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Pesquisa de Escherichia coli produtora de Shiga toxina (STEC), em Portugal, durante o surto internacional de E. coli O104:H4

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O recente surto de infecção por E. coli O104:H4 (stx2+), que ocorreu entre o início de Maio e o final de Julho de 2011, na Alemanha, e com um foco em França demonstrou-nos que grandes surtos ainda podem acontecer em países desenvolvidos. A Alemanha difundiu muito rapidamente informação sobre a estirpe. O conhecimento das suas características genéticas e fenotípicas levou a que fossem dadas recomendações para uma rápida detecção laboratorial. A estirpe do surto alemão parece partilhar características de virulência de STEC e EAEC. As estirpes STEC geralmente têm um reservatório animal, enquanto o reservatório das EAEC é o Homem. Quatro dias depois das autoridades federais alemãs terem emitido o alerta, foi divulgado um comunicado que implicava pepinos espanhóis como a origem do surto. Este facto causou uma grande falta de confiança da população portuguesa na segurança deste tipo de alimentos. Os produtores e distribuidores portugueses, preocupados com a segurança alimentar dos seus produtos e tendo necessidade de restabelecer a confiança dos consumidores, solicitaram a realização de ensaios laboratoriais em 53 amostras de géneros alimentícios. Os ensaios foram realizados no Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA por PCR (método interno que consiste no pré-enriquecimento das amostras tendo por base a ISO 16654:2001 e as especificações técnicas da EFSA (EFSA Journal 2009; 7(11):1366), seguido da extracção do DNA, utilizando duas metodologias paralelas e sequenciais distintas). Não se detectou a presença dos genes stx1 e stx2 em nenhuma amostra. Este surto veio demonstrar ser essencial a cooperação entre a investigação epidemiológica dos casos humanos e a alimentar. Evidenciou a necessidade de estimar com maior precisão a prevalência de STEC em humanos, animais e alimentos. Realçou a necessidade de melhorar a celeridade e qualidade da notificação. Tornou ainda clara a importância de notificar não só os STEC eae positivos, mas também os eae negativos e de avaliar e prevenir a resistência aos agentes antimicrobianos.

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STEC PCR stx1 stx2 Segurança Alimentar VTEC Verotoxigénicos Toxinfecção Alimentar

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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

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