DEP - Apresentações orais em encontros internacionais
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Browsing DEP - Apresentações orais em encontros internacionais by Author "Antunes, Liliana"
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- Diabetes: desigualdades socioeconómicos na população portuguesa em 2014Publication . Santos, Joana; Kislaya, Irina; Antunes, Liliana; Santos, Ana João; Rodrigues, Ana Paula; Neto, MarianaIntrodução: A Diabetes é considerada como um dos maiores problemas de saúde pública. Em Portugal, estima-se que a prevalência seja de 13.1% na população entre os 20-79 anos, dos quais cerca de 44% não tem conhecimento do diagnóstico. A par das diferenças observadas entre géneros (maior prevalência no sexo masculino) é necessário equacionar potenciais desigualdades socioeconómicas particularmente em grupos mais desfavorecidos. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência da diabetes auto-reportada por género, grupo etário, nível de escolaridade e determinar as desigualdades socioeconómicas na distribuição da diabetes na população adulta portuguesa. Métodos: Foram analisados dados de Inquérito Nacional de Saúde de 2014, cuja amostra é representativa da população residente e é constituída por 18204 indivíduos selecionados por amostragem probabilística, por grupos em três etapas, estratificada por região. Para este estudo a análise incidiu em indivíduos com 25 ou mais anos (n=16786). Calcularam-se estimativas da prevalência da diabetes total e estratificada por variáveis de caracterização socioeconómica. Para testar associações foi utilizada a estatística F-modificada variante do ajustamento de 2ª ordem do Qui-Quadrado de Rao-Scott. O grau de desigualdade socioeconómica foi estimado através do índice relativo de desigualdades e a curva de concentração. Todas as estimativas foram ponderadas para o desenho amostral. Resultados: Em 2014, a prevalência da diabetes em Portugal foi de 10,6% IC95%=[9,9%; 11,3%] sendo superior nos grupos etários de 55-64 anos 14,5% IC95%=[12,9%; 16,3%] e 65 e mais anos 23,5% IC95%=[21,7%; 25,1%], e na população com ensino básico 14,8% IC95%=[13,8%; 15,8%]. O índice relativo de desigualdade evidenciou desigualdades a favor dos grupos com um maior nível de escolaridade, sendo 0,33 IC95%=[0,19; 0,60] para os homens e 0,1 IC95%=[0,05; 0,21] para as mulheres. Conclusão: Os resultados evidenciam desigualdades de género e desigualdades educacionais. A desigualdade educacional na prevalência da diabetes é superior nas mulheres, o que sugere que a aposta na melhoria do nível de educação, em especial no sexo feminino poderá ter um efeito favorável na adoção de comportamentos mais saudáveis e consequente redução da carga da doença. A educação permanece um pilar central no desenvolvimento de intervenções para a promoção da saúde. O planeamento destas intervenções deve, por isso, prever as diferenças de género e o seu impacto na educação.
- Efeito do frio extremo no risco de morte em Lisboa e PortoPublication . Antunes, Liliana; Marques, Jorge; Silva, Susana Pereira; Nunes, Baltazar; Antunes, SílviaPeríodos de frio extremo mostraram estar associados a um aumento do risco de morte durante o inverno, particularmente na mortalidade por doenças do aparelho circulatório e respiratório. Apesar do clima temperado, Portugal é um dos países que apresenta maior excesso de mortalidade durante o inverno, na Europa. Este trabalho teve como objetivo estimar o efeito diário da temperatura mínima em duas das principais cidades de Portugal no sentido de desenvolver um sistema de vigilância de ondas de frio. Foram aplicados Modelos de Regressão de Poisson combinados com Modelos não lineares de desfasamento distribuído (DLNM) de forma a poder avaliar-se a relação exposição-resposta e padrões de desfasamento no tempo entre a temperatura mínima e a mortalidade por todas as causas e por doenças do aparelho circulatório e respiratório. Analisaram-se os meses de Novembro a Março entre 1992 e 2012 para o total da população e para o grupo etário dos 65 e mais anos, em Lisboa e Porto. Os modelos foram ajustados para o efeito de confundimento da gripe, ao incluir a taxa de incidência de síndroma gripal, para a sobre-dispersão e para a dimensão da população.
- Hypertension and hypercholesterolemia: comparison of self-reported information and objective measures from the first Portuguese National Health Examination Survey (INSEF)Publication . Kislaya, Irina; Rodrigues, Ana Paula; Barreto, Marta; Gaio, Vânia; Antunes, Liliana; Santos, Ana João; Namorado, Sónia; Gil, Ana Paula; Dias, Carlos Matias; Nunes, BaltazarThis study compares self-reported and examination-based prevalence of hypertension and hypercholesterolemia using data from the Portuguese National Health Examination Survey (n=4911), that combines personal interview and clinical measurements. Sensitivity and specificity of self-reported hypertension and hypercholesterolemia were calculated, logistic regression was used to identify factors associated to incorrect self-reports. Self-reports of hypertension and hypercholesterolemia showed high specificity but low sensitivity. Age, education and use of healthcare services were associated to incorrect self-reports of both conditions. Adding objective measurements to self-reported data allow better understanding of socioeconomic inequalities in health.
- Ligação de dados: exemplo dos registos nacionais de malformações congénitas e de paralisia cerebralPublication . Braz, Paula; Folha, Teresa; Machado, Ausenda; Antunes, Liliana; Matias Dias, Carlos; Virella, DanielAntecedentes/Objetivos: A vigilância de condições pouco frequentes e o estudo dos seus fatores determinantes necessita informação de qualidade. Os registos de base populacional que mantém um processo continuado de recolha de dados, que privilegiam a exaustividade e a validade da informação, são essenciais. Em Portugal existem dois registos de base populacional que monitorizam os nascimentos com anomalias congénitas e paralisia cerebral, nomeadamente o Registo Nacional de Anomalias congénitas (RENAC) e o Programa de Vigilância Nacional de Paralisia Cerebral (PVNPC). Ambos participam num estudo internacional que estuda o papel das anomalias congénitas (AC) na paralisia cerebral (PC), pela ligação das matrizes de dados. Esta permite melhorar a informação em saúde, a adequação de recursos e um seguimento facilitador do estudo dos processos causais. Pretendeu-se descrever os resultados da ligação entre estas matrizes de dados. Métodos: Ligação probabilística das 2 matrizes de dados. Critérios de inclusão: crianças com pelo menos uma AC major, nascidas entre 2001 e 2009 (n = 7.167) e crianças com PC confirmada aos 5 anos de idade (n = 1.461). Porque não existe numero único de identificação do caso, as variáveis de ligação foram: data de nascimento, sexo, semanas de gestação, peso ao nascer, residência e idade da mãe na alturado parto. Resultados: Foram encontrados 195 possíveis pares de casos e 32 foram considerados verdadeiros pares. Destes 21,9% tinha pelo menos uma AC referenciada em ambos os registos e 9,4% tinha exactamente a mesma informação; 62,5% tinha múltiplas AC, sendo mais frequentes as cardíacas e do sistema nervoso central. Dos casos do PVNPC com malformação cerebral confirmada por RMN, 6,1% tinha sido notificado ao RENAC. Considerando os casos que não foram ligados, observou-se que há uma potencial recuperação de casos para o RENAC (n = 230) e potenciais casos para o PVNPC, após confirmação clínica (n = 1.770). Detectaram-se também pares de casos que não foram identificados pelo método e variáveis de ligação utilizadas. Conclusões/Recomendações: A ligação permitiu uma melhoria qualitativa e validação da informação. Verificou-se potencial recaptura para o RENAC e sinalização de casos para o PVNPC, após confirmação clinica aos 5 anos. No entanto, a ausência de numero único identificador do caso não permitiu a identificação de todos os pares de casos comuns. Apesar desta limitação demonstrou-se o potencial de complementaridade da informação e de seguimento destes casos, com consequente possibilidade de prevenção primária e secundária.
- Which meteorological index is the best descriptor for winter mortality in elderly population in Lisbon district?Publication . Silva, Susana Pereira; Mouriño, Helena; Antunes, Liliana; Marques, Jorge; Antunes, Sílvia; Dias, Carlos Matias; Nunes, BaltazarBackground: As recognized by WHO, health is influenced climate change (WHO 2014). Several studies have already provided the association between ambient temperature and mortality, hospital admissions and affluence to urgency services, in elderly population, especially due to cardiovascular and circulatory diseases(Yang et al. 2012, Laaidi et al. 2013, Analitis et al. 2008, Hajat, Kovats, and Lachowycz 2007, Kysely et al. 2009). However, few studies have explored the association between elderly mortality in winter and extreme cold weather, considering as covariables different meteorological indices (Vaneckova et al. 2011, Kunst, Groenhof, and Mackenbach 1994). The present study aimed to assess which meteorological index is the best descriptor for winter mortality in elderly population living in Lisbon district. Methods: Mortality data was provided by Statistics Portugal (INE), meteorological data from The Portuguese Institute for Sea and Atmosphere (IPMA) and influenza-like-illness rates from Portuguese general practitioners (GP) sentinel network (Rede Médicos-Sentinela). Distributed lag linear and non-linear models (DLNM) (Gasparrini, Armstrong, and Kenward 2010, Gasparrini 2011) were applied to study the effect of cold on mortality by all causes of death, and, particularly, by circulatory and respiratory diseases, in the Lisbon district, in the winter season (from November to March) between 2002 and 2012. Based on different combinations of the meteorological variables (that is, mean temperature, mean temperature and wind speed, mean temperature and humidity, and windchill temperature), several models were fitted and their performance compared. All models were adjusted for trend and seasonality, and for the confounding effect of flu activity. As a reference for relative risk (RR) calculations, the 50th percentile of each temperature series was used. Results: The best fit was found from a linear relation between temperature (either mean or windchill) and both mortality causes under study (all causes, and circulatory and respiratory diseases). The results showed that the effect of cold appears with delay and persisted for about 23 to 30 days. The maximum effect occurs with the lowest temperature registered (Mean Temperature=-0.4ºC and windchill Temperature=-3.96ºC) and with a delay of 5 days. The highest cumulative relative risk for all causes of death was found using the windchill temperature [RR=1,8 (CI95%: 1,7; 2,0)]. For mortality by circulatory and respiratory diseases, the highest cumulative relative risk was also found using the windchill temperature [RR=2,0 (CI95%: 1,8; 2,3)]. Conclusions: Cold weather seems to be a strong predictor of mortality in Lisbon district, with the strongest association found out between cold temperature and both circulatory and respiratory mortality. Windchill temperature seems to be a better predictor of mortality than mean temperature.
