Browsing by Author "Sousa-Uva, Mafalda"
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- Anthropometric Indices and Cardiovascular Risk: A Cross-Sectional Study in PortugalPublication . Santos, Maria; Sousa-Uva, Mafalda; Namorado, Sónia; Gonçalves, Teresa; Matias Dias, Carlos; Gaio, VâniaIntroduction: The relationship between abdominal obesity and cardiovascular risk is well established. The objective of this study was to determine the best anthropometric index to assess cardiovascular risk in the Portuguese population aged 40-69 years. Materials and methods: Data from the 1st National Health Examination Survey 2015 were used. The analyzed anthropometric indices included Body Mass Index (BMI), Waist Circumference (WC), Waist-to-Height Ratio (WHtR), Waist-to-Hip Ratio (WHR), and A Body Shape Index (ABSI). The subsample consisted of 2780 individuals who met the inclusion criteria: aged 40-69 years, not pregnant, available information on sex, age, smoking status, systolic blood pressure, total cholesterol, high-density lipoprotein cholesterol, and anthropometric measures (weight, height, WC, hip circumference). Individuals receiving cancer treatment were not included in the study. Those with a previous diagnosis of acute myocardial infarction, stroke, diabetes, chronic kidney disease, or undergoing medication therapy for these conditions were excluded from the analysis due to their already high or very high cardiovascular risk, being the use of SCORE2 inappropriate. The area under the curve (AUC) of the receiver operating characteristic (ROC) was calculated, stratified by sex, to determine the best index for assessing cardiovascular risk. Results: In females, WHR exhibited the highest discriminatory power with an AUC of 0.67 (95% CI: 0.63 to 0.71), closely followed by WHtR with an AUC of 0.66 (95% CI: 0.61 to 0.70) and ABSI with an AUC of 0.65 (95% CI: 0.60 to 0.70). In males, WHtR displayed the highest discriminatory power with an AUC of 0.64 (95% CI: 0.59 to 0.68), closely followed by WHR with an AUC of 0.63 (95% CI: 0.58 to 0.67), and WC had an AUC of 0.62 (95% CI: 0.57 to 0.67). Discussion: Previous research has produced diverse findings regarding the choice of anthropometric indices, with variations across genders. In the present study the AUC values for the analyzed indices encountered for both genders had overlapping confidence intervals, indicating no statistically significant difference in predictive power. Conclusion: In women, the best index was WHR, and in men it was WHtR. However, due to a lack of statistical significance, it was not possible to determine which index had the best predictive ability. Nevertheless, this doesn't invalidate the previously well-established link between abdominal obesity and cardiovascular risk. Cardiovascular disease has a multifactorial etiology, and attempting to find only one variable that predicts the risk of a cardiovascular event can be overly simplistic and limiting.
- Association between area- and individual-level socio-economic factors with glycated haemoglobin-Evidence from a Portuguese population-based studyPublication . Sousa-Uva, Mafalda; Barreto, Marta; Roquette, Rita; Matias-Dias, Carlos; Ribeiro, Rogério; Boavida, José Manuel; Nunes, BaltazarAims: This study aims to estimate the associations between area-level deprivation and individual-level socio-economic factors, as well as their interaction, with glycated haemoglobin (HbA1c ) levels. Methods: We conducted a gamma multilevel regression analysis using individual-level data from the Portuguese National Health Examination Survey and a deprivation index built through factor analysis, at municipality level, with census variables. Results: Living in a municipality with high material deprivation and having a low level of education were independently associated with an increase of 2.3% (95% confidence interval [CI] 0.6, 4.0) and of 1.6% (95% CI 0.6, 2.7) in the mean levels of HbA1c , respectively. The interaction between area material deprivation and individual-level education was not associated with the levels of HbA1c (0.5%, 95% CI -1.3, 2.3). Conclusions: Our findings support the collective resources model that argues that people in less deprived areas have better health because there are more collective resources. The results suggest that to reduce socio-economic inequalities associated with the levels of HbA1c and, consequently, with diabetes, will require attention to the area material deprivation and individual-level education. Upstream social determinants of health are thus highlighted.
- Atividade física na população portuguesa em 2014: adesão às recomendações da OMSPublication . Santos, Joana; Sousa-Uva, Mafalda; Antunes, Liliana; Dias, Carlos MatiasEstá bem documentado que a Atividade Física (AF) pode melhorar a saúde dos indivíduos, pelo que pode desempenhar um papel fundamental em programas de saúde pública. Contudo, a extensão de benefícios em saúde depende de fatores como o nível de intensidade e frequência com que é realizada. Segundo a OMS, ganhos adicionais em saúde podem ocorrer de uma prática de 150 minutos de atividade moderada ou 75 de atividade intensa, ou ambos, ao longo da semana. Assim, é de interesse caracterizar a população que, apesar de fisicamente ativa, não atinge os níveis de AF recomendados. Esta informação permitirá ajustar programas de saúde pública a esta população.
- Contributo para o estudo dos efeitos da passagem à situação (e idade) de reforma na frequência das principais doenças crónicas em PortugalPublication . Sousa-Uva, Mafalda; Dias, Carlos Matias[PT] Introdução: A transição para a reforma é um acontecimento que pode acarretar alterações suscetíveis de afetar o estado de saúde. Vários estudos têm investigado os efeitos da reforma no estado de saúde, embora poucos o tenham investigado, especificamente, nas doenças crónicas. As recentes políticas de aumento da idade de reforma, assim como a ausência de consenso sobre os efeitos da reforma na saúde, atribuem-lhe ainda maior importância. Constituem objetivos do presente estudo quantificar a associação entre a Passagem à situação de reforma (e idade de reforma) e a frequência de cada uma das principais doenças crónicas, no sentido dos efeitos da reforma nestes indicadores de saúde (doença respiratória crónica, diabetes, doença cardiovascular, AVC, depressão e cancro). Material e Métodos: Desenvolveu-se um estudo transversal, no qual foram analisados os dados provenientes das amostras representativas da população portuguesa SHARE 2011 e ECOS 2013. As associações foram quantificadas através do cálculo do Odds ratio por Regressão Logística Binária com avaliação do confundimento e modificação de efeito. As variáveis de doença crónica foram medidas por auto-reporte. Foram considerados os reformados que se encontrassem em processo de reforma (ou seja, reformados há 5 anos ou menos) e que não se tivessem reformado por doença. Resultados: A reforma não se encontrou significativamente associada a nenhuma das doenças crónicas consideradas, excetuando-se: i) o cancro (na amostra ECOS), para o qual foi fator protetor; ii) e a doença cardiovascular (na amostra SHARE), para a qual teve um efeito prejudicial, mas apenas em não hipertensos. A reforma em idade antecipada pareceu encontrar-se associada a um pior estado de saúde, relativamente à reforma em idade legal (ou após). Tal observou-se no Cancro (nas amostras ECOS e SHARE), na Diabetes (na amostra SHARE), e no AVC em pessoas sem Doença Cardiovascular (na amostra SHARE). Pelo contrário, em pessoas com Doença Cardiovascular a reforma antecipada pareceu constituir um fator protetor. Discussão e conclusões: As diferenças observadas nos resultados entre amostras poderão, entre outros, atribuir-se às diferentes populações em estudo, dimensões amostrais e desenhos de amostragem. Os resultados obtidos não são muito diferentes dos que têm sido descritos na bibliografia, ainda que haja um número reduzido de estudos sobre esta matéria. Indicam que, eventualmente, as recentes alterações de aumento da idade de reforma poderão expandir o grupo de pessoas que se reformam antecipadamente, podendo resultar, eventualmente, num aumento da prevalência de doenças crónicas na população portuguesa. Os mecanismos através dos quais a reforma poderá influenciar a ocorrência de doenças crónicas permanecem por explicar, embora os seus principais fatores de risco pareçam representar importantes modificadores de efeito.
- Crise económica em Portugal: evolução da incidência de depressão e correlação com o desempregoPublication . Laplanche Coelho, Inês; Sousa-Uva, Mafalda; Pina, Nuno; Marques, Sara; Matias-Dias, Carlos; Rodrigues, Ana PaulaIntrodução: Estudos anteriores verificaram um aumento da taxa de incidência de depressão entre 2007 e 2013 em Portugal, a qual se correlacionou positivamente com a taxa de desemprego, nomeadamente, em homens. Tal facto levantou a hipótese desse aumento se encontrar relacionado com a situação de crise económica à data. No sentido de testar esta hipótese, este estudo teve como objetivo investigar se a correlação entre taxa de desemprego e incidência de depressão se manteve no período de recuperação económica pós-crise em Portugal (2016 – 2018). Material e Métodos: Realizou-se um estudo ecológico, utilizando dados da rede Médicos Sentinela relativos à incidência de depressão (primeiros episódios e recidiva) e dados do Instituto Nacional de Estatística sobre a taxa de desemprego na população portuguesa. O coeficiente de correlação foi estimado através de regressão linear e os resultados foram desagregados por sexo. Resultados: Entre 2016 e 2018, verificou-se um decréscimo consistente da incidência de depressão em ambos os sexos. Durante o período 1995 – 2018, observou-se uma correlação positiva entre desemprego e depressão, sendo o seu coeficiente de 0,833 (p = 0,005) nos homens e de 0,742 (p = 0,022) nas mulheres. Discussão: A redução da taxa de incidência de depressão em ambos os sexos, observada entre 2016 e 2018, corrobora a existência da correlação positiva entre desemprego e depressão na população portuguesa, observada anteriormente em 2007 – 2013. Conclusão: Este estudo reforça a necessidade de monitorização da ocorrência de doença mental na população portuguesa, em especial em momentos de maior vulnerabilidade social, para instituição de medidas preventivas como forma de mitigar o impacto de futuras crises económicas.
- Depression and unemployment incidence rate evolution in Portugal, 1995-2013: General Practitioner Sentinel Network dataPublication . Rodrigues, Ana Paula; Sousa-Uva, Mafalda; Fonseca, Rita; Marques, Sara; Pina, Nuno; Matias-Dias, CarlosOBJECTIVE: Quantify, for both genders, the correlation between the depression incidence rate and the unemployment rate in Portugal between 1995 and 2013. METHODS: An ecological study was developed to correlate the evolution of the depression incidence rates estimated by the General Practitioner Sentinel Network and the annual unemployment rates provided by the National Statistical Institute in official publications. RESULTS: There was a positive correlation between the depression incidence rate and the unemployment rate in Portugal, which was significant only for males (R2 = 0.83, p = 0.04). For this gender, an increase of 37 new cases of depression per 100,000 inhabitants was estimated for each 1% increase in the unemployment rate between 1995 and 2013. CONCLUSIONS: Although the study design does not allow the establishment of a causal association between unemployment and depression, the results suggest that the evolution of unemployment in Portugal may have had a significant impact on the level of mental health of the Portuguese, especially among men.
- Desemprego e depressão na população portuguesa - Existirá alguma relação em tempos de crise?Publication . Rodrigues, Ana Paula; Marques, Sara; Pina, Nuno; Sousa-Uva, Mafalda; Fonseca, Rita Carvalho; Dias, Carlos MatiasO desemprego tem sido associado a alterações negativas do estado de saúde dos indivíduos e à adoção de estilos de vida menos saudáveis. Apesar desta associação ter sido amplamente estudada, a Organização Mundial de Saúde refere que o desafio atual passa por conhecer e monitorizar o impacto que a crise económica e social poderá ter na saúde das populações, em cada país em particular, de modo a identificar os indivíduos mais suscetíveis durante os períodos de crise. Estudos anteriores revelam um maior risco de depressão no sexo masculino em épocas de crise. Partindo desta hipótese, este estudo pretende quantificar, em ambos os sexos, a correlação entre a taxa de incidência de depressão e a taxa de desemprego em Portugal entre 1995 e 2013.
- Desemprego e depressão na população portuguesa: Existirá alguma relação em tempo de crise?Publication . Marques, Sara; Rodrigues, Ana Paula; Pina, Nuno; Sousa-Uva, Mafalda; Dias, Carlos MatiasConhecer e monitorizar o impacto que a crise económica e social poderá ter saúde das populações, em cada país em particular; Identificar os indivíduos mais suscetíveis durante os períodos de crise.
- Desemprego e depressão na população portuguesa: existirá alguma relação em tempo de crise?Publication . Marques, Sara; Rodrigues, Ana Paula; Pina, Nuno; Sousa-Uva, Mafalda; Dias, Carlos MatiasIntrodução: Na generalidade, é reconhecida a existência da relação entre a crise e medidas de austeridade com o desenvolvimento de problemas de saúde mental . Porém, a Organização Mundial de Saúde refere que o principal desafio passa por conhecer o impacte da crise na saúde das populações de cada país em particular. Estudos anteriores realizados em Portugal observaram uma correlação positiva entre a taxa de desemprego e a taxa de incidência de depressão no sexo masculino, tendo-se colocado a hipótese que o aumento da taxa de depressão observado em Portugal, nos últimos anos, possa estar relacionado com o recente período de crise económica. O presente estudo tem como objetivo verificar se a correlação encontrada anteriormente se mantém após inclusão dos valores da taxa de desemprego e depressão de 2016 (ano a partir de qual se observou uma melhoria nos indicadores socioeconómicos nacionais). Metodologia: Desenvolveu-se um estudo ecológico no qual se correlacionou a taxa de desemprego, disponível a partir das estatísticas oficiais, com a taxa de incidência de depressão, estimada pela Rede Médicos-Sentinela, por sexo, nos anos 1995, 1996, 1997, 2004, 2012, 2013 e 2016. A associação entre o desemprego e a taxa de incidência de depressão foi quantificada através da aplicação de regressão linear, com estratificação por sexo. Resultados: Verificou-se um aumento acentuado da taxa de incidência de depressão em ambos os sexos, a partir do ano de 2004. O sexo feminino apresentou, em todos os anos, taxas de incidência mais elevadas. Observou-se uma maior correlação entre o desemprego e a depressão no sexo masculino (R2= 0,83, p= 0,02) relativamente ao sexo feminino (R2= 0,71, p= 0,07). Tal indica que, no sexo masculino, as taxas de incidência de depressão mais elevadas se observaram nos anos com níveis mais elevados de desemprego, verificando-se um aumento de 38 casos de depressão por 100.000 habitantes por cada aumento de 1 % na taxa de desemprego. Discussão: Os resultados do presente estudo corroboram aqueles obtidos anteriormente por este grupo de investigação, que indicam um maior risco de desenvolvimento de problemas mentais nos homens em situação de crise, verificando-se serem também concordantes com outros estudos europeus.
- Efeitos da passagem à situação de reforma na Doença Cardiovascular – Um estudo na amostra SHARE 2011Publication . Sousa-Uva, Mafalda; Nunes, Baltazar; Fonseca, António; Sousa-Uva, António; Dias, Carlos MatiasIntrodução: Vários estudos têm investigado os efeitos da reforma no estado de saúde, embora poucos o tenham investigado, especificamente, nas doenças crónicas. As recentes políticas de aumento da idade de reforma atribuem-lhe elevada importância. Constituem objetivos do presente estudo quantificar a associação entre a passagem à situação de reforma e a frequência de doença cardiovascular. Material e Métodos: Desenvolveu-se um estudo transversal, com análise dos dados do Survey of Health Ageing and Retirement in Europe (SHARE) 2011. As associações foram quantificadas por Regressão Logística Binária com avaliação do confundimento e modificação de efeito. A variável doença cardiovascular foi medida por auto-reporte. Foram considerados os reformados que se encontrassem em processo de reforma (reformados há 5 anos ou menos) e que não se tivessem reformado devido a doença. Resultados: A passagem à reforma não se encontrou significativamente associada à doença cardiovascular, embora a hipertensão arterial tenha representado um modificador de efeito. Apesar do resultado não ser significativo, em não hipertensos a reforma pareceu representar um factor de risco (OR: 5,08; IC95% 0,97-26,68) e, em hipertensos, um factor protector (OR: 0,28; IC95% 0,07-1,07). Discussão: A ausência de significado estatístico pode dever-se à diminuição do poder estatístico e efeito de sobre-ajustamento dos modelos. Se assim for, os resultados encontram-se concordantes com a bibliografia, ainda que haja um número reduzido de estudos sobre esta matéria e nenhum conhecido tenha investigado a modificação de efeito pela hipertensão arterial, a qual se sugere que se possa encontrar associada, eventualmente, à exposição a stressores profissionais. Conclusão: A reforma não se encontrou significativamente associada à doença cardiovascular, embora a hipertensão arterial pareça representar um importante modificador de efeito.
