Departamento de Epidemiologia
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- 10 anos de Avaliação Externa da Qualidade da Fase Pré-Analítica em PortugalPublication . Cardoso, Ana; Correia, Helena; Faria, Ana PaulaA implementação de um programa específico de AEQ na fase pré-analítica permite avaliar o desempenho dos laboratórios à semelhança do que é feito na fase analítica. Nos últimos 10 anos, o Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade (PNAEQ) disponibilizou diferentes ensaios que incluíram distribuição de questionários, envio de amostras e simulação de casos, e promoveu reuniões e ações de formação com os participantes.
- 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): cuidados de saúde preventivosPublication . Santos, Ana João; Gil, Ana Paula; Kislaya, Irina; Antunes, Liliana; Braz, Paula; Rodrigues, Ana Paula; Alves, Clara Alves; Namorado, Sónia; Gaio, Vânia; Barreto, Marta; Castilho, Emília; Cordeiro, Eugénio; Dinis, Ana; Prokopenko, Tamara; Silva, Ana Clara; Vargas, Patrícia; Nunes, Baltazar; Dias, Carlos MatiasEnquadramento: A importância da informação obtida através de inquéritos de saúde com exame físico realizados a amostras probabilísticas da população, de que o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é exemplo, deriva da utilização de métodos e instrumentos que resultam em informação com maior validade do que a reportada apenas pelos inquiridos. O acolhimento da proposta do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), para um primeiro INSEF em Portugal, como parte integrante do Projeto Pré-Definido do Programa Iniciativas em Saúde Pública, financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a posterior parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Pública (INSP), e a colaboração com todas as regiões nacionais, constituem as fundações que permitiram a realização deste primeiro INSEF. No presente relatório são apresentados os resultados relativos à realização de consultas de saúde oral, de análises clínicas (glicémia, colesterolémia e triglicéridémia) e de exames complementares de diagnóstico, associados à prevenção secundária da doença oncológica (mamografia, citologia cervico-vaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes). Materiais e métodos: O INSEF é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível regional e nacional, com a finalidade de contribuir para melhorar a Saúde Pública e reduzir as desigualdades em saúde, através da disponibilização de informação epidemiológica de elevada qualidade sobre o estado de saúde, determinantes e utilização de cuidados de saúde pela população portuguesa. A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de idade, residentes em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas há mais de 12 meses, não-institucionalizados e com capacidade para acompanhar a entrevista em língua portuguesa. A amostra foi estratificada por região e área urbana/rural e constituída de forma probabilística em duas etapas. O trabalho de campo decorreu entre fevereiro e dezembro de 2015 e foi realizado por equipas constituídas, formadas e treinadas especificamente para o efeito, num total de 117 profissionais. Áreas de inquirição - O INSEF incluiu um conjunto de avaliações antropométricas e bioquímicas, e a aplicação de um questionário por entrevista pessoal assistida por computador (CAPI). A recolha de dados foi organizada em três componentes: 1) exame físico, que incluiu a medição da tensão arterial, da altura, do peso e dos perímetros da cintura e da anca; 2) recolha de amostras de sangue para avaliação de parâmetros bioquímicos (colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos), da hemoglobina glicosilada (HbA1c) e do hemograma; 3) questionário, com recolha de informação autorreportada sobre variáveis demográficas e socioeconómicas, estado de saúde, determinantes de saúde relacionados com comportamentos e utilização de serviços e cuidados de saúde, incluindo os cuidados preventivos. Indicadores reportados no presente relatório - O presente relatório contém os resultados de um conjunto de indicadores inseridos na área temática Cuidados de Saúde, obtidos através de dados recolhidos na componente entrevista. Especificamente são apresentados resultados relativos à frequência da realização de consultas de saúde oral, de análises clínicas (glicémia, colesterolémia e triglicéridémia) e de exames complementares de diagnóstico, associados à prevenção secundária de algumas doenças oncológicas, nomeadamente, a mamografia, a citologia cervico-vaginal e a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Análise estatística - Todos os indicadores incluídos no presente relatório foram estimados a nível nacional para subgrupos específicos da população, nomeadamente por região, sexo, grupo etário, nível de escolaridade, situação perante o trabalho e atribuição de médico de família pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Todas as estimativas pontuais apresentadas foram ajustadas utilizando pesos amostrais calibrados para a distribuição da população portuguesa, por sexo e grupo etário, em cada uma das 7 Regiões de Saúde para a estimativa da população residente em 2014. Para a análise comparativa, as estimativas estratificadas por região, nível de escolaridade, situação perante o trabalho e atribuição de médico de família pelo SNS, foram padronizadas pelo método direto para a distribuição da população portuguesa (2014) por sexo e grupo etário. Resultados principais: Durante o INSEF foram observados 4911 indiví- duos (2265 homens: 46,1% e 2646 mulheres: 53,9%), na sua maioria naturais de Portugal (91,2%), casados ou em união de facto (70,0%), em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), com um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário (63,4%) e estando 11,2% desempregados. Nos 12 meses anteriores à entrevista, 51,3% da população estudada consultou um profissional de saúde oral. Considerando a distribuição por sexo, grupo etário e região, observou-se uma maior frequência desta consulta na população feminina (55,5%), no grupo etário dos 35 aos 44 anos (56,9%) e na região Norte (55,4%). Observou-se ainda maior frequência entre os mais escolarizados (65,7% com Ensino Superior) e nos indivíduos com atividade profissional remunerada (55,0%). No ano de 2015, em Portugal, 69,7% da popula- ção entre os 25 e os 74 anos referiu ter, nos 12 meses anteriores à entrevista, efetuado análises clínicas, a pelo menos um dos parâmetros inquiridos (glicémia, colesterolémia, trigliceridémia). Esta frequência foi mais elevada no sexo feminino (72,7%) e aumentou com a idade (84,2% no grupo dos 65 aos 74 anos de idade). Foi também mais frequente nos indivíduos que têm médico de família atribuído pelo SNS (71,3% com médico de família vs. 58,7% sem médico de família). Na população feminina entre os 50 e os 69 anos de idade, 94,8 % reportou ter realizado mamografia nos 2 anos anteriores à entrevista. A percentagem foi mais elevada nas mulheres com ensino secundário (95,8%) e menos elevada nas mulheres desempregadas (89,3%). Os resultados indicam que 86,3% das mulheres entre os 25 e os 64 anos de idade referem ter realizado citologia cervico-vaginal nos 3 anos anteriores à entrevista. As percentagens mais elevadas observaram-se no grupo etário entre os 35 e os 44 anos (90,8%), na região Norte (91,7%), nas mulheres com ensino superior (90,8%) e naquelas que tinham uma atividade profissional remunerada (88,7%). Referiram ter realizado pesquisa de sangue oculto nas fezes, nos 2 anos anteriores à entrevista, 45,7% dos inquiridos, sendo este valor muito próximo do estimado para a população que nunca realizou o exame (44,2%). Não se observaram diferenças entre os sexos. O reporte de realização deste exame diminui com o aumento do nível de escolaridade, de 48,0% na população sem nível escolaridade ou com o primeiro ciclo do ensino básico até 34,7% na população com ensino superior. A percentagem de mulheres que relataram ter efetuado uma mamografia nos 2 anos anteriores ou que efetuaram uma citologia cervico-vaginal nos 3 anos anteriores à entrevista, foi mais elevada no grupo com médico de família atribuído pelo SNS. Também os indivíduos com médico de família, comparativamente aos indivíduos sem médico de família atribuído pelo SNS, apresentaram a percentagem mais elevada de realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes nos 2 anos anteriores à entrevista. Conclusões principais: A informação obtida pelo primeiro INSEF é representativa da população portuguesa a nível nacional e de cada uma das suas 7 regiões e utilizou os métodos estabelecidos pelo European Health Examination Survey (EHES). O processo de inquérito envolveu desde o início a rede formada pelas 7 Regiões de Saúde de Portugal, o INSA, órgão do Ministério da Saúde e o INSP. As diferenças observadas nas estimativas populacionais de vários dos indicadores justificam a atenção das intervenções de saúde sobre a utilização de cuidados de saúde preventivos pela população residente em Portugal com idade entre os 25 e os 74 anos de idade. As estimativas populacionais indicam que a frequência da utilização de cuidados de saúde preventivos varia consoante a área geográfica e o tipo de serviço considerado. A realização de análises clínicas e da mamografia parecem ser exames e análises complementares de diagnósticos generalizados para a população portuguesa considerada de referência. Dos três exames de prevenção secundária da doença oncológica, a pesquisa de sangue oculto nas fezes foi a menos frequente junto da população portuguesa entre os 50 e os 74 anos. De acordo com os resultados obtidos, no que respeita à utilização de cuidados de saúde preventivos, podemos concluir que existe influência do perfil sociodemográfico na população, diferenciado de acordo com o tipo de exames. Os resultados evidenciam ainda a importância dos médicos de família do SNS para a frequência de realização da mamografia, citologia cervicovaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes, exames e análises utilizados muitas vezes enquanto instrumentos de rastreio oncológico.
- 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): determinantes de saúdePublication . Namorado, Sónia; Santos, Joana; Antunes, Liliana; Kislaya, Irina; Santos, Ana João; Castilho, Emília; Cordeiro, Eugénio; Dinis, Ana; Barreto, Marta; Gaio, Vânia; Gil, Ana Paula; Rodrigues, Ana Paula; Silva, Ana Clara; Alves, Clara Alves; Vargas, Patrícia; Prokopenko, Tamara; Nunes, Baltazar; Dias, Carlos MatiasEnquadramento: A importância da informação obtida através de inquéritos de saúde com exame físico realizados a amostras probabilísticas da população, de que o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é exemplo, resulta da utilização de métodos e instrumentos que resultam em informação com maior validade do que a reportada apenas pelos inquiridos. O acolhimento da proposta do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), para um primeiro INSEF em Portugal, como parte integrante do Projeto Pré-Definido do Programa Iniciativas em Saúde Pública, financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a posterior parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Pública (INSP), e a colaboração com todas as regiões nacionais, constituem as fundações que permitiram a realização deste primeiro INSEF. No presente relatório são apresentados os resultados relativos aos determinantes de saúde da população residente em Portugal, com idade entre os 25 e os 74 anos de idade, em 2015. Materiais e métodos: O INSEF é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível regional e nacional, com a finalidade de contribuir para melhorar a Saúde Pública e reduzir as desigualdades em saúde, através da disponibilização de informação epidemiológica de elevada qualidade sobre o estado de saúde, determinantes e utilização de cuidados de saúde pela população portuguesa. A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de idade, residentes em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas há mais de 12 meses, não-institucionalizados e com capacidade para acompanhar a entrevista em língua portuguesa. A amostra foi estratificada por região e área urbana/rural e constituída de forma probabilística em duas etapas. O trabalho de campo decorreu entre fevereiro e dezembro de 2015 e foi realizado por equipas constituídas, formadas e treinadas especificamente para o efeito, num total de 117 profissionais. Áreas de inquirição - O INSEF incluiu um conjunto de avaliações antropométricas e bioquímicas, e a aplicação de um questionário por entrevista pessoal assistida por computador (CAPI). A recolha de dados foi organizada em três componentes: 1) exame físico, que incluiu a medição da tensão arterial, da altura, do peso e dos perímetros da cintura e da anca; 2) recolha de amostras de sangue para avaliação de parâmetros bioquímicos (colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos), da hemoglobina glicosilada (HbA1c) e do hemograma; 3) questionário, com recolha de informação autorreportada sobre variáveis demográficas e socioeconómicas, estado de saúde, determinantes de saúde relacionados com comportamentos e utilização de serviços e cuidados de saúde, incluindo os cuidados preventivos. Indicadores reportados no presente relatório - O presente relatório contém os resultados da área temática Determinantes de Saúde obtidos através de dados recolhidos na componente de entrevista. Os resultados incluem a prevalência do consumo de tabaco e de exposição ao fumo ambiental de tabaco, a prevalência do consumo excessivo de álcool numa única ocasião (binge drinking) no ano anterior à entrevista, a prevalência de indivíduos com atividade física sedentária nos tempos livres, a prevalência de indivíduos que praticam exercício físico pelo menos uma vez por semana e a prevalência do consumo diário de frutas e de vegetais. Análise estatística - Todos os indicadores incluídos no presente relatório foram estimados a nível nacional para subgrupos específicos da população, nomeadamente por região, sexo, grupo etário, nível de escolaridade e situação perante o trabalho. Todas as estimativas pontuais apresentadas foram ajustadas utilizando pesos amostrais calibrados para a distribuição da população portuguesa, por sexo e grupo etário, em cada uma das 7 Regiões de Saúde para a estimativa da população residente em 2014. Para a análise comparativa, as estimativas estratificadas por região, nível de escolaridade e situação perante o trabalho foram padronizadas pelo método direto para a distribuição da população portuguesa (2014) por sexo e grupo etário. Resultados principais: Durante o INSEF foram observados 4911 indivíduos (2265 homens: 46,1% e 2646 mulheres: 53,9%), na sua maioria naturais de Portugal (91,2%), casados ou em união de facto (70,0%), em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), com um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário (63,4%) e estando 11,2% desempregados. O tabaco era consumido diariamente ou ocasionalmente por 28,3% da população masculina e por 16,4% da população feminina, observando- se a prevalência mais elevada no grupo etário entre os 25 e os 34 anos (45,6% nos homens e 25,1% nas mulheres) e a mais baixa no grupo etário entre os 65 e os 74 anos (10,8% nos homens e 2,5% nas mulheres). A Região Autónoma dos Açores (RAA) revelou prevalências mais elevadas nos homens (42,8%) e a região do Algarve nas mulheres (22,2%), independentemente da idade. Nas mulheres o consumo de tabaco aumentava com a escolaridade, enquanto nos homens era mais prevalente nos grupos com escolaridade intermédia (2º ou 3º ciclo do ensino básico), independentemente da idade. Os desempregados apresentavam as prevalências mais elevadas em qualquer dos sexos (43,0% nos homens e 27,0% nas mulheres). A exposição ao fumo ambiental do tabaco afetava 12,8% da população, sendo mais frequente entre os homens (14,9% vs 10,8%), na RAA (21,0%), na população com o 2º ou o 3º ciclo do ensino básico (16,6%) e nos desempregados (17,0%). Cerca de um terço (33,8%) da população masculina referiu binge drinking, valor muito superior ao estimado para o sexo feminino (5,3%). Este tipo de consumo era mais prevalente no grupo etário mais jovem, tanto nos homens (51,9%) como nas mulheres (13,7%), diminuindo com a idade. A região do Alentejo e a Região Autónoma da Madeira (RAM) apresentavam as prevalências mais elevadas em qualquer dos sexos (homens: 51,6% e 49,9%; mulheres: 11,3% e 10,8%, respetivamente). A escolaridade mais elevada estava associada a uma maior prevalência deste tipo de comportamento (42,4% nos homens e 9,5% nas mulheres), independentemente da idade, sendo igualmente mais elevada a prevalência entre os homens profissionalmente ativos (41,0%) e entre as mulheres desempregadas (7,7%). O sedentarismo nos tempos livres afetava 44,8% da população, com prevalência mais alta nas mulheres (48,5% vs 40,6%), no grupo etário entre os 55 e os 64 anos de idade (46,9%), na RAA (52,5%), na população com menor escolaridade (51,6%) e desempregada (46,9%). Cerca de um terço da população (34,2%) referia praticar, pelo menos uma vez por semana, atividade física de forma a transpirar ou sentir cansaço, sendo esta prevalência mais elevada no sexo masculino (39,7%) e no grupo etário mais jovem (47,1%), diminuindo depois com a idade até 20,8% no grupo entre os 65 e os 74 anos de idade. A prevalência mais elevada de exercício físico de lazer (40,3%) observou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), assim como na população com ensino superior (49,6%) e profissionalmente ativa (38,4%). Em 2015, 79,3% e 73,3% dos inquiridos consumiam diariamente fruta (excluindo sumos) e legumes ou vegetais (incluindo sopa), respetivamente. Estes valores eram mais elevados no sexo feminino (83,7% vs 74,4%, no caso do consumo de fruta e 80,1% vs 65,8%, no caso do consumo de legumes ou vegetais). O grupo etário mais jovem (25 a 34 anos) apresentava a menor prevalência de consumo diário de fruta (68,7%) e de legumes e vegetais (62,8%), aumentando estas prevalências com a idade. As prevalências mais baixas relativas ao consumo diário de fruta e de legumes ou vegetais foram observadas na RAA (69,1% e 57,7%, respetivamente) e as mais elevadas na região do Alentejo (85,5%) para o consumo de fruta e na região Centro (80,0%) para o consumo de legumes ou vegetais, posições relativas que não se alteraram após padronização para a idade. A população com escolaridade mais elevada apresentava prevalências mais elevadas relativas ao consumo de fruta (81,5%) e ao consumo de legumes e vegetais (80,0%). A população desempregada tinha as menores prevalências destes consumos (71,5% e 68,5%, respetivamente). Conclusões principais: A informação obtida pelo primeiro INSEF é representativa da população portuguesa a nível nacional e de cada uma das suas 7 regiões e utilizou os métodos estabelecidos pelo European Health Examination Survey (EHES). O processo de inquérito envolveu desde o início a rede formada pelas 7 Regiões de Saúde de Portugal, o INSA, órgão do Ministério da Saúde e o INSP. No que se refere aos determinantes de saúde são de realçar as elevadas frequências de sedentarismo nos tempos livres (44,8%), o binge drinking, reportado por 33,8% da população masculina, e a exposição ao fumo ambiental do tabaco, que afetava 12,8% da população. A identificação de grupos com indicadores de saúde distribuídos de forma diferente a nível regional, ou nos subgrupos populacionais analisados, fornecem informação útil na priorização das intervenções e na quantificação de potenciais ganhos de saúde, como a população mais idosa, menos escolarizada ou desempregada que surgem, de modo geral, com indicadores de saúde mais desfavoráveis.
- 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): Estado de SaúdePublication . Barreto, Marta; Gaio, Vânia; Kislaya, Irina; Antunes, Liliana; Rodrigues, Ana Paula; Silva, Ana Clara; Vargas, Patrícia; Prokopenko, Tamara; Santos, Ana João; Namorado, Sónia; Gil, Ana Paula; Alves Alves, Clara; Castilho, Emília; Cordeiro, Eugénio; Dinis, Ana; Nunes, Baltazar; Matias Dias, CarlosA importância da informação obtida através de inquéritos de saúde com exame físico realizados a amostras probabilísticas da população, de que o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é exemplo, deriva da utilização de métodos e instrumentos que resultam em informação com maior validade do que a reportada apenas pelos inquiridos. O acolhimento da proposta do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP) para um primeiro INSEF em Portugal, como parte integrante do Projeto pré-definido pelo Programa Iniciativas em Saúde Pública, financiado pelo mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a posterior parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Pública NIPH, e a colaboração com todas as regiões nacionais, constituem as fundações que permitiram a realização deste primeiro INSEF. No presente relatório, são apresentados os resultados relativos ao estado de saúde da população residente em Portugal com idade entre os 25 e os 74 anos em 2015.
- 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): relatório metodológicoPublication . Santos, Ana João; Gil, Ana Paula; Kislaya, Irina; Antunes, Liliana; Barreto, Marta; Namorado, Sónia; Gaio, Vânia; Nunes, Baltazar; Dias, Carlos MatiasO Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), parte integrante do projeto “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal. Towards reduced inequalities, improved health, and bilateral cooperation”, constitui o núcleo central e principal do Projeto Pré-definido do Programa Iniciativas em Saúde Pública das EEA Grants. Este projeto foi coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, e contou com a parceria do Instituto Norueguês de Saúde Pública (INSP) e com a colaboração institucional das Administrações Regionais de Saúde (ARS) e das Secretarias Regionais de Saúde (SRS) das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. A finalidade do INSEF é a de contribuir para melhorar a Saúde Pública e reduzir as desigualdades em saúde na população residente em Portugal, através da produção, disponibilização e comunicação de informação epidemiológica de elevada qualidade sobre o estado de saúde, determinantes de saúde e utilização de cuidados de saúde da população portuguesa. O estudo epidemiológico observacional, transversal, de prevalência teve como população-alvo todos os indivíduos com idade compreendida entre os 25 e os 74 anos, residentes em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira há mais de 12 meses antes da data da entrevista, não-institucionalizados e que falem a língua portuguesa. A seleção dos participantes do INSEF foi feita por amostragem probabilística, por grupos em duas etapas, estratificada por região e tipologia de área urbana (TIPAU). Numa primeira etapa, em cada região foram selecionadas aleatoriamente as unidades primárias de amostragem (PSU), com probabilidade de seleção proporcional à dimensão da população residente com idade elegível. Em cada unidade primária de amostragem foram selecionados, numa segunda etapa, por amostragem aleatória simples, a partir das listas de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os indivíduos que constituem as unidades secundárias de amostragem (SSU). Após a seleção e recrutamento dos participantes, a sua observação consistiu na recolha de informação sobre características sociodemográficas, estado de saúde, doença e incapacidade, determinantes de saúde e fatores de risco, cuidados de saúde preventivos e utilização de cuidados de saúde. Para este efeito, o inquérito incluiu três componentes: o exame físico, com medição da tensão arterial, da altura, do peso e dos perímetros da cintura e da anca; a colheita de sangue para determinação do perfil lipídico, da hemoglobina glicosilada (HbA1c) e do hemograma, sem fórmula leucocitária; e uma entrevista com aplicação de um questionário geral de saúde. Todos estes procedimentos foram implementados de acordo com as recomendações do Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico (EHES). O INSEF como processo englobou várias etapas após a fase inicial de concepção, planeamento e financiamento que decorreu entre 2012 e 2013, tendo implicado um planeamento estratégico de cada fase. Este planeamento incluiu a definição e implementação prévia de um conjunto de métodos de avaliação e de monitorização que asseguraram de forma contínua a qualidade dos dados em todo o processo de recolha, tal como a criação de manuais de procedimentos, a formação harmonizada para todas as equipas de campo, o controlo estatístico da qualidade das medições obtidas e a participação dos laboratórios regionais no Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade do INSA. Durante a fase de validação da base de dados e de análise dos dados foram desenhados e implementados métodos e procedimentos para a garantia da maior qualidade dos dados registados, da base de dados alvo da análise e da própria análise estatística. A fase preparatória da implementação do INSEF decorreu durante os anos 2013 e 2014, tendo o trabalho de campo sido realizado durante o ano de 2015. O INSEF foi implementado com sucesso em todas as regiões de saúde de Portugal Continental e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. No total, foram selecionados aleatoriamente 12289 indivíduos, tendo sido enviada uma carta-convite aos 12098 que apresentavam contactos na base de dados. Destes, 7784 eram elegíveis, 1090 não elegíveis e 3224 possuíam elegibilidade desconhecida, resultando numa taxa de contacto a nível nacional de 69,5%. Dos 7802 elegíveis, participaram efetivamente 4911 indivíduos, traduzindo-se numa taxa de cooperação de 62,9% e numa taxa de participação de 43,9%. Dos 4911 participantes, a totalidade realizou o exame físico e a entrevista, foi possível colher uma amostra de sangue a 4859 (98,9%) e 4852 realizaram as análises clínicas (98,7%). Como primeiro inquérito geral de saúde, com exame físico e recolha de sangue, de âmbito nacional, realizado em Portugal de acordo com as recomendações do Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico, o INSEF contribuiu de forma decisiva para capacitar as equipas nacionais e regionais para a realização de inquéritos deste tipo, bem como para cumprir a recomendação europeia de aumentar a qualidade, comparabilidade e acesso a informação de saúde de elevada qualidade. Neste contexto, o presente relatório tem como objetivo descrever, de forma sumária, os materiais e métodos definidos e utilizados, assim como a implementação do INSEF.
- 1st Workshop on Human Biomonitoring in Portugal "Briding Chemical Exposure to Human Health": Programme and Abstract BookPublication . Namorado, Sónia; Assunção, Ricardo; Silva, Maria João; Louro, Henriqueta; Alvito, Paula; Lavinha, João; Dias, Carlos; Albuquerque, José Maria; Moura, Isabel; Borges, Teresa; Cavaleiro, Rita; Abrantes, Marta; Núncio, TeresaThe 1st Human Biomonitoring Workshop in Portugal aims to bring together stakeholders, researchers and regulators to discuss the contribution of HBM to health and environmental policies and human health risk assessment; inform experts and stakeholders about key aspects, structure and activities of the HBM4EU project; share the achievements of the first year of the Portuguese participation in the HBM4EU project.
- 2015/16 I-MOVE/I-MOVE+ multicentre case control study in Europe: moderate vaccine effectiveness estimates against influenza A(H1N1)pdm09 and low estimates against lineage mismatched influenza B among childrenPublication . Kissling, Esther; Valenciano, Marta; Pozo, Francisco; Vilcu, Ana-Maria; Reuss, Annicka; Rizzo, Caterina; Larrauri, Amparo; Horváth, Judit Krisztina; Brytting, Mia; Domegan, Lisa; Korczyńska, Monika; Meijer, Adam; Machado, Ausenda; Ivanciuc, Alina; Višekruna Vučina, Vesna; van der Werf, Sylvie; Schweiger, Brunhilde; Bella, Antonino; Gherasim, Alin; Ferenczi, Annamária; Zakikhany, Katherina; O Donnell, Joan; Paradowska-Stankiewicz, Iwona; Dijkstra, Frederika; Guiomar, Raquel; Lazar, Mihaela; Kurečić Filipović, Sanja; Johansen, Kari; Moren, Alain; I-MOVE/I-MOVE+ study teamBackground:During the 2015/16 influenza season in Europe, the co-circulating influenza viruses were A(H1N1)pdm09 and B/Victoria, which was antigenically distinct from the B/Yamagata component in the trivalent influenza vaccine. Methods:We used the test negative design in a multicentre case–control study in twelve European countries to measure 2015/16 influenza vaccine effectiveness (VE) against medically-attended influenza-like illness (ILI) laboratory-confirmed as influenza. General practitioners swabbed a systematic sample of consulting ILI patients ainfluenza Vaccinend a random sample of influenza positive swabs were sequenced. We calculated adjusted VE against influenza A(H1N1)pdm09, A(H1N1)pdm09 genetic group 6B.1 and influenza B overall and by age group. Results: We included 11,430 ILI patients, of which 2272 were influenza A(H1N1)pdm09 and 2901 were influenza B cases. Overall VE against influenza A(H1N1)pdm09 was 32.9% (95% CI: 15.5-46.7). Among those aged 0–14, 15–64 and ≥65 years VE against A(H1N1)pdm09 was 31.9% (95% CI: -32.3-65.0), 41.4% (95%CI: 20.5-56.7) and 13.2% (95% CI: -38.0-45.3) respectively. Overall VE against influenza A(H1N1)pdm09 genetic group 6B.1 was 32.8% (95%CI: -4.1-56.7). Among those aged 0–14, 15–64 and ≥65 years VE against influenza B was -47.6% (95%CI: -124.9-3.1), 27.3% (95%CI: -4.6-49.4), and 9.3% (95%CI: -44.1-42.9) respectively. Conclusions: VE against influenza A(H1N1)pdm09 and its genetic group 6B.1 was moderate in children and adults, and low among individuals ≥65 years. VE against influenza B was low and heterogeneous among age groups. More information on effects of previous vaccination and previous infection are needed to understand the VE results against influenza B in the context of a mismatched vaccine.
- 2015/16 seasonal vaccine effectiveness against hospitalisation with influenza A(H1N1)pdm09 and B among elderly people in Europe: results from the I-MOVE+ projectPublication . Rondy, Marc; Larrauri, Amparo; Casado, Itziar; Alfonsi, Valeria; Pitigoi, Daniela; Launay, Odile; Syrjänen, Ritva K; Gefenaite, Giedre; Machado, Ausenda; Vučina, Vesna Višekruna; Horváth, Judith Krisztina; Paradowska-Stankiewicz, Iwona; Marbus, Sierk D; Gherasim, Alin; Díaz-González, Jorge Alberto; Rizzo, Caterina; Ivanciuc, Alina E; Galtier, Florence; Ikonen, Niina; Mickiene, Aukse; Gomez, Veronica; Kurečić Filipović, Sanja; Ferenczi, Annamária; Korcinska, Monika R; van Gageldonk-Lafeber, Rianne; I-MOVE+ hospital working group; Valenciano, MartaWe conducted a multicentre test-negative case-control study in 27 hospitals of 11 European countries to measure 2015/16 influenza vaccine effectiveness (IVE) against hospitalised influenza A(H1N1)pdm09 and B among people aged ≥ 65 years. Patients swabbed within 7 days after onset of symptoms compatible with severe acute respiratory infection were included. Information on demographics, vaccination and underlying conditions was collected. Using logistic regression, we measured IVE adjusted for potential confounders. We included 355 influenza A(H1N1)pdm09 cases, 110 influenza B cases, and 1,274 controls. Adjusted IVE against influenza A(H1N1)pdm09 was 42% (95% confidence interval (CI): 22 to 57). It was 59% (95% CI: 23 to 78), 48% (95% CI: 5 to 71), 43% (95% CI: 8 to 65) and 39% (95% CI: 7 to 60) in patients with diabetes mellitus, cancer, lung and heart disease, respectively. Adjusted IVE against influenza B was 52% (95% CI: 24 to 70). It was 62% (95% CI: 5 to 85), 60% (95% CI: 18 to 80) and 36% (95% CI: -23 to 67) in patients with diabetes mellitus, lung and heart disease, respectively. 2015/16 IVE estimates against hospitalised influenza in elderly people was moderate against influenza A(H1N1)pdm09 and B, including among those with diabetes mellitus, cancer, lung or heart diseases.
- 3rd HBM-PT Workshop on Human BioMonitoring in Portugal - earlyMYCO: assessing the risk associated to early-life exposure to mycotoxins: Book of abstractsPublication . Assunção, Ricardo; Alvito, Paula; Ferreira, M.; Bastos, P.; Nunes, C.; De Boevre, Marthe; Duarte, E.; Nunes, B.; Namorado, S.; Silva, S.; Pires, S.; Martins, C.Livro de resumos do 3rd HBM-PT Workshop on Human BioMonitoring in Portugal sob o tema “Risk Assessment”, abrangendo trabalhos em torno das seguintes temáticas: Exposição a produtos químicos e efeitos na saúde humana; Influência da mudança do ambiente na exposição humana a produtos químicos; Integração de dados de monitorização humana e ambiental; Tradução dos dados de biomonitorização humana em ações regulamentares sobre saúde humana e ambiental. O evento pretende reunir investigadores, representantes de instituições reguladoras e restantes stakeholders, promovendo o debate sobre a aplicação da biomonitorização humana nas políticas de saúde e ambiente, bem como na avaliação de risco para a saúde e possibilitando a apresentação de resultados, na forma de comunicações orais e/ou e-posters. Este workshop é organizado pela National Hub portuguesa em Biomonitorização Humana, constituída no âmbito do programa europeu conjunto HBM4EU - European Human Biomonitoring Initiative (https://www.hbm4eu.eu/), da qual fazem parte a FCT, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e a Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Lisboa.
- À descoberta dos avósPublication . Departamento de EpidemiologiaApresentação de atividade relativa aos determinantes para o envelhecimento ativo no decorrer da semana aberta proposta pelo INSA, IP em 2012.
