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Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (2ª fase): relatório de apresentação dos resultados
| dc.contributor.author | Grupo ISN COVID-19 | |
| dc.date.accessioned | 2021-05-17T10:05:08Z | |
| dc.date.available | 2021-05-17T10:05:08Z | |
| dc.date.issued | 2021-05-07 | |
| dc.description | Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge: Ana Paula Rodrigues (coordenação). | pt_PT |
| dc.description | Grupo ISN COVID-19: lista completa da equipa e instituições parceiras consta nas páginas 2-4 do relatório. | |
| dc.description.abstract | Na vigilância e monitorização da epidemia de COVID-19, os estudos sero-epidemiológicos permitem estimar a verdadeira taxa de ataque da infeção por SARS-CoV-2, identificar grupos de maior risco e estimar do impacto de diferentes estratégias de intervenção. Representam, por isso, ferramentas cruciais para o planeamento de medidas mais efetivas de controlo da pandemia, que permitem colmatar lacunas de informação relevantes para a determinação de necessidades de cuidados de saúde, seleção de estratégias de prevenção e avaliação da sua implementação. Neste sentido, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, com a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 33 hospitais do Serviço Nacional de Saúde, coordenou a realização da segunda fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (INS COVID-19), na qual participaram 8.463 indivíduos, com idades entre 1 e 79 anos, recrutados entre o período de 1 de fevereiro a 31 de março de 2021, em municípios previamente selecionados. A metodologia de implementação foi semelhante à utilizada durante a primeira fase do ISN COVID-19, seguindo as orientações técnicas da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças. A cada participante, ou seu representante legal, foi pedido o consentimento informado escrito, o preenchimento de um questionário com informações clínicas e epidemiológicas e uma amostra de sangue para determinação dos anticorpos específicos para o SARS-CoV-2. Para todos os participantes foi realizada a determinação qualitativa de imunoglobulinas (Ig) do tipo M e G contra SARS-CoV-2; foi ainda feita a determinação quantitativa de IgG (anti-S) nas amostras dos participantes vacinados ou que tiveram uma determinação positiva para IgM (anti-S) ou IgG (anti-NP) específica para o SARS-CoV-2. A seroprevalência total estimada foi de 15,5 % (IC 95: 14,6 - 16,5 %), tendo sido mais baixa no Algarve, Madeira e Açores (respetivamente, 7,7 %, 6,2 % e 5,8 %) e no grupo etário 70-79 anos (8,9 %). De notar que nestes grupos, a incidência acumulada de COVID-19 foi também mais baixa do que a observada noutras regiões ou grupos etários. Na população infantil e juvenil, a seroprevalência estimada foi comparável à observada nos adultos jovens. Assim, a hipótese de que esta população teria um menor risco de infeção não é corroborada pelos resultados deste inquérito, sendo que esta diferença poderá estar relacionada com a maior frequência de infeções ligeiras e assintomáticas na população com menos de 20 anos, também observada neste estudo. A seroprevalência pós-vacinação foi inferior à estimada pós-infeção, o que está de acordo com a incidência acumulada e cobertura vacinal contra a COVID-19 à data do trabalho de campo. Apesar disso, a proporção de indivíduos com anticorpos específicos para o SARS-CoV-2, assim como, a concentração de IgG (anti-S) foram superiores nas pessoas vacinadas contra a COVID-19 com duas doses, comparativamente àquelas que tomaram uma dose da vacina ou com anterior infeção por SARS-CoV-2. Assim, à medida que o Programa de Vacinação contra a COVID-19 for avançando na sua implementação é esperado um aumento do número de pessoas imunes contra a COVID-19, apesar do possível decaimento dos anticorpos específicos para o SARSCoV-2 em pessoas previamente infetadas, observado neste trabalho. Dado o carácter dinâmico da imunidade contra SARS-CoV-2 a nível populacional, bem como o curto espaço de tempo desde o início da vacinação, mantem-se necessária a realização de estudos sero-epidemiológicos, de base populacional ou abrangendo grupos específicos, de forma a melhor conhecer a duração da imunidade pós-infeção e pós-vacinação. Tendo em conta as atuais lacunas de conhecimento, além da boa implementação do Plano de Vacinação contra COVID-19, durante a qual deve ser prestada especial atenção aos grupos com menores seroprevalências, o controlo da pandemia requer a manutenção das medidas de proteção individual e coletivas. | pt_PT |
| dc.description.abstract | Pontos em destaque: - Seroprevalência de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 de 15,5 %, maioritariamente devida ao aumento da atividade epidémica de COVID-19 desde outubro de 2020; - Algarve, Madeira, Açores e o grupo etário 70-79 são os grupos com menores seroprevalências, por isso em maior risco de infeção, e aos quais deve ser prestada especial atenção na implementação do Plano de Vacinação contra a COVID-19; - O risco de infeção por SARS-CoV-2 na população com idade inferior a 20 anos não parece ser inferior ao da população adulta, tendo em conta a ausência de diferenças na seroprevalência contra SARSCoV-2 entre crianças, jovens e jovens adultos; - Possível decaimento de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 três meses após infeção, cujo efeito na proteção contra a infeção deve ser avaliado em estudo específicos, mas que apoia o desenvolvimento de esforços na vacinação de pessoas anteriormente infetadas com SARS-CoV-2; - Elevada proporção de pessoas com anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 (98,5 %) e com elevadas concentrações desses anticorpos (8.561 UA/ml) após a segunda dose da vacina (esquema completo), esperando-se o aumento da imunidade na população portuguesa à medida que se for concretizando o Plano de Vacinação contra a COVID-19, que deve ser complementado com as medidas de proteção individual e coletivas recomendadas pelas Autoridades de Saúde; - Mantem-se a pertinência de monitorizar a prevalência de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 ao longo do tempo, em estudos de base populacional ou em grupos particulares, incluindo se acoplados a estudos que avaliem o risco global de infeção por SARS-CoV-2. | |
| dc.description.version | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | pt_PT |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.18/7746 | |
| dc.language.iso | por | pt_PT |
| dc.publisher | Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP | pt_PT |
| dc.subject | COVID-19 | pt_PT |
| dc.subject | Inquérito Serológico Nacional | pt_PT |
| dc.subject | INS-COVID 19 | pt_PT |
| dc.subject | SARS-CoV-2 | pt_PT |
| dc.subject | Seroprevalência | pt_PT |
| dc.subject | Imunidade | pt_PT |
| dc.subject | Estados de Saúde e de Doença | pt_PT |
| dc.subject | Saúde Pública | pt_PT |
| dc.subject | Portugal | pt_PT |
| dc.title | Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (2ª fase): relatório de apresentação dos resultados | pt_PT |
| dc.type | report | |
| dspace.entity.type | Publication | |
| oaire.citation.conferencePlace | Lisboa, Portugal | pt_PT |
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| rcaap.type | report | pt_PT |
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