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- Prevenção dos defeitos do tubo neural: adesão à toma de ácido fólico, em Portugal, em 2017 e 2018Publication . Gomez, Verónica; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana PaulaAntecedentes/Objetivos: Os defeitos do tubo neural (DTN), que incluem a anencefalia, a espinha bífida e o encefalocelo, resultam do deficiente encerramento do tubo neural que deve ocorrer até ao 28º dia de vida fetal, período em que muitas mulheres ainda não sabem que estão grávidas. Na prevenção primária dos DTN pela suplementação de ácido fólico é recomendada a utilização diária de pelo menos 400 µg de ácido fólico, com início antes da gravidez e até ao fim do primeiro trimestre. Em Portugal, esta prevenção pré-concecional é recomendada desde 1996, mas são poucos os estudos que analisam a adesão das mulheres. Assim, os objetivos deste estudo foram i) estimar a frequência de grávidas que iniciaram o consumo de ácido fólico antes da gravidez e ii) caracterizar demograficamente as mulheres que tomam ácido fólico antes da conceção e no primeiro trimestre da gravidez. Métodos: Estudo observacional transversal que selecionou mulheres grávidas em qualquer semana da gestação, entre 2017 e 2018 seguidas na Rede Médicos Sentinela - RMS (dados provisórios). A RMS é um sistema de observação constituído por um conjunto de Médicos de Família que exercem funções em unidades de Cuidados de Saúde Primários. Para cada grávida que aceitou participar, foi preenchido um questionário que incluiu, entre outras informações, a idade, o nível de escolaridade e a toma de ácido fólico. Resultados: Participaram 898 grávidas, das quais 40% iniciou a suplementação na fase pré-concecional e 48% no primeiro trimestre da gravidez. Observou-se uma maior percentagem de mulheres com formação superior a iniciar a suplementação na fase pré-concecional em relação às que iniciaram no primeiro trimestre da gravidez (46,8% e 29,0%, respetivamente). No grupo etário entre os 15 e os 24 anos, observa-se uma maior percentagem de mulheres a iniciarem a toma de ácido fólico no primeiro trimestre da gravidez comparativamente às que iniciaram no período pré-concecional (15,9% e 6,4%, respetivamente). Conclusões/Recomendações: Só 40% das mulheres iniciou a prevenção primária dos DTN no período do estudo e cerca de metade tem formação superior. Na comparação etária entre os dois grupos, são as mulheres mais jovens que apresentam maior diferença na adesão a esta medida preventiva. Estes resultados devem ser interpretados à luz das seguintes limitações: a população observada pode não ser representativa da população de gravidas; pode ter havido sobre notificação pois os médicos conheciam o objetivo do estudo. Não obstante, este realça a importância de se continuar a sensibilizar as mulheres para o início desta suplementação na fase recomendada
- COVID-19 vaccine effectiveness among healthcare workers: a hospital-based cohort studyPublication . Gaio, Vânia; Santos, Ana João; Amaral, Palmira; Faro Viana, João; Antunes, Isabel; Pacheco, Vânia; Paiva, Artur; Pinto Leite, Pedro; Antunes Gonçalves, Lígia; Araújo, Lucília; Silva, Adriana; Matias Dias, Carlos; Kislaya, Irina; Nunes, Baltazar; Machado, AusendaObjectives: Healthcare workers (HCWs) were the first to be prioritised for COVID-19 vaccination. This study aims to estimate the COVID-19 vaccine effectiveness (VE) against SARS-CoV-2 symptomatic infection among HCWs in Portuguese hospitals. Design: Prospective cohort study. Setting and participants: We analysed data from HCWs (all professional categories) from three central hospitals: one in the Lisbon and Tagus Valley region and two in the central region of mainland Portugal, between December 2020 and March 2022. VE against symptomatic SARS-CoV-2 infection was estimated as one minus the confounder adjusted HRs by Cox models considering age group, sex, self-reported chronic disease and occupational exposure to patients diagnosed with COVID-19 as adjustment variables. Results: During the 15 months of follow-up, the 3034 HCWs contributed a total of 3054 person-years at risk, and 581 SARS-CoV-2 events occurred. Most participants were already vaccinated with a booster dose (n=2653, 87%), some are vaccinated with only the primary scheme (n=369, 12.6%) and a few remained unvaccinated (n=12, 0.4%) at the end of the study period. VE against symptomatic infection was 63.6% (95% CI 22.6% to 82.9%) for HCWs vaccinated with two doses and 55.9% (95% CI -1.3% to 80.8%) for HCWs vaccinated with one booster dose. Point estimate VE was higher for individuals with two doses taken between 14 days and 98 days (VE=71.9%; 95% CI 32.3% to 88.3%). Conclusion: This cohort study found a high COVID-19 VE against symptomatic SARS-CoV-2 infection in Portuguese HCWs after vaccination with one booster dose, even after Omicron variant occurrence. The small sample size, the high vaccine coverage, the very low number of unvaccinated individuals and the few events observed during the study period contributed to the low precision of the estimates.
- Health and economic impact of seasonal influenza mass vaccination strategies in European settings: A mathematical modelling and cost-effectiveness analysisPublication . Sandmann, Frank; van Leeuwen, Edwin; Bernard-Stoecklin, Sibylle; Casado, Itziar; Castilla, Jesús; Domegan, Lisa; Gherasim, Alin; Hooiveld, Mariëtte; Kislaya, Irina; Larrauri, Amparo; Levy-Bruhl, Daniel; Machado, Ausenda; Marques, Diogo; Martínez-Baz, Iván; Mazagatos, Clara; McMenamin, Jim; Meijer, Adam; Murray, Josephine; Nunes, Baltazar; O'Donnell, Joan; Reynolds, Arlene; Thorrington, Dominic; Pebody, Richard; Baguelin, MarcIntroduction: Despite seasonal influenza vaccination programmes in most countries targeting individuals aged ≥ 65 (or ≥ 55) years and high risk-groups, significant disease burden remains. We explored the impact and cost-effectiveness of 27 vaccination programmes targeting the elderly and/or children in eight European settings (n = 205.8 million). Methods: We used an age-structured dynamic-transmission model to infer age- and (sub-)type-specific seasonal influenza virus infections calibrated to England, France, Ireland, Navarra, The Netherlands, Portugal, Scotland, and Spain between 2010/11 and 2017/18. The base-case vaccination scenario consisted of non-adjuvanted, non-high dose trivalent vaccines (TV) and no universal paediatric vaccination. We explored i) moving the elderly to "improved" (i.e., adjuvanted or high-dose) trivalent vaccines (iTV) or non-adjuvanted non-high-dose quadrivalent vaccines (QV); ii) adopting mass paediatric vaccination with TV or QV; and iii) combining the elderly and paediatric strategies. We estimated setting-specific costs and quality-adjusted life years (QALYs) gained from the healthcare perspective, and discounted QALYs at 3.0%. Results: In the elderly, the estimated numbers of infection per 100,000 population are reduced by a median of 261.5 (range across settings: 154.4, 475.7) when moving the elderly to iTV and by 150.8 (77.6, 262.3) when moving them to QV. Through indirect protection, adopting mass paediatric programmes with 25% uptake achieves similar reductions in the elderly of 233.6 using TV (range: 58.9, 425.6) or 266.5 using QV (65.7, 477.9), with substantial health gains from averted infections across ages. At €35,000/QALY gained, moving the elderly to iTV plus adopting mass paediatric QV programmes provides the highest mean net benefits and probabilities of being cost-effective in all settings and paediatric coverage levels. Conclusion: Given the direct and indirect protection, and depending on the vaccine prices, model results support a combination of having moved the elderly to an improved vaccine and adopting universal paediatric vaccination programmes across the European settings.
- Impacte direto e indireto da Pandemia COVID-19 na mortalidade por todas as causas e por causas específicas em Portugal entre março de 2020 e dezembro de 2021Publication . Rodrigues, Ana Paula; Leite, Andreia; Machado, Ausenda; Nunes, Baltazar; Matias Dias, Carlos; Barreto, Marta; Soares, Patricia; Sá, Regina; Silva, SusanaIntrodução: Durante a pandemia de COVID-19 foram observados excessos de mortalidade muito elevados e muito superiores aos observados no período pré-pandemia. No entanto, é menor a evidência sobre o impacte direto (devido à infeção e suas complicações) e indireto (em consequência das medidas não farmacológicas e das alterações no acesso e procura de cuidados de saúde). Este trabalho teve como objetivo colmatar essa lacuna do conhecimento, e pretendeu: i) estimar o excesso de mortalidade por todas as causas e por causas específicas; ii) estimar o impacte direto e indireto da COVID-19. Material e Métodos: Foi realizado um estudo quasi-experimental de séries temporais no qual se estimou o excesso de mortalidade por todas as causas e por causas específicas, como a diferença entre a mortalidade observada e esperada tendo em conta condições atmosféricas (temperaturas, poluição atmosférica) e epidemiológicas (incidência de gripe). Numa segunda fase foram considerados os efeitos diretos da COVID-19 (mortalidade por COVID-19) e efeitos indiretos da COVID-19 (Índice de Contingência; ocupação hospitalar por COVID-19) para estimar a fração do excesso de mortalidade diretamente atribuível à COVID-19. Resultados: Foram estimados 21 243 (204 por 100 000) óbitos em excesso por todas as causas, 90 % dos quais foram diretamente atribuíveis à COVID-19. Ainda na mortalidade por todas as causas, estimaram-se excessos significativos nos grupos etários acima dos 65 anos de idade e nas regiões do Norte até ao Alentejo. Observou-se um aumento do excesso de mortalidade com a idade (2 924 óbitos em excesso por 100 000 no grupo etário ≥ 85 anos) e um aumento crescente de norte para sul (174 por 100 000 no Norte a 413 por 100 000 no Alentejo). Quanto ao impacto direto da COVID-19, este variou inversamente com a idade (95 % entre os 65-74 anos até 85 % ≥ 85 anos) e entre regiões (63 % no Alentejo a 83 % no Centro). Foram estimados 187 óbitos em excesso por 100 000 nas causas respiratórias, 98 % dos quais diretamente atribuíveis à COVID-19 e 18 óbitos em excesso por 100 000 nas causas acidentais. O aumento das mortes por causas acidentais ocorreu em períodos de menor intensidade das medidas restritivas. Foi ainda observado um aumento nas causas de mortes mal-definidas ou desconhecidas, que parece maioritariamente associado ao efeito direto da COVID-19 (69 %). Nas restantes causas de morte estudadas não foram identificados excessos de mortalidade para todo o período. Contudo, no primeiro ano da pandemia observou-se um aumento da mortalidade, em períodos específicos, de várias causas de morte, seguido de uma diminuição da mortalidade abaixo da linha de base após fevereiro de 2021. Esta evolução temporal não é habitual e deverá ser analisada em estudos específicos para identificação dos mecanismos subjacentes. Conclusão: A pandemia de COVID-19 teve um impacte de muito elevada intensidade na mortalidade, principalmente devido às mortes por COVID-19. Estes impactes não foram iguais para toda a população, tendo sido mais intensos nos grupos etários mais idosos e nos indivíduos com doenças crónicas. Tal reforça a necessidade de dar prioridade a estes grupos populacionais na preparação e resposta a futuras pandemias, quer na proteção em relação à infeção e suas complicações, quer na prevenção e mitigação dos efeitos secundários das medidas não farmacológicas.
- Prevenção primária dos Defeitos do Tubo Neural em 2017: resultados de dois registos nacionaisPublication . Gomez, Verónica; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana PaulaIntrodução: A prevenção primária dos Defeitos do Tubo Neural (DTN) acontece através da suplementação com ácido fólico, com início antes da gravidez e até ao fim do primeiro trimestre. Em Portugal, esta prevenção pré-concecional é recomendada desde 1996, mas são poucos os estudos que analisam a adesão das mulheres a esta medida preventiva. Objectivo: É objetivo deste estudo descrever a utilização de ácido fólico na prevenção primária dos DTN, com dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas e da Rede de Médicos-Sentinela, no ano de 2017. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal que utiliza dados de dois instrumentos de observação e vigilância, no ano de 2017. A Rede de Médicos-Sentinela é um sistema de observação constituído por um conjunto de Médicos de Família que exercem funções em unidades de Cuidados de Saúde Primários. Para cada grávida que aceitou participar foi preenchido um questionário. O Registo Nacional de Anomalias Congénitas é um registo nosológico de base populacional que recebe notificações de nascimentos com malformações congénitas, assim como informação sobre comportamentos maternos. As variáveis utilizadas neste estudo foram, a idade da grávida, nível de escolaridade, profissão e a toma de ácido fólico. Resultados: No RENAC foram registadas 1238 gravidezes com malformações. A adesão pré-concecional à toma de ácido fólico foi observada em 17,9% (n=222) das mulheres tendo a maioria entre os 25-34 anos e profissões que exigem maior diferenciação académica. 45,4% (n=562) das mulheres iniciaram a toma de ácido fólico no primeiro trimestre da gravidez. 5,1% (n=63) não tomou e 31,6% (n=391) dos registos não continha esta informação. Na RMS foram notificadas 472 gravidezes. A adesão pré-concecional à toma de ácido fólico foi observada em 44,3% (n=190) das mulheres, tendo a maioria entre os 15-34 anos e nível de escolaridade pós-secundário. 55,7% (n=239) das mulheres iniciaram a toma de ácido fólico no primeiro trimestre da gravidez e 9,1% (n=43) não tomou. Conclusões: No âmbito do RENAC, a adesão à toma pré-concecional de ácido fólico foi de 18%, enquanto que na RMS, menos de metade (44%) das mulheres iniciou a prevenção primária dos DTN no período do estudo. A disparidade de resultados pode, entre outros, dever-se a algumas limitações inerentes dos registos estudados: a população observada na RMS pode não ser representativa da população de grávidas e pode ter havido sobre notificação, pois os médicos conheciam o objetivo do estudo. Quanto ao RENAC, o número de notificações sem a informação em estudo pode ser um viés para os resultados. Não obstante as limitações apresentadas, a baixa adesão ao consumo antes da gravidez realça a importância de se continuar a sensibilizar as mulheres para o início desta suplementação na fase recomendada, reforçando a promoção desta prevenção primária.
- Impact of influenza vaccination strategy on medically attended influenza in Portugal in five pre-pandemic seasons (2015/16 to 2019/20)Publication . Machado, Ausenda; Kislaya, IrinaBackground: There is limited research on the impact of the yearly influenza vaccination programs in the eligible population. This study aimed to estimate the number of primary care medically attended influenza-confirmed cases (MAICC) among the population aged ≥65 years averted by influenza vaccination programme in Portugal during five seasons in the pre-COVID pandemic period (2015/16 to 2019/20). Methods: We compared the number of observed MAICC to the estimated number that would have occurred in a population without seasonal influenza vaccination (N). To estimate N, we used: i) number of MAICC estimated from national influenza surveillance systems, ii) vaccine coverage (VC) collected in a national telephone survey, iii) influenza vaccine effectiveness (IVE) estimates weighted by the proportion of virus circulation each season in Portugal. We estimated the number of MAICC averted (NAE) by the influenza vaccination programme per 100.000 inhabitants and number needed to vaccinate to prevent one MAICC. We used Monte-Carlo simulations to estimate 95% uncertainty intervals (UI). Results: Comparing with results from 2015/16 to 2017/18 (NAE ranged 24 to 44 per 100.000 inhab) the season 2018/19 showed the highest NAE (62.3 per 100.000 inhab) attributed to the influenza vaccination programme. In 2019/20 season the vaccination strategy averted approximately 11.7 per 100.000 inhab (95%UI: 6.0 to 20.9) events and it was necessary to vaccinate 549 (95%UI: 436 to 742) to prevent one MAICC in primary care. Conclusion: The influenza vaccination strategy had consistent and positive benefit, with more pronounced impact in 2018/19 season. This results were mainly due to a combination of a higher vaccination coverage assumed for 2018/19 (60.8%) and one of the highest vaccine effectiveness (34.8% vs. previous study range 8.5% to 40.6%). To maximize its impact, efforts should be conducted to increase the vaccine coverage. In addition, the surge for more effective vaccines should be maintained.
- Ligação de dados: exemplo dos registos nacionais de malformações congénitas e de paralisia cerebralPublication . Braz, Paula; Folha, Teresa; Machado, Ausenda; Antunes, Liliana; Matias Dias, Carlos; Virella, DanielAntecedentes/Objetivos: A vigilância de condições pouco frequentes e o estudo dos seus fatores determinantes necessita informação de qualidade. Os registos de base populacional que mantém um processo continuado de recolha de dados, que privilegiam a exaustividade e a validade da informação, são essenciais. Em Portugal existem dois registos de base populacional que monitorizam os nascimentos com anomalias congénitas e paralisia cerebral, nomeadamente o Registo Nacional de Anomalias congénitas (RENAC) e o Programa de Vigilância Nacional de Paralisia Cerebral (PVNPC). Ambos participam num estudo internacional que estuda o papel das anomalias congénitas (AC) na paralisia cerebral (PC), pela ligação das matrizes de dados. Esta permite melhorar a informação em saúde, a adequação de recursos e um seguimento facilitador do estudo dos processos causais. Pretendeu-se descrever os resultados da ligação entre estas matrizes de dados. Métodos: Ligação probabilística das 2 matrizes de dados. Critérios de inclusão: crianças com pelo menos uma AC major, nascidas entre 2001 e 2009 (n = 7.167) e crianças com PC confirmada aos 5 anos de idade (n = 1.461). Porque não existe numero único de identificação do caso, as variáveis de ligação foram: data de nascimento, sexo, semanas de gestação, peso ao nascer, residência e idade da mãe na alturado parto. Resultados: Foram encontrados 195 possíveis pares de casos e 32 foram considerados verdadeiros pares. Destes 21,9% tinha pelo menos uma AC referenciada em ambos os registos e 9,4% tinha exactamente a mesma informação; 62,5% tinha múltiplas AC, sendo mais frequentes as cardíacas e do sistema nervoso central. Dos casos do PVNPC com malformação cerebral confirmada por RMN, 6,1% tinha sido notificado ao RENAC. Considerando os casos que não foram ligados, observou-se que há uma potencial recuperação de casos para o RENAC (n = 230) e potenciais casos para o PVNPC, após confirmação clínica (n = 1.770). Detectaram-se também pares de casos que não foram identificados pelo método e variáveis de ligação utilizadas. Conclusões/Recomendações: A ligação permitiu uma melhoria qualitativa e validação da informação. Verificou-se potencial recaptura para o RENAC e sinalização de casos para o PVNPC, após confirmação clinica aos 5 anos. No entanto, a ausência de numero único identificador do caso não permitiu a identificação de todos os pares de casos comuns. Apesar desta limitação demonstrou-se o potencial de complementaridade da informação e de seguimento destes casos, com consequente possibilidade de prevenção primária e secundária.
- Evolução do diagnóstico pré-natal em Portugal: dados do Registo Nacional de Anomalias CongénitasPublication . Braz, Paula; Machado, Ausenda; Aniceto, Carlos; Matias Dias, CarlosIntrodução: O diagnóstico pré-natal (DPN), permite: o diagnóstico de patologia para programar tratamento, preparar pais para o nascimento de uma criança com anomalias e optar pela continuidade da gravidez. É objetivo deste estudo avaliar a evolução do DPN nas gravidezes com anomalia congénita (AC) ao longo do tempo e nas diferentes regiões do país. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo, usando dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC. A análise contemplou dois resultados de interesse: i) quando foi detetada a primeira AC e respetivo primeiro exame alterado, (dados de 2000-2019); ii) quais as AC mais diagnosticadas ecograficamente, tanto a nível nacional como por região NUTS II de residência da grávida (dados de 2011-2019). Resultados: Nos 23745 casos notificados ao RENAC, observou-se um aumento de casos diagnosticados na fase pré-natal (42,3% em 2000 e 62,9% em 2019) e uma redução ao nascer (40,2% em 2000 e 23,7% em 2019). O primeiro exame alterado foi a ecografia em 89,6% dos casos, e os exames invasivos reduziram de 6,4% em 2000 para 1,9% em 2019. Nos 11931 casos notificados entre 2011-2019, observou-se uma maior frequência de diagnóstico em algumas AC do Sistema Nervoso Central (89% a 93%), Aparelho Renal (93% a 96%), AC da Parede Abdominal (85% e 92%), Anomalias dos Cromossomas (85% a 98%) e coração esquerdo hipoplásico (95,1%). São também estes os grupos mais diagnosticados por NUTS II, registando-se na Região Norte frequências quase sempre superiores às nacionais. Conclusões: Nos anos em estudo, ao observou-se um impacto do diagnóstico pré-natal, com aumento de diagnósticos na fase pré-natal e redução ao nascer, sendo a ecografia o exame que mais frequentemente diagnostica ou suspeita da presença de uma AC. Nas AC potencialmente detetáveis por ecografia, observou-se variação na frequência de diagnostico de acordo com a região de residência da gravida.
- Vaccine effectiveness against COVID-19 hospitalisation in adults (≥ 20 years) during Alpha- and Delta-dominant circulation: I-MOVE-COVID-19 and VEBIS SARI VE networks, Europe, 2021Publication . Rose, Angela M.C.; Nicolay, Nathalie; Sandonis Martín, Virginia; Mazagatos, Clara; Petrović, Goranka; Niessen, F Annabel; Machado, Ausenda; Launay, Odile; Denayer, Sarah; Seyler, Lucie; Baruch, Joaquin; Burgui, Cristina; Loghin, Isabela I.; Domegan, Lisa; Vaikutytė, Roberta; Husa, Petr; Panagiotakopoulos, George; Aouali, Nassera; Dürrwald, Ralf; Howard, Jennifer; Pozo, Francisco; Sastre-Palou, Bartolomé; Nonković, Diana; Knol, Mirjam J.; Kislaya, Irina; Luong Nguyen, Liem binh; Bossuyt, Nathalie; Demuyser, Thomas; Džiugytė, Aušra; Martínez-Baz, Iván; Popescu, Corneliu; Duffy, Róisín; Kuliešė, Monika; Součková, Lenka; Michelaki, Stella; Simon, Marc; Reiche, Janine; Otero-Barrós, María Teresa; Lovrić Makarić, Zvjezdana; Bruijning-Verhagen, Patricia C.J.L.; Gómez, Verónica; Lesieur, Zineb; Barbezange, Cyril; Van Nedervelde, Els; Borg, Maria-Louise; Castilla, Jesús; Lazar, Mihaela; O’Donnell, Joan; Jonikaitė, Indrė; Demlová, Regina; Amerali, Marina; Wirtz, Gil; Tolksdorf, Kristin; Valenciano, Marta; Bacci, Sabrina; Kissling, Esther; I-MOVE-COVID-19 Hospital Study Team; VEBIS Hospital Study TeamIntroduction: Two large multicentre European hospital networks have estimated vaccine effectiveness (VE) against COVID-19 since 2021. Aim: We aimed to measure VE against PCR-confirmed SARS-CoV-2 in hospitalised severe acute respiratory illness (SARI) patients ≥ 20 years, combining data from these networks during Alpha (March–June)- and Delta (June–December)-dominant periods, 2021. Methods: Forty-six participating hospitals across 14 countries follow a similar generic protocol using the test-negative case–control design. We defined complete primary series vaccination (PSV) as two doses of a two-dose or one of a single-dose vaccine ≥ 14 days before onset. Results: We included 1,087 cases (538 controls) and 1,669 cases (1,442 controls) in the Alpha- and Delta-dominant periods, respectively. During the Alpha period, VE against hospitalisation with SARS-CoV2 for complete Comirnaty PSV was 85% (95% CI: 69–92) overall and 75% (95% CI: 42–90) in those aged ≥ 80 years. During the Delta period, among SARI patients ≥ 20 years with symptom onset ≥ 150 days from last PSV dose, VE for complete Comirnaty PSV was 54% (95% CI: 18–74). Among those receiving Comirnaty PSV and mRNA booster (any product) ≥ 150 days after last PSV dose, VE was 91% (95% CI: 57–98). In time-since-vaccination analysis, complete all-product PSV VE was > 90% in those with their last dose < 90 days before onset; ≥ 70% in those 90–179 days before onset. Conclusions: Our results from this EU multi-country hospital setting showed that VE for complete PSV alone was higher in the Alpha- than the Delta-dominant period, and addition of a first booster dose during the latter period increased VE to over 90%.
- Excess pneumonia and influenza hospitalizations associated with influenza epidemics in Portugal from season 1998/1999 to 2014/2015Publication . Rodrigues, Emanuel; Machado, Ausenda; Silva, Susana; Nunes, BaltazarBackground: The aim of this study was to estimate excess pneumonia and influenza (P&I) hospitalizations during influenza epidemics and measure their correlation with influenza vaccine coverage in the 65 and more years old, according to the type/subtype of influenza virus. Methods: The study period comprised week 40/1998-40/2015. Age-specific weekly P&I hospitalizations (ICD-9: 480-487) as main diagnosis were extracted from the National Hospital Discharge database. Age-specific baseline hospitalization rates were estimated by autoregressive integrated moving average (ARIMA) model without time periods with excess hospitalizations. Excess hospitalizations were calculated by subtracting expected hospitalization rates from the observed during influenza epidemic periods. Correlation between excess P&I hospitalizations and influenza vaccine coverage in the elderly was measured with Pearson correlation coefficient. Results: The average excess P&I hospitalizations/season was 19.4/105 (range 0-46.1/105), and higher excess was observed in young children with <2 years (79.8/105) and ≥65 years (68.3/105). In epidemics with A(H3) dominant, the highest excess hospitalizations were observed among 65 and over. Seasons which influenza B or A(H1)pdm09 dominance the highest excess was observed in children with <2 years. High negative correlation was estimated between excess hospitalizations associated with A(H3) circulation and vaccine coverage in the elderly (r = −.653; 95% CI: −0.950 to −0.137). Conclusion: Over 80% of the influenza epidemics were associated with excess hospitalizations. However, excess P&I hospitalizations pattern differed from age group and circulating virus. This ecologic approach also identified a reduction in excess P&I associated with A(H3) circulation with increasing vaccine coverage in the elderly.
