Browsing by Author "Nicolau, Rita"
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- Avaliação do Impacte da Poluição Atmosférica na Saúde: Uma aplicação aos concelhos de Matosinhos, Maia, Valongo e LisboaPublication . Nicolau, Rita; Machado, AusendaEste estudo visou a estimação de efeitos na mortalidade e no internamento hospitalar diário ocasionados pela exposição de curto prazo a diversos poluentes atmosféricos, nomeadamente, partículas em suspensão na atmosfera com dimensão inferior a 10 μm (PM10), dióxido de azoto (NO2), dióxido de enxofre (SO2), ozono (O3) e monóxido de carbono (CO). O impacte de cada poluente sobre a mortalidade e sobre os internamentos foi avaliado em três concelhos da Área Metropolitana do Porto (Maia, Valongo e Matosinhos), e no concelho de Lisboa com base em dados relativos ao período 2000-2004 (mortalidade) e 2000-2007 (internamentos hospitalares). Metodologia: Os modelos identificados para cada concelho, procuraram investigar a possível associação existente entre a mortalidade diária, ou os internamentos hospitalares diários, e a concentração média diária de cada poluente, com controlo de aspectos temporais (tais como, o dia, ano, mês, semestre, feriados e fins de semana) e de efeitos ocasionados por variáveis de confundimento e/ou modificadoras (tais como, a temperatura atmosférica e períodos de actividade gripal sazonal). Para modelar esta associação utilizaram-se regressões de Poisson desenvolvidas a partir de Modelos Aditivos Generalizados (GAM). As contagens diárias de óbitos e de internamentos hospitalares (decorrentes de admissões às urgências) foram inicialmente agregadas por concelhos de residência dos indivíduos. A análise destes eventos foi estratificada pelos seguintes grupos de doença: i. todas as causas excepto causas externas, ii. doenças do aparelho circulatório, iii. doenças do aparelho respiratório. As estimativas do efeito de cada poluente foram expressas em termos do risco relativo (de morte ou de internamento hospitalar) atribuível a um incremento de 10 µg/m3 na concentração diária do poluente. Resultados: O presente estudo comprovou que os poluentes atmosféricos analisados (PM10, NO2, SO2, O3 e CO) tiveram efeitos estatisticamente significativos na mortalidade e no internamento hospitalar dos residentes nos concelhos estudados (Matosinhos, Maia, Valongo e Lisboa). Os efeitos identificados correspondem a acréscimos do número médio diário de óbitos ou de internamentos. Observou-se que os efeitos na saúde foram substancialmente maiores nas doenças dos aparelhos respiratório e circulatório do que no total de doenças. Em cada grupo de doença, verificou-se a existência de maiores riscos de internamento na população jovem (≤14 anos), riscos intermédios para os idosos (≥65 anos) e menores riscos para a totalidade da população. Demonstrou-se que os efeitos na mortalidade na população com 65 e mais anos foram superiores aos estimados para a população geral. A investigação não permitiu contudo comprovar a existência de efeitos de maior magnitude na mortalidade de jovens, devido ao reduzido número de óbitos neste grupo etário.
- Concordância Geográfica de Riscos Extremos de Morte e de Internamento HospitalarPublication . Nicolau, Rita; Machado, Ausenda; Falcão, J MarinhoEste relatório compara a distribuição geográfica da mortalidade com a distribuição geográfica dos internamentos hospitalares verificados em Portugal Continental no período 2000-2004, para 9 grupos de doença pré-definidos, com vista à prossecução dos seguintes objectivos: -Identificação de localizações (grupos de concelhos) onde para a mesma causa, houve coexistência de elevado risco de morte e de elevado risco de internamento hospitalar para os respectivos residentes (ou onde se verificaram reduzidos riscos de morte e de internamento hospitalar); -Identificação de localizações (grupos de concelhos) onde para várias causas em simultâneo, existiu elevado risco de morte e elevado risco de internamento hospitalar para os respectivos residentes (ou onde se verificaram reduzidos riscos de morte e de internamento hospitalar).
- Consumo de tabaco na população portuguesa: análise dos dados do Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006Publication . Machado, Ausenda; Nicolau, Rita; Dias, Carlos MatiasO consumo de tabaco é um factor de risco importante para diversas doenças, em especial as do aparelho respiratório e do aparelho cardiovascular. A finalidade deste trabalho é a de contribuir para o conhecimento da epidemiologia da exposição ao tabaco na população portuguesa, através da análise dos dados obtidos pelo Inquérito Nacional de Saúde realizado entre 2005 e 2006. Neste trabalho a população portuguesa é caracterizada quanto à prevalência de fumadores, ex-fumadores e não-fumadores e, também, quanto à exposição e atitudes face ao fumo de tabaco. Estas características são desagregadas segundo o sexo, a idade, a região de residência, o estado civil, o grau de instrução e a condição perante o trabalho. Os resultados revelaram que 20,9% da população residente em Portugal (incluindo as regiões autónomas dos Açores e Madeira) era fumadora à data da entrevista (sexo masculino: 30,9%; sexo feminino: 11,8%), e que 18,7% fumava diariamente. Mais de metade dos homens fumava, ou já tinha fumado (56,9%), ao contrário das mulheres que, na grande maioria, nunca o tinha realizado (81,3%). Entre os homens, o grupo etário dos 35 aos 44 anos, tinha uma prevalência de fumadores diários (41,4%) superior à de não fumadores (33,6%). Já entre as mulheres, a prevalência de fumadoras diárias era sempre inferior à de não fumadoras, aumentando com a idade até ao grupo dos 35 a 44 anos de idade, onde atingia o valor máximo de 19,1%. Após remoção do efeito ocasionado pela diferente estrutura etária, a prevalência mais elevada de homens que fumavam diariamente foi observada na Região Autónoma dos Açores (31,0%) seguida do Alentejo (29,9%). Estas foram, aliás, as duas únicas regiões onde a prevalência de fumadores diários, padronizada para a idade, excedeu a prevalência de não fumadores, entre os homens. Já entre as mulheres, a prevalência mais elevada de consumo diário de tabaco ocorreu na Região de Lisboa e Vale do Tejo (15,4%) seguida do Algarve (12,8%). A relação entre o consumo diário de tabaco e o nível de escolaridade no sexo masculino, eliminado o efeito da diferente estrutura etária, revelou maiores prevalências nos indivíduos com menores níveis de instrução. A prevalência máxima de fumadores diários, de cerca de 28%, foi observada no grupo com menos de 5 anos de escolaridade completa e no grupo com 7 a 9 anos de escolaridade, decrescendo a partir daí até uma prevalência mínima de 20,3% naqueles com mais de 12 anos de escolaridade completada. Já no sexo feminino, excepção feita para o grupo com mais de 12 anos de escolaridade, a prevalência de mulheres que fumavam diariamente aumentava com o nível de instrução. Relativamente ao estado civil, observou-se que os indivíduos divorciados tinham as proporções padronizadas para a idade mais elevadas de consumo diário de tabaco em ambos os sexos (sexo masculino: 46,0%; sexo feminino: 21,4%).Quanto à situação perante o emprego, a proporção mais elevada de fumadores diários, padronizada para a idade, foi observada entre os desempregados em ambos os sexos (sexo masculino: 45,3%; sexo feminino: 21,8%). Na totalidade da população, a maior parte dos homens (60,5%) e das mulheres (76,8%) referiu ter estado pouco ou nenhum tempo da semana, exposto ao fumo do tabaco em espaços fechados. Já a fracção da população masculina que conviveu com o fumo alheio durante a maior parte do tempo ou durante a totalidade do tempo, foi ligeiramente superior (6,2%) do que a fracção feminina correspondente (4,2%). A quase totalidade (mais de 99%) dos fumadores regulares de ambos os sexos fumaram diariamente nas duas semanas anteriores à entrevista, sendo o cigarro a forma de consumo mais utilizada. Em média, os homens fumavam mais cigarros por dia (20 cigarros) do que as mulheres (13 cigarros). Este indicador destacou-se na Região Autónoma dos Açores, que evidenciou os consumos médios diários mais elevados (homens: 23 cigarros; mulheres: 16 cigarros). A proporção dos fumadores que reduziu o consumo de tabaco relativamente ao que consumia nos dois anos anteriores à entrevista, foi maior nas mulheres (17,1%) do que nos homens (14,8%). Por outro lado, a idade média de início de consumo de tabaco foi de 17 anos no sexo masculino e 18 anos no sexo feminino. À data do inquérito, cerca de metade (48,8%) dos fumadores diários já havia tentado deixar de fumar (mulheres: 50,1%; homens: 45,2%). A idade média de cessação do consumo de tabaco por parte dos ex-fumadores foi de 38 anos nos homens e de 29 anos nas mulheres. O receio de problemas de saúde foi o motivo mais frequentemente evocado pelos ex-fumadores e fumadores para deixar de fumar, ou tentar deixar de fumar (homens: 39,2%; mulheres: 32,4%). Quanto ao comportamento dos fumadores, os resultados indicaram que muitos (44,3% dos homens e 36,4% das mulheres) nunca evitam fumar na presença de não fumadores. Também, mais de metade dos não fumadores (68,8% dos homens e 67,8% das mulheres) referiram nunca pedir aos fumadores para evitar fumar na sua presença.
- Distribuição dos Internamentos Hospitalares em Portugal Continental: Agregação Geográfica e DeterminantesPublication . Nicolau, Rita; Machado, Ausenda; Falcão, J Marinho; Lira, MafaldaObjectivo(s): Investigação de clusters (concelhos agrupados) onde o risco de internamento hospitalar por grupos de causas se tenha diferenciado por excesso ou por defeito no território continental. Identificação das localizações do Continente onde, entre 2000 e 2004, coexistiu alto ou baixo risco de internamento hospitalar por mais do que uma causa. Identificação de factores explicativos do desigual risco de internamento hospitalar entre concelhos do Continente. Metodologia: Os indicadores adoptados para estudar o internamento hospitalar foram indicadores anuais médios (taxas de internamento padronizadas pela idade, diferenciadas por sexo) por concelhos de residência dos indivíduos. Os 9 grupos de doença abordados foram a totalidade das causas com exclusão das causas externas, as doenças do aparelho respiratório, as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias malignas e ainda algumas sub-causas que integram cada um daqueles grupos: pneumonia e gripe, doença pulmonar obstrutiva crónica, doença isquémica do coração, doenças cerebrovasculares e neoplasias malignas dos brônquios e dos pulmões. A identificação de clusters com elevado e com reduzido risco de internamento por cada causa, foi desenvolvida a partir da análise da auto-correlação espacial evidenciada pelas taxas de internamento hospitalar concelhias correspondentes a cada grupo de doença e sexo. A identificação de clusters comuns a várias causas de internamento foi realizada através de análise espacial desenvolvida em SIG. Os modelos de regressão linear testados viabilizaram a identificação de factores explicativos da desigual distribuição dos internamentos hospitalares associada a cada grupo de doença e sexo. Resultados: A análise desenvolvida colocou em evidência as localizações do Continente (grupos de concelhos) onde se observou elevado (ou reduzido) risco de internamento hospitalar por cada grupo de doença e por várias doenças em simultâneo. Sempre que possível, para cada grupo de doença e por sexo identificaram-se determinantes da variação concelhia do internamento hospitalar.
- Elder Abuse in Portugal: Findings From the First National Prevalence StudyPublication . Gil, Ana Paula; Kislaya, Irina; Santos, Ana João; Nunes, Baltazar; Nicolau, Rita; Fernandes, Ana AlexandreIn this study, we present findings of the Portuguese national prevalence study, “Aging and Violence,” the purpose of which was to estimate the prevalence of abuse and neglect of older people in family settings over a 12-month period and examine the relationship between abuse and sociodemographic and health characteristics. Through a telephone survey of a representative probability sample (N = 1,123), we evaluated 12 abusive behaviors and demographic data. Overall, 12.3% of older adults experienced elder abuse in family settings. The prevalence rates of specific types were as follows: psychological, 6.3%; financial, 6.3%; physical, 2.3%; neglect, 0.4%; and sexual, 0.2%. Logistic regression was employed to determine the relationship between abuse and covariates. The study suggests that education level, age, and functional status are significantly associated with abuse. Accurate estimates of the prevalence of elder abuse and understanding of victim and perpetrator characteristics are fundamental to designing effective strategies for prevention and intervention.
- Envelhecimento e Violência: resultados preliminares do inquérito telefónicoPublication . Gil, Ana Paula; Kislaya, Irina; Santos, Ana João; Nicolau, Rita
- Prevalência da violência contra as pessoas idosas: uma revisão crítica da literaturaPublication . Santos, Ana João; Nicolau, Rita; Fernandes, Ana Alexandre; Gil, Ana PaulaOs estudos de prevalência sobre a violência contra as pessoas idosas, em contexto familiar, desenvolvidos nas três últimas décadas, especialmente na Europa e países anglo-saxónicos, não são suficientemente esclarecedores, por insuficiências na definição dos modelos teóricos e nos conceitos operatórios. Neste artigo de revisão sistemática da literatura identifica-se a diversidade de definições e desenhos de investigação, com impacto inevitável nas variações das estimativas. Também a perceção da opinião pública europeia sobre o problema colide com os baixos valores estimados. Procurar-se-á refletir sobre as razões subjacentes a essas representações e refletir criticamente sobre as estimativas dos estudos de prevalência de base populacional.
- Projeto Envelhecimento e ViolênciaPublication . Gil, Ana Paula; Santos, Ana João; Nunes, Baltazar; Marques, Rita; Nicolau, Rita; Fernandes, Ana Alexandre; Gomes, Inês; Faria, Paula Lobato; Lázaro, João; Oliveira, Maria; Santos, César; Nuno, Duarte; Rasgado, Sofia; Pargana, GlóriaO aumento da violência nas suas diferentes formas tem sido reconhecido por várias organizações internacionais (WHO, ONU, EU) como um dos mais graves problemas de saúde pública no emergir do século XXI, constituindo uma prioridade das suas agendas políticas, nomeadamente no desenvolvimento de investigação (instrumentos de deteção, avaliação e intervenção) que permitam conter o fenómeno, no quadro da vida familiar. Na declaração de Toronto de 2002, a OMS define violência e maus-tratos a pessoas idosas como “qualquer acto isolado ou repetido, ou a ausência de acção apropriada, que ocorre em qualquer relacionamento em que haja uma expectativa de confiança, e que cause dano, ou incómodo a uma pessoa idosa. Estes actos podem ser de vários tipos: físico, psicológico/emocional, sexual, financeiro ou, simplesmente, reflectir actos de negligência intencional, ou por omissão”[1]. Os dados sobre a prevalência global da violência contra as pessoas idosas, em contexto familiar, têm permitido em alguns países conhecer a amplitude do fenómeno. As estimativas das taxas globais de prevalência da violência (Quadro 1) variaram entre 0.8% e 18.4%. Esta oscilação das estimativas depende quer da sua conceptualização (da sua definição, dos tipos considerados), do perfil de agressor (tipo de relação), da própria vítima (>60 anos, >65 anos ou 65-84 anos), quer das metodologias adotadas (inquéritos via telefone ou presenciais).
- Violence against older adults in Portugal: findings from the first national prevalence studyPublication . Kislaya, Irina; Santos, Ana João; Nicolau, Rita; Gil, Ana Paula
- Violência contra as pessoas idosas em contexto familiar: Uma análise regional da prevalência nacionalPublication . Nicolau, Rita; Gil, Ana Paula Gil; Kislaya, Irina; Santos, Ana JoãoEstudo transversal de prevalência Objetivos: Estimar a proporção de pessoas com 60+ anos na população portuguesa, que foi sujeita a violência (física, psicológica, financeira, sexual e negligência) em contexto familiar, nos 12 meses anteriores á entrevista; Caracterizar o perfil de vitimas e agressores.
