DGH - Apresentações orais em encontros nacionais
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Browsing DGH - Apresentações orais em encontros nacionais by Author "Aguiar, Laura"
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- Diferenças genotípicas entre o sudoeste da Europa e África: um estudo comparativo em genes relacionados com a hipertensãoPublication . Aguiar, Laura; Semente, Ildegário; Carvalho, Andreia; Ferreira, Joana; Caria, Helena; Damasceno, Albertino; Faustino, Paula; Inácio, Ângela; Bicho, ManuelIntrodução: Desde o surgimento do género Homo, os hominídeos ocuparam uma grande variedade de ambientes com relação ao clima. Assim, espera-se que as pressões seletivas variem amplamente entre diferentes regiões geográficas. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi comparar a frequência genotípica em genes que têm sido propostos como potenciais moduladores da hipertensão arterial (HTA), uma doença multifatorial cujo contributo genético é importante, no sudoeste da Europa e em África. Os genes analisados foram: sintase do óxido nítrico endotelial (eNOS), glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), alfa-globina (HBA) e enzima conversora da angiotensina (ECA). Material e métodos: Foram analisadas 224 amostras de DNA de Portugal e 202 amostras de África (24 amostras de DNA de Moçambique e 178 amostras de DNA de São Tomé e Príncipe). Para o gene eNOS, a análise polimórfica do número variável de repetições em tandem (VNTR) no intrão 4 (repetição em tandem de 27 pb) foi realizada por reação em cadeia da polimerase (PCR). A caracterização do SNP rs1050829 no gene G6PD foi obtida por PCR seguida de análise do comprimento do fragmento de restrição. Para a pesquisa da deleção α-talassémica de -3,7kb no agrupamento génico da α-globina foi usada uma metodologia de Gap-PCR. A genotipagem do polimorfismo da ECA I/D (inserção/ deleção) foi realizada por PCR. Todas as análises estatísticas foram realizadas recorrendo ao software SPSS, versão 24.0, sendo o nível de significância estatística estabelecido para p <0,05. Resultados: Os resultados mostram que, em relação ao gene eNOS, os genótipos que apresentam o alelo 4a (quatro cópias de repetições de 27 pb) têm uma frequência menor em Portugal do que em África (p <0,001). Curiosamente, apenas em África encontramos os alelos raros 4c, 4d e 4y. Para o gene G6PD (cromossoma X) há uma menor frequência dos genótipos com o alelo G em Portugal, comparado com a população africana (p <0,001). A presença da deleção α-talassémica de -3,7kb é comum em África, mas rara em Portugal (p <0,001). Em relação ao gene ECA, não se encontram diferenças estatisticamente significativas entre as populações estudadas (p =0,151). Conclusão: Os nossos resultados mostram diferenças na distribuição geográfica de três polimorfismos que potencialmente influenciam o desenvolvimento da HTA. Estas diferenças podem estar relacionadas com diferentes pressões seletivas proporcionadas pelos diferentes climas no sudoeste da Europa e na África equatorial e subequatorial. De facto, condições como o calor e a humidade estão associadas a maior perda de sódio.
- Polimorfismos genéticos e a sua interação na suscetibilidade para a hipertensão na população portuguesaPublication . Aguiar, Laura; Semente, Ildegário; Ferreira, Joana; Mascarenhas, Mário Rui; Barbosa, Ana Paula; Menezes Falcão, Luís; Faustino, Paula; Bicho, Manuel; Inácio, ÂngelaIntrodução: A Hipertensão Arterial (HTA) é um fator de risco cardiovascular muito prevalente em Portugal. Esta patologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a potencial implicação de polimorfismos genéticos nos genes da sintase do óxido nítrico endotelial (eNOS) e da enzima conversora da angiotensina (ECA) e da sua interação no desenvolvimento da HTA na população portuguesa. Material e métodos: Foi realizado um estudo de caso-controlo para uma amostra de 377 indivíduos portugueses, dos quais 243 hipertensos (90 hipertensos ligeiros e 153 hipertensos graves) e 134 normotensos. As amostras foram recolhidas no Centro Hospitalar Lisboa Norte, no Hospital de Santa Maria. As análises polimórficas do número variável de repetições em tandem (VNTR) no intrão 4 (repetição em tandem de 27 pb) do gene eNOS e do polimorfismo ECA I/D (inserção/ deleção) foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR). Todas as análises estatísticas foram realizadas recorrendo ao software SPSS, versão 24.0, sendo o nível de significância estatística estabelecido para p <0,05. Resultados: Quando os polimorfismos foram analisados isoladamente, encontrou-se uma associação entre alelo 4a (quatro cópias de repetições de 27 pb) do gene eNOS e a hipertensão, em especial a hipertensão grave (p =0,001). Em relação ao gene ECA, não se encontram diferenças estatisticamente significativas entre doentes e controlos. No entanto, para a interação entre os polimorfismos nos genes eNOS e ECA, encontrou-se uma associação do alelo 4a do gene eNOS e do alelo D do gene ECA e a hipertensão ligeira (p =0,049). Conclusão: Os nossos resultados mostram uma associação entre o gene eNOS e a HTA na população portuguesa. Os resultados ainda sugerem uma relação entre a interação epistática nos genes eNOS e ECA e a suscetibilidade para o desenvolvimento de hipertensão. A identificação de polimorfismos genéticos que possam influenciar o desenvolvimento e gravidade da HTA, bem como as suas interações epistáticas, pode permitir um diagnóstico mais precoce e específico, que pode proporcionar melhores estratégias terapêuticas e de prevenção, para esta doença tão prevalente em Portugal.
