DAN - Dissertações de mestrado
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Browsing DAN - Dissertações de mestrado by Subject "Agricultura Convencional"
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- Estudo de plantas aromáticas para potencial aplicação a embalagens alimentares activasPublication . Oliveira, Ana Sofia; Castilho, Maria da Conceição; Silva, Ana Teresa Sanches[PT] Uma das principais causas da deterioração da qualidade dos alimentos é a peroxidação lipídica. A peroxidação lipídica dá origem à formação de espécies reactivas de oxigénio (ROS) e radicais livres. A oxidação tem consequências negativas a nível da qualidade nutricional e propriedades organolépticas dos alimentos, nomeadamente, diminuição do valor nutricional pela destruição de ácidos gordos essenciais e de vitaminas A, D, E e K (solúveis em lípidos), desenvolvimento de maus sabores e odores, mudanças de cor e a perda de aroma. Assim, o uso de antioxidantes em alimentos que contêm lipídos, minimiza a degradação oxidativa, retarda a formação de produtos oxidantes tóxicos e mantém a qualidade nutricional dos alimentos. Na indústria alimentar são bastante utilizados antioxidantes sintéticos, tais como, o BHA (butil-hidroxianisole), o BHT (butil-hidroxitolueno), o PG (galato de propilo) e o TBHQ (terc-butil-hidroquinona). No entanto, têm sido gradualmente substituídos por antioxidantes naturais, uma vez que o consumo de antioxidantes sintéticos tem sido associado a efeitos adversos para a saúde humana. Assim, as plantas aromáticas são vastamente estudadas por serem ricas em antioxidantes naturais, apresentando na sua constituição compostos fenólicos, que desempenham um papel fundamental para a saúde humana, actuando como possíveis agentes protectores, ajudando o corpo humano na redução dos danos oxidativos. Neste contexto, a indústria alimentar tem demonstrado um interesse crescente em compostos fenólicos, por prevenirem a degradação oxidativa dos lípidos, melhorando a qualidade e o valor nutricional dos alimentos e, deste modo, o aumento da vida útil dos produtos alimentares. Na primeira parte do presente estudo, analisaram-se dez espécies de plantas aromáticas (frescas e secas) recorrendo a quatro ensaios: sistema de inibição do radical DPPH, teste do branqueamento do β-caroteno e determinação do conteúdo em compostos fenólicos totais e flavonóides totais. As plantas aromáticas seleccionadas pertencem maioritariamente à família das Lamiáceas, nomeadamente, o alecrim, a hortelã, a hortelã-pimenta, o manjericão, a manjerona, o orégão, o tomilho e o tomilho-limão. As restantes espécies pertencem à família das Asteráceas, designadamente, o estragão e a stevia. Das espécies de plantas aromáticas seleccionadas, analisaram-se 15 espécies de agricultura convencional (7 amostras secas e 8 amostras frescas) e 6 de agricultura biológica (amostras secas) para posterior comparação com as plantas de agricultura convencional. No sistema de inibição do radical DPPH, o extracto metanólico de alecrim seco foi o que apresentou maior capacidade antioxidante (2,22 mg peso seco/mL) sendo que no teste do branqueamento do β-caroteno, o extracto metanólico de manjericão fresco foi o que apresentou maior capacidade antioxidante (AAC = 1083). Relativamente ao conteúdo em fenólicos totais, o extracto metanólico de orégão fresco foi o que apresentou maior quantidade destes compostos (26,27 mg GAE/g peso seco) e o conteúdo em flavonóides totais mais elevado foi apresentado pelo extracto metanólico de stevia fresca (53,75 mg ECE/g peso seco). Na segunda parte do presente estudo, foi desenvolvido e validado um método em Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência com Detector de Díodos (UHPLC-DAD), que permite quantificar simultaneamente dezanove compostos fenólicos, nomeadamente, ácido gálico, ácido protocatecuico, ácido clorogénico, ácido cafeico, epicatequina, ácido p-cumárico, ácido ferúlico, ácido 2-hidroxicinâmico, ácido rosmarínico, miricetina, resveratrol, ácido transhidroxicinâmico, quercetina, hesperetina, eugenol, carvacrol, timol, carnosol e ácido carnósico. A pré-coluna utilizada neste método foi uma UPLC® BEH C18 (2,1 x 5 mm, 1,7 μm de tamanho de partícula) e a coluna foi uma ACQUITY™ UHPLC® BEH C18 RP18 (2,1 x 50 mm, 1,7 μm de tamanho de partícula). As fases móveis do método foram: Solvente A - fase móvel (aquosa) constituída por água com ácido acético a 0,1 % (v/v); Solvente B - fase móvel (orgânica) constituída por acetonitrilo com ácido acético a 0,1 % (v/v), com eluição em gradiente. Para a validação do método avaliou-se os seguintes parâmetros: especificidade, gama de trabalho e linearidade, limite de detecção e de quantificação, precisão e exactidão. Quanto aos limites de detecção e quantificação, o método desenvolvido permite detectar e quantificar os compostos fenólicos em concentrações muito baixas (< 0,15 μg/mL, com excepção do carnosol e ácido carnósico). Considera-se ainda que o método foi validado em termos de precisão e exactidão (recuperação 82,8 - 103,9 %), tendo em consideração o fim pretendido da utilização do método desenvolvido em UHPLC-DAD. O método validado em UHPLC-DAD foi posteriormente aplicado a extractos metanólicos de 21 amostras de plantas aromáticas, para a determinação simultânea de 19 compostos fenólicos.
