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- O Risco de morrer por doença crónica em Portugal de 1980 a 2012: tendência e padrões de sazonalidadePublication . Nunes, BaltazarOs indicadores de mortalidade são, neste momento, a fonte mais estável e disponível de informação sobre o estado doença da população portuguesa, principalmente devido à escassez de indicadores de morbilidade com larga abrangência temporal e nacional. Desta forma, parte importante do planeamento em saúde é assente em indicadores e metas de mortalidade. Nesta comunicação será revista a evolução do risco de morrer pelas principais doenças crónicas que afetam a população portuguesa num período de 32 anos. Serão descritas as principais tendências, por género e grupo etário, assim como os fatores que potencialmente lhes poderão estar associados. Numa escala intra-anual será também descrita a variação mensal do risco de morrer por doença crónica, entre 1980 e 2012, procurando revelar os seus comportamentos padrão assim como as suas alterações com o tempo, e em que medida é que estas alterações poderão estar associadas, como descrito anteriormente, à evolução das condições sociais, ambientais, comportamentais da população, tal como do sistema de saúde onde se inserem.
- Violência física contra as pessoas idosas em contexto familiar na região Norte: estudo caso-controloPublication . Kislaya, Irina; Santos, Ana João; Nunes, Baltazar; Gil, Ana PaulaO fenómeno da violência física é reconhecido como um problema de saúde pública1 pela sua associação às maiores taxas de morbilidade e mortalidade2,3. O conhecimento dos fatores de risco para a violência é fundamental para definição das estratégias de intervenção e prevenção. O objetivo do presente estudo foi avaliar os fatores de risco de violência física contra as pessoas idosas em contexto familiar a residir na comunidade. Material e Métodos Realizou-se um estudo de caso-controlo tendo como amostra 157 casos de vítimas de alegada agressão física, com 60+ anos residentes na região Norte, que tinham apresentado queixa na GNR ou foram alvo de perícia médico-legal no INMLCF, IP. Os 160 controlos foram selecionados da população da mesma área geográfica por amostragem aleatória simples, via geração aleatória dos números de telefone. As características sociodemográficas e do estado de saúde foram comparadas entre casos e controlos recorrendo à regressão logística não condicional. Resultados Após ajustamento para o sexo, idade e estado civil, a coabitação, OR=6.72, IC95%=[2.72, 16.62], e sofrer de pelo menos uma doença crónica, OR=4.38, IC95%=[2.21, 8.72], foram fatores significativamente associados com maior risco da violência física. Verificou-se um efeito protetor do apoio social, OR=0.23, IC95%=[0.09, 0.59]. Conclusões Este estudo evidencia o efeito independente da coabitação, estado de saúde e apoio social na ocorrência da vitimização por agressão física em contexto familiar. O conhecimento dos fatores associados à violência constitui um primeiro passo para o planeamento das políticas na área de saúde que visem assegurar um envelhecimento mais saudável e seguro.
- O impacte da gratuitidade da vacinação antigripal na cobertura vacinal da população de Portugal continental com 65 ou mais anos de idade: Estudo na amostra ECOSPublication . Nunes, Baltazar; Sousa-Uva, Mafalda; Roquette, Rita; Contreiras, Teresa; Dias, Carlos MatiasIntrodução: Na época 2012-2013 o Ministério da Saúde iniciou a distribuição gratuita da vacina antigripal sazonal (VAGS) à população com 65 ou mais anos. O objetivo do presente estudo foi estimar o impacte desta medida na cobertura da VAGS na população idosa durante épocas 2011-12 e 2013-14. Material e Métodos: Desenvolveram-se três estudos transversais, nas épocas 2011-12, 2012-13 e 2013-14, com inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra ECOS (Em Casa Observamos Saúde), em Março de 2012, Outubro de 2013 e Dezembro 2013. O painel ECOS é constituído por uma amostra aleatória de Unidades de Alojamento (UA), contactáveis por telefone fixo ou móvel, que representaram nos três estudos 2719 a 3182 indivíduos. Foi inquirido um elemento com 18 ou mais anos por UA que prestou informação sobre si e restantes elementos do agregado. O impacte da gratuitidade da VAGS foi medido comparando a cobertura da VAGS nas épocas pós gratuidade com a época 2011-12. Resultados: Nas três épocas em estudo a estimativa da cobertura da VAGS, na população com 65 ou mais anos, foi 43,4%, 44,9% e 49,9%, sendo alterada a tendência decrescente observada pós pandemia. Em 2013-14, o aumento absoluto da cobertura da VAGS, relativamente a 2011-12, foi de 6,5% (IC95% -5,0 a 18,0%), o que corresponde a um aumento relativo de 15%. Discussão e Conclusões: Apesar de não significativo, após a introdução da gratuitidade da vacina, observou-se um aumento da cobertura VAGS na população com 65 ou mais anos, o que sublinha a importância deste sistema de monitorização.
- As características dos indivíduos com idade acima de 50 anos e diagnosticados com infeção VIH em Portugal no período 1983-2013Publication . Shivaji, Tara; Cortes Martins, Helena; Diniz, AntónioIntrodução Nos últimos anos a nível mundial, o número de indivíduos com idade acima de 50 anos e diagnosticados com infecção VIH, tem aumentado. A população portuguesa está a envelhecer e, por este facto, precisamos de compreender as características da epidemia do VIH nesta faixa etária, de modo a prevenir a infeção e facilitar o acesso a cuidados médicos. Material e Métodos Foi realizada uma análise descritiva dos casos de VIH em indivíduos de 50 ou mais anos no momento do diagnóstico e com notificação ao Núcleo de Vigilância Laboratorial de Doenças Infecciosas do INSA, entre 1983 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados No período do estudo foram notificados 6782 casos de infeção VIH, dos quais 2653 indivíduos (39%) desenvolveram SIDA. A análise da distribuição por sexo revela um ratio homem: mulher de 2.5. A maioria dos casos (4987;77%) registou-se em indivíduos nativos de Portugal e reportando a categoria de transmissão “heterossexual” (5509; 81%). Em 2013, os indivíduos da faixa etária em estudo foram responsáveis por 26% dos casos de infeção VIH registados neste ano, correspondendo a uma taxa de 8,4 casos de infeção VIH /100.000 indivíduos. Discussão e Conclusões O perfil epidemiológico da infecção VIH evoluiu ao longo dos 30 anos da epidemia e actualmente os indivíduos com idade acima de 50 anos representam um quarto de todos os novos diagnósticos de VIH feitos em Portugal. O conhecimento desta evolução é da maior importância para o desenho e optimização dos programas de prevenção e intervenção.
- Amianto - Localização, Aplicação e RiscoPublication . Proença, Carmo
- Quedas, diferenças ao longo da idade e sexoPublication . Rodrigues, Emanuel; Contreiras, TeresaA problemática relacionada com a “segurança no lar, escolas e espaços de lazer” impôs o desenvolvimento do sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes em 2000, coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge em estreita colaboração com a Administração Central dos Sistemas de Saúde e pretende, pela recolha e análise de dados sobre Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) que implicaram recurso às urgências de unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde, determinar frequências e tendências dos ADL. A longo prazo este sistema tem como objectivo identificar situações de risco, bem como produtos perigosos, que propiciem a ocorrência de ADL, auxiliando a definição de políticas de prevenção baseadas na evidência. O presente estudo pretende realizar uma análise descritiva dos dados recolhidos pelo sistema EVITA entre 2009 a 2012 sobre quedas, desejando que o mesmo possa ser um ponto de partida para um estudo das diferenças deste tipo de acidentes consoante o sexo e grupo etário.O sistema EVITA fundamenta-se no registo de ADL numa amostra de serviços de urgência do SNS. ADL são todos os acidentes domésticos e de lazer, registados nas urgências do SNS, cuja causa não seja doença, acidente de viação, acidente de trabalho ou violência. Para o presente estudo foram escolhidos 5 Hospitais em 2009 e 4 Hospitais em 2010, 2011 e 2012 do Serviço Nacional de Saúde. O registo dos ADL é feito aproveitando o ato administrativo de inscrição na urgência, sendo os administrativos objeto de uma formação específica. É recolhida informação sobre variáveis de caracterização demográfica: data de nascimento, sexo; caracterização do acidente: data, hora, local, atividade no momento do acidente, mecanismo da lesão, tipo de lesão, parte do corpo lesada, descrição do acidente e seguimento do sinistrado. Os dados apresentados neste relatório referem-se aos acidentes domésticos e de lazer que tiveram como mecanismo de lesão a queda. A análise dos dados é descritiva, procurando dar-se uma visão da distribuição percentual deste tipo de acidentes desagregado por grupos etários e sexo. Os dados foram analisados com o pacote estatístico SPSS 20.0 (SPSS inc.).Analisando a distribuição percentual dos acidentados por sexo e grupo etário, podemos verificar que, o “Total” dos ADL revela uma percentagem mais elevada (53,6) no sexo Masculino (M) em relação ao sexo Feminino (F) de 46,4. Esta percentagem mais elevada no sexo masculino pode, também, ser observada nos grupos etários entre os 0 e 54 anos. Por outro lado, todos os grupos etários seguintes (>= 55 anos) revelaram o oposto, ou seja, a percentagem de ADL no sexo feminino foi superior ao sexo masculino. Observando os mecanismos de lesão que mais contribuíram para o número de ADL, as quedas (68,7) destacam-se de forma pronunciada como a maior causa de ADL. A distribuição das quedas por grupo etário e sexo revela que nos grupos etários 0 a 44 anos existe uma maior percentagem de quedas no sexo masculino enquanto que nos grupos etários 45 e mais anos existe uma percentagem maior deste tipo de ocorrência no sexo feminino. Ao observarmos a percentagem de ADL por mecanismo de lesão (2º nível), os mecanismos de lesão “Queda ao mesmo nível” (32,5) e “Queda, não especificado” (28,6) revelaram as maiores percentagens de ADL. É importante ainda notar que a “Queda sobre ou de escadas” revelou-se como a quinta causa com maior percentagem de acidentes com 5,2 %. A distribuição, para os grupos etários definidos, das lesões no sexo feminino revelou percentagens mais elevadas, nos membros, seguida da cabeça e por fim o tronco. O sexo masculino revelou o mesmo padrão exceto no grupo etário 55-64 anos onde as lesões na cabeça apresentaram maior percentagem. Os resultados permitem inferir que seria importante a realização de um estudo mais aprofundado acerca das causas das diferenças de percentagens de quedas entre os sexos e grupos etários, este tipo de informação poderá ser bastante útil de forma a promover medidas preventivas mais eficazes e especificas tendo em vista as características dos indivíduos, neste caso o sexo ou o grupo etário.
- Perfil farmacogenético da população do Algarve: resultados do estudo piloto do Inquérito Europeu de Saúde com Exame FísicoPublication . Gaio, Vânia; Picanço, Isabel; Baltazar, Nunes; Aida, Fernandes; Mendonça, Francisco; Horta Correia, Filomena; Beleza, Álvaro; Gil, Ana Paula; Bourbon, Mafalda; Vicente, A.M.; Dias, Carlos Matias; Barreto da Silva, MartaIntrodução: As falhas terapêuticas e reações adversas a medicamentos (RAM) representam um problema de saúde pública, sendo parcialmente determinadas pela variabilidade genética individual. Torna-se assim fundamental conhecer o perfil farmacogenético da população para adequar a terapêutica a cada paciente e minimizar as RAM. O objetivo deste estudo consistiu em determinar o perfil farmacogenético da população do Algarve, comparando-o com outras populações. Métodos: Um estudo transversal foi desenvolvido no contexto do estudo piloto do Inquérito Europeu de Saúde com Exame Físico. O perfil farmacogenético foi definido para um total de 208 participantes em relação a sete classes de medicamentos (tiopurinas, clopidogrel, varfarina, fluoropirimidinas, irinotecano, codeína e antidepressivos tricíclicos) utilizando informação sobre 47 variantes genéticas em genes envolvidos na sua metabolização. Foi realizada uma análise Pairwise Fst para avaliar a distância genética entre populações e comparação com estudos prévios. Resultados: Verificámos que 84.6% possui pelo menos um alelo de risco para desenvolver falha terapêutica ou RAM e 18.9% dos participantes são metabolizadores intermédios ou deficientes para pelo menos 3 medicamentos em simultâneo, relativamente aos medicamentos considerados. Foram detetadas 4 variantes com grande diferenciação entre as populações. Conclusões: As variantes genéticas que conferem risco de desenvolver RAM ou falha terapêutica apresentam uma frequência elevada na população do Algarve. Visto que os medicamentos analisados são os mais frequentemente prescritos em Portugal, a determinação prévia do perfil farmacogenético do indivíduo, será importante para conseguir evitar a falha terapêutica e/ou RAM, o que terá benefícios ao nível da saúde pública para além de consideráveis impactos económicos.
