Browsing by Author "Ramos, Teresa"
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- Autoimunidade: enquadramento e abordagem laboratorialPublication . Ramos, TeresaResumo: Fala-se em Autoimunidade quando a resposta imune de um hospedeiro é dirigida contra componentes do próprio, levando à produção de anticorpos (Ac) contra autoantigénios específicos e causando danos tecidulares de forma perpetuada. Na sua origem podem estar múltiplos factores, sendo a predisposição genética um dos factores predominantes. As doenças autoimunes (DA) classificam-se essencialmente em duas categorias,consoante a dimensão do que afetam: Específicas de órgão ou de caráter multissistémico. O diagnóstico laboratorial é feito essencialmente através da pesquisa de auto-anticorpos. No diagnóstico de DA sistémicas (exº: AR, LES, esclerose múltipla, esclerodermia) é feita a pesquisa de autoanticorpos antinucleares ANA, no nosso caso por Imunofluorescência Indireta (IFI) e complementado com a pesquisa de autoantigénios específicos Enas, por Imunoblot. No diagnóstico de DA específicos de órgão são utilizados diversos métodos imunoenzimáticos, sendo o ELISA o mais utilizado no nosso laboratório (exº: pesquisa de Ac anti-tiroideus, anti-cardiolipina, anti-transglutaminase). A identificação do tipo de ANA é feito através dos diferentes padrões de fluorescência observados nas células Hep2 (substrato) e contribui para o diagnóstico diferencial e avaliação do prognóstico. Na avaliação de hepatites crónicas autoimunes e cirrose biliar primária é utilizado um substrato baseado em cortes de tecidos (fígado, rim e estômago de rato) para pesquisa de Ac anti-AMA, anti-ASMA e anti-LKM, também por IFI. Os parâmetros mais pedidos no nosso laboratório, nesta área, são os Ac anti-tiroideus (Tg e TPO) e os Ac anti-nucleares, ANA, com uma percentagem de positividade de 19 a 25%.
- Avaliação da função tiroideia na população adulta portuguesaPublication . Ramos, Teresa; Mariano, Cibelle; Bourbon, MafaldaA Disfunção Tiroideia (DT) nas suas múltiplas formas patológicas, constitui um importante problema de saúde, geralmente subdiagnosticada, com uma prevalência estimada de 4-8%. A determinação da concentração de TSH em combinação com as frações FT4 e FT3 constitui o procedimento laboratorial principal para obter a informação precisa sobre a função tiroideia (FT). Neste trabalho, fez-se uma avaliação da FT na população portuguesa, baseada na amostragem do estudo e_COR, através do doseamento da TSH e da FT4 em 1673 indivíduos, distribuídos pelas 5 regiões de Portugal continental. A média destes dois parâmetros e a percentagem de indivíduos com TSH e FT4 com valores fora do intervalo de referência, foram avaliados de forma a obter uma estimativa da DT associada a critérios de hipo e hipertiroidismo. De acordo com estes critérios, obteve-se 7,77% de indivíduos com hipotiroidismo subclínico (4,00% mulheres e 3,77% homens) e 5,86% com FT4 diminuída (3,83% mulheres e 2,03% homens). Por outro lado, obteve-se 0,54% com hipertiroidismo subclínico e 1,44% com FT4 aumentada. Estas percentagens estão no geral em concordância com a literatura, e a elevada percentagem de hipotiroidismo subclínico mostra a importância da avaliação da FT na população pois constitui risco de desenvolvimento de hipotiroidismo clínico e suas consequências.
