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- Exposure of the Portuguese adult population to arsenic: preliminary results of a human biomonitoring studyPublication . Namorado, Sónia; Coelho, Inês; Ventura, Marta; Gueifão, Sandra; Rego, Andreia; Castanheira, Isabel; Alves Alves, Clara; Castilho, Emília; Cordeiro, Eugénio; Dinis, Ana; Gouveia, Bruna; Prokopenko, Tamara; Vargas, Patrícia; Silva, Susana; Gaio, Vânia; Nunes, Baltazar; Matias Dias, CarlosBACKGROUND AND AIM:Although arsenic is an element naturally present in the environment, it is highly toxic in its inorganic forms. Exposure can occur through consumption of drinking water and contaminated food. Long-term exposure was shown to be associated with negative health outcomes. Nevertheless, data on the Portuguese population’s exposure to arsenic is scarce. As such, the aim of this work was to assess the exposure to Arsenic in the Portuguese population using samples collected in the study "Exposure of the Portuguese Population to Environmental Chemicals: a study nested in INSEF 2015" (INSEF-ExpoQuim), developed as an aligned study of the European Human Biomonitoring Initiative (HBM4EU). METHODS: INSEF-ExpoQuim was an epidemiologic study nested in INSEF 2015 including 270 participants aged 28-39 years,living in Portugal for more than 12 months and able to follow an interview in Portuguese. Fieldwork was developed between June 2019 and February 2020. First morning urine samples were collected along with data on socio-demographic characteristics, living conditions and residential history, habits/lifestyle, nutrition, health, occupation and substance specific information covering nearly all exposure pathways. Procedures followed the guidelines of the HBM4EU project. Total urinary arsenic is currently being determined by inductively coupled plasma mass spectrometry. RESULTS:Preliminary results for 38 samples yielded total urinary arsenic concentrations ranging from 11 to 462 μg/L with an average of 86 ± 94 μg/L. After completion of the determination of the urinary arsenic levels for all the samples a complete analysis of the data will be performed. CONCLUSIONS:Results from this study will contribute to the knowledge on the Portuguese population’s exposure to arsenic and may support the development and implementation of policy measures aimed at minimizing exposure to this chemical and improving the health of the population.
- COVID-19 vaccine effectiveness among healthcare workers: a hospital-based cohort studyPublication . Gaio, Vânia; Santos, Ana João; Amaral, Palmira; Faro Viana, João; Antunes, Isabel; Pacheco, Vânia; Paiva, Artur; Pinto Leite, Pedro; Antunes Gonçalves, Lígia; Araújo, Lucília; Silva, Adriana; Matias Dias, Carlos; Kislaya, Irina; Nunes, Baltazar; Machado, AusendaObjectives: Healthcare workers (HCWs) were the first to be prioritised for COVID-19 vaccination. This study aims to estimate the COVID-19 vaccine effectiveness (VE) against SARS-CoV-2 symptomatic infection among HCWs in Portuguese hospitals. Design: Prospective cohort study. Setting and participants: We analysed data from HCWs (all professional categories) from three central hospitals: one in the Lisbon and Tagus Valley region and two in the central region of mainland Portugal, between December 2020 and March 2022. VE against symptomatic SARS-CoV-2 infection was estimated as one minus the confounder adjusted HRs by Cox models considering age group, sex, self-reported chronic disease and occupational exposure to patients diagnosed with COVID-19 as adjustment variables. Results: During the 15 months of follow-up, the 3034 HCWs contributed a total of 3054 person-years at risk, and 581 SARS-CoV-2 events occurred. Most participants were already vaccinated with a booster dose (n=2653, 87%), some are vaccinated with only the primary scheme (n=369, 12.6%) and a few remained unvaccinated (n=12, 0.4%) at the end of the study period. VE against symptomatic infection was 63.6% (95% CI 22.6% to 82.9%) for HCWs vaccinated with two doses and 55.9% (95% CI -1.3% to 80.8%) for HCWs vaccinated with one booster dose. Point estimate VE was higher for individuals with two doses taken between 14 days and 98 days (VE=71.9%; 95% CI 32.3% to 88.3%). Conclusion: This cohort study found a high COVID-19 VE against symptomatic SARS-CoV-2 infection in Portuguese HCWs after vaccination with one booster dose, even after Omicron variant occurrence. The small sample size, the high vaccine coverage, the very low number of unvaccinated individuals and the few events observed during the study period contributed to the low precision of the estimates.
- Estimativa do risco cardiovascular na população portuguesa: aplicação do novo SCORE2Publication . Santos, Maria Manuel; Sousa-Uva, Mafalda; Namorado, Sónia; Gonçalves, Teresa; Matias Dias, Carlos; Gaio, VâniaIntrodução: As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte globalmente. A estimativa do risco cardiovascular (RCV) é útil para a prevenção precoce através da identificação dos indivíduos com necessidade de intervenção no estilo de vida e, eventualmente, na terapêutica medicamentosa. De acordo com um estudo prévio realizado na população portuguesa, que utilizou o Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE), a estimativa do risco a 10 anos de doença cardiovascular fatal na população portuguesa foi 17,1%. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo estimar e caraterizar o RCV a 10 anos em Portugal, no ano de 2015, nos indivíduos com idade entre os 40 e 69 anos, utilizando o novo SCORE2 desenvolvido em 2021, pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Metodologia: Foram usados os dados gerados pelo 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015) considerando como critérios de inclusão à data do inquérito: idade entre os 40 e 69 anos, ausência de gravidez, informação disponível sobre o sexo, idade, consumo de tabaco, pressão arterial sistólica, colesterol total e lipoproteína de alta densidade. Foram excluídos da análise os participantes com as seguintes doenças ativas: doença cardiovascular, diabetes, doença renal crónica, ou com terapêutica medicamentosa para enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabetes e doença renal crónica (n = 2817). A prevalência de RCV alto ou muito alto foi estratificada por sexo, grupo etário, estado civil, nível de escolaridade, atividade profissional, grau de urbanização, região de residência e quintil de rendimento. Resultados: Em Portugal, no ano de 2015, 36,7% (IC95%: 34,2 a 39,0) e 6,1% (IC95%: 4,9 a 8,0) dos indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 69 anos tinha um RCV alto e muito alto, respetivamente. A prevalência de risco cardiovascular alto ou muito alto era superior nos homens, entre os 60 e 69 anos, nos indivíduos sem escolaridade ou com o 1º ciclo do ensino básico e com baixa qualificação da atividade profissional (por exemplo: agricultores, trabalhadores da indústria e construção). Conclusões: Verificou-se uma elevada prevalência de risco alto ou muito alto de vir a desenvolver doença cardiovascular (fatal ou não fatal) nos 10 anos seguintes (42,8%) na população portuguesa com idade entre os 40 e os 69 anos, em 2015. Dada esta prevalência e considerando os grupos populacionais mais suscetíveis, é premente identificar precocemente e monitorizar estes indivíduos, nomeadamente, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, o que poderá contribuir para a redução da mortalidade e morbilidade por doença cardiovascular na população portuguesa.
- Vigilância do vírus sincicial respiratório em Portugal - VigiRSVPublication . Azevedo, Inês; Rodrigues, Ana Paula; Gaio, Vânia; Melo, Aryse; Guiomar, Raquel; Equipa VigiRSVEste trabalho descreve os principais resultados da vigilância das infeções por VSR em Portugal na época 2022/23.
- Interactive effects of ambient fine particulate matter and ozone on daily mortality in 372 cities: two stage time series analysisPublication . Liu, Cong; Chen, Renjie; Sera, Francesco; Vicedo-Cabrera, Ana Maria; Guo, Yuming; Tong, Shilu; Lavigne, Eric; Correa, Patricia Matus; Ortega, Nicolás Valdés; Achilleos, Souzana; Roye, Dominic; Jaakkola, Jouni J.K.; Ryti, Niilo; Pascal, Mathilde; Schneider, Alexandra; Breitner, Susanne; Entezari, Alireza; Mayvaneh, Fatemeh; Raz, Raanan; Honda, Yasushi; Hashizume, Masahiro; Ng, Chris Fook Sheng; Gaio, Vânia; Madureira, Joana; Holobaca, Iulian-Horia; Tobias, Aurelio; Íñiguez, Carmen; Guo, Yue Leon; Pan, Shih-Chun; Masselot, Pierre; Bell, Michelle L.; Zanobetti, Antonella; Schwartz, Joel; Gasparrini, Antonio; Kan, HaidongObjective: To investigate potential interactive effects of fine particulate matter (PM2.5) and ozone (O3) on daily mortality at global level. Design: Two stage time series analysis. Setting: 372 cities across 19 countries and regions. Population: Daily counts of deaths from all causes, cardiovascular disease, and respiratory disease. Main outcome measure: Daily mortality data during 1994-2020. Stratified analyses by co-pollutant exposures and synergy index (>1 denotes the combined effect of pollutants is greater than individual effects) were applied to explore the interaction between PM2.5 and O3 in association with mortality. Results: During the study period across the 372 cities, 19.3 million deaths were attributable to all causes, 5.3 million to cardiovascular disease, and 1.9 million to respiratory disease. The risk of total mortality for a 10 μg/m3 increment in PM2.5 (lag 0-1 days) ranged from 0.47% (95% confidence interval 0.26% to 0.67%) to 1.25% (1.02% to 1.48%) from the lowest to highest fourths of O3 concentration; and for a 10 μg/m3 increase in O3 ranged from 0.04% (-0.09% to 0.16%) to 0.29% (0.18% to 0.39%) from the lowest to highest fourths of PM2.5 concentration, with significant differences between strata (P for interaction <0.001). A significant synergistic interaction was also identified between PM2.5 and O3 for total mortality, with a synergy index of 1.93 (95% confidence interval 1.47 to 3.34). Subgroup analyses showed that interactions between PM2.5 and O3 on all three mortality endpoints were more prominent in high latitude regions and during cold seasons. Conclusion: The findings of this study suggest a synergistic effect of PM2.5 and O3 on total, cardiovascular, and respiratory mortality, indicating the benefit of coordinated control strategies for both pollutants.
- Prevalence, awareness, treatment and control of diabetes in Portugal: Results from the first National Health Examination Survey (INSEF 2015)Publication . Barreto, Marta; Kislaya, Irina; Gaio, Vânia; Rodrigues, Ana Paula; Santos, Ana João; Namorado, Sónia; Antunes, Liliana; Gil, Ana Paula; Boavida, José Manuel; Ribeiro, Rogério Tavares; Silva, Ana Clara; Vargas, Patrícia; Prokopenko, Tamara; Nunes, Baltazar; Matias Dias, Carlos; INSEF Research GroupAims: Diabetes Mellitus is a major public health threat worldwide and continues to increase in numbers and significance. Estimates of diabetes prevalence, awareness, treatment and control are essential to effectively monitor its trends, plan and evaluate interventions. Methods: We conducted a nationwide health examination survey in the population residing in Portugal aged between 25 and 74 years old in 2015. It consisted in a cross sectional prevalence study which included the measurement of HbA1c, a physical examination and a general health interview of a probabilistic sample of 4911 individuals (Authorization n°9348/2010 of the National Committee for Data Protection). Results: The overall prevalence of diabetes was 9.9% (95%CI: 8.4; 11.5). It was higher in males than in females (12.1% vs 7.8%). Diabetes was more prevalent among individuals of lower education and without any professional activity. The majority of persons with diabetes was aware of their condition (87.1%) and was taking antidiabetic medication (79.7%). Of these, 63.2% had glycated hemoglobin levels lower than 7.0% (53 mmol/mol), but the majority failed to comply with the LDL and blood pressure recommended clinical targets (71.9% and 59.0%). Similarly, the prevalence of prediabetes was 16%, higher among women than men (17.5% vs 14.4%). Conclusion: The prevalence of diabetes and prediabetes remains higher than the global and European estimates, although there is increasing awareness of this disorder.
- Consumo adicional de sal em Portugal: resultados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico 2015Publication . Salvador, Mário Rui; Kislaya, Irina; Namorado, Sónia; Rodrigues, Ana Paula; Santos, Ana João; Santos, Joana; Barreto, Marta; Gaio, Vânia; Nunes, Baltazar; Matias Dias, CarlosIntrodução Nas últimas décadas, estudos epidemiológicos têm demonstrado a associação entre o elevado consumo de sódio e o aumento da pressão arterial e outros eventos cardiovasculares. Apesar da OMS recomendar a ingestão de 5g de sal/dia, o estudo PHYSA realizado em 2012 mostrou que o consumo da população Portuguesa era de 10,7g de sal/dia. Tendo a redução do consumo de sal sido identificada com uma das intervenções mais custo-efetivas na redução da carga de doença crónica, é importante a caracterização dos padrões de consumo na população com vista ao planeamento de estratégias de redução de consumo de sal em diferentes grupos populacionais. Métodos Foi realizado um estudo epidemiológico transversal com base nos dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). O consumo adicional de sal foi avaliado numa amostra probabilística representativa da população portuguesa (n=4911), com a questão “Costuma adicionar sal no prato da sua comida? (Sim/Não)”. Foi estimada a prevalência do consumo de sal e os respetivos intervalos de confiança a 95% para o total de população e estratificada por sexo, grupo etário, região, escolaridade, situação perante o trabalho e diagnóstico de hipertensão arterial. Resultados O consumo adicional de sal foi reportado por 17,7% [IC: 14,2; 21,9] da população. O consumo adicional de sal foi mais frequente entre os homens (20,9% [IC: 16,2; 26,5]), nos residentes na região do Algarve (35,8% [IC: 32,5; 39,3]) e entre os indivíduos empregados (19,6% [IC: 15,4; 24,6]) e variou com a idade de 22% [IC: 17,2; 27,6] no grupo etário mais jovem a 14% [IC: 10,6; 18,3] no grupo etário dos 65-74 anos. Os resultados revelam, ainda, que 13,7% [IC: 9,4; 19,5] da população com diagnóstico de hipertensão arterial refere um consumo adicional de sal. Conclusões Os resultados obtidos permitem concluir que a prevalência de consumo adicional de sal é maior em homens, em grupos etários mais jovens, em indivíduos empregados e na região do Algarve. O consumo adicional de sal nos indivíduos com diagnóstico de hipertensão arterial mostra um comportamento contrário às orientações preconizadas para controlo dos valores de pressão arterial nesta população. Os serviços de saúde pública deverão, neste sentido, centrar as estratégias de redução de consumo de sal nestes grupos populacionais, particularmente em indivíduos com diagnóstico de hipertensão arterial e que estão, por isso, sob maior risco de eventos cardiocerebrovasculares.
- Prevalence os self-reported Common Mental Disorders in the 2015 resident population in PortugalPublication . Pinheiro-Guedes, Lara; Gaio, Vânia; Sousa-Uva, Mafalda; Martinho, Clarisse; Matias Dias, Carlos; da Conceição, Virgínia; Gusmão, RicardoAntecedentes: As doenças mentais comuns, designadamente as patologias depressivas e ansiosas, constituem as principais causas de doença mental. Estimativas de 2019 do Global Burden of Diseases indicam que Portugal é um dos países da União Europeia com maior prevalência destas patologias. Os dados do último estudo nacional de prevalência em doenças mentais comuns datam de 2009. Objetivo: O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de doenças mentais comuns, ao nível regional e nacional, globalmente e de acordo com fatores sociodemográficos, na população residente em Portugal em 2015. Métodos: Realizámos um estudo transversal descritivo, de base populacional, representativo ao nível regional e nacional. Analisámos dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (2015), realizado numa amostra probabilística de 4911 indivíduos dos 25 aos 74 anos, através de entrevistas presenciais conduzidas por profissionais de saúde. Estimámos a prevalência de patologias depressivas e ansiosas (autorreporte de diagnóstico médico de depressão ou ansiedade crónica), por região de saúde, sexo, grupo etário, escolaridade e ocupação profissional, e respetivos intervalos de confiança a 95% (IC95%). As estimativas foram ponderadas para as diferentes probabilidades de seleção e distribuição da população. Resultados: A prevalência de patologias depressivas foi 9,7% (IC95%: 8,2-11,5) e de patologias ansiosas 7,1% (IC95%: 5,7-8,8). As mulheres apresentaram prevalências de patologias depressivas e ansiosas superiores relativamente aos homens (15,2% e 9,1% vs 3,6% e 4,9%, respetivamente). Os indivíduos com ≥ 50 anos, escolaridade até ao 1º ciclo do ensino básico e sem atividade profissional (não desempregados) foram os que apresentaram prevalências superiores. As regiões com maior frequência destas condições foram o Alentejo e o Algarve. Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que entre 2009 e 2015 ocorreu um aumento da prevalência de patologias depressivas (de 6,8% para 9,7%) e da prevalência de patologias ansiosas (de 2,1% para 7,1%), em Portugal
- Poluição atmosférica exterior e saúde mental um estudo representativo a nível nacionalPublication . Pinheiro-Guedes, Lara; Sousa Uva, Mafalda; Gusmão, Ricardo; Martinho, Clarisse; Matias Dias, Carlos; da Conceição, Virgínia; Gomes Quelhas, Carlos; Saldanha Resendes, Daniel; Gaio, VâniaIntrodução: A poluição atmosférica exterior constitui um grave problema de saúde global. As doenças mentais comuns (DMC), nomeadamente as perturbações depressivas e ansiosas, são uma das principais causas de carga de doença, a nível mundial. A exposição de longo-prazo a partículas inaláveis parece associar-se à redução do bem-estar mental (BEM) e ao diagnóstico de DMC, mas a evidência é inconsistente. Procurámos estimar a associação entre a exposição de longo-prazo a partículas inaláveis com um diâmetro inferior a 10μm (PM10), o BEM e a frequência de diagnóstico provável de DMC. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, de base populacional, em Portugal Continental. A exposição de longo-prazo foi estimada através das concentrações médias anuais de PM10, calculadas com dados provenientes das estações de monitorização da qualidade do ar da Agência Portuguesa do Ambiente e individualizadas para cada um dos participantes do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico que residissem até 30km de pelo menos uma dessas estações, de acordo com o seu código-postal de residência. O BEM e a frequência de DMC foram estimados através da pontuação obtida na escala Mental Health Inventory-5. Utilizaram-se modelos lineares generalizados para estimar percentagens de mudança e razões de prevalências (RP), ajustadas para um potenciais confundidores, e seus intervalos de confiança a 95% (IC95%). Realizaram-se ainda análises de sensibilidade para avaliar eventuais vieses. Resultados: A mediana (intervalo interquartílico) de BEM foi de 72 (56-84) pontos, numa escala de 0 a 100. Verificou-se a ocorrência de diagnóstico provável de DMC em 22,7% (IC95%: 20,0-25,6) dos residentes em Portugal Continental com 25 a 75 anos. A exposição de longo-prazo a PM10 não se associou a uma diminuição estatisticamente significativa da pontuação de BEM [por cada aumento de 10 μg/m³ na concentração média anual de PM10, verificou-se uma diminuição de 2% (IC95%:-8,4) na pontuação]. Esta exposição também não se associou a um aumento estatisticamente significativo da frequência de diagnóstico provável de DMC (RP=1,012; IC95%:0,979-1,045). Discussão e conclusão: A ausência de associações estatisticamente significativas pode ter-se devido à reduzida variabilidade dos níveis de PM10 observados a nível nacional. Alguns estudos de características semelhantes e que reportaram associações estatisticamente significativas foram conduzidos em países asiáticos ou europeus (Alemanha, Bélgica, Espanha e Países Baixos) onde as medianas de concentração e os intervalos de variação observados foram superiores aos nacionais. A atual rede de monitorização da qualidade do ar apresenta limitações funcionais, cobrindo essencialmente a zona litoral do país. A manutenção de uma rede funcionante e de cobertura alargada é essencial para a obtenção de dados de qualidade, que permitam alavancar futuros estudos nesta temática e compreender os reais impactos da poluição atmosférica exterior, no nosso país.
- Local problem solving in the Portuguese health examination survey: a mixed method studyPublication . Lyshol, Heidi; Gil, Ana Paula; Tolonen, Hanna; Namorado, Sónia; Kislaya, Irina; Barreto, Marta; Antunes, Liliana; Gaio, Vânia; Santos, Ana João; Rodrigues, Ana Paula; Matias Dias, CarlosBackground: Participation rates in health surveys, recognized as an important quality dimension, have been declining over the years, which may affect representativeness and confidence in results. The Portuguese national health examination survey INSEF (2015) achieved a participation rate of 43.9%, which is in line with participation rates from other similar health examination surveys. The objective of this article is to describe how local teams of survey personnel conducted the survey, describing strategies used to solve practical survey problems and to try to increase the participation rate. Methods: After a literature search, informal interviews were conducted with 14 public health officials from local health examination teams, regional and central authorities. Forty-one of the local staff members (survey personnel) also filled in a short questionnaire anonymously. The interviews and self-administered questionnaires were analysed using mixed methods, informed by thematic analysis. Results: The local teams believed that the detailed manual, described as a “cookbook for making a health examination survey”, made it possible to maintain high scientific standards while allowing for improvising solutions to problems in the local context. The quality of the manual, supported by a series of training workshops with the central research and support team, gave the teams the confidence and knowledge to implement local solutions. Motivation and cohesion within the local teams were among the goals of the training process. Local teams felt empowered by being given large responsibilities and worked hard to incite people to attend the examination through a close and persuasive approach. Local teams praised their INSA contacts for being available for assistance throughout the survey, and said they were inspired to try harder to reach participants to please their contacts for interpersonal reasons. Conclusions: The theory of organizational improvisation or bricolage, which means using limited resources to solve problems, was useful to discuss and understand what took place during INSEF. A detailed manual covering standard procedures, continuous monitoring of the data collection and face-to-face workshops, including role-play, were vital to assure high scientific standards and high participation rates in this health examination survey. Close contacts between the central team and local focal points in all regions and all survey sites were key to accommodating unexpected challenges and innovative solutions.
