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- Falls in Older People in Domestic and Leisure Settings – data from EVITA systemPublication . Alves, Tatiana; Santos, Ana; Rodrigues, Emanuel; Mexia, Ricardo; Neto, Mariana; Matias-Dias, CarlosAccidents at home and in leisure context (HLA), especially those reaching one of the most vulnerable groups of the population such as in the elderly, require the planning, execution and evaluation of preventive interventions and mitigation of the consequences based on epidemiological evidence. The aim of this study was to estimate the frequency of HLA using hospital emergency unit due to fall in patient aged 65 and over and their characterization considering the place of occurrence, type of injury, follow-up in health services and products involved in the accident, in 2018, in Portugal. Were analysed data from the EVITA system, fed by the HLA registry at the emergency room of the NHS hospital units that participate in this system. Of the 38 hospitals able to participate in EVITA, data came from 21. The frequency and distribution of falls were analysed according to the place of occurrence, type of lesion, hospital referral and products involved. Bivariate comparisons were performed for the categorical variables using the Pearson Chi-square test. The level of significance of the test was set at 5%. In 2018, 30 196 falls of people aged 65 and over were recorded in the EVITA system. The results show more frequently falls in females (65.4%) than in males (34.6%), being these differences statistically significant (p<0,01). The majority of falls occurred at home (64.4%), followed by public areas (9.7%) and outdoor spaces (9.0%), these differences were statistically significant (p<0,01). The type of lesion most frequently observed was bruise (64.1%) and open wound (14.9%). Following the accident caused by falling, 51.5% of the victims were referred to the "unreferenced exterior”, 29.2% to "referral for consultation", 13.7% have had need of hospitalization and 0,01% were deaths. Considering that a significant fraction of falls can be prevented, this information reinforces the importance of this problem and its magnitude. In addition suggests to targets of prevention programs, future lines of research on specific groups, mechanisms of injury and deepening of research about determinants of falls in older people.
- Fungos resistentes em ambiente hospitalar - um risco emergente?Publication . Sabino, RaquelAs infecções fúngicas invasivas dependem da interação entre a suscetibilidade do hospedeiro e a exposição ambiental. Como tal, o ambiente hospitalar é uma das principais preocupações nas infeções fúngicas nosocomiais, especialmente em unidades hospitalares de doentes imunocomprometidos. Deverá ser dada especial atenção aos riscos ambientais. Para além de Cândida, os géneros Aspergillus e Fusarium são descritos como os mais frequentemente encontrados em ambiente hospitalar. Apesar da resistência intrínseca encontrada em algumas espécies desses dois géneros de fungos filamentosos, a exposição dos fungos a antifúngicos clínicos ou agrícolas parece ter um grande impacto na aquisição de resistência a azóis; nomeadamente em Aspergillus fumigatus. Mais recentemente, têm sido descritos vários relatos de surtos hospitalares causados por Candida auris. Esta espécie é resistente a várias classes de antifúngicos e está associada a alta mortalidade. A contaminação do ambiente hospitalar ou a colonização transitória de dispositivos e equipamentos médicos podem ter um papel importante na transmissão dessa espécie. O aparecimento de infecções causadas por fungos com resistência antifúngica intrínseca ou adquirida desencadeou novos níveis de alerta no campo das infeções fúngicas nosocomiais
- Restrição de crescimento fetal e cromossomopatias: 5 anos de resultados de DPN no INSAPublication . Simão, Laurentino; Serafim, Sílvia; Silva, Marisa; Ambrósio, Paula; Alves, Cristina; Geraldes, Maria Céu; Marques, Bárbara; Ferreira, Cristina; Pedro, Sónia; Tarelho, Ana Rita; Furtado, José; Cohen, Álvaro; Ferreira, Ângela; Mourinha, Vera; Brito, Filomena; Correia, HildebertoAs anomalias do crescimento fetal são uma importante causa de morbilidade e mortalidade perinatais. Os fatores envolvidos na restrição de crescimento fetal (RCF) podem ser maternos, placentários e fetais. Nos fatores fetais, as cromossomopatias estão descritas entre 6 e 32% dos fetos com RCF. Avaliar o tipo e significado das cromossomopatias, na etiologia da RCF, e do seu valor diagnóstico em pré-natal. Avaliar o impacto da introdução da metodologia de microarray no DPN por comparação com o cariotipo. Procedeu-se ao estudo retrospetivo das amostras recebidas, entre nov-2013 e nov-2018, com indicação clínica de RCF isolado ou associado a alterações ecográficas. O Diagnóstico Rápido de Aneuploidias (DRA) foi usado como teste inicial seguido por estudos por citogenética clássica ou por microarray. No período considerado recebemos 56 amostras com indicação de RCF, com idade gestacional entre as 11 e as 34 semanas. Em parte das amostras foi pedido DRA, estudo citogenético ou pesquisa de microdeleções e noutras foi pedido DRA e estudo por microarray. Foram identificadas 6 alterações cromossómicas em 31 casos com estudo citogenétco/pesquisa de microdeleções. Nos casos com microarray foram detetadas 5/25 alterações. Nos 11 (19,6% dos casos) fetos portadores de cromossomopatia, cinco apresentavam RCF isolado, ou associado a alterações do líquido amniótico, e os outros seis apresentavam RCF associada a outras malformações fetais, designadamente do foro cardíaco. As cromossomopatias identificadas nestes fetos incluíram trissomias 18, triploidias e ganhos/perdas de material genómico nos casos estudados por microarray. Nestes últimos, quatro alterações não seriam detetáveis por cariotipo, revelando o maior valor diagnóstico daquela metodologia. A triploidia é comum nos casos de RCF e constitui cerca de 27% das anomalias encontradas nesta coorte podendo, assim, a RCF ser considerada como bom marcador desta situação. Globalmente, a frequência de anomalias encontrada (cerca de 20%) revela a importância do diagnóstico genético em fetos com RCF.
- Prevenção primária dos Defeitos do Tubo Neural entre 2004 e 2017: dados do Registo Nacional de Anomalias CongénitasPublication . Braz, Paula; Machado, Ausenda; Matias Dias, CarlosIntrodução: A utilização do suplemento com ácido fólico previne cerca de 70% dos Defeitos do Tubo Neural, quando administrado entre 3 meses antes da gravidez até ao fim do primeiro trimestre. Estudos sugerem que a idade e a escolaridade maternas influenciam a adesão a esta medida preventiva. É objetivo deste estudo descrever a utilização de ácido fólico na prevenção primária dos DTN, entre 2004 e 2017. Materiais e Métodos: Estudo transversal com dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) entre 2004 e 2017. Nas taxas de prevalência o numerador é constituído por recém-nascidos, fetos mortos e interrupções médicas de gravidez com DTN. Na associação entre variáveis foi utilizado o teste de Qui-quadrado e evolução temporal da prevalência foi avaliada por ajustamento do modelo de regressão linear. Resultados: Foram notificados 15486 casos com 25697 anomalias que incluíam 567 DTN. A prevalência foi de 4,2 casos/10000 nascimentos, variando entre 2 casos/10000 nascimentos (2007) e 7 casos/10000 nascimentos (2014). Nos DTN 49,7% (n=282) tinham espinha bífida, 37,7% (n=214) tinham anencefalia e 12,5% (n=71) tinham encefalocelo. A adesão preconcepcional foi observada em 13,8% (n=2138) das mulheres, tendo a maioria profissões que exigem maior diferenciação académica, 46,2% (n=7148) iniciaram o suplemento no 1º trimestre, 6,1% (n=942) não tomou e 34% (n=5258) dos registos não continha informação. Foram sobretudo as grávidas com idades inferiores a 19 anos que não tomaram ácido fólico. Conclusões: O numero de notificações sem a informação em estudo pode ser um viés para os resultados. Esta situação poderia ser colmatada com a introdução desta questão no Boletim de Saúde da Grávida. A baixa adesão ao consumo antes da gravidez e a associação com características maternas especificas, parecem mostrar a necessidade de reforçar a promoção desta prevenção primária.
- Factores associados à não inclusão escolar de crianças com paralisia cerebral em PortugalPublication . Folha, Teresa; Santos, Ana João; Virella, DanielAntecedentes/Objetivos: A paralisia cerebral (PC) é a deficiência motora mais comum na infância; a sua complexidade clínica e funcional pode dificultar a inserção social. A inclusão escolar é um marcador precoce do potencial de inclusão da criança. Exploram-se os fatores associados à não-inclusão escolar aos 5 anos de idade das crianças com PC residentes em Portugal. Métodos: O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC5A), desenvolve a vigilância ativa de casos de PC em Portugal, na idade recomendada de 5 anos de idade, seguindo o protocolo comum da SCPE, que inclui a definição e classificação da PC, instrumentos de avaliação funcional, imagiológica e de morbilidade associada. Para a classificação da complexidade da PC foram utilizados capacidade de deambulação autónoma, a epilepsia ativa, défice cognitivo moderado a grave e défice visual grave. Para os efeitos deste estudo, consideraram-se não incluídas no sistema escolar aquelas referidas como frequentando numa instituição de ensino especial ou apenas no domicílio. Foram estudados os casos de PC notificados ao PVNPC5A até setembro de 2018, nascidos em 2001-2010, residentes em Portugal na altura do registo. Foram exploradas associações univariáveis entre a não-inclusão e fatores socio-geográfico-familiares e fatores clínicos e funcionais; as variáveis de interesse foram objeto de análise multivariável de regressão hierárquica logística, considerando a colinearidade. As associações foram estimadas pelo odds ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% IC95%).Resultados: Foram estudadas 1.119 das 1.727 crianças notificadas ao PVNPC. Identificaram-se 200 crianças (18%) não incluídas no sistema escolar. Na análise bivariável, associaram-se à não-inclusão a idade e a escolaridade materna, o ser imigrante, a complexidade da PC, o controlo da baba, a inteligibilidade da fala, a epilepsia e a motricidade fina. O modelo final identificou como associados à possibilidade de não-inclusão a menor escolaridade materna, o ser imigrante, a maior complexidade da PC e a não inteligibilidade da fala. Conclusões/Recomendações: A promoção da inclusão social precoce das crianças com PC requer a capacitação dos agentes envolvidos, o desenvolvimento de relações de confiança e o apoiar as necessidades de cada criança/família. É necessário apoiar elementos vulneráveis da sociedade (mães com menor escolaridade e famílias de imigrantes) e individualizar os apoios técnicos e humanos.
- Associação de anomalia congénita encefálica com infeção TORCHS: a importância do Diagnóstico Pré-natal na perspetiva na paralisia cerebralPublication . Folha, Teresa; Braz, Paula; Virella, Daniel; Registo Nacional de Anomalias Congénitas e Programa Vigilância Nacional da Paralisia CerebralIntrodução: O diagnóstico pré-natal (DPN) sistematizado tem permitido melhorar a identificação e a intervenção nas anomalias congénitas e nas infeções fetais. Objetivos: O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC) alerta para a importância da associação de anomalia congénita encefálica (ACE) com infeção TORCHS, na gravidez, como fator de risco na paralisia cerebral (PC). Metodologia: Estudo dos casos notificados ao PVNPC, nascidos em Portugal em 2001-2010, nos quais não foi assinalada causa posneonatal. Classificaram-se os casos em 4 grupos, pela presença de ACE e/ou TORCHS. Exploraram-se associações destes grupos com dados pré/perinatais com a evolução clínica e funcional, utilizando testes de proporções (nível de significância estabelecido em 5%). Resultados: Das 1262 crianças com PC notificadas com as condições estabelecidas, foi registada informação sobre TORCHS e/ou ACE em 999 crianças: apenas ACE (n=114), apenas TORCHS (n=35), ACE+TORCHS (n=17) e sem ACE nem TORCHS (n=833). Em comparação com as crianças apenas com ACE, as crianças com ACE+TORCHS nasceram em maior proporção de mães <20 anos (6,7%vs.20%) e leves para a idade gestacional (14%vs.56%); se admitidas em cuidados neonatais, estiveram em maior proporção com suporte ventilatório (48%vs.75%). As crianças com ACE+TORCHS apresentam em maior proporção, na ressonância magnética craniana, padrões de anomalias de proliferação, migração ou organização (66%vs.93%); têm em maior proporção PC espástica (73%vs.88%) e menor proporção atáxica (16%vs.7%) ou disquinética (11%vs.6%). Aos 5 anos, as crianças com ACE+TORCHS apresentaram maior afetação funcional, cognitiva e auditiva (mas não visual), e maior proporção de epilepsia e de subluxação adquirida da anca. Conclusões: A afetação clínica e funcional das crianças com PC é globalmente maior quando existe associação de ACE e TORCHS. O PVNPC proporciona evidência para recomendar a necessidade de pesquisar a associação a infecção TORCHS face ao diagnóstico pré-natal de restrição de crescimento fetal e de anomalias de proliferação, migração ou organização encefálica, especialmente em gestantes jovens.
