Browsing by Author "Figueira, M.E."
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- Analysis of total vitamin C, ascorbic acid and dehydroascorbic acid in red fruits and green leafy vegetables by HPLC-PDAPublication . Salgado, N.; Silva, M.A.; Costa, H.S.; Figueira, M.E.; Albuquerque, T.G.Ascorbic acid (AA), also known as vitamin C, is an essential micronutrient due to its role in human development and wellbeing since it has antioxidant properties and is involved in the production of proteins like collagen. [1] It has been associated with several health benefits: reduced risk of mortality, cardiovascular disease, different types of cancer, and respiratory and neurological issues. [2] Despite being mainly found in citrus species, AA also exists in other fruits and vegetables. This study aimed to assess the variability of vitamin C content in red fruits (strawberry, raspberry and blueberry) and green leafy vegetables (spinach and lettuce) from different brands and supermarkets, measuring total vitamin C, by high-performance liquid chromatography with photodiode array detection (HPLC-PDA), an extremely sensitive and validated method. According to our results, brand B of strawberry was the richest in total vitamin C (51.3 mg/100 g) with 45 mg/100 g of AA and 6.27 mg/100 g of DHA, followed by brand A of raspberry (44.7 mg/100 g), being the majority AA. On the contrary, all brands of blueberry did not contain any form of vitamin C and brand B of lettuce had 5.01 mg/100 g of total vitamin C, reporting the lowest detectable value. Within the different brands, total vitamin C ranged between 37.4-51.3, 20.8-44.7, 5.01-5.13 and 10.1-12.4 mg/100 g for strawberry, raspberry, lettuce and spinach, respectively. Thus, red berries seem to have higher quantity of vitamin C than green leafy vegetables, except for blueberry. Differences between the same food of distinct brands can be justified due to cultivation practices, ripeness, environmental and soil conditions, as well as storage conditions since vitamin C is sensitive to heat, light, and oxygen. Furthermore, consulting Regulation Nº 1169/2011, which indicates 80 mg of vitamin C as daily reference dose for adults, consuming 1 portion (160 g) of brand B of strawberry will make you achieve 103% of the recommendation. References: [1] Santos, K et al. (2022) Essential features for antioxidant capacity of ascorbic acid (vitamin C). J Mol Model., 28, 1-8; [2] Xu, K et al. (2022) Vitamin C intake and multiple health outcomes: an umbrella review of systematic reviews and meta-analyses. Int J Food Sci Nutr., 73, 588-599.
- Avaliação do conhecimento sobre o bisfenol A numa amostra de população portuguesaPublication . van der Kellen, A.; Vilarinho, Fernanda; Andrade, M.; Figueira, M.E.; Vaz, M. Fátima; Sanches Silva, A.O bisfenol A (BPA) e um composto orgânico com atividade estrogénica de origem industrial. A sua principal utilização encontra-se na produção de plásticos policarbonatos e resinas epoxi, aplicados a embalagens alimentares e produtos médicos (Barbonetti et al., 2016; Rubin, 2011; Xie, Wang, Xu, Sun, & Chen, 2010). O facto de estes materiais apresentarem um preço económico e uma elevada resistência, faz com que sejam escolhidos em detrimento de outros materiais, para muitas aplicações (Hernandez & Giancin, 1998; Loez-Rubio et al., 2004). Devido aos perigos associados a ingestão repetida e a longo prazo, deste xenoestrogenio, e importante avaliar a perceção e o conhecimento da população portuguesa acerca do BPA e dos seus efeitos para a saúde. Para esse fim, foi elaborado um questionário sobre este composto e aplicado a uma amostra da população Portuguesa. A amostra era constituída por 251 indivíduos de diversas zonas do país, pertencentes a diversas faixas etárias e com vários níveis de escolaridade. O questionário compilou questões que permitiam reunir dados socioeconómicos e obter informação acerca do conhecimento dos inquiridos sobre este composto químico. Os resultados obtidos mostram que 64% dos inquiridos, nunca ouviram falar do BPA. Deste modo, 91 indivíduos seguiram para a nova fase de questões. Quando lhes foi questionado “O que e o BPA?” 90% destes responderam corretamente mostrando conhecimento geral sobre o composto químico, 52% mostraram saber que este se encontra presente nos plásticos, no entanto, apenas 38 % conheciam a sua associação com as latas de conserva. Apesar de 92% dos inquiridos (os que conheciam o BPA) terem conhecimento que a exposição a este químico produz efeitos negativos para a sua saúde e que estes estão maioritariamente associados a utilização de materiais plásticos em contacto com alimentos, 50% mostram desconhecimento de quais os tipos de riscos a que estão sujeitos. Dentro destes 50%, 73% não sabe identificar quais os símbolos que indicam a presença de BPA em materiais em contacto com alimentos. Conclui-se que o conhecimento desta amostra da população portuguesa e pobre, a maioria não conhece o composto. E necessária uma maior divulgação dos principais usos e efeitos do BPA para que a população possa estar atenta e reduzir o risco de potenciais efeitos adversos deste xenoestrogenio.
- Avaliação do teor de fenólicos de diferentes misturas de frutas e hortícolasPublication . Levy, S.; Silva, M.A.; Costa, H.S.; Figueira, M.E.; Albuquerque, T.G.As frutas e os hortícolas são considerados alimentos fundamentais numa dieta saudável (completa, variada e equilibrada). A Organização Mundial de Saúde, recomenda um consumo diário de 400 g de frutas e hortícolas ou o equivalente - 3 a 5 porções de frutas e hortícolas. Estes alimentos são consumidos mundialmente, mas o seu consumo a nível global encontra-se abaixo dos valores recomendados. Uma das estratégias possíveis para contribuir para o aumento da ingestão de frutas e hortícolas, são os sumos. O objetivo destes trabalho foi avaliar o teor de compostos fenólicos totais em 19 misturas com diferentes proporções de laranja, kiwi, maçã, cenoura e espinafres. Em 2022, os ingredientes foram adquiridos em superfícies comerciais de Lisboa, Portugal. Em seguida, para laranja, cenoura e kiwi, foram retiradas as partes não edíveis (casca e sementes), enquanto para a maçã foram retiradas apenas as sementes. Em seguida, as misturas foram preparadas de acordo com as quantidades definidas pelo software Design Expert. O teor de fenólicos totais foi avaliado nas 19 misturas através do método de Folin-Ciocalteau. O teor de fenólicos totais variou entre 33,6 e 162 mg de equivalentes de ácido gálhico/100 g de mistura. A mistura que apresentou o menor teor de fenólicos totais era composta por 50% de cenoura, e a que apresentou o mais teor era composta por 50% de kiwi. Em 63% das misturas analisadas o teor de fenólicos totais foi superior a 100 mg de equivalentes de ácido gálhico por 100 g de mistura. Este trabalho demonstra que a proporção dos diferentes ingredientes tem um impacto muito considerável na concentração de compostos fenólicos da mistura. Desta forma, consideramos que é fundamental transmitir esta informação aos consumidores para que estes possam usufruir dos potenciais efeitos benéficos para a saúde associados ao consumo destes alimentos.
- Consumers' perceptions and consumption behaviour concerning red fruitsPublication . Salgado, N.; Silva, M.A.; Figueira, M.E.; Costa, H.S.; Albuquerque, T.G.Consumers' concern for disease prevention makes them aware of the importance to follow a healthy diet. Red fruits are known for their potential health benefits, namely due to their richness in antioxidants, vitamins and minerals. To assess consumers’ perception of red fruits purchase, conservation, preparation and consumption habits and their potential health benefits. A questionnaire was applied and distributed through e-mails and social media. From January to February of 2023, 507 individuals answered this survey. It focused on individuals’ perception of red fruits consumption and purchase habits; reasons, frequency and season of consumption; preparation and conservation procedures and potential health benefits. Among all participants, 62.7% were aged between 18-29 years, 75.3% were females and 60.4% were from Lisbon. The majority had higher education (79.6%) and a considerable number had health qualifications (36.1%). 387 participants claimed to frequently consume red fruits. Those who do not consume essentially declared high price as the main reason (60.0%). Most people purchase red fruits at super and hypermarkets (88.4%), eat them mostly fresh in spring and summer, and keep them in the fridge until consumption. Strawberry was the most frequently consumed and cranberry was the least one. Vitamins (92.1%) and anthocyanins (44.4%) were the most common substances related to red berries. 49.1% of the participants considered red fruits to be more beneficial than others, associating them with antioxidant effects (87.8%), general health and well-being (69.6%), and prevention of diseases (71.8%) like cardiovascular diseases (73.9%) and cancer (57.4%). Our findings suggest that most of this population consumes red fruits. It was verified a reasonable knowledge of their health benefits; however, several did not recognize their advantages, even having higher education. It is essential to enhance the spread of scientific information regarding the potential health benefits associated with the consumption of red fruits.
- Determinação da atividade antioxidante, compostos fenólicos e flavonoides totais em frutos vermelhos e hortícolas de folha verdePublication . Salgado, N.; Silva, M.A.; Figueira, M.E.; Costa, H.S.; Albuquerque, T.G.Atualmente, vários estudos demonstram uma relação inversa entre o consumo de frutas e hortícolas e o aparecimento de doenças crónicas não transmissíveis, devido à sua riqueza em vitaminas, minerais e antioxidantes. Apesar destes benefícios, o consumo destes alimentos continua abaixo do valor recomendado pela Organização Mundial de Saúde (400 g por dia). Foram analisadas diferentes marcas de frutos vermelhos (morangos, framboesas e mirtilos) e de hortícolas de folha verde (espinafres e alfaces), para estudar a variabilidade da atividade antioxidante e do teor de compostos fenólicos e de flavonoides totais. As amostras foram recolhidas em grandes superfícies comerciais da região de Lisboa, tendo sido adquiridas 3 marcas de cada alimento (identificadas de A a C), exceto de morangos em que foram analisadas apenas 2 marcas. Determinou-se a atividade antioxidante pelo método DPPH• e o teor de fenólicos e flavonoides totais pelos métodos Folin-Ciocalteau e de complexação de alumínio, respetivamente. No método DPPH•, os morangos B evidenciaram maior atividade antioxidante, com 21,5 ± 1,0 µmol de equivalentes de trolox (ET)/g de amostra, seguindo-se os mirtilos A e as framboesas A. Por outro lado, os hortícolas de folha verde demonstraram menor atividade antioxidante, principalmente as alfaces (0,3 – 0,8 µmol ET/g). Relativamente aos flavonoides totais, os morangos B apresentaram o maior valor (504,2 ± 17,7 mg de equivalentes de epicatequina/100 g de amostra), seguido dos espinafres A e dos mirtilos A. De entre os vários ingredientes, as alfaces B e C foram as que apresentaram menor teor de flavonoides. No que diz respeito aos fenólicos totais, evidencia-se o elevado teor em todos os frutos vermelhos analisados, destacando-se os morangos que apresentaram cerca de 500 mg de equivalentes de ácido gálhico (EAG)/100 g. A alface, entre os alimentos analisados, foi o menos rico em fenólicos (73,0 ± 6,2 – 100,1 ± 1,8 mg de EAG/100 g de amostra). De forma geral, os frutos vermelhos, principalmente os morangos B, destacam-se enquanto alimentos ricos em antioxidantes, verificando-se alguma variabilidade entre marcas do mesmo alimento, que se pode dever a diferentes práticas de cultivo, estado de maturação, variedades, características do solo, condições ambientais e de armazenamento. Contrariamente, os hortícolas analisados têm menos antioxidantes, principalmente a alface, e os resultados entre marcas mantêm-se com pouca variação.
- Determinação do bisfenol A e éter diglicidílico do bisfenol A em alimentos enlatadosPublication . Vilarinho, Fernanda; Van der Kellen, A.; Sendón, R.; Figueira, M.E.; Vaz, M.F.; Sanches Silva, A.O Bisfenol A (BPA) é um composto químico produzido a larga escala. De facto a produção mundial de BPA por ano é superior a 3,5 milhões de toneladas. Devido às suas características de resistência e elasticidade este composto é utilizado na produção de diversos produtos, como policarbonato e resinas epóxi. As resinas epóxi são obtidas comercialmente a partir da reação entre o bisfenol A e a epicloridrina que resulta no éter diglicidílico de bisfenol A, também conhecido como BADGE e estão presentes no revestimento de embalagens de alimentos enlatados. A União Europeia estabeleceu um limite de migração específica (LME) para o BPA de 0,6 mg/kg de alimento (Regulamento (EU) nº 10/2011 da comissão 2011). O presente trabalho teve como propósito a determinação de BPA e de BADGE em materiais em contato com alimentos. Neste sentido, procedeu-se ao desenvolvimento, otimização e validação de um método para determinação destes dois compostos por Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada a um Detetor de Fluorescência (UHPLC-FL). Foram analisadas amostras de pescado enlatado, de diferentes marcas, disponíveis no mercado português, no período de Janeiro a Julho de 2017. Os parâmetros de validação determinados foram a especificidade, linearidade e gama de trabalho, limite de deteção, limite de quantificação, repetibilidade, precisão e exatidão. Os valores da Precisão (expressos em % de desvio padrão relativo) encontram-se em conformidade com os citérios de validação para métodos analíticos, tendo sido sempre inferiores a 4,9% e a recuperação foi aceitável nos 4 níveis de fortificação testados. Verificou-se que todas as amostras cumpriram com os limites máximos permitidos pela legislação europeia em vigor, garantindo assim a segurança do consumo destes alimentos.
- Effects on antioxidant activity, total phenolics and flavonoids of different mixtures of red fruits and green leafy vegetablesPublication . Salgado, N.; Silva, M.A.; Costa, H.S.; Figueira, M.E.; Albuquerque, T.G.Currently, several studies have shown an inverse relationship between fruits and vegetables consumption and the appearance of noncommunicable chronic diseases, due to their richness in vitamins, minerals and antioxidants. Despite these benefits, their consumption is still lower than recommended by the World Health Organization (400 g per day). This research intends to assess the synergistic, antagonistic and additive effects of 20 mixtures (M1-M20) of red fruits (strawberry I1, raspberry I2, and blueberry I3) and green leafy vegetables (spinach I4 and lettuce I5) in different proportions, considering their in vitro antioxidant content. Analytical methods for antioxidant activity (DPPH•), total phenolics and flavonoids were carried out in ingredients and their mixtures. For each mixture, expected values were calculated by adding the results of ingredients considering their amount and, then, compared with observed values. When significant differences were found (p < 0.05), the effects were classified as synergistic (observed value > expected value) or antagonistic (observed value < expected value). When significant differences were not found (p > 0.05), the effect was considered additive. Concerning DPPH•, the majority of the effects in mixtures were synergistic. However, M15 and M16 had antagonistic effects and M13 was the only one with additive effect. M6 (34% I2 and 34% I3) had the most highlighted synergistic interaction. Regarding total flavonoids, all mixtures presented synergistic effects, with M4 (50% I4) having the highest synergy (observed value = 331.7 mg of epicatechin equivalents/100 g of sample > expected value = 137.8 mg of epicatechin equivalents /100 g of sample) and M12 (35% I5) the lowest. When considering total phenolics, synergistic effects in all mixtures were observed, with M6 and M8 (68% red fruits) being highlighted and M5 (50% I5) having the weakest interaction. In general, most of the mixtures had synergistic interactions, which means gathering ingredients in those proportions enhances antioxidant content and, therefore, can promote health benefits. In these assays, M6 is highlighted, except on total flavonoids. Also, these mixtures can be used to reduce inadequate consumption of fruits and vegetables.
- Estudo para avaliar o grau de conhecimento dos consumidores sobre materiais em contacto com alimentosPublication . Kellen, A. van der; Vilarinho, Fernanda; Andrade, Mariana; Figueira, M.E.; Vaz, M. Fátima; Sanches Silva, A.Segundo o decreto-lei 366-A/97, de 20 de Dezembro, e suas alterações, considera-se embalagem todos e quaisquer produtos feitos de materiais de qualquer natureza utilizados para conter, proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar mercadorias, tanto materias-primas como produtos transformados, desde o produtor ao utilizador ou consumidor, incluindo todos os artigos ≪descartáveis≫ utilizados para os mesmos fins (Decreto-Lei no 366-A/97, 1997). A escolha das mesmas deve ser sempre realizada de acordo com o alimento e utilização a que se destinam. Dado o risco associado a incorreta utilização de embalagens alimentares, e importante avaliar a perceção e o conhecimento da população portuguesa acerca deste tema. Para tal foi realizado um questionário e aplicado a população geral. O questionário incidiu numa amostra da população portuguesa constituída por 251 indivíduos, de diversas zonas do país, pertencentes a diversas faixas etárias e com vários níveis de escolaridade. O questionário compilou questões que permitiam reunir dados socioeconómicos e obter informação acerca do conhecimento e consciência dos inquiridos no que se refere aos materiais em contacto com alimentos e a sua correta utilização. Os resultados obtidos mostram que 84% dos inquiridos sabe que a maneira mais correta de utilizar uma embalagem plástica e utiliza-la de acordo com a sua finalidade. O material de embalagem alimentar mais utilizado pelos inquiridos dividiu-se maioritariamente entre o plástico (50% dos inquiridos) e o vidro (46% dos inquiridos). Quando questionado acerca da frequência de utilização de embalagens plásticas, verificou-se que 27% utiliza diariamente embalagens de plástico, 43% utiliza-as frequentemente, 27 % utiliza raramente e apenas 3% dos inquiridos não utilizam de todo este material para embalar alimentos. Estes dados remetem-nos para uma outra questão, “Será que os inquiridos conhecem a simbologia presente nas embalagens?” os resultados mostram que 51 % sabe o que significam os símbolos de reciclagem. Quanto aos símbolos de indicação de utilização, 31 % dos indivíduos já encontrou os quatro símbolos representados no questionário, sendo que o mais conhecido e o do “Material indicado para uso alimentar”. No âmbito da analise do questionário verificou-se que 48 % responderam que procuram e cumprem as recomendações do fabricante. De acordo com a amostra da população estudada, o conhecimento sobre a utilização de materiais em contacto com alimentos em Portugal ainda e insuficiente. Seria relevante que a população tivesse acesso a mais informação sobre as embalagens alimentares, nomeadamente em relação a sua simbologia, para posterior utilização adequada das mesmas.
- Migração de bisfenol a partir de materiais em contacto com alimentosPublication . Van der Kellen, A.; Vilarinho, Fernanda; Andrade, M.; Figueira, M.E.; Vaz, M. Fátima; Sanches Silva, A.O bisfenol A (BPA) é maioritariamente utilizado na produção de policarbonato, um material com elevada durabilidade e resistência (Cheng et al. 2017). Este composto químico é utilizado na produção de resinas epóxi, usadas no revestimento de superfícies metálicas em contato com os alimentos (Biles, McNeal, and Begley 1997). O BPA tem sido vastamente reportado pelos meios de comunicação social como sendo alvo de diversos estudos científicos, visto que, estamos perante um xenoestrogénio com uma estrutura química idêntica à do 17β-estradiol, o que permite que este interaja com os recetores estrogénicos humanos (Rubin 2011, Takayanagi et al. 2006; Witorsch 2002). Entre os seus efeitos mais reportados encontram-se a produção de alterações no sistema reprodutor masculino/feminino e os efeitos negativos persistentes na estrutura e função cerebral (Takayanagi et al. 2006, Richter et al. 2007). Assim sendo, torna-se essencial a sua monitorização para evitar o potencial risco da saúde da população (Hoekstra and Simoneau 2013). A União Europeia estabeleceu um limite de migração específica (LME) para o BPA de 0,6 mg/kg de alimento (Regulamento (UE) No 10/2011 Da Comissão 2011). No presente trabalho realizou-se uma vasta revisão da literatura para averiguar o estado da arte do BPA, quer no que respeita às metodologias analíticas utilizadas para a sua determinação, quer no que respeita aos níveis de migração detetados nos alimentos. Esta revisão teve como principal foco a última década. Constatou-se que as metodologias mais utilizadas para a determinação de BPA através de métodos cromatográficos são: 1) cromatografia líquida de alta ou ultra resolução (HPLC ou UHPLC) acoplada a detetor de fluorescência (FL) ou a espectrometria de massa (MS) e 2) cromatografia gasosa acoplada a MS. A sensibilidade dos métodos foi comparada por avaliação dos limites de deteção (LOD). Quanto aos níveis de migração encontrados a partir de diferentes tipos de materiais de contato com os alimentos, verificou-se que apesar da grande maioria dos estudos terem apresentado amostras positivas, nenhuma delas ultrapassou o valor de LME estabelecido pela União Europeia.
- Oxalate in Foods: Extraction Conditions, Analytical Methods, Occurrence, and Health ImplicationsPublication . Salgado, N.; Silva, M.A.; Figueira, M.E.; Costa, H.S.; Albuquerque, T.G.Oxalate is an antinutrient present in a wide range of foods, with plant products, especially green leafy vegetables, being the main sources of dietary oxalates. This compound has been largely associated with hyperoxaluria, kidney stone formation, and, in more severe cases, systematic oxalosis. Due to its impact on human health, it is extremely important to control the amount of oxalate present in foods, particularly for patients with kidney stone issues. In this review, a summary and discussion of the current knowledge on oxalate analysis, its extraction conditions, specific features of analytical methods, reported occurrence in foods, and its health implications are presented. In addition, a brief conclusion and further perspectives on whether high-oxalate foods are truly problematic and can be seen as health threats are shown.
