distribution to account for overdispersion. Both models included the polymorphism in the zero and count components and were adjusted for children’s baseline characteristics. In both approaches to deal with the excess of zeros, a significant effect of the polymorphism was found only in the binary component of the models. In the count component, only sex and age showed a significant effect. This points towards the existence of an effect of the polymorphism in the presence of asthma exacerbations, with not shown effect in the frequency of OCS prescription.
  • Results of the Portuguese EQA program for molecular detection of SARS-CoV-2, 2020-2022
    Publication . Correia, Helena; Silva, Susana; Ventura, Catarina; Melo, Aryse; Guiomar, Raquel; Faria, Ana Paula
    The initial strategy for containing the spread of SARS CoV 2 was the prompt identification of COVID 19 cases. National Reference laboratory implemented the biomolecular assays to detect SARS-CoV-2. In June 2020 the Portuguese National External Quality Assessment Program (PNAEQ) in collaboration with National Reference Laboratory for Influenza and Other Respiratory Viruses (NRL) organized the first National External Quality Assessment Program (EQA) for detection of SARS CoV 2 virus by molecular methods. The majority of the rounds included extra analytical questions The aim of EQA programs is to evaluate the participant’s performance and also estimate the overall detection rate of multiple national laboratories. We aimed to evaluate the results of implementation of a national external quality assessment program for the molecular detection of SARS-CoV-2 virus during 2020-2022.