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Impacto da COVID-19 na incidência de hospitalizações por lesões autoinfligidas em Portugal

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Com o início da pandemia de COVID-19, a realidade até então conhecida mudou para muitas pessoas. A falta de convivência com familiares e amigos, insegurança, ansiedade, medo de contrair a infeção, problemas económicos decorrentes da pandemia e luto pelos familiares e amigos que perderam e dos quais não se puderam despedir devido às restrições, podem aumentar os riscos para a saúde mental e consequentemente para lesões autoinfligidas e até suicídio. O objetivo deste estudo é conhecer o o impacto de 19 meses de COVID-19, desde março de 2020 a setembro de 2021, na incidência mensal de hospitalizações por lesões autoinfligidas em Portugal. quando comparado com o período de 32 meses pré-pandémicos, desde julho de 2017 a fevereiro de 2020. Os dados sobre a ocorrência de hospitalizações são provenientes da base de dados de morbilidade hospitalar da ACSS e os denominadores populacionais para o cálculo da taxa de incidência foram obtidos do INE. Foi realizada uma análise descritiva dos dados e decomposta a série temporal pela sazonalidade e tendência. Para a comparação das tendências nos dois períodos foi aplicada uma análise de séries temporais interrompidas cuja intervenção considerada foi o mês de março de 2020 em que houve o primeiro caso de COVID-19 registado em Portugal. Foi realizada também uma análise de correlação entre o número de hospitalizações por lesões autoinfligidas e a duração nos locais de residência. A taxa de incidência mensal de hospitalizações por lesões autoinfligidas por 100 000 habitantes no período total em análise é de 2.77, no período pré-pandémico é de 2.93 e no período pandémico é de 2.49 hospitalizações, verificando-se uma diminuição de 0.45 Verificou-se um padrão sazonal, apresentando o mês de dezembro valores inferiores aos restantes meses do respetivo ano. No período pré-pandémico o número de hospitalizações apresentava uma tendência ligeiramente decrescente, com uma diminuição de 0.09% a cada mês. Quando a pandemia iniciou verificou-se uma diminuição do nível de 69.27% e uma alteração da tendência para crescente, aumentando 2.13% a cada mês. Verificou-se que o número de hospitalizações é menor quando há uma maior permanência nos locais de residência, ou seja, existe uma correlação negativa de -0.65 estatisticamente significativa (valor-p= 0.002). Nesta análise verificou-se com o início da pandemia uma diminuição acentuada das hospitalizações por lesões autoinfligidas, que ao longo do tempo parece retomar a tendência pré-pandémica

Description

Resumo publicado em Gaceta sanitária: Gac Sanit. 2023;37(Issue S1): S242. https://www.gacetasanitaria.org/es-pdf-X0213911123036410?local=true

Keywords

Lesões Autoinfligidas COVID-19 Estados de Saúde e de Doença Hospitais Séries Temporais Observação em Saúde e Vigilância Portugal

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Instituto nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

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