DDI - Posters/abstracts em congressos nacionais
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Browsing DDI - Posters/abstracts em congressos nacionais by Author "Almeida Santos, João"
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- Hepatite E: diagnóstico serológico em hepatites de etiologia desconhecidaPublication . Manita Ferreira, Carla; Almeida Santos, João; Água-Doce, Ivone; Lourenço, Teresa; Benoliel, Camalavati; Matos, Rita; Cortes Martins, HelenaIntrodução A infeção por VHE tem maior incidência nos países em desenvolvimento, nomeadamente no sudoeste asiático, como por exemplo a Índia e a China, surgindo nos restantes países como casos importados. Recentemente foram descritos casos de hepatite E em países desenvolvidos sem que estivesse presente o principal fator de risco, viagens recentes a zonas endémicas, sugerindo a existência de reservatórios do VHE nestes países. O crescente número de casos de VHE autóctone alerta para um potencial problema de saúde pública em áreas não endémicas para este agente, no qual Portugal se encontra incluído. Este trabalho teve como objetivo a análise retrospetiva (2000/2011) de infeção por VHE em casos de hepatite de etiologia desconhecida. Material e Métodos Entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2011, foram recebidos no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 241 amostras de soro de indivíduos com diagnóstico de hepatite de etiologia desconhecida, nos quais foi realizada a pesquisa de anticorpos VHE (IgG/IgM), por ensaio imunoenzimático. Resultados De entre as amostras estudadas, 12.9% (n=31) revelaram a presença de VHE IgM (infeção aguda/recente), 8.3% (n=20) foram positivos apenas para VHE IgG (infeção antiga/convalescença) e 78.8% (n=190) não apresentaram anticorpos VHE. A distribuição de resultados positivos para anticorpos VHE (IgG/IgM) foi a seguinte: n=1 entre 2000 e 2005; n=2 em 2006; n=6 em 2007; n=9 em 2008, 2009 e 2010; n=15 em 2011. Conclusões A relevância da infeção por VHE, como possível causa de hepatite, é evidenciada pelo facto de 51 indivíduos (21.2%) apresentarem anticorpos VHE, dos quais 31 (12.9%) revelaram a presença de VHE IgM, resultado compatível com infeção aguda ou recente. O aumento gradual do número de pedidos, para deteção de anticorpos VHE, bem como de resultados positivos, poderá ser o reflexo não só do aumento real de número de infeções, mas também de uma maior sensibilização dos clínicos para a existência de casos de infeção por VHE, em Portugal. Não foi possível determinar se os casos de infeção encontrados seriam importados ou autóctones, por ausência de informação, evidenciando a necessidade de uma melhor colaboração entre os clínicos e o laboratório, de forma a conhecer o padrão epidemiológico da hepatite E, em Portugal.
- Pesquisa de antigénio HBs e anticorpo HCV: avaliação de dois testes rápidos.Publication . Manita Ferreira, Carla; Almeida Santos, João; Lourenço, Teresa; Cortes Martins, HelenaObjectivo: Avaliar o desempenho de dois testes rápidos, um para detecção do antigénio de superfície do HBV (AgHBs) e outro para detecção de anticorpos para HCV (AcHCV). Metodologia: Os dois testes avaliados (Rapidan® Tester HBsAg e Rapidan® Tester Anti-HCV – Türklab) utilizam como metodologia a imunocromatografia em fase sólida. O estudo incidiu sobre 100 soros, 50 para cada teste, previamente estudadas por ensaio imunoenzimático de micropartículas (Abbott AxSYM® HCV 3.0 e HBsAg v2.0). Como teste confirmatório para AcHCV foi utilizado o método de RIBA (INNO-LIA™ HCV Score). Todos os testes foram executados de acordo com as instruções do fabricante. Resultados: Relativamente à detecção do AgHBs pelo teste rápido, o estudo de 28 soros positivos e 22 negativos, revelou uma sensibilidade de 85.7%, especificidade de 100.0%, valor preditivo positivo (VPP) de 100.0% e valor preditivo negativo (VPN) de 84,6%. Os resultados da sensibilidade e VPN reflectem a ocorrência de quatro resultados falso negativos. Os 50 soros submetidos a ensaio para AcHCV, consistiam em 27 amostras positivas, dos quais 14 com fraca reactividade, e 23 negativas. Na avaliação do teste rápido surgiram três resultados falso negativos, o que se traduziu numa sensibilidade de 88.9%, especificidade de 100.0%, VPP de 100.0% e VPN de 88,5%. Conclusões: Os testes avaliados no presente trabalho, embora pese o número reduzido de amostras estudadas, apresentaram uma especificidade e VPP elevados (100%). A ocorrência de resultados falso negativos em ambos os testes levou a que os valores de sensibilidade e VPN fossem inferiores ao esperado. Os testes rápidos têm um lugar importante no rastreio de diferentes doenças infecciosas, pela sua facilidade de execução e implementação, no entanto, como reflectem os resultados obtidos nesta avaliação, o seu uso deve ser criterioso.
- Prevalência de Marcadores de Hepatites Víricas numa População UniversitáriaPublication . Almeida Santos, João; Manita Ferreira, Carla; Cortes Martins, HelenaINTRODUÇÃO As hepatites permanecem um problema de saúde pública à escala mundial, apresentando grande impacto económico e social. Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as provocadas por vírus das hepatites A, B, C e E. Alguns destes vírus partilham formas de transmissão, como o VHB e VHC em que a transmissão sexual e parentérica são as formas mais frequentes, e o VHE e VHA, onde a transmissão fecal-oral é a principal forma de disseminação. A vacina está disponível para o VHA e VHB, mas apenas a vacina contra o VHB integra, desde o ano 2000, o PNV. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de anticorpos contra as hepatites A, B, C e E num grupo de estudantes universitários e avaliar o seu enquadramento no padrão epidemiológico nacional. MATERIAL E MÉTODOS Entre Janeiro e Abril de 2012, foram recolhidas e estudadas 70 amostras de soro para anticorpos VHA (Total/IgM), VHB (anti-HBs), VHC (Total) e VHE (IgG/IgM), no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. RESULTADOS De entre as 70 amostras estudadas, 12 (17%) foram positivas para VHA total (todas VHA IgM negativas), 63 (90%) apresentavam o marcador serológico anti-HBs, e nenhuma das amostras avaliadas apresentou título de anticorpos detetável contra VHC. Quatro (5.7%) amostras revelaram a presença de VHE IgG mas em nenhuma foi detetada VHE IgM. CONCLUSÕES A prevalência da infeção por VHA foi inferior à descrita em outros estudos, para a mesma faixa etária, reforçando a tendência decrescente desta infeção em Portugal. Em 10% (n=7) das amostras não foi detetado anti-HBs, situação que pode significar uma não resposta à vacina (apesar desta induzir proteção em 95-99% dos casos) ou que a resposta imunológica ficou abaixo do limiar de deteção dos imunoensaios. A ausência de resultados positivos para o VHC está de acordo com os dados epidemiológicos existentes em Portugal, que apontam para uma seroprevalência de 1.5% na população saudável. Em relação à hepatite E, apesar de outros estudos apresentarem uma prevalência de 4.2%, no presente trabalho esta foi superior (5.7%). Estudos envolvendo outros grupos populacionais serão necessários para melhor conhecer a real prevalência destas hepatites em Portugal.
