Browsing by Author "Braz, Paula"
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- 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): cuidados de saúde preventivosPublication . Santos, Ana João; Gil, Ana Paula; Kislaya, Irina; Antunes, Liliana; Braz, Paula; Rodrigues, Ana Paula; Alves, Clara Alves; Namorado, Sónia; Gaio, Vânia; Barreto, Marta; Castilho, Emília; Cordeiro, Eugénio; Dinis, Ana; Prokopenko, Tamara; Silva, Ana Clara; Vargas, Patrícia; Nunes, Baltazar; Dias, Carlos MatiasEnquadramento: A importância da informação obtida através de inquéritos de saúde com exame físico realizados a amostras probabilísticas da população, de que o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é exemplo, deriva da utilização de métodos e instrumentos que resultam em informação com maior validade do que a reportada apenas pelos inquiridos. O acolhimento da proposta do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), para um primeiro INSEF em Portugal, como parte integrante do Projeto Pré-Definido do Programa Iniciativas em Saúde Pública, financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a posterior parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Pública (INSP), e a colaboração com todas as regiões nacionais, constituem as fundações que permitiram a realização deste primeiro INSEF. No presente relatório são apresentados os resultados relativos à realização de consultas de saúde oral, de análises clínicas (glicémia, colesterolémia e triglicéridémia) e de exames complementares de diagnóstico, associados à prevenção secundária da doença oncológica (mamografia, citologia cervico-vaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes). Materiais e métodos: O INSEF é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível regional e nacional, com a finalidade de contribuir para melhorar a Saúde Pública e reduzir as desigualdades em saúde, através da disponibilização de informação epidemiológica de elevada qualidade sobre o estado de saúde, determinantes e utilização de cuidados de saúde pela população portuguesa. A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de idade, residentes em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas há mais de 12 meses, não-institucionalizados e com capacidade para acompanhar a entrevista em língua portuguesa. A amostra foi estratificada por região e área urbana/rural e constituída de forma probabilística em duas etapas. O trabalho de campo decorreu entre fevereiro e dezembro de 2015 e foi realizado por equipas constituídas, formadas e treinadas especificamente para o efeito, num total de 117 profissionais. Áreas de inquirição - O INSEF incluiu um conjunto de avaliações antropométricas e bioquímicas, e a aplicação de um questionário por entrevista pessoal assistida por computador (CAPI). A recolha de dados foi organizada em três componentes: 1) exame físico, que incluiu a medição da tensão arterial, da altura, do peso e dos perímetros da cintura e da anca; 2) recolha de amostras de sangue para avaliação de parâmetros bioquímicos (colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos), da hemoglobina glicosilada (HbA1c) e do hemograma; 3) questionário, com recolha de informação autorreportada sobre variáveis demográficas e socioeconómicas, estado de saúde, determinantes de saúde relacionados com comportamentos e utilização de serviços e cuidados de saúde, incluindo os cuidados preventivos. Indicadores reportados no presente relatório - O presente relatório contém os resultados de um conjunto de indicadores inseridos na área temática Cuidados de Saúde, obtidos através de dados recolhidos na componente entrevista. Especificamente são apresentados resultados relativos à frequência da realização de consultas de saúde oral, de análises clínicas (glicémia, colesterolémia e triglicéridémia) e de exames complementares de diagnóstico, associados à prevenção secundária de algumas doenças oncológicas, nomeadamente, a mamografia, a citologia cervico-vaginal e a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Análise estatística - Todos os indicadores incluídos no presente relatório foram estimados a nível nacional para subgrupos específicos da população, nomeadamente por região, sexo, grupo etário, nível de escolaridade, situação perante o trabalho e atribuição de médico de família pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Todas as estimativas pontuais apresentadas foram ajustadas utilizando pesos amostrais calibrados para a distribuição da população portuguesa, por sexo e grupo etário, em cada uma das 7 Regiões de Saúde para a estimativa da população residente em 2014. Para a análise comparativa, as estimativas estratificadas por região, nível de escolaridade, situação perante o trabalho e atribuição de médico de família pelo SNS, foram padronizadas pelo método direto para a distribuição da população portuguesa (2014) por sexo e grupo etário. Resultados principais: Durante o INSEF foram observados 4911 indiví- duos (2265 homens: 46,1% e 2646 mulheres: 53,9%), na sua maioria naturais de Portugal (91,2%), casados ou em união de facto (70,0%), em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), com um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário (63,4%) e estando 11,2% desempregados. Nos 12 meses anteriores à entrevista, 51,3% da população estudada consultou um profissional de saúde oral. Considerando a distribuição por sexo, grupo etário e região, observou-se uma maior frequência desta consulta na população feminina (55,5%), no grupo etário dos 35 aos 44 anos (56,9%) e na região Norte (55,4%). Observou-se ainda maior frequência entre os mais escolarizados (65,7% com Ensino Superior) e nos indivíduos com atividade profissional remunerada (55,0%). No ano de 2015, em Portugal, 69,7% da popula- ção entre os 25 e os 74 anos referiu ter, nos 12 meses anteriores à entrevista, efetuado análises clínicas, a pelo menos um dos parâmetros inquiridos (glicémia, colesterolémia, trigliceridémia). Esta frequência foi mais elevada no sexo feminino (72,7%) e aumentou com a idade (84,2% no grupo dos 65 aos 74 anos de idade). Foi também mais frequente nos indivíduos que têm médico de família atribuído pelo SNS (71,3% com médico de família vs. 58,7% sem médico de família). Na população feminina entre os 50 e os 69 anos de idade, 94,8 % reportou ter realizado mamografia nos 2 anos anteriores à entrevista. A percentagem foi mais elevada nas mulheres com ensino secundário (95,8%) e menos elevada nas mulheres desempregadas (89,3%). Os resultados indicam que 86,3% das mulheres entre os 25 e os 64 anos de idade referem ter realizado citologia cervico-vaginal nos 3 anos anteriores à entrevista. As percentagens mais elevadas observaram-se no grupo etário entre os 35 e os 44 anos (90,8%), na região Norte (91,7%), nas mulheres com ensino superior (90,8%) e naquelas que tinham uma atividade profissional remunerada (88,7%). Referiram ter realizado pesquisa de sangue oculto nas fezes, nos 2 anos anteriores à entrevista, 45,7% dos inquiridos, sendo este valor muito próximo do estimado para a população que nunca realizou o exame (44,2%). Não se observaram diferenças entre os sexos. O reporte de realização deste exame diminui com o aumento do nível de escolaridade, de 48,0% na população sem nível escolaridade ou com o primeiro ciclo do ensino básico até 34,7% na população com ensino superior. A percentagem de mulheres que relataram ter efetuado uma mamografia nos 2 anos anteriores ou que efetuaram uma citologia cervico-vaginal nos 3 anos anteriores à entrevista, foi mais elevada no grupo com médico de família atribuído pelo SNS. Também os indivíduos com médico de família, comparativamente aos indivíduos sem médico de família atribuído pelo SNS, apresentaram a percentagem mais elevada de realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes nos 2 anos anteriores à entrevista. Conclusões principais: A informação obtida pelo primeiro INSEF é representativa da população portuguesa a nível nacional e de cada uma das suas 7 regiões e utilizou os métodos estabelecidos pelo European Health Examination Survey (EHES). O processo de inquérito envolveu desde o início a rede formada pelas 7 Regiões de Saúde de Portugal, o INSA, órgão do Ministério da Saúde e o INSP. As diferenças observadas nas estimativas populacionais de vários dos indicadores justificam a atenção das intervenções de saúde sobre a utilização de cuidados de saúde preventivos pela população residente em Portugal com idade entre os 25 e os 74 anos de idade. As estimativas populacionais indicam que a frequência da utilização de cuidados de saúde preventivos varia consoante a área geográfica e o tipo de serviço considerado. A realização de análises clínicas e da mamografia parecem ser exames e análises complementares de diagnósticos generalizados para a população portuguesa considerada de referência. Dos três exames de prevenção secundária da doença oncológica, a pesquisa de sangue oculto nas fezes foi a menos frequente junto da população portuguesa entre os 50 e os 74 anos. De acordo com os resultados obtidos, no que respeita à utilização de cuidados de saúde preventivos, podemos concluir que existe influência do perfil sociodemográfico na população, diferenciado de acordo com o tipo de exames. Os resultados evidenciam ainda a importância dos médicos de família do SNS para a frequência de realização da mamografia, citologia cervicovaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes, exames e análises utilizados muitas vezes enquanto instrumentos de rastreio oncológico.
- Absence of prenatal ultrasound surveillance: Data from the Portuguese congenital anomalies registryPublication . Correia, Sandrina; Machado, Ausenda; Braz, Paula; Rodrigues, Ana Paula; Dias, Carlos MatiasIn Portugal, prenatal care guidelines advocate two prenatal ultrasound scans for all pregnant women. Not following this recommendation is considered inadequate prenatal surveillance. The National Registry of Congenital Anomalies (RENAC in Portuguese) is an active population-based registry and an important instrument for the epidemiological surveillance of congenital anomalies (CA) in Portugal. Regarding pregnancies with CA, this study aims to describe the epidemiology of absent prenatal ultrasound scans and factors associated with this inadequate surveillance.
- Acidentes Domésticos e de Lazer com bicicleta em crianças, durante a pandemia COVID-19, em PortugalPublication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Braz, Paula; Rodrigues, Emanuel; Neto, Mariana; Mexia, Ricardo; Matias Dias, CarlosOs acidentes e lesões não intencionais têm representado a maior causa de internamento hospitalar e morte para as crianças no mundo, sendo uma prioridade de intervenção na área pediátrica. Atendendo às alterações no quotidiano e nas rotinas das crianças, decorrentes das medidas impostas face o contexto pandémico da Covid-19, que limitaram a sua participação em atividades de grupo, sociais e desportivas, o uso de bicicleta e outros equipamentos com rodas (trotinete, patins, skate) tem vindo a aumentar. Considerando ainda o estadio de desenvolvimento deste grupo etário, o presente estudo assume particular relevo no entendimento desta problemática de saúde pública. Este estudo tem como objetivo descrever a evolução da frequência dos episódios de ADL com bicicleta e outros equipamentos com rodas, nas crianças e jovens dos 5 aos 14 anos, que recorreram ao SU por esse motivo, em 2019 e 2020. Através de uma análise secundária dos dados recolhidos pelo sistema EVITA, respeitantes a crianças e jovens dos 5 aos 14 anos, entre 2019 e 2020, procedeu-se à análise descritiva dos dados, com o apuramento das frequências absolutas e relativas (percentagens). Comparações entre proporções foram realizadas através do teste do Qui-quadrado de Pearson com um nível de significância de 5%. Nesta análise foi utilizado o programa estatístico SPSS V.24. Nos dois anos foram registados 1322 episódios de ADL (607 em 2019 e 715 em 2020), com envolvimento de bicicleta e outros equipamentos com rodas, nas crianças e jovens dos 5 aos 14 anos. A distribuição dos episódios de admissão ao SU devidos a ADL por grupo etário revelou que 31% ocorreram nas crianças dos 5 aos 9 anos e 69% no grupo dos 10 aos 14 anos, numa maior proporção no sexo masculino (58,8%; 75,2%, respetivamente). As quedas constituíram o principal mecanismo de lesão em 2019 e em 2020, nas crianças dos 5 aos 9 anos (91,7%) e dos 10 aos 14 anos (96,5%), destacando-se o “Ar livre” (38,1%; 42,4%) e as “Áreas de transporte” (18,8%; 18,9%) como os locais onde ocorreram em maior frequência em ambos os grupos etários, respetivamente. Em 2020, entre os meses de maio e novembro, com exceção do mês de julho, o número mensal de episódios de ADL com recurso ao SU com envolvimento de bicicleta e outros equipamentos com rodas manteve-se acima dos valores do período homólogo, em 2019 (p<0,01). No geral, destaca-se o aumento percentual de episódios de ADL com bicicleta e outros equipamentos com rodas ocorridos ao “Ar livre” (26%), em “Áreas de transporte” (13%), em “Casa” (43%) e uma diminuição percentual em “Área desportiva” (-52%) e “Área diversão”(-15%) em 2020, face a 2019. Dado o aumento do número de episódios de ADL com bicicleta em 2020 considera-se útil uma análise mais detalhada que permita conhecer a distribuição destas frequências por tipologia de lesão, parte do corpo lesada, bem como, a continuidade do estudo, aumentando o período de observação.
- Acidentes domésticos e de lazer em crianças e jovens durante a pandemia da COVID-19, 2019-2021Publication . Alves, Tatiana; Silva, Susana; Braz, Paula; Rodrigues, Emanuel; Neto, Mariana; Mexia, Ricardo; Dias, Carlos MatiasNos últimos dois anos, entre 2020 e 2021, as crianças e os jovens terão enfrentado vários desafios decorrentes das restrições causadas pela situação pandémica da COVID-19, com interferência nas diferentes dimensões da sua vida. Considerando que as medidas de contenção da pandemia poderão ter conduzido a alterações familiares, sociais e ao nível da participação e utilização do ambiente envolvente, importa conhecer o impacto destas alterações na ocorrência de acidentes domésticos e de lazer (ADL) nesta população. O presente estudo tem como finalidade contribuir para um melhor conhecimento sobre os ADL ocorridos durante a pandemia da COVID-19 que motivaram o recurso ao serviço de urgência (SU) em crianças e jovens. Entre 2019 e 2021, a partir do sistema EVITA foram analisados 148 440 episódios de recurso ao SU devidos a ADL em crianças e jovens até aos 19 anos, ocorridos ao ar livre, em áreas desportivas, em casa, na escola, em áreas institucionais e recintos públicos. Observou-se uma diminuição de 25% no número de episódios de admissão ao SU por ADL ocorridos em 2020 e uma diminuição de 7% em 2021, ambos face a 2019.
- Amniotic band syndrome and limb body wall complex in Europe 1980-2019Publication . Bergman, Jorieke E.H.; Barišić, Ingeborg; Addor, Marie‐Claude; Braz, Paula; Cavero‐Carbonell, Clara; Draper, Elizabeth S.; Echevarría‐González‐de‐Garibay, Luis J.; Gatt, Miriam; Haeusler, Martin; Khoshnood, Babak; Klungsøyr, Kari; Kurinczuk, Jennifer J.; Latos‐Bielenska, Anna; Luyt, Karen; Martin, Danielle; Mullaney, Carmel; Nelen, Vera; Neville, Amanda J.; O'Mahony, Mary T.; Perthus, Isabelle; Pierini, Anna; Randrianaivo, Hanitra; Rankin, Judith; Rissmann, Anke; Rouget, Florence; Sayers, Gerardine; Schaub, Bruno; Stevens, Sarah; Tucker, David; Verellen‐Dumoulin, Christine; Wiesel, Awi; Gerkes, Erica H.; Perraud, Annie; Loane, Maria A.; Wellesley, Diana; de Walle, Hermien E.K.Amniotic band syndrome (ABS) and limb body wall complex (LBWC) have an overlapping phenotype of multiple congenital anomalies and their etiology is unknown. We aimed to determine the prevalence of ABS and LBWC in Europe from 1980 to 2019and to describe the spectrum of congenital anomalies. In addition, we investigated maternal age and multiple birth as possible risk factors for the occurrence of ABS and LBWC. We used data from the European surveillance of congenital anomalies (EUROCAT) network including data from 30 registries over 1980–2019. We included all pregnancy outcomes, including live births, stillbirths, and terminations of pregnancy for fetal anomalies. ABS and LBWC cases were extracted from the central EUROCAT database using coding information responses from the registries. In total, 866 ABS cases and 451 LBWC cases were included in this study. The mean prevalence was 0.53/10,000 births for ABS and 0.34/10,000 births for LBWC during the 40 years. Prevalence of both ABS and LBWC was lower in the 1980s and higher in the United Kingdom. Limb anomalies and neural tube defects were commonly see in ABS, whereas in LBWC abdominal and thoracic wall defects and limb anomalies were most prevalent. Twinning was confirmed as a risk factor for both ABS and LBWC. This study includes the largest cohort of ABS and LBWC cases ever reported over a large time period using standardized EUROCAT data. Prevalence, clinical characteristics, and the phenotypic spectrum are described, and twinning is confirmed as a risk factor.
- Análise da distribuição geográfica da prevalência de Anomalias Congénitas por ACES em Portugal Continental no período de 2000-2010Publication . Roquette, Rita; Machado, Ausenda; Braz, Paula; Dias, Carlos MatiasAs anomalias congénitas (AC) são erros do desenvolvimento, presentes no período embriofetal que se manifestam por alterações estruturais, funcionais ou bioquímicas detectadas ao nascer ou mais tardiamente. Embora, as anomalias congénitas (AC) não sejam doenças de notificação obrigatória, a Direção-Geral da Saúde recomenda a sua notificação. O Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) recebe notificações de anomalias observadas em recém-nascidos, fetos mortos e interrupções médicas da gravidez. Um dos seus objetivos é determinar a prevalência das anomalias congénitas em Portugal e caracterizar a sua distribuição geográfica.
- Anomalias Congénitas em Portugal: contributos para a análise espacial da prevalência no período 2000-2010Publication . Roquette, Rita; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Dias, Carlos MatiasAnálise da distribuição espacial da prevalência de anomalias congénitas, registadas no RENAC, desagregada por concelho de residência das mães. Identificação de agregados de concelhos com valores elevados e baixos de prevalência de anomalias congénitas.
- Anomalias congénitas em Portugal: contributos para a análise espacial da prevalência no período 2000-2010Publication . Roquette, Rita; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Dias, Carlos MatiasAnálise da distribuição espacial da prevalência de anomalias congénitas, registadas no RENAC, desagregada por concelho de residência das mães. Identificação de agregados de concelhos com valores elevados e baixos de prevalência de anomalias congénitas.
- Associação de anomalia congénita encefálica com infeção TORCHS: a importância do Diagnóstico Pré-natal na perspetiva na paralisia cerebralPublication . Folha, Teresa; Braz, Paula; Virella, Daniel; Registo Nacional de Anomalias Congénitas e Programa Vigilância Nacional da Paralisia CerebralIntrodução: O diagnóstico pré-natal (DPN) sistematizado tem permitido melhorar a identificação e a intervenção nas anomalias congénitas e nas infeções fetais. Objetivos: O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC) alerta para a importância da associação de anomalia congénita encefálica (ACE) com infeção TORCHS, na gravidez, como fator de risco na paralisia cerebral (PC). Metodologia: Estudo dos casos notificados ao PVNPC, nascidos em Portugal em 2001-2010, nos quais não foi assinalada causa posneonatal. Classificaram-se os casos em 4 grupos, pela presença de ACE e/ou TORCHS. Exploraram-se associações destes grupos com dados pré/perinatais com a evolução clínica e funcional, utilizando testes de proporções (nível de significância estabelecido em 5%). Resultados: Das 1262 crianças com PC notificadas com as condições estabelecidas, foi registada informação sobre TORCHS e/ou ACE em 999 crianças: apenas ACE (n=114), apenas TORCHS (n=35), ACE+TORCHS (n=17) e sem ACE nem TORCHS (n=833). Em comparação com as crianças apenas com ACE, as crianças com ACE+TORCHS nasceram em maior proporção de mães <20 anos (6,7%vs.20%) e leves para a idade gestacional (14%vs.56%); se admitidas em cuidados neonatais, estiveram em maior proporção com suporte ventilatório (48%vs.75%). As crianças com ACE+TORCHS apresentam em maior proporção, na ressonância magnética craniana, padrões de anomalias de proliferação, migração ou organização (66%vs.93%); têm em maior proporção PC espástica (73%vs.88%) e menor proporção atáxica (16%vs.7%) ou disquinética (11%vs.6%). Aos 5 anos, as crianças com ACE+TORCHS apresentaram maior afetação funcional, cognitiva e auditiva (mas não visual), e maior proporção de epilepsia e de subluxação adquirida da anca. Conclusões: A afetação clínica e funcional das crianças com PC é globalmente maior quando existe associação de ACE e TORCHS. O PVNPC proporciona evidência para recomendar a necessidade de pesquisar a associação a infecção TORCHS face ao diagnóstico pré-natal de restrição de crescimento fetal e de anomalias de proliferação, migração ou organização encefálica, especialmente em gestantes jovens.
- Características das mulheres que recusam exames invasivos: dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas entre 2008 e 2013Publication . Correia, Sandrina; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana Paula; Dias, Carlos Matias[PT] Os dados do RENAC mostram que 2,3% das mulheres com suspeita de anomalia fetal durante a gravidez, entre 2008 e 2010 e 3,5% entre 2011 e 2013 recusaram a realização de exames invasivos. Este estudo pretende caracterizar estas mulheres tendo-se encontrado na literatura alguns fatores maternos relacionados com esta decisão. Assim, realizou-se um estudo descritivo, transversal, com utilização de dados notificados ao RENAC no período de 2008 a 2013. Neste período 7,7% das grávidas recusaram a realização de exames invasivos. Estas mulheres tinham em média 37,3 anos (mín-máx: 18-48, desvio padrão= 5,37), 16,2% não tinham nacionalidade portuguesa e 30,8% não exerciam uma atividade profissional. A história obstétrica revelou que em mediana tiveram duas gestações e dois nados-vivos anteriores. Em 5,5% a presente gestação resultou de reprodução medicamente assistida. Observou-se a existência de associação estatisticamente significativa com o grupo etário da grávida, a naturalidade, a ocupação, a etnia, o estado migratório, a história obstétrica e o consumo de álcool durante o 1º trimestre de gestação. Estes resultados são semelhantes aos descritos noutros estudos, nomeadamente, o facto de pertencerem a um grupo etário mais avançado e a minorias étnicas, para além de serem multíparas aumentar a probabilidade de recusarem um exame invasivo.
