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- Prevenção dos defeitos do tubo neural: adesão à toma de ácido fólico, em Portugal, em 2017 e 2018Publication . Gomez, Verónica; Braz, Paula; Machado, Ausenda; Rodrigues, Ana PaulaAntecedentes/Objetivos: Os defeitos do tubo neural (DTN), que incluem a anencefalia, a espinha bífida e o encefalocelo, resultam do deficiente encerramento do tubo neural que deve ocorrer até ao 28º dia de vida fetal, período em que muitas mulheres ainda não sabem que estão grávidas. Na prevenção primária dos DTN pela suplementação de ácido fólico é recomendada a utilização diária de pelo menos 400 µg de ácido fólico, com início antes da gravidez e até ao fim do primeiro trimestre. Em Portugal, esta prevenção pré-concecional é recomendada desde 1996, mas são poucos os estudos que analisam a adesão das mulheres. Assim, os objetivos deste estudo foram i) estimar a frequência de grávidas que iniciaram o consumo de ácido fólico antes da gravidez e ii) caracterizar demograficamente as mulheres que tomam ácido fólico antes da conceção e no primeiro trimestre da gravidez. Métodos: Estudo observacional transversal que selecionou mulheres grávidas em qualquer semana da gestação, entre 2017 e 2018 seguidas na Rede Médicos Sentinela - RMS (dados provisórios). A RMS é um sistema de observação constituído por um conjunto de Médicos de Família que exercem funções em unidades de Cuidados de Saúde Primários. Para cada grávida que aceitou participar, foi preenchido um questionário que incluiu, entre outras informações, a idade, o nível de escolaridade e a toma de ácido fólico. Resultados: Participaram 898 grávidas, das quais 40% iniciou a suplementação na fase pré-concecional e 48% no primeiro trimestre da gravidez. Observou-se uma maior percentagem de mulheres com formação superior a iniciar a suplementação na fase pré-concecional em relação às que iniciaram no primeiro trimestre da gravidez (46,8% e 29,0%, respetivamente). No grupo etário entre os 15 e os 24 anos, observa-se uma maior percentagem de mulheres a iniciarem a toma de ácido fólico no primeiro trimestre da gravidez comparativamente às que iniciaram no período pré-concecional (15,9% e 6,4%, respetivamente). Conclusões/Recomendações: Só 40% das mulheres iniciou a prevenção primária dos DTN no período do estudo e cerca de metade tem formação superior. Na comparação etária entre os dois grupos, são as mulheres mais jovens que apresentam maior diferença na adesão a esta medida preventiva. Estes resultados devem ser interpretados à luz das seguintes limitações: a população observada pode não ser representativa da população de gravidas; pode ter havido sobre notificação pois os médicos conheciam o objetivo do estudo. Não obstante, este realça a importância de se continuar a sensibilizar as mulheres para o início desta suplementação na fase recomendada
