Browsing by Author "Grupo ISN COVID-19"
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- Inquérito Serológico Nacional à COVID-19: relatório de apresentação de resultados (4ª fase)Publication . Grupo ISN COVID-19Dando continuidade ao trabalho de monitorização da prevalência de anticorpos contra a COVID-19, iniciado em maio de 2020, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANLC), a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) e vários Hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), implementou a quarta fase do Inquérito Serológico Nacional à COVID-19 (ISN-COVID 19). Estes inquéritos são úteis como indicadores da imunidade populacional, contribuindo para a avaliação de risco e adequação das medidas a implementar, nomeadamente, no que se refere as recomendações da vacinação contra a COVID-19. Na quarta fase do ISN COVID-19 foram recolhidas amostras de soro de 3.825 indivíduos de todas as idades, recrutados entre 27 de abril e 8 de junho de 2022, em 178 postos de colheita previamente selecionados, distribuídos por todo o país. Seguindo as orientações técnicas da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças foram usados remanescentes de soros para determinação dos anticorpos específicos para o SARS-CoV-2. Para todas as amostras foi realizada a determinação qualitativa de imunoglobulinas (Ig) do tipo G específicas contra a proteína da nucleocápside do SARS-CoV-2 [IgG (anti-NP)] e a determinação quantitativa de IgG contra a proteína da espícula do SARS-CoV-2 [IgG (anti-S)]. Adicionalmente, para uma amostra aleatória de 351 amostras com IgG (anti-S) positiva foi feita a determinação quantitativa de anticorpos neutralizantes. A seroprevalência total na população em estudo foi de 95,8 %, mantendo-se um padrão regional semelhante ao das fases anteriores do ISN COVID-19, isto é, estimou-se uma menor seroprevalência na região do Algarve (91,7 %). Os grupos etários abaixo dos 10 anos foram aqueles em que se observaram seroprevalências mais baixas (76,2 % entre os 0-4 anos e 78,7 % entre os 5-9 anos). No que se refere à seroprevalência IgG (anti-NP), estimaram-se valores globalmente mais elevados do que os obtidos nas fases anteriores do ISN COVID-19 (27,3 %). Os títulos de IgG (anti-S) foram mais elevados no grupo etário 50-59 anos (mediana: 7.669,3 UA/ml) e no grupo com IgG (anti-NP) positiva (mediana: 9.233,6 UA/ml), tendo sido mais baixos nos grupos abaixo dos 10 anos de idade (mediana: 180,4 UA/ml entre 0-4 anos e mediana: 426,6 UA/ml entre 5-9 anos). Nos adultos, o grupo com 70 ou mais anos foi aquele com menor valor de IgG (anti-S) (4.558,5 UA/ml). Observou-se uma forte correlação positiva (ρ=0.90) entre os anticorpos neutralizantes e os anticorpos do tipo IgG (anti-S). Como conclusão, destacamos a elevada seroprevalência na população portuguesa entre abril e junho de 2022, sendo esta mais elevada do que a observada no final de 2021. Os grupos com menor seroprevalência e menor concentração de anticorpos neutralizantes são os grupos abaixo dos 10 anos e acima dos 70 anos, estando estes resultados de acordo com a situação epidemiológica nacional observada no primeiro semestre de 2022. Por outro lado, suportam as recomendações nacionais para que todas as pessoas completem os esquemas vacinais de acordo com as orientações nacionais, mesmo quando previamente infetadas, e que os grupos mais idosos e vulneráveis sejam elegíveis para segunda dose de reforço.
- Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (2ª fase)Publication . Rodrigues, Ana Paula; Grupo ISN COVID-19Na vigilância e monitorização da epidemia de COVID-19, os estudos sero-epidemiológicos permitem estimar a verdadeira taxa de ataque da infeção por SARS-CoV-2, identificar grupos de maior risco e estimar do impacto de diferentes estratégias de intervenção. Representam, por isso, ferramentas cruciais para o planeamento de medidas mais efetivas de controlo da pandemia, que permitem colmatar lacunas de informação relevantes para a determinação de necessidades de cuidados de saúde, seleção de estratégias de prevenção e avaliação da sua implementação. Neste sentido, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, com a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 33 hospitais do Serviço Nacional de Saúde, coordenou a realização da segunda fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (INS COVID-19), na qual participaram 8.463 indivíduos, com idades entre 1 e 79 anos, recrutados entre o período de 1 de fevereiro a 31 de março de 2021, em municípios previamente selecionados. A metodologia de implementação foi semelhante à utilizada durante a primeira fase do ISN COVID-19, seguindo as orientações técnicas da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças. A cada participante, ou seu representante legal, foi pedido o consentimento informado escrito, o preenchimento de um questionário com informações clínicas e epidemiológicas e uma amostra de sangue para determinação dos anticorpos específicos para o SARS-CoV-2. Para todos os participantes foi realizada a determinação qualitativa de imunoglobulinas (Ig) do tipo M e G contra SARS-CoV-2; foi ainda feita a determinação quantitativa de IgG (anti-S) nas amostras dos participantes vacinados ou que tiveram uma determinação positiva para IgM (anti-S) ou IgG (anti-NP) específica para o SARS-CoV-2. A seroprevalência total estimada foi de 15,5 % (IC 95: 14,6 - 16,5 %), tendo sido mais baixa no Algarve, Madeira e Açores (respetivamente, 7,7 %, 6,2 % e 5,8 %) e no grupo etário 70-79 anos (8,9 %). De notar que nestes grupos, a incidência acumulada de COVID-19 foi também mais baixa do que a observada noutras regiões ou grupos etários. Na população infantil e juvenil, a seroprevalência estimada foi comparável à observada nos adultos jovens. Assim, a hipótese de que esta população teria um menor risco de infeção não é corroborada pelos resultados deste inquérito, sendo que esta diferença poderá estar relacionada com a maior frequência de infeções ligeiras e assintomáticas na população com menos de 20 anos, também observada neste estudo. A seroprevalência pós-vacinação foi inferior à estimada pós-infeção, o que está de acordo com a incidência acumulada e cobertura vacinal contra a COVID-19 à data do trabalho de campo. Apesar disso, a proporção de indivíduos com anticorpos específicos para o SARS-CoV-2, assim como, a concentração de IgG (anti-S) foram superiores nas pessoas vacinadas contra a COVID-19 com duas doses, comparativamente àquelas que tomaram uma dose da vacina ou com anterior infeção por SARS-CoV-2. Assim, à medida que o Programa de Vacinação contra a COVID-19 for avançando na sua implementação é esperado um aumento do número de pessoas imunes contra a COVID-19, apesar do possível decaimento dos anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 em pessoas previamente infetadas, observado neste trabalho. Dado o carácter dinâmico da imunidade contra SARS-CoV-2 a nível populacional, bem como o curto espaço de tempo desde o início da vacinação, mantem-se necessária a realização de estudos sero-epidemiológicos, de base populacional ou abrangendo grupos específicos, de forma a melhor conhecer a duração da imunidade pós-infeção e pós-vacinação. Tendo em conta as atuais lacunas de conhecimento, além da boa implementação do Plano de Vacinação contra COVID-19, durante a qual deve ser prestada especial atenção aos grupos com menores seroprevalências, o controlo da pandemia requer a manutenção das medidas de proteção individual e coletivas.
- Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (2ª fase): relatório de apresentação dos resultadosPublication . Grupo ISN COVID-19Na vigilância e monitorização da epidemia de COVID-19, os estudos sero-epidemiológicos permitem estimar a verdadeira taxa de ataque da infeção por SARS-CoV-2, identificar grupos de maior risco e estimar do impacto de diferentes estratégias de intervenção. Representam, por isso, ferramentas cruciais para o planeamento de medidas mais efetivas de controlo da pandemia, que permitem colmatar lacunas de informação relevantes para a determinação de necessidades de cuidados de saúde, seleção de estratégias de prevenção e avaliação da sua implementação. Neste sentido, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, com a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 33 hospitais do Serviço Nacional de Saúde, coordenou a realização da segunda fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (INS COVID-19), na qual participaram 8.463 indivíduos, com idades entre 1 e 79 anos, recrutados entre o período de 1 de fevereiro a 31 de março de 2021, em municípios previamente selecionados. A metodologia de implementação foi semelhante à utilizada durante a primeira fase do ISN COVID-19, seguindo as orientações técnicas da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças. A cada participante, ou seu representante legal, foi pedido o consentimento informado escrito, o preenchimento de um questionário com informações clínicas e epidemiológicas e uma amostra de sangue para determinação dos anticorpos específicos para o SARS-CoV-2. Para todos os participantes foi realizada a determinação qualitativa de imunoglobulinas (Ig) do tipo M e G contra SARS-CoV-2; foi ainda feita a determinação quantitativa de IgG (anti-S) nas amostras dos participantes vacinados ou que tiveram uma determinação positiva para IgM (anti-S) ou IgG (anti-NP) específica para o SARS-CoV-2. A seroprevalência total estimada foi de 15,5 % (IC 95: 14,6 - 16,5 %), tendo sido mais baixa no Algarve, Madeira e Açores (respetivamente, 7,7 %, 6,2 % e 5,8 %) e no grupo etário 70-79 anos (8,9 %). De notar que nestes grupos, a incidência acumulada de COVID-19 foi também mais baixa do que a observada noutras regiões ou grupos etários. Na população infantil e juvenil, a seroprevalência estimada foi comparável à observada nos adultos jovens. Assim, a hipótese de que esta população teria um menor risco de infeção não é corroborada pelos resultados deste inquérito, sendo que esta diferença poderá estar relacionada com a maior frequência de infeções ligeiras e assintomáticas na população com menos de 20 anos, também observada neste estudo. A seroprevalência pós-vacinação foi inferior à estimada pós-infeção, o que está de acordo com a incidência acumulada e cobertura vacinal contra a COVID-19 à data do trabalho de campo. Apesar disso, a proporção de indivíduos com anticorpos específicos para o SARS-CoV-2, assim como, a concentração de IgG (anti-S) foram superiores nas pessoas vacinadas contra a COVID-19 com duas doses, comparativamente àquelas que tomaram uma dose da vacina ou com anterior infeção por SARS-CoV-2. Assim, à medida que o Programa de Vacinação contra a COVID-19 for avançando na sua implementação é esperado um aumento do número de pessoas imunes contra a COVID-19, apesar do possível decaimento dos anticorpos específicos para o SARSCoV-2 em pessoas previamente infetadas, observado neste trabalho. Dado o carácter dinâmico da imunidade contra SARS-CoV-2 a nível populacional, bem como o curto espaço de tempo desde o início da vacinação, mantem-se necessária a realização de estudos sero-epidemiológicos, de base populacional ou abrangendo grupos específicos, de forma a melhor conhecer a duração da imunidade pós-infeção e pós-vacinação. Tendo em conta as atuais lacunas de conhecimento, além da boa implementação do Plano de Vacinação contra COVID-19, durante a qual deve ser prestada especial atenção aos grupos com menores seroprevalências, o controlo da pandemia requer a manutenção das medidas de proteção individual e coletivas.
- Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (3ª fase): relatório de apresentação dos resultadosPublication . Grupo ISN COVID-19Em populações com elevadas coberturas vacinais, os estudos sero-epidemiológicos mantêm-se como ferramentas úteis para monitorizar o nível de imunidade populacional e a evolução do número de infeções recentes, assim como para avaliar a implementação do programa de vacinação e identificar grupos de maior suscetibilidade. Juntamente com os estudos de efetividade vacinal e com os dados da vigilância epidemiológica contribuem para um melhor conhecimento da situação epidemiológica e para a adaptação das medidas de saúde pública implementadas. Na terceira fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (ISN COVID-19) participaram 4.545 indivíduos com mais de 1 ano de idade, recrutados entre 28 de setembro e 19 de novembro de 2021, em 305 postos de colheita previamente selecionados, distribuídos por todo o país. A metodologia de implementação foi semelhante à utilizada nas fases anteriores do ISN COVID-19, seguindo as orientações técnicas da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças. A cada participante, ou seu representante legal, foi pedido o consentimento informado escrito, o preenchimento de um questionário com informações clínicas e epidemiológicas e uma amostra de sangue para determinação dos anticorpos específicos para o SARS-CoV-2. Para todos os participantes foi realizada a determinação qualitativa de imunoglobulinas (Ig) do tipo G específicas contra a proteína da nucleocápside [IgG (anti-NP)] do SARS-CoV-2 e a determinação quantitativa de IgG contra a proteína da espícula do SARS-CoV-2 [IgG (anti-S)]. Adicionalmente, para uma amostra aleatória de 884 participantes com IgG (anti-S) positiva foi feita a determinação quantitativa de anticorpos neutralizantes (nAb). A seroprevalência total na população em estudo foi de 86,4 %. A região do Algarve foi aquela em que se observou uma menor seroprevalência total (80,2 %). Em relação às caraterísticas da população, destaca-se a seroprevalência total mais elevada na população entre os 50 e os 59 anos (96,5 %), nos indivíduos com ensino superior (96,0 %) e naqueles com duas ou mais doenças crónicas (90,8 %). Os grupos etários abaixo dos 20 anos foram aqueles em que se observaram seroprevalências mais baixas (17,9 % entre os 1-9 anos e 76,8 % entre os 10-19 anos). No que se refere à seroprevalência pós-infeção, estimaram-se valores globalmente mais baixos do que os obtidos na segunda fase do ISN COVID-19 (7,5 % vs 13,5 %). Este padrão foi observado na maioria dos grupos etários e regiões de saúde, à exceção do grupo etário entre os 1-9 anos e nas regiões do Algarve (8,8 % vs 6,0 %) e Açores (4,4 % vs 2,4 %). Os títulos de IgG (anti-S) foram mais elevados nas pessoas com 3 doses de vacina (mediana: 12.601 UA/ml) e naquelas que foram vacinadas e tiveram uma infeção por SARS-CoV-2 (mediana: 8.013 UA/ml), tendo sido os valores mais baixos estimados para o grupo de pessoas com uma dose de vacina e sem infeção (mediana: 245 UA/ml). Quanto à marca da vacina, os títulos de IgG (anti-S) mais elevados foram observados no grupo de pessoas vacinadas com as vacinas da Moderna (mediana: 6.392 UA/ml) e da Pfizer/BioNTech (mediana: 2.178 UA/ml). De referir ainda, a diminuição do título de IgG (anti-S) com o tempo desde a toma da segunda dose da vacina e com a idade dos vacinados e a correlação fortemente positiva (ρ=0,9) entre o título de IgG (anti-S) e o título de nAb. Apesar da precaução na interpretação destes resultados, pela ausência de indicador serológico correlacionado com a proteção individual e também pelas possíveis diferenças entre subgrupos do estudo (por ex. o tempo desde vacinação está correlacionado com a idade dos vacinados), os resultados obtidos são consistentes com a atual situação epidemiológica, cobertura vacinal e com os dados obtidos nos estudos de efetividade vacinal.
