DEP - Livros científicos
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- Envelhecimento e violênciaPublication . Gil, Ana Paula; Santos, Ana João; Kislaya, Irina; Nicolau, RitaO projeto Envelhecimento e Violência (2011-2014), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, é coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP e tem como entidades parceiras: o CESNOVA da Faculdade Ciências Sociais e Humanas da UNL (CESNOVA/FCSH); o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, IP (INMLCF, IP); a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV); o Instituto da Segurança Social, IP (ISS, IP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR). O projeto compreendeu dois estudos distintos: o estudo populacional sobre a violência e o estudo sobre vítimas de violência. Através deste projeto pretendeu-se estimar o número de vítimas de violência na população com 60 e mais anos residente em Portugal, bem como reconstituir a lógica e as condições de ocorrência de tais situações no contexto da vida familiar. O número de vítimas de violência foi estimado com base num inquérito telefónico aplicado à população portuguesa com 60+ anos. Para aprofundar o conhecimento sobre o fenómeno, constituiu-se paralelamente uma amostra de vítimas de crime e violência, com 60 e mais anos, que foram sinalizadas pelas entidades parceiras. Estudo populacional sobre a violência O estudo populacional sobre a violência, baseado numa amostra de 1123 pessoas, concluiu: - 12.3% da população com 60+ anos (cerca de 314 mil pessoas) foi vítima de, pelo menos, uma conduta de violência, nos 12 meses anteriores à entrevista, por parte de um familiar, amigo, vizinho ou profissional remunerado; - Estimou-se que 123 em 1000 pessoas com 60+anos foi vítima de alguma forma de violência (física, psicológica, financeira, sexual ou negligência); Dos cinco tipos de violência avaliados (financeira, física, psicológica, sexual e negligência) destacam-se as seguintes estimativas: - Violência financeira – 6.3% da população com 60+ anos (cerca de 160 mil pessoas) foi vítima de, pelo menos, uma conduta de violência financeira; - Violência psicológica – 6.3% da população com 60+ anos (cerca de 161 mil pessoas) foi vítima de, pelo menos, uma conduta de violência psicológica; - Violência física – 2.3% da população com 60+ anos (cerca de 58 mil pessoas) foi vítima de, pelo menos, uma conduta de violência física; - Menos frequentes – negligência (0.4% da população com 60+anos) e violência sexual (0.2% da população com 60+anos). Diferentes agressores foram identificados de acordo com os tipos de violência. Na violência financeira os principais agressores foram os descendentes, onde se incluem filhos/enteados e netos, seguidos dos outros familiares (irmãos, cunhados, sobrinhos, entre outros). São também os outros familiares os principais agressores reportados pelas vítimas de violência psicológica, seguidos dos cônjuges ou companheiros (atuais ou ex). Mais de metade das condutas de violência física foram da responsabilidade dos cônjuges ou companheiros (atuais ou ex). Do total de vítimas, somente um terço denunciou ou apresentou queixa sobre a situação de violência vivida. Quando procurou ajuda, a maioria dirigiu-se às forças de segurança (PSP ou GNR) para denunciar a sua situação de vitimização. Embora com menor frequência, as vítimas também denunciaram a situação a elementos da rede social informal (e.g. familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho) e a profissionais de saúde. Estudo sobre vítimas de violência O estudo sobre vítimas de violência foi desenvolvido em estreita colaboração com as entidades parceiras que sinalizaram vítimas que recorreram aos seus serviços, às quais foi aplicado um questionário. Deste modo constitui-se uma amostra não probabilística de 510 pessoas com 60+ anos vítimas de violência em contexto familiar que contactaram uma das seguintes entidades: APAV; INMLCF, IP; ISS, IP; GNR. Os resultados deste estudo indicam que a violência denunciada pelas vítimas se traduziu em violência física (violência continuada). A maioria das vítimas vivenciou polivitimização, ou seja, múltiplos tipos de violência (74.1%). As combinações de violência mais frequentes foram a “física, financeira e psicológica” e a “física e psicológica”. Os indivíduos que afirmaram ter pouco apoio da rede informal, que viviam em coabitação com o agressor e que mantinham com este uma relação conflituosa prévia à ocorrência da violência encontravam-se em maior risco de polivitimização. A maioria dos agressores pertencia à família nuclear, designadamente, cônjuges ou companheiros (atuais ou ex), filhos/enteados e filhas/enteadas. Contudo verificaram-se diferenças segundo o género de vítima. Nas vítimas do sexo feminino, os cônjuges ou companheiros (atuais ou ex) foram indicados como os principais agressores, seguidos dos descendentes do sexo masculino. Já no caso das vítimas do sexo masculino, os descendentes do sexo masculino foram os principais perpetradores, enquanto os cônjuges ou companheiros (atuais ou ex) representavam mais de um terço dos agressores. Os dois estudos realizados no âmbito do projeto Envelhecimento e Violência são indicativos da relevância que o problema tem na sociedade portuguesa e os resultados demonstram que as vítimas de violência que residem na comunidade são sobretudo vítimas da família, seja alargada ou nuclear. Os laços familiares, a proteção da família e o medo de represálias são razões fortes para silenciar as vítimas de violência e a denúncia constituiu ainda um tabu para muitas vítimas. Nesse sentido, é importante dar visibilidade social ao problema, que para além de constituir um problema social, com impactos na saúde, é entendido também como uma violação grave dos direitos do Homem. Neste contexto torna-se premente a reflexão sobre um conjunto de recomendações que contribuam para o combate e prevenção deste problema.
- Nunca, nunca se esqueçam das pessoas! Homenagem a José Marinho FalcãoPublication . Rebelo de Andrade, Helena; Batista, Inês; Falcão, Isabel Marinho; Nunes, BaltazarO Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através de uma iniciativa de um grupo de colegas de José Marinho Falcão, publica um livro de homenagem ao antigo diretor do Instituto Ricardo Jorge, dada a sua relevância para o INSA atual e a sua visão da Saúde Pública e da Epidemiologia. Intitulado “Nunca, nunca se esqueçam das pessoas!”, o livro conta com prefácio de Fernando de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Ricardo Jorge, e contributos de antigos colegas de trabalho, alunos e amigos, que com ele partilharam múltiplas experiências e projetos variados ao longo da vida. A publicação divide-se em três capítulos principais, cada um deles associado a um aforismo frequentemente utilizado por Marinho Falcão: Capítulo 1 – Nota biográfica (“Não interessa o que faças, desde que o faças bem feito!”): inclui fotografias e um conjunto de notas biográficas sobre a vida de Marinho Falcão, abordando aspetos da família, dos amigos e da vida social e profissional, primeiro como médico e depois como epidemiologista e professor; Capítulo 2 – Testemunhos (“Nada do que fiz teria feito bem sem os meus companheiros de trabalho do Centro de Saúde de Cascais, do Inquérito Nacional de Saúde, da Divisão de Epidemiologia, da Escola Nacional de Saúde Pública, do Centro de Epidemiologia e Bioestatística, do Observatório Nacional de Saúde”): compilação dos textos escritos por algumas individualidades da Saúde Pública e Epidemiologia nacional e internacional, colegas de trabalho, amigos e alunos; Capítulo 3 - Editoriais do Observações e Comentários (“A verdade é que é revolucionária!”): neste capítulo apresentam-se os editoriais da newsletter “Observações”, escritos por José Marinho Falcão desde setembro de 1998, data da edição do 1º exemplar, alguns dos quais comentados por colegas de trabalho ou alunos. Estes textos, escritos com enorme clareza, rigor, assertividade e, até algum humor, permitem ao leitor compreender, facilmente, as mensagens propostas, são, na opinião da equipa de coordenação editorial do livro, «reveladores da sua grande capacidade de “observação” e da sua “habilidade” para encontrar soluções para os problemas identificados». José Carlos Marinho Falcão foi colaborador do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) entre 1994 e 2010, período durante o qual fundou e desempenhou funções como responsável do Centro de Epidemiologia e Bioestatística, do Observatório Nacional de Saúde e do atual Departamento de Epidemiologia. Foi ainda diretor do INSA entre 1999 e 2000. Foi uma figura ímpar da Epidemiologia e da Saúde Pública em Portugal, tendo permitido a projeção do INSA, tanto ao nível nacional como internacional. O seu legado para a Epidemiologia e Saúde Pública em Portugal e na Europa é inegável, tendo desenvolvido vários sistemas de vigilância epidemiológica (Rede Médicos-Sentinela, Gripe, Mortalidade Diária, EUROMOMO, Sistema ÍCARO), instrumentos de observação (Inquérito Nacional de Saúde, ECOS: Em Casa Observamos Saúde), e ainda realizado vários estudos epidemiológicos que foram essenciais para a tomada de decisão em Saúde Pública. O livro foi apresentado, dia 3 de junho, em Lisboa, no âmbito da Reunião da Primavera da Associação Portuguesa de Epidemiologia.
- Observatório Nacional de Saúde: coletânea do Boletim Observações (1998-2009)Publication . Departamento de EpidemiologiaColetânea do Boletim Observações editado entre 1998-2009 pelo Observatório Nacional de Saúde fundado pelo Dr. Marinho Falcão, atual Departamento de Epidemiologia do INSA.
