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Authors
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Abstract(s)
A detecção precoce de surtos é particularmente importante para a implementação rápida de medidas de controlo. No caso concreto da gripe que ocorre no inverno de cada ano,
reconhecer o início da epidemia sazonal de gripe é crucial para o planeamento da resposta dos Serviços de Saúde. Os sistema tradicionais
de vigilância da gripe baseiam‑se apenas nos doentes que recorreram
aos Serviços de Saúde. Contudo, uma proporção relevante dos doentes
não recorre ao médico. Para fazer face a esta limitação, o sistema Gripenet monitoriza em Portugal, desde 2005, a epidemia sazonal de gripe
utilizando a Internet, com base na participação voluntária dos cidadãosque notificam os seus sintomas. Nos seus 10 anos de existência mais de
24 000 voluntários participaram no Gripenet, que monitoriza em tempo real a evolução da epidemia, designadamente o seu início e pico, e
integra a rede europeia Influenzanet (uma plataforma que permite a
monitorização participativa da gripe em 9 países europeus).
Métodos: Após o registo no Gripenet cada participante recebe um
questionário sobre o seu perfil socio‑demográfico, estado vacinal, comorbilidades e outras variáveis. Passa então a receber semanalmente
uma newsletter electrónica com notícias sobre a gripe e é convidado
a preencher, em alguns segundos, um pequeno questionário sobre os
sintomas gripais (ou ausência deles) durante a semana anterior. Os
dados são recolhidos de Novembro a Abril, através de um website ou
de uma aplicação para telemóvel. Os dados são analisados em tempo
real e a informação fica disponibilizada num website incluindo curvas de incidência, projecção geo‑referenciada em mapas de diferentes
escalas, e bases de dados para fins de investigação. Este trabalho é
acompanhado pelo desenvolvimento de modelos matemáticos e plataformas computacionais com capacidade para simular a propagação
da gripe em Portugal e avaliar cenários de intervenção.
Resultados: Durante a época de 2014‑2015 o Gripenet contou com
1.762 participantes, que permitiram localizar o pico de incidência da
doença na semana 1 de 2015, com 3.973 casos de síndrome gripal por
100.000 habitantes (definição de caso do ECDC). Destes casos, apenas
19,5% recorreu aos Serviços de Saúde, e 31,2% referiu ter ficado em
casa devido à sintomatologia.
Conclusões/Recomendações: A recolha de informação é feita
de forma automática pela plataforma electrónica e portanto, com
poucos recursos (humanos e logísticos) é possível obter uma informação relevante sobre os sintomas na população, permitindo também
aplicar diferentes definições de caso. Estes dados permitem complementar os outros instrumentos de vigilância da gripe e melhorar a
informação disponível para a população e para os decisores melhor
poderem fazer o planeamento.
Description
Resumo da apresentação publicado em: Gac Sanit. 2015;29 (Supl):107. Disponível em: http://www.gacetasanitaria.org/es/vol-29-num-s/suplemento/congresos/X0213911115X24386/#II CONGRESO IBEROAMERICANO DE EPIDEMIOLOGÍA Y SALUD PÚBLICA
Keywords
Gripenet Gripe Influenza Estados de Saúde e de Doença Determinantes da Saúde e da Doença Observação em Saúde e Vigilância Vigilância Epidemiológica Vigilância Participativa Detecção Precoce Portugal
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
