Browsing by Author "Ginete, Catarina"
Now showing 1 - 9 of 9
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação clínica da resposta ao tratamento com Hidroxiureia em crianças com Anemia de Células Falciformes em AngolaPublication . Santos, Brígida; Miranda, Armandina; Ginete, Catarina; Arez, Ana Paula; Faustino, Paula; Brito, MiguelIntrodução: A Anemia de Células Falciformes (ACF) é uma doença genética causada por uma mutação na cadeia beta globina da hemoglobina, dando origem à hemoglobina S. É caracterizada por fenómenos vaso-oclusivos e hemólise crónica. A hemoglobina fetal (HbF) é o modificador central da doença e é passível de manipulação terapêutica. A Hidroxiureia (HU) é o único fármaco aprovado para indução de HbF em pacientes com ACF. Contudo, alguns estudos mostraram que as respostas individuais ao tratamento com HU são muito variáveis. O objectivo deste estudo é a avaliação da eficácia do tratamento com HU em crianças angolanas com ACF. Será feita a apresentação preliminar de dadosde 6 meses de tratamento com HU.Métodos: O estudo incluiu143 crianças dos 3 aos 12 anos de idade, com o diagnóstico de ACF medicadas com HU na dose de 20mg/kg/dia. O seguimento clínico foi feito mensalmente e incluiu o registo de intercorrências, exame físico, avaliação hematológica e dos parâmetros bioquímicos para estudo da hemólise e da toxicidade atribuída à HU. A HbF foi quantificada em estado basal e ao 6⁰ mês de tratamento. Resultados: Comparativamente à fase antes do tratamento e a avaliação feita ao 6⁰ mês de tratamento houve redução de: (1) frequência de episódios de crises dolorosas (59 vs 25), (2) número de transfusões (16 vs 4), (3) número de internamentos (12 vs 3). Uma criança teve recorrência de AVC no 2⁰mês e outra teve necrose asséptica da cabeça do fémur ao 5⁰mês de tratamento. O valor médio da hemoglobina (g/dl) variou de 7,5 para 8,1 (valor mínimo 5,2 e máximo 10,1 vs valor mínimo 5,8 e máximo 10,7). Em 56,1% dos pacientes houve aumento da HbF com valores médios de 5,7% emestado basal e 12,4% ao 6⁰mês de tratamento. Contudo em 12,9% dos pacientes não houve variação da % da HbF e em 30,9% das crianças o aumento da HbF foi inferior a 3% do valor da HbF basal.Na análise dos parâmetros de hemólise o valor percentual médiodos reticulócitosdecresceu de 10,1 para 6,57%, a bilirrubina indirecta (mg/dl) variou de 1,19 para 0,52. A desidrogenase láctea (U/L) não teve variação nos valores médios embora o valor máximo tenha decrescidode 1230 para 1067 e o valor mínimo de 115,1 para 106,3U/L. Não foram registados efeitos secundários importantes relacionados à HU.Conclusão: A HU teve eficácia clínica na maioria dos pacientes evidenciada pelos parâmetros clínicos e laboratoriais. Para além disso, foi demonstrada variabilidade na resposta à terapêutica pelo que está em curso a identificação de polimorfismos associados a essa variabilidade.
- Biomarcadores e moduladores genéticos da Anemia Falciforme numa coorte de crianças Angolanas com Anemia FalciformePublication . Santos, Brígida; Germano, Isabel; Delgadinho, Mariana; Ginete, Catarina; Arez, Ana Paula; Faustino, Paula; Brito, MiguelA anemia falciforme é uma doença monogénica autossómica recessiva com grande variabilidade fenotípica e é influenciada por factores ambientais e genéticos. A doença é caracterizada por episódios vaso-oclusivos recorrentes, hemólise crónica e susceptibilidade a infecções. Objectivos: Avaliar a correlação clínica e laboratorial com polimorfismos genéticos em crianças angolanas com anemia falciforme. Métodos: Foram seleccionadas 200 crianças com anemia falciforme seguidas no Hospital Pediátrico David Bernardino (Luanda) e no Hospital Geral do Bengo. A cada criança foi feita a caracterização clínica e laboratorial (hemograma, contagem de reticulócitos, desidrogenase láctea, bilirrubinas e doseamento da hemoglobina fetal). A análise genética incluiu a identificação de Haplótipos cuja classificação foi baseada em quatro SNPs descritas anteriormente (rs3834466, rs28440105, rs10128556 e rs968857), polimorfismos nos genes HBG2 (rs7482144), BCL11A (rs4671393), HBS1L-MYB (rs28384513, rs4895441) e correlacionados com a quantificação de HbF e à variabilidade fenotípica, Os polimorfismos nos genes VCAM1, NOS3 e CD36 foram correlacionados com os biomarcadores de hemólise. A análise estatistica foi feita pelo teste ANOVA (valor de P<0,05) e teste Qui-quadrado. Resultados: O haplotipo mais prevalente foi o CAR/CAR identificado em 91,7% seguido pelo CAR/BEN em 5,7%. Houve significância estatística entre haplotipos e a hemoglobina fetal e os parâmetros hematológicos e associação entre os polimorfismos rs3783599, rs1984112, rs3917023 e os biomarcadores de hemólise e consequentemente maior número de transfusões sanguíneas. Conclusões: Os dados obtidos contribuem para o conhecimento genético populacional de crianças angolanas com anemia falciforme e destacam o papel dos moduladores genéticos na variabilidade fenotípica da doença.
- Characterization of a cohort of Angolan children with sickle cell anemia treated with hydroxyureaPublication . Santos, Brígida; Ginete, Catarina; Gonçalves, Elisângela; Delgadinho, Mariana; Miranda, Armandina; Faustino, Paula; Arez, Ana Paula; Brito, MiguelBackground: Sickle Cell Anemia (SCA) is a monogenic disease, although its severity and response to treatment are very heterogeneous. Objectives: This study aims to characterize a cohort of Angolan children with SCA and evaluate their response to hydroxyurea (HU) treatment and the potential side effects and toxicity. Methods: The study enrolled 215 patients between 3 and 12 years old before and after the administration of HU, at a fix dose of 20 mg/kg/day for 12 months. Results: A total of 157 patients started HU medication and 141 of them completed the 12-month treatment. After initiating HU treatment, the frequency of clinical events decreased (transfusions 53.4 %, hospitalizations 47.1 %). The response to HU medication varied among patients, with some experiencing an increase in fetal hemoglobin (HbF) of <5 %. The mean increase in HbF was 11.9 %, ranging from 1.8 % to 31 %. Responders to HU treatment were 57 %, inadequate responders 38.7 % and non-adherent 4.2 %. No clinical side effects related to HU were reported. Hematological toxicities were transient and reversible. Children naïve to HU and with lower HbF reported higher number of hospitalizations caused by malaria infection. During HU treatment, the frequency of malaria episodes did not appear to be affected by HbF levels. Conclusions: the present study provided a valuable contribution to the understanding of the clinical and laboratory profiles of Angolan children with SCA. These findings support the evidence that the implementation of prophylactic measures and treatment with HU is associated with increased survival in children with SCA.
- Genetic modulation of anemia severity, hemolysis level, and hospitalization rate in Angolan children with Sickle Cell AnemiaPublication . Germano, Isabel; Santos, Brígida; Delgadinho, Mariana; Ginete, Catarina; Lopes, Pedro; Arez, Ana Paula; Brito, Miguel; Faustino, PaulaSickle Cell Anemia (SCA) is a genetic disease caused by the c.20 A > T mutation in HBB gene, generally characterized by sickle erythrocytes, chronic hemolytic anemia, and vaso-occlusive events. This study aimed to investigate genetic modulators of anemia severity, chronic hemolytic rate, and clinical manifestations in pediatric SCA patients from Angola, where the disease is a severe public health problem. The study was conducted on 200 SCA children living in Luanda or Caxito province. Their clinical phenotype as collected from patients’ hospital records. Hematological and biochemical phenotypes were characterized in steady state condition. Twelve polymorphic regions in VCAM1, CD36 and NOS3 genes were genotyped using PCR, RFLP, and Sanger sequencing. CD36 gene promoter variants showed a significant impact on anemia severity. Particularly, the rs1413661_C allele was associated with lower hemoglobin levels, and increased number of hospitalizations and transfusions. This is the first report associating this SNP with SCA phenotypic heterogeneity. Moreover, the rs1041163_C allele in VCAM1 was associated with lower LDH levels; inversely the rs2070744_C allele in NOS3 was related with higher LDH levels and number of hospitalizations, being a risk factor for increased hemolytic rate. This study highlights, for the first time in the Angolan population, the importance of the genetic modifiers of vascular cell adhesion and nitric oxide metabolism in SCA pediatric phenotypic variability.
- How Hydroxyurea Alters the Gut Microbiome: A Longitudinal Study Involving Angolan Children with Sickle Cell AnemiaPublication . Delgadinho, Mariana; Ginete, Catarina; Santos, Brígida; Fernandes, Carolina; Silva, Carina; Miranda, Armandina; Vasconcelos, Jocelyne Neto de; Brito, MiguelSickle cell anemia (SCA) is an inherited hematological disorder and a serious global health problem, especially in Sub-Saharan Africa. Although hydroxyurea (HU) is the leading treatment for patients with SCA, its effects on the gut microbiome have not yet been explored. In this context, the aim of this study was to investigate this association by characterizing the gut microbiome of an Angolan SCA pediatric population before and after 6 months of HU treatment. A total of 66 stool samples were obtained and sequenced for the 16S rRNA gene (V3-V4 regions). Significant associations were observed in alpha and beta-diversity, with higher values of species richness for the children naïve for HU. We also noticed that children after HU had higher proportions of several beneficial bacteria, mostly short-chain fatty acids (SCFAs) producing species, such as Blautia luti, Roseburia inulinivorans, Eubacterium halli, Faecalibacterium, Ruminococcus, Lactobacillus rogosae, among others. In addition, before HU there was a higher abundance of Clostridium_g24, which includes C. bolteae and C. clostridioforme, both considered pathogenic. This study provides the first evidence of the HU effect on the gut microbiome and unravels several microorganisms that could be considered candidate biomarkers for disease severity and HU efficacy.
- Microbial gut evaluation in an angolan paediatric population with sickle cell diseasePublication . Delgadinho, Mariana; Ginete, Catarina; Santos, Brígida; Mendes, Joana; Miranda, Armandina; Vasconcelos, Jocelyne; Brito, MiguelSickle cell disease (SCD) is one of the most common genetic conditions worldwide. It can contribute up to 90% of under-5 mortality in sub-Saharan Africa. Clinical manifestations are very heterogeneous, and the intestinal microbiome appears to be crucial in the modulation of inflammation, cell adhesion and induction of aged neutrophils, the main interveners of recurrent vaso-occlusive crisis. Enterocyte injury, increased permeability, altered microbial composition and bacterial overgrowth have all been documented as microbial and pathophysiologic changes in the gut microbiome of SCD patients in recent studies. Our aim was to sequence the bacterial 16S rRNA gene in order to characterize the gut microbiome of Angolan children with SCA and healthy siblings as a control. A total of 72 stool samples were obtained from children between 3 and 14 years old. Our data showed that the two groups exhibit some notable differences in microbiota relative abundance at different classification levels. Children with SCA have a higher number of the phylum Actinobacteria. As for the genus level, Clostridium cluster XI bacteria was more prevalent in the SCA children, whereas the siblings had a higher abundance of Blautia, Aestuariispira, Campylobacter, Helicobacter, Polaribacter and Anaerorhabdus. In this study, we have presented the first microbiota analysis in an Angolan paediatric population with SCD and provided a detailed view of the microbial differences between patients and healthy controls. There is still much to learn before fully relying on the therapeutic approaches for gut modulation, which is why more research in this field is crucial to making this a reality.
- Modificadores Genéticos da Anemia de Células Falciformes em Crianças AngolanasPublication . Santos, Brígida; Delgadinho, Mariana; Ginete, Catarina; Ferreira, Joana; Arez, Ana Paula; Faustino, Paula; Brito, MiguelA anemia de células falciformes (ACF) é uma doença monogênica autossómica recessiva que afecta anualmente mais de 300.000 crianças em todo o mundo sendo particularmente prevalente na África subsariana. Em Angola a prevalência é de 2,4%. As manifestações clínicas são muito heterogénias com gravidade variável entre os pacientes, influenciada por factores ambientais e genéticos. O objectivo deste estudo foi investigar modificadores genéticos da ACF em Angola. Duzentas crianças com o diagnóstico de ACF foram seleccionadas para a caracterização clínica e foi obtida uma amostra de sangue para a quantificação da hemoglobina fetal, índices hematológicos, genotipagem da delecção alfa-talassémia de 3.7kb por GAP-PCR e determinação dos haplótipos no locus da beta-globina usando NGS. A delecção alfa-talassémia em homogozigotia foi de 12,5% e de 55 % em heterozigotia. O haplótipo CAR foi o mais comum, sendo CAR/CAR mais prevalente (92,15%). A hemoglobina fetal teve significância estatística entre os haplótipos. A presença da delecção da alfa-talassémia e a hemoglobina fetal tiveram influência na idade da primeira manifestação da doença, nos eventos clínicos, nos valores hematológicos e na taxa de hemólise observada pelo número reduzido na contagem de reticulócitos. Este estudo fornece uma contribuição relevante para o conhecimento genético dos pacientes com ACF em Angola importante para a prática clínica personalizada.
- Modulação genética da gravidade da anemia hemolítica e de eventos clínicos adversos em crianças Angolanas com Anemia das Células FalciformesPublication . Germano, Isabel; Santos, Brígida; Delgadinho, Mariana; Ginete, Catarina; Miranda, Armandina; Lopes, Pedro; Arez, Ana Paula; Brito, Miguel; Faustino, PaulaA anemia das células falciformes (SCA), ou drepanocitose, é uma doença genética recessiva causada pela mutação c.20A>T no gene da beta-globina (HBB), caracterizada pela presença de eritrócitos falciformes, anemia hemolítica crónica e eventos vaso-oclusivos, entre outros. As manifestações clínicas da doença são muito heterogéneas devido a agentes modificadores ambientais e genéticos. Neste estudo pretendeu-se investigar modificadores genéticos da SCA numa população pediátrica Angolana, onde a doença é um grave problema de saúde pública. O estudo incidiu sobre 200 crianças residentes em Luanda ou Caxito, com idades entre os 3 e 12 anos, com SCA. Todos os participantes beneficiaram de acompanhamento por uma pediatra que compilou os respetivos fenótipos hematológicos, bioquímicos e clínicos. Foram estudadas treze regiões polimórficas em genes associados à adesão das células sanguíneas ao endotélio vascular (VCAM1 e CD36), tónus vascular (NOS3) e hemoglobinização dos eritrócitos (HBA), através de PCR, RFLP, Gap-PCR e sequenciação de Sanger. Os resultados revelaram uma elevada prevalência (67,5%) de α-talassémia (deleção 3,7 kb em HBA), associada a menor gravidade da SCA, pois retarda a idade da primeira manifestação, diminui a anemia, diminui o grau de hemólise e o número de transfusões sanguíneas por ano. Para além disso, a co-herança de α-talassémia diminui o número de eventos clínicos adversos, tais como, AVC, osteomielite, esplenomegália e hepatomegália. Considerando os resultados relacionados com as moléculas de adesão, dois SNPs em CD36 (rs1984112 e rs1413661) mostraram ter influência na gravidade da anemia. Os genótipos contendo o alelo C do rs1413661 revelaram ser fatores de risco para a anemia grave, pois foram associados a menores níveis de hemoglobina e maior número de hospitalizações e transfusões sanguíneas por ano de vida. Por outro lado, o alelo C do rs1041163 de VCAM1 foi associado a menores níveis séricos da lactato desidrogenase (LDH), um biomarcador da hemólise intravascular. Atendendo ao metabolismo do óxido nítrico, o alelo C do rs2070744 em NOS3 foi associado a elevados níveis de LDH e a um maior número de hospitalizações, sendo um possível fator de risco de agravamento da hemólise. Este trabalho contribuiu para aprofundar o conhecimento da fisiopatologia da SCA em Angola, confirmando o benefício da co-herança da α-talassémia e reforçando a importância do metabolismo do óxido nítrico e da adesão celular na variabilidade da doença. Neste âmbito, chamamos a atenção para a molécula de adesão CD36 que se expressa à superfície dos reticulócitos e eritrócitos destes doentes, e cujo respetivo gene, quando afetado pela variante C em rs1413661, foi aqui, pela primeira vez, observada afetando a gravidade da anemia e as suas correspondentes consequências clínicas na SCA. As moléculas mediadoras da adesão das células sanguíneas ao endotélio vascular são potenciais alvos farmacológicos a usar numa medicina personalizada para amenizar algumas complicações da SCA.
- Tratamento com Hidroxiureia em crianças com Anemia de Células Falciformes em Angola: caracterização da coorte, evolução clínica e laboratorialPublication . Santos, Brígida; Miranda, Armandina; Ginete, Catarina; Arez, Ana Paula; Faustino, Paula; Brito, MiguelIntrodução: A Anemia de Células Falciformes (ACF) é uma doença genética causada pela mutação na cadeia beta globina c.20 A>T dando origem à hemoglobina S. As manifestações clínicas decorrem de fenómenos vaso-oclusivos e da hemólise crónica. Apesar de ser uma doença monogênica tem múltiplas expressões fenotípicas inter-pacientes. A hemoglobina fetal (HbF) é o modificador central da doença e é passível de manipulação terapêutica. A Hidroxiureia (HU) é um fármaco aprovado para indução de HbF em pacientes com ACF. Contudo, alguns estudos mostraram que as respostas individuais ao tratamento com HU são muito variáveis. O objectivo deste estudo é caracterizar uma coorte de crianças angolanas com ACF bem como avaliar a variação clínica e laboratorial durante o tratamento com HU. Métodos: Foram seleccionadas crianças dos 3 aos 12 anos de idade, com o diagnóstico de ACF seguidas em dois hospitais em Angola. Houve duas fases de seguimento: pré-HU e a segunda em que os pacientes iniciaram a toma da HU na dose de 20mg/kg/dia. Resultados: Foram incluídos 215 pacientes, a idade média foi de 6,69 anos. À entrada no estudo 26 (12%) pacientes apresentavam da doença. De acordo à concentração da HbF basal, houve significância estatística (p˂0,05) entre os grupos etários à entrada no estudo, na idade da primeira manifestação da doença, no número de internamentos e de transfusões e entre classes de gravidade da anemia. Houve 73 (33,9%) perdas dos quais 5 por óbito. Do total, 157 pacientes iniciaram a toma da HU e destes 141 completaram os 12 meses de medicação propostos no estudo. Quatro pacientes desenvolveram complicações da doença durante a fase de medicação. A toxicidade hematológica ocorreu em 34 (21,6%) pacientes.A HU teve impacto na redução de eventos clínicos (212 vs 127), aumento da Hb total (7,39±0,98 vs 7,9 ±0,95), VGM (77,25±8,43 vs 84,88±8,99) e HGM (25,46±2,95 vs 28,82±3,48); redução dos leucócitos (13,71±4,6 vs 9,98±2,98), neutrófilos (5,81±2,29 vs 4,17±1,34), plaquetas (437,67±173,50 vs 409,27±123,33), reticulócitos (10,24±4,63 vs 6,87±2,86) e bilirrubina total (1,31±1,34 vs 1,11±0,75). A variação média da HbF pré e pós HU foi 5,81±3,87 vs 11,91±6,10. A correlação da variação da HbF com os outros parâmetros laboratoriais permitiu classificar os pacientes em respondedores 81 (57%), respondedores inadequados 55(38,7%) e pacientes não aderentes 6 (4,2%). Conclusão: A HU teve benefícios clínicos. A resposta laboratorial foi variada podendo estar relacionada ao incumprimento terapêutico ou à presença de polimorfismos em genes que regulam a expressão da HbF.
