INSA - Artigos em revistas nacionais
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing INSA - Artigos em revistas nacionais by Subject "Alimentação e Nutrição"
Now showing 1 - 6 of 6
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação da concentração de iodo urinário em crianças em idade escolar (6 aos 12 anos) em Cabo VerdePublication . Delgado, Inês; Ventura, Marta; Rego, Andreia; Copeto, Sandra; Ribeiro, Ailton; Lima, Maria da Luz Mendonça; Spencer, Irina Monteiro; Trigueiros, Dulcineia; Coelho, InêsO Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde (INSP) estabeleceram um protocolo de colaboração para realizarem a avaliação e monitorização do iodo urinário em crianças de Cabo Verde. Assim, o INSP selecionou crianças das nove ilhas habitadas (Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, Boa Vista, Maio, Santiago, Fogo e Brava) e realizou a recolha de amostras de urina de 24 horas de 541 crianças dos 6 aos 12 anos, que posteriormente foram enviadas para o INSA para determinação do teor de iodo por espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado (ICP-MS). Os resultados revelaram uma mediana de 155 μg/L nas iodúrias da população em estudo e um aporte de iodo considerado adequado para apenas 36 % das crianças. É necessária especial atenção para a existência de muitos casos de excesso de iodo nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau e Sal e casos de deficiência nas ilhas de São Vicente, Boa Vista e Fogo. Este estudo revelou a importância da monitorização da implementação de políticas públicas direcionadas para a correção de situações consideradas inadequadas para uma vida mais saudável em termos da ingestão de iodo.
- Bolachas de arroz e/ou milho: uma opção saudável no lanche escolar?Publication . Albuquerque, T.G.; Silva, Mafalda Alexandra; Bento, Alexandra; Costa, H.S.A infância é crucial para desenvolver hábitos alimentares saudáveis e o ambiente escolar desempenha um papel vital na formação desses hábitos. Os lanches escolares muitas vezes caracterizam-se por qualidade nutricional pobre, sendo ricos em sal, açúcar e gordura saturada. Bolachas de arroz e/ou milho são frequentemente associadas a uma opção mais saudável. Ferramentas como a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), o Guia para Lanches Escolares Saudáveis, os sistemas de rotulagem front-of-pack, como o descodificador de rótulos (traffic-light) e o Nutri-Score, e os modelos de perfil nutricional, permitem-nos avaliar a qualidade nutricional destes produtos e podem auxiliar na elaboração de outras recomendações. Pretende-se avaliar a informação nutricional de bolachas de arroz e/ou milho disponíveis no mercado português e, através da aplicação de ferramentas de avaliação da qualidade nutricional, orientações para uma alimentação saudável, e instrumentos de educação alimentar, estimar o potencial impacto na saúde pública. Foram analisados 175 tipos de bolachas, identificando-se desafios na quantidade de sal, uma vez que apenas 42% atingem a meta (inferior a 0,3 g/100 g) da EIPAS. Apesar de alguns produtos satisfazerem os limites de açúcares, há necessidade de reformulação, especialmente nas bolachas de arroz ou milho com cobertura. O descodificador de rótulos e o Nutri-Score permitem identificar diferenças marcantes entre bolachas simples e com cobertura, podendo ser profícuos no auxílio ao consumidor a realizar a sua escolha informada e consciente. A análise utilizando os modelos de perfil nutricional da Direção-Geral da Saúde e Organização Mundial da Saúde ressaltou a importância de limitar a publicidade dirigida a crianças. Em conclusão, este trabalho enfatiza a necessidade de ações multidisciplinares, estratégias de reformulação e de educação alimentar. Espera-se que tais medidas promovam escolhas alimentares mais seguras e saudáveis, contribuindo para ambientes salutogénicos e para a saúde pública.
- Exposição a metilmercúrio e consumo de pescado: emissão de recomendações nacionais, 2023Publication . Fernandes, Paulo; Afonso, Cláudia; Bico, Paula; Bandarra, Narcisa; Borges, Marta; Carmona, Paulo; Carvalho, Catarina; Correia, Daniela; Gonçalves, Susana; Lopes, Carla; Lourenço, Helena; Monteiro, Sarogini; Nabais, Pedro; Oliveira, Luísa; Santiago, Susana; Severo, Milton; Torres, Duarte; Dias, Maria GraçaConsiderando que o consumo de pescado é uma fonte importante de exposição ao metilmercúrio, a Comissão Europeia recomendou aos Estados- -membros que estabelecessem recomendações para o seu consumo. Assim, tendo sido criado um grupo de trabalho, é objetivo deste artigo apresentar o trabalho desenvolvido para a elaboração das recomendações de consumo de pescado adaptadas à população portuguesa, tendo em conta o padrão nacional de consumo de peixe e as espécies consumidas. A definição das recomendações assentou na realização de um estudo de avaliação de risco-benefício associado ao consumo de pescado. Esta metodologia permitiu identificar dois grupos populacionais sujeitos a recomendações distintas: para a população em geral recomenda-se uma frequência de consumo de 4 a 7 vezes por semana e, para a população vulnerável, uma frequência de 3 a 4 vezes por semana das espécies com médio e baixo teor de mercúrio, devendo ser evitado o consumo das espécies com elevado teor de mercúrio. Estas recomendações foram divulgadas num evento público e deverão ser alvo de esforços adicionais para chegarem à população vulnerável, constituída por mulheres grávidas, mulheres a amamentar e crianças até aos 10 anos.
- Fontes alternativas de proteína: consumo de insetos e a promoção de sistemas alimentares sustentáveisPublication . Oliveira, Joana; Murta, Daniel; Trindade, Alexandre; Assunção, RicardoA crescente pressão exercida sobre os sistemas alimentares globais e os impactos ambientais da produção pecuária impulsionaram a procura por fontes de proteína alternativas sustentáveis. Os insetos comestíveis surgem como uma alternativa promissora, com elevado valor nutricional e reduzido impacto ambiental. Este estudo analisa a literatura disponível sobre a utilização de insetos como fonte de proteína para consumo humano. Espécies como Tenebrio molitor (tenébrio) e Acheta domesticus (grilo doméstico) apresentam elevada quantidade de proteína, lípidos, vitaminas, minerais e fibra, podendo substituir, parcialmente, as proteínas convencionais. A produção de insetos requer menos água e terra e gera menores emissões de gases de efeito estufa do que a produção pecuária convencional, e a sua capacidade de valorizar subprodutos agroalimentares contribui para a economia circular. Contudo, a bioacumulação de contaminantes e a repulsa cultural por parte dos consumidores constituem barreiras à adoção generalizada do consumo de insetos, exigindo boas práticas de produção e estratégias para aumentar a aceitação por parte do consumidor. Os insetos representam, assim, uma fonte proteica sustentável e eficiente, capaz de diversificar a alimentação e reduzir a pressão sobre os recursos naturais, consolidando o seu papel em sistemas alimentares resilientes e sustentáveis, alinhados com o conceito de Uma Só Saúde.
- Os institutos de saúde pública e o combate às alterações climáticas [editorial]Publication . Bento, AlexandraA investigação constitui uma das principais atividades do Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sendo desenvolvida de forma intensa, em domínios muito diversos, de que são exemplos os artigos publicados nesta edição do Boletim Epidemiológico Observações. Um dos contributos emergentes para a saúde pública em Portugal é, sem dúvida, a investigação para o combate às alterações climáticas. O tema esteve em discussão na recente reunião da International Association of National Public Health Institute (IANPHI), onde o INSA, enquanto um dos 115 membros dos 98 países representados, participou de forma destacada. Os Institutos Nacionais de Saúde Pública (INSP) são essenciais na conceção de políticas de adaptação baseadas em evidências (preparação e prevenção de emergências, entre outras) e no apoio a políticas de mitigação (por exemplo, promoção de intervenções sobre determinantes-chave da saúde, como dietas e estilos de vida). Deste domínio a IANPHI desenvolveu um interessante roteiro para reforçar o papel dos INSP nas políticas de mitigação e adaptação às alterações climáticas. (...)
- Ocorrência de contaminantes e aditivos alimentares na cadeia alimentar portuguesa: recolha e transmissão de dados de amostras do controlo oficial para a EFSA, 2017-2023Publication . Brazão, Roberto; Ravasco, Francisco; Tomé, Sidney; Dias, M. da GraçaA recolha de dados precisos, fiáveis e comparáveis sobre géneros alimentícios e alimentos para animais é essencial para monitorizar a sua segurança e para apoiar avaliações e gestão informadas da exposição alimentar e dos riscos associados ao seu consumo, contribuindo para uma maior segurança e saúde dos consumidores. Na Europa, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) tem disponibilizado vários sistemas, ferramentas e procedimentos técnicos, nomeadamente o Standard Sample Description for Food and Feed (SSD2), o FoodEx2 e as Excel Reporting Tools, para garantir que, na medida do possível, os dados que recebe são atualizados, normalizados e comparáveis em todos os Estados-membros. O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) é a entidade nacional responsável por recolher, harmonizar e submeter eletronicamente à EFSA, de acordo com os seus requisitos de reporte, a informação sobre contaminantes de géneros alimentícios e de alimentos para animais e sobre aditivos alimentares, provenientes dos planos de controlo oficiais portugueses e de estudos realizados em laboratórios do INSA. Neste âmbito, pretende-se apresentar o processo de recolha e de transmissão de dados à EFSA e os principais resultados durante o período 2017- -2023 (amostras colhidas entre 2016 e 2022). Entre 2017 e 2023, foram recolhidos, harmonizados de acordo com o formato SSD2 e transmitidos à EFSA 64076 resultados analíticos, quase inteiramente de contaminantes (62167). Estes resultados correspondem a 12438 amostras de géneros alimentícios e de alimentos para animais recolhidas. De todos os resultados reportados avaliados (60134), apenas 0,2% (131) estavam não conformes (cerca de 6,3% (3942) foram classificados como “não avaliados” porque correspondiam a resultados de estudos do INSA). Neste período, foram reportados dados de contaminantes químicos em alimentos para animais somente em 2023. A utilização do modelo e sistema de dados SSD2 e FoodEx2 e de todas as outras ferramentas disponibilizadas pela EFSA garantem a harmonização, padronização, qualidade, consistência e fiabilidade geral dos dados reportados. Durante o período em análise, registou-se um elevado nível de conformidade (99,8%) nos resultados das amostras colhidas no âmbito dos planos de controlo oficiais portugueses.
