INSA - Artigos em revistas nacionais
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Browsing INSA - Artigos em revistas nacionais by Author "Alves, Maria João"
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- Doenças transmitidas por vectores em Portugal [editorial]Publication . Alves, Maria JoãoAs doenças transmitidas por vectores (DTV) representam uma ameaça global significativa. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as DTV representam 17% de todas as doenças infeciosas, causando mais de 700 000 mortes por ano em todo o Mundo. Enquanto que nos trópicos e subtrópicos os mosquitos encontram-se entre os vectores responsáveis por patologias com milhares de casos de infeção por ano, como por exemplo a malária, febre amarela, dengue entre outras, na Europa são os ixodídeos os vetores que apresentam maior relevo. Na Europa, a DTV mais prevalente é a Encefalite Transmitida por Carraças (na sigla em inglês TBE, Tick-borne Encephalitis). O vírus da TBE é um flavivírus transmitido por carraças do género Ixodes, sobretudo Ixodes ricinus, e provoca anualmente cerca de 3000 infecções confirmadas. Em Portugal, apesar do vector estar presente, nunca foram notificados casos autóctones de TBE nem identificadas carraças positivas para este vírus em pesquisas sistemáticas realizadas desde 1987 pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. [...]
- Rede de Vigilância de Vetores - Flebótomos: a importância da vigilância de um vetor menos conhecidoPublication . Amaro, Fátima; Osório, Hugo; Silva, Manuel; Freitas, Inês Campos; Soares, Patrícia; Vilares, Anabela; Martins, Susana; Reis, Tânia; Gargaté, Maria João; Alves, Maria João; Equipa REVIVEO programa REVIVE (Rede de Vigilância de Vetores) resulta de colaboração entre a Direção-Geral da Saúde, as Administrações Regionais de Saúde do Algarve, Alentejo, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Norte, a Direção Regional da Saúde da Madeira, a Direção Regional da Saúde dos Açores e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. No âmbito do REVIVE é realizada a vigilância entomológica, a nível nacional, de mosquitos (Culicidae) desde 2008, carraças (Ixodidae) desde 2011 e flebótomos (Psychodidae) desde 2016. Para se determinar o risco de emergência de doenças transmitidas por flebótomos é indispensável desenvolver procedimentos para uma vigilância entomológica sistematizada. Desta forma, anualmente, de maio a outubro, técnicos colhem, com armadilhas luminosas CDC, flebótomos em todo o território de Portugal continental. Os insetos provenientes das colheitas são enviados para o Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, para identificação de espécies e deteção de agentes patogénicos, nomeadamente flebovírus e Leishmania spp. Contrariamente ao que aconteceu com os culicídeos a partir de 2008 ou com os ixodídeos, a partir de 2011, a vigilância dos flebótomos tem vindo a ser implementada de uma forma gradual desde 2016. Verifica-se que a monitorização destes vetores, apesar de ter sofrido constrangimentos devido à pandemia, tem vindo a aumentar substancialmente nos últimos anos. O objetivo deste trabalho é apresentar, de uma forma sucinta, os resultados obtidos na vigilância de flebótomos em 2023, e no período que decorreu 2016 a 2022, em Portugal continental, realçando os principais riscos em saúde pública relacionados com este vector em Portugal.
- REVIVE 2023 e riscos para a saúde pública em Portugal: vigilância de carraças e agentes patogénicos transmitidos a humanosPublication . Carvalho, Isabel Lopes de; Sousa, Rita de; Luz, Teresa; Parreira, Paulo; Gomes, Maria Salomé; Soares, Patrícia; Zé-Zé, Líbia; Osório, Hugo Costa; Alves, Maria João; Santos, Ana Sofia; Equipa REVIVE; Núncio, Maria SofiaAs carraças são um dos vetores mais importantes de agentes patogénicos para o Homem, com impacto crescente em saúde pública em todo o mundo. Os agentes infeciosos transmitidos por carraças incluem vírus, como o vírus da encefalite transmitida por carraças e da febre hemorrágica Crimeia-Congo, bactérias, tais como os agentes etiológicos da borreliose de Lyme, febre escaro nodular, outras rickettsioses e anaplasmose humana e parasitas protozoários que causam a babesiose. As doenças associadas a carraças estão a emergir e reemergir sendo um dos principais fatores, identificado particularmente no hemisfério norte, o alargamento da distribuição geográfica destes artrópodes que funcionam como vetores. Em Portugal, a vigilância das carraças e dos agentes infeciosos transmitidos é assegurada pela Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE). Neste artigo apresentam-se, de forma resumida, os resultados das carraças colhidas em humanos e dos agentes etiológicos detetados durante o ano de 2023. Nos 430 ixodídeos colhidos em humanos não foram identificadas espécies exóticas. A pesquisa de borrélia, rickettsia e CCHV por métodos moleculares foi efetuada em todos os espécimes de carraça colhidos e identificados, tendo sido observada respetivamente a prevalência anual de 6,7%, 32,8% e 0%. O REVIVE-carraças contribui para o conhecimento da fauna de ixodídeos de Portugal e do seu papel de vetor, representando a componente entomológica indispensável à avaliação do risco de transmissão de doenças potencialmente graves dos programas de vigilância epidemiológica.
