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Será que os planos de contingência para ondas de calor reduzem a mortalidade associada ao calor? Um estudo da diferença-das-diferenças em Portugal

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Com a implementação em Portugal Continental, a partir de 2004, dos planos de contingência para ondas de calor (PCOC) espera-se que tenha havido uma redução do impacto do calor na mortalidade. Através da comparação da mortalidade diária por todas as causas em períodos de calor adverso (períodos em que a temperatura tem impacto na mortalidade) antes (2000-2003) e após (2005-2008) a implementação dos PCOC, pretendemos estimar o seu impacto na mortalidade ocorrida nesses períodos. Aplicou-se o método da diferença-das-diferenças (DID) às séries temporais dos óbitos diários por todas as causas, total e por estratos (sexo, grupo etário, região de saúde e tercis da distribuição da versão portuguesa do European Deprivation Index) cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os períodos de calor adverso foram classificados em excesso de calor e calor extremo com base nas temperaturas diárias, máximas e mínimas, cedidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Para estimar o impacto dos PCOC na mortalidade, foi ajustado um modelo de regressão ao número de óbitos diários. Os resultados preliminares para Portugal Continental e para a maioria das regiões de saúde evidenciaram uma redução na mortalidade diária por todas as causas nos dias de calor extremo, após a implementação dos PCOC.
With the implementation in Portugal, since 2004, of specific heat contingency plans (HCP) or contingency plans for heat (CPH), a reduction of heat-related mortality is expected. Through the comparison of mortality in periods of adverse heat before (2000-2003) and after (2005-2008) the implementation of HCP, in Portugal (mainland), we aimed to estimate its impact in heat related mortality. A difference-in-differences (DID) approach was undertaken using time series analysis of daily deaths from all causes, total and population subgroups (sex, age group, health region and the tertil of the European Deprivation Index distribution) obtained from Statistics Portugal (INE). The adverse heat periods were classified as heat excess or extreme heat, accordingly the daily maximum and minimum temperatures obtained from Portuguese Meteorological Institute (IPMA). To estimate the impact of the HCP, we fitted a regression model to the daily number of deaths. We found evidence that the HCP contributed to reducing mortality on extreme hot days in Portugal (mainland) and most of the portuguese health regions.

Description

Keywords

Planos de Contingência Ondas de Calor Mortalidade Calor Determinantes da Saúde e da Doença Saúde Pública Portugal

Pedagogical Context

Citation

Boletim Epidemiológico Observações. 2020 janeiro-abril;9(26):4-8

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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP