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Abstract(s)
Atualmente, vários estudos demonstram uma relação inversa entre o consumo de frutas e hortícolas e o aparecimento de doenças crónicas não transmissíveis, devido à sua riqueza em vitaminas, minerais e antioxidantes. Apesar destes benefícios, o consumo destes alimentos continua abaixo do valor recomendado pela Organização Mundial de Saúde (400 g por dia).
Foram analisadas diferentes marcas de frutos vermelhos (morangos, framboesas e mirtilos) e de hortícolas de folha verde (espinafres e alfaces), para estudar a variabilidade da atividade antioxidante e do teor de compostos fenólicos e de flavonoides totais. As amostras foram recolhidas em grandes superfícies comerciais da região de Lisboa, tendo sido adquiridas 3 marcas de cada alimento (identificadas de A a C), exceto de morangos em que foram analisadas apenas 2 marcas. Determinou-se a atividade antioxidante pelo método DPPH• e o teor de fenólicos e flavonoides totais pelos métodos Folin-Ciocalteau e de complexação de alumínio, respetivamente.
No método DPPH•, os morangos B evidenciaram maior atividade antioxidante, com 21,5 ± 1,0 µmol de equivalentes de trolox (ET)/g de amostra, seguindo-se os mirtilos A e as framboesas A. Por outro lado, os hortícolas de folha verde demonstraram menor atividade antioxidante, principalmente as alfaces (0,3 – 0,8 µmol ET/g). Relativamente aos flavonoides totais, os morangos B apresentaram o maior valor (504,2 ± 17,7 mg de equivalentes de epicatequina/100 g de amostra), seguido dos espinafres A e dos mirtilos A. De entre os vários ingredientes, as alfaces B e C foram as que apresentaram menor teor de flavonoides. No que diz respeito aos fenólicos totais, evidencia-se o elevado teor em todos os frutos vermelhos analisados, destacando-se os morangos que apresentaram cerca de 500 mg de equivalentes de ácido gálhico (EAG)/100 g. A alface, entre os alimentos analisados, foi o menos rico em fenólicos (73,0 ± 6,2 – 100,1 ± 1,8 mg de EAG/100 g de amostra).
De forma geral, os frutos vermelhos, principalmente os morangos B, destacam-se enquanto alimentos ricos em antioxidantes, verificando-se alguma variabilidade entre marcas do mesmo alimento, que se pode dever a diferentes práticas de cultivo, estado de maturação, variedades, características do solo, condições ambientais e de armazenamento. Contrariamente, os hortícolas analisados têm menos antioxidantes, principalmente a alface, e os resultados entre marcas mantêm-se com pouca variação.
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Keywords
Frutos Vermelhos Hortícolas Atividade Antioxidante Compostos Fenólicos Flavonoides Composição dos Alimentos
Pedagogical Context
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Publisher
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
