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A indústria alimentar usa antioxidantes sintéticos para prevenir a degradação natural dos alimentos com alto teor lipídico causada, em grande parte, por fenómenos de oxidação. Estes antioxidantes, incluindo o BHT e o BHA, têm sido nas últimas décadas associados a efeitos negativos sobre a saúde humana, como a promoção da carcinogénese e reações alérgicas [1,2]. Atualmente, a maioria dos alimentos é adquirida numa embalagem que, na sua grande maioria, são feitas de plástico, obtido através de fontes não renováveis. O grave problema ambiental que se coloca com estas embalagens, aliado à procura e exigência dos consumidores por produtos naturais e com mínimo impacto ambiental, tem impulsionado a indústria e a comunidade científica a procurar alternativas, quer para as embalagens, quer para os antioxidantes sintéticos.
Nesta linha de pensamento, foram criadas as embalagens alimentares ativas antioxidantes que interagem intencionalmente com o alimento embalado, libertando para o mesmo compostos bioativos capazes de retardar ou inibir a oxidação dos mesmos, aumentando assim o seu tempo de vida útil.
A Fucus vesiculosus, também conhecida como fava-do-mar, é uma macroalga castanha (Phaeophyceae) presente em zonas frias e temperadas do Oceano Atlântico Norte, com uma poderosa capacidade antioxidante [3,4]. Na sua constituição, esta macroalga tem vários compostos bioativos, como os polissacarídeos sulfatados, que possuem poderosas atividades biológicas como atividades anti-tumorais, antioxidantes e antimicrobianas.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade antioxidante de cinco extratos hidro-etanólicos de F. Vesiculosus para avaliar o seu potencial de aplicação a embalagens alimentares ativas. Os extratos foram obtidos da alga seca e da alga liofilizada. Os ensaios de avaliação da capacidade antioxidante utilizados foram o Sistema de Inibição do Radical DPPH (2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl) e o Ensaio do Branqueamento do β-caroteno.
Os extratos obtidos a partir da alga liofilizada obtiveram uma melhor capacidade antioxidante do que os extratos obtidos a partir da alga seca. Esta diferença pode ser explicada pela diferença de temperatura, uma vez que no caso da alga liofilizada, esta é seca através de um processo com baixas temperaturas, o que acaba por conservar os compostos bioativos da alga. O mesmo não acontece com a alga seca através de um processo normal de secagem.
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Keywords
Segurança Alimentar Embalagens Ativas Algas Marinhas Antioxidantes Fucus vesiculosus
