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Evolução do aleitamento materno em Portugal: dados dos Inquéritos Nacionais de Saúde entre 1995-2014

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Introdução: O programa Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés, hoje designado Iniciativa Amiga dos Bebés (IAB), foi iniciado em Portugal em 1994, e tem-se dedicado, fundamentalmente, à formação e acreditação de unidades de saúde. Presentemente estão acreditados cerca de 30% dos hospitais e uma unidade de cuidados de saúde primários. Os Cantinhos de Amamentação, espaço onde a mãe pode receber informação e apoio sobre amamentação, estão disseminados em vários serviços de saúde. A licença de maternidade paga a 100% passou de 98 dias em 1995 para 5 meses em 2009. A finalidade deste trabalho é descrever a evolução da duração do aleitamento materno em Portugal entre 1995 e 2014. Métodos: Foram utilizados dados de quatro Inquéritos Nacionais de Saúde (1995/96; 1998/99; 2005/06 e 2014) obtidos por entrevista, para obter estimativas amostrais das prevalências do aleitamento materno exclusivo até aos 3, 4 e 6 meses de idade. Definiu-se duração da “amamentação em exclusivo” o tempo, em meses, até à introdução do biberão reportado por cada mulher. Foram calculados os intervalos de confiança (IC) a 95% para essas estimativas e aplicado o teste de Qui-quadrado para analisar tendência ao longo do tempo em estudo. Resultados: Amostra constituída por 5912 mulheres com idades entre os 15 e os 55 anos, distribuídas do seguinte modo: INS 1995/96: n= 1995; INS 1998/99: n=1918; INS 2005/06: n=1250; INS 2014: n= 749. A percentagem de mulheres residentes em Portugal continental que amamentaram em exclusivo pelo menos até aos 3 meses de idade do bebé, aumentou de forma estatisticamente significativa (p<0.001) entre 1995/96 (34,6%; IC: 32,6% a 36,8%) e 2014 (60,6%; IC: 56,4%a 64,7%). A tendência crescente também foi estatisticamente significativa para a amamentação em exclusivo até aos 4 meses com 26,8% em 1995/96 (IC: 24.8% a 28.7%) e 53% em 2014 (IC: 48.8% a 57.2%). Na amamentação exclusiva até aos 6 meses observou-se um aumento de 20,6% em 1995/96 para 36,6% em 2005/06, em Portugal continental (p<0.001) mas o mesmo não se verificou quando se comparam os dados com o ultimo inquérito (2014). Conclusões: Este estudo revela uma evolução positiva nas práticas do aleitamento materno, tendo duplicado a prevalência de mulheres que referiram amamentar em exclusivo o seu bebé até ao 3º e ao 4º mês após o nascimento. Estes dados estão em linha com os apresentados pela OCDE (2009) e parecem estar relacionados com as ações desenvolvidas pelo programa IAB e as medidas de promoção preconizadas. Também as alterações observadas no período de licença de maternidade poderão ter tido uma influencia positiva neste indicador de saúde infantil.

Description

Abstrat publicado na Gazeta Sanitária.2018;32:29. http://www.gacetasanitaria.org/es-pdf-X0213911118629693

Keywords

Aleitamento Materno Inquérito Nacional de Saúde Cuidados de Saúde

Pedagogical Context

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