Browsing by Author "Silva, Susana Pereira da"
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- Monitorização da mortalidade em Portugal: evolução da mortalidade por todas as causas em 2024Publication . Silva, Susana Pereira da; Rodrigues, Ana PaulaA monitorização da mortalidade por todas as causas é uma ferramenta útil na identificação de fenómenos de saúde, ou desastres de elevada magnitude ou gravidade e que podem, por isso, ter impacto na mortalidade. Este trabalho teve como objetivo descrever a evolução da mortalidade por todas as causas durante o ano de 2024 [semana 01/2024 à semana 52/2024 (01 janeiro de 2024 a 29 dezembro de 2024)], bem como, identificar e analisar os períodos de excesso de mortalidade. Foram analisados dados semanais de mortalidade, estratificados por sexo e grupo etário. A mortalidade esperada foi estimada através de modelos de regressão linear ajustados para tendências temporais e sazonalidade, excluindo-se os períodos associados a eventos com potencial impacto na mortalidade. A identificação dos períodos de excesso de mortalidade baseou-se na aplicação de regras de Westgard, e os excessos foram quantificados em termos absolutos e relativos. No período em estudo, foram registados 118.360 óbitos em Portugal, tendo sido identificados dois períodos de excesso de mortalidade a nível nacional [3.072 óbitos em excesso (IC 95%: 2.534-3.610)]. Foram estimados excessos de mortalidade nos grupos etários acima dos 45 anos, observando-se um gradiente crescente com a idade. Pela coincidência temporal podemos concluir que os períodos de excesso de mortalidade terão estado potencialmente associados à epidemia de gripe, ao período de maior circulação de COVID-19, e ao período de calor extremo ocorrido em 2024.
- A onda de calor de junho e julho de 2013: análise dos seus impactes na mortalidade por distrito de Portugal ContinentalPublication . Silva, Susana Pereira da; Roquette, Rita; Nunes, Baltazar; Dias, Carlos Matias[PT] Em 2013, entre o final de junho e início de julho, Portugal foi afetado por um período de calor extremo detetado pelo sistema de vigilância ÍCARO (Importância do CAlor: Repercussão sobre os Óbitos), em funcionamento no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma análise dos excessos de mortalidade, associados às temperaturas extremas observadas nesse período, por distritos de Portugal Continental. O período de calor extremo com possível impacte na saúde humana foi definido pela análise conjunta do Índice-Alerta-ÍCARO, e das temperaturas máximas registadas em cada capital de distrito (facultadas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, IPMA). Os dados da mortalidade foram obtidos pelo Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade (VDM), gerido pelo Departamento de Epidemiologia do INSA. Ao nível distrital os excessos de óbitos variaram entre os 11 e os 40 óbitos por 100.000 habitantes no período identificado. Beja e Faro não apresentaram excessos significativos. Em conclusão, verificou-se que durante o período em análise, observaram-se excessos de mortalidade na maioria dos distritos de Portugal Continental.
- Programa Nacional de Vigilância da Gripe: relatório da época 2022/2023Publication . Verdasca, Nuno; Melo, Aryse; Henriques, Camila; Gomes, Licínia; Lança, Miguel; Dias, Daniela; Silva, Susana Pereira da; Rodrigues, Ana Paula; Guiomar, Raquel; Direcção-Geral da Saúde (colaboração); Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (colaboração)Relatório anual do Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG). A presente publicação descreve a caraterização clínica e laboratorial da atividade gripal na época 2022/2023. O PNVG assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. A componente clínica possibilita o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório (RSV) o que permite detetar e caraterizar os vírus respiratórios em circulação em cada inverno. As atividades do PNVG são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde. Da descrição da atividade gripal no inverno de 2022/2023 agora apresentada, destacam-se os seguintes resultados: - Na época 2022/2023 a atividade gripal foi de baixa intensidade, tendo sido verificada a epidemia de gripe mais precoce ocorrida nas últimas épocas; - O vírus da gripe A(H3) foi o predominante durante o período epidémico, tendo sido detetados em cocirculação os vírus da gripe A(H1)pdm09 e do tipo B; - A análise virológica demonstrou que os vírus da gripe circulantes eram na sua maioria semelhantes aos vírus que integraram a vacina de 2022/2023. A análise do genoma viral mostrou alguma diversidade genética nos vírus em circulação; - Os vírus SARS-CoV-2 pertenciam na sua maioria à linhagem BA.5 e XBB; - Foi nas crianças entre os 5 e os 14 anos que se detetou a maior percentagem de casos de gripe (33%), seguidas dos jovens e adultos entre os 15 e os 29 anos (26%); - Observou-se um excesso de mortalidade de cerca de 1959 óbitos, no período coincidente com a epidemia de gripe e de frio extremo; - A taxa de admissão de casos confirmados de gripe em UCI registou o valor máximo nas semanas 47/2022 e 10/2023. O vírus influenza tipo A foi identificado na quase totalidade dos casos. Os resultados obtidos no relatório constituem informação útil para a orientação e planeamento de medidas de prevenção e controlo da gripe, SARS-CoV-2, RSV e de outros vírus respiratórios de forma precisa.
- Programa Nacional de Vigilância da Gripe: relatório da época 2023/2024Publication . Guiomar, Raquel; Verdasca, Nuno; Gomes, Licínia; Henriques, Camila; Dias, Daniela; Lança, Miguel; Rodrigues, Ana Paula; Silva, Susana Pereira da; Direcção-Geral da Saúde (colaboração); Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (colaboração)Relatório anual do Programa Nacional de Vigilância da Gripe e de Outros Vírus Respiratórios (PNVG), que descreve a caraterização clínica e laboratorial da atividade gripal na época 2023/2024. O PNVG assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. A componente clínica possibilita descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório (RSV) o que permite detetar e caraterizar os vírus respiratórios em circulação em cada inverno. As atividades do PNVG são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.
- Será que os planos de contingência para ondas de calor reduzem a mortalidade associada ao calor? Um estudo da diferença-das-diferenças em PortugalPublication . Leitão, Catarina; Silva, Susana Pereira da; Roquette, Rita; Uva, Mafalda Sousa; Nunes, BaltazarCom a implementação em Portugal Continental, a partir de 2004, dos planos de contingência para ondas de calor (PCOC) espera-se que tenha havido uma redução do impacto do calor na mortalidade. Através da comparação da mortalidade diária por todas as causas em períodos de calor adverso (períodos em que a temperatura tem impacto na mortalidade) antes (2000-2003) e após (2005-2008) a implementação dos PCOC, pretendemos estimar o seu impacto na mortalidade ocorrida nesses períodos. Aplicou-se o método da diferença-das-diferenças (DID) às séries temporais dos óbitos diários por todas as causas, total e por estratos (sexo, grupo etário, região de saúde e tercis da distribuição da versão portuguesa do European Deprivation Index) cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os períodos de calor adverso foram classificados em excesso de calor e calor extremo com base nas temperaturas diárias, máximas e mínimas, cedidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Para estimar o impacto dos PCOC na mortalidade, foi ajustado um modelo de regressão ao número de óbitos diários. Os resultados preliminares para Portugal Continental e para a maioria das regiões de saúde evidenciaram uma redução na mortalidade diária por todas as causas nos dias de calor extremo, após a implementação dos PCOC.
