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- Infográfico - Saúde da mulherPublication . Departamento de EpidemiologiaO Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, disponibiliza, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março, um infográfico sobre saúde da mulher. A informação apresentada tem por base três fontes de dados: Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) 2015; Rede Médicos-Sentinela (MS) 2017; Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes (EVITA) 2018. Em 2015, quase metade das mulheres portuguesas inquiridas (48,9%), correspondendo a 1.7 milhões de mulheres, com idades entre os 25 e os 74 anos, referiram considerar o seu estado de saúde bom ou muito bom. A grande maioria (94,8%) das mulheres inquiridas com idade entre os 50 e os 69 anos declarou ter realizado uma mamografia nos dois anos anteriores, enquanto que a maioria (86,3%) das mulheres inquiridas com idade entre os 25 e os 64 anos declarou ter realizado uma citologia nos três anos anteriores. Estes dados têm como fonte o primeiro INSEF, referem-se às mulheres residentes em Portugal em 2015 com idades compreendidas entre os 25 e os 74 anos e são relativos às questões: “De uma maneira geral, como considera o seu estado de saúde?”; “Quando foi a última vez que fez uma mamografia?”; “Quando foi a última vez que fez uma citologia?”. Em 2017, apenas 40,4% das mulheres grávidas iniciaram a toma de suplemento com ácido fólico antes de engravidar, segundo dados da Rede Médicos-Sentinela. A prevenção primária dos defeitos do tubo neural (DTN) é possível pela suplementação de ácido fólico, referindo a literatura que a utilização diária de 400 microgramas desta vitamina, com início antes da gravidez e até ao fim do primeiro trimestre, previne cerca de 70% dos DTN. Em 2018, cerca de metade (54,5%) dos acidentes verificados no sexo feminino (em todas as idades) ocorreram em casa, sendo as lesões causadas por queda as mais frequentemente registadas (73,1%), de acordo com dados do sistema EVITA. O primeiro INSEF, promovido e coordenado Instituto Ricardo Jorge, foi desenvolvido em 2015 para recolha de informação epidemiológica sobre o estado, determinantes e cuidados de saúde da população portuguesa, tendo como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue. Coordenada pelo Instituto Ricardo Jorge, a Rede de Médicos-Sentinela é um sistema de observação e vigilância em saúde formado por médicos de medicina geral e familiar que de forma voluntária participam na notificação de eventos de saúde. O sistema EVITA, coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, desde 2000, em colaboração com a Administração Central dos Sistemas de Saúde, tem por base a vigilância dos Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) notificados pelas urgências de unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
- Diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) associada a Sindrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS): um estudo proteómicoPublication . Vaz, Fátima; Valentim-Coelho, Cristina; Neves, Sofia; Penque, Deborah; Barbara, CristinaIntrodução: A prevalência da SAOS é elevada em doentes com DMT2. O não tratamento da SAOS pode levar ao agravamento ou desenvolvimento da DMT2. Temos vindo a demonstrar que a SAOS altera o proteoma do glóbulo vermelho (GV). A SAOS aumenta a overoxidação da peroxirredoxina 2 (PRDX2) (enzima antioxidante), o que pode levar à desregulação da homeostasia do GV e ao desenvolvimento de doenças metabólicas. Após tratamento com ventilação não invasiva (PAP), esta overoxidação diminuiu seguida de um aumento de PRDX2 decamérica overoxidada com funções chaperone na proteção celular (Feliciano et al. 2017). No presente estudo, fomos investigar o estado redox/oligomérico da PRDX2 em doentes DMT2 com SAOS, antes/após PAP, para melhor compreender a interligação entre estas patologias. Material e métodos: Amostras de GVs de controles (n=22 sendo 3 DMT2) e doentes SAOS antes/após 6 meses de tratamento com PAP (n=29 sendo 8 DMT2) foram analisadas por western-blot não reduzido, com anticorpo para a PRDX2 e PRDXSO2/3 (overoxidada). Os grupos foram comparados estatisticamente e correlacionados com dados clínicos e bioquímicos. Resultados: Nos GVs de doentes DMT2/SAOS, o nível de monómeros da PRDX2 mostrou-se aumentado e diminuía após PAP. Contudo, o nível destes monómeros PRDXSO2/3 estava diminuído e não se alterou com o tratamento. Após PAP, o nível de decâmeros PRDX2SO2/3 foi também menor nestes doentes. Os níveis de monómeros PRDX2 e PRDX2SO2/3 correlacionaram-se negativamente com os níveis de insulina/triglicéridos e HbA1C, respetivamente. Após PAP, os níveis de decâmeros PRDX2SO2/3 correlacionou-se positivamente com os níveis de adrenalina. Conclusões: O estado redox/oligomérico da PRDX2 do GV é diferencialmente modulado nos doentes DTM2/SAOS em comparação com doentes SAOS. Decâmeros PRDXSO2/3 induzidos pelo tratamento e associadas à função protetora “chaperone” estão diminuídos em doentes DMT2/SAOS. O impacto clínico destas descobertas, necessita de mais investigação e validação.
