Browsing by Author "Van der Kellen, A."
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- Determinação do bisfenol A e éter diglicidílico do bisfenol A em alimentos enlatadosPublication . Vilarinho, Fernanda; Van der Kellen, A.; Sendón, R.; Figueira, M.E.; Vaz, M.F.; Sanches Silva, A.O Bisfenol A (BPA) é um composto químico produzido a larga escala. De facto a produção mundial de BPA por ano é superior a 3,5 milhões de toneladas. Devido às suas características de resistência e elasticidade este composto é utilizado na produção de diversos produtos, como policarbonato e resinas epóxi. As resinas epóxi são obtidas comercialmente a partir da reação entre o bisfenol A e a epicloridrina que resulta no éter diglicidílico de bisfenol A, também conhecido como BADGE e estão presentes no revestimento de embalagens de alimentos enlatados. A União Europeia estabeleceu um limite de migração específica (LME) para o BPA de 0,6 mg/kg de alimento (Regulamento (EU) nº 10/2011 da comissão 2011). O presente trabalho teve como propósito a determinação de BPA e de BADGE em materiais em contato com alimentos. Neste sentido, procedeu-se ao desenvolvimento, otimização e validação de um método para determinação destes dois compostos por Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada a um Detetor de Fluorescência (UHPLC-FL). Foram analisadas amostras de pescado enlatado, de diferentes marcas, disponíveis no mercado português, no período de Janeiro a Julho de 2017. Os parâmetros de validação determinados foram a especificidade, linearidade e gama de trabalho, limite de deteção, limite de quantificação, repetibilidade, precisão e exatidão. Os valores da Precisão (expressos em % de desvio padrão relativo) encontram-se em conformidade com os citérios de validação para métodos analíticos, tendo sido sempre inferiores a 4,9% e a recuperação foi aceitável nos 4 níveis de fortificação testados. Verificou-se que todas as amostras cumpriram com os limites máximos permitidos pela legislação europeia em vigor, garantindo assim a segurança do consumo destes alimentos.
- Migração de bisfenol a partir de materiais em contacto com alimentosPublication . Van der Kellen, A.; Vilarinho, Fernanda; Andrade, M.; Figueira, M.E.; Vaz, M. Fátima; Sanches Silva, A.O bisfenol A (BPA) é maioritariamente utilizado na produção de policarbonato, um material com elevada durabilidade e resistência (Cheng et al. 2017). Este composto químico é utilizado na produção de resinas epóxi, usadas no revestimento de superfícies metálicas em contato com os alimentos (Biles, McNeal, and Begley 1997). O BPA tem sido vastamente reportado pelos meios de comunicação social como sendo alvo de diversos estudos científicos, visto que, estamos perante um xenoestrogénio com uma estrutura química idêntica à do 17β-estradiol, o que permite que este interaja com os recetores estrogénicos humanos (Rubin 2011, Takayanagi et al. 2006; Witorsch 2002). Entre os seus efeitos mais reportados encontram-se a produção de alterações no sistema reprodutor masculino/feminino e os efeitos negativos persistentes na estrutura e função cerebral (Takayanagi et al. 2006, Richter et al. 2007). Assim sendo, torna-se essencial a sua monitorização para evitar o potencial risco da saúde da população (Hoekstra and Simoneau 2013). A União Europeia estabeleceu um limite de migração específica (LME) para o BPA de 0,6 mg/kg de alimento (Regulamento (UE) No 10/2011 Da Comissão 2011). No presente trabalho realizou-se uma vasta revisão da literatura para averiguar o estado da arte do BPA, quer no que respeita às metodologias analíticas utilizadas para a sua determinação, quer no que respeita aos níveis de migração detetados nos alimentos. Esta revisão teve como principal foco a última década. Constatou-se que as metodologias mais utilizadas para a determinação de BPA através de métodos cromatográficos são: 1) cromatografia líquida de alta ou ultra resolução (HPLC ou UHPLC) acoplada a detetor de fluorescência (FL) ou a espectrometria de massa (MS) e 2) cromatografia gasosa acoplada a MS. A sensibilidade dos métodos foi comparada por avaliação dos limites de deteção (LOD). Quanto aos níveis de migração encontrados a partir de diferentes tipos de materiais de contato com os alimentos, verificou-se que apesar da grande maioria dos estudos terem apresentado amostras positivas, nenhuma delas ultrapassou o valor de LME estabelecido pela União Europeia.
