DEP - Posters/abstracts em congressos nacionais
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Browsing DEP - Posters/abstracts em congressos nacionais by Author "Almeida, Ana"
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- Hepatitis A in Portugal – epidemiological overview of incidence in the last decadePublication . Fonseca, Yasmin; Almeida, Ana; Almeida Santos, JoãoBackground. Hepatitis A is an acute liver disease with faecal-oral transmission caused by a hepatotrophic picornavírus - Hepatitis A Virus (HAV). Food contamination with HAV can occur at any time: cultivation, harvesting, processing, handling and even after cooking.1,2 Food and water contamination happens more frequently in developing countries where the disease is common but can also happen in developed countries. Although uncommon, foodborne outbreaks have occurred due to people consuming contaminated fresh and frozen imported food products. Therefore, monitoring the disease is an essential tool for the early implementation of preventive measures, applying the One Health approach to both the human and environmental dimensions to mitigate the impact that an outbreak may have on the population.3 Methods. Retrospective observational study, which analyses the incidence of reported cases of Hepatitis A in Portugal between 2012 and 2022. Data presented were collected from the Directorate-General for Health (DGS) and the European Center for Disease Prevention and Control (ECDC). Descriptive statistics were performed using Microsoft Excel® software. Results. Portugal had 806 cases of Hepatitis A between 2012 and 2022, the majority of which were male (n=597, 74.1%), aged between 25 and 44 years (n=397; 49.3%). Between 2012 and 2016, there was a gradual increase in incidence, from 0.1 in 2012 to 0.5 per 100 000 population in 2016. In 2017, there was a peak in incidence (4.7 per 100 000 population), corresponding to an outbreak of Hepatitis A that year. After 2017, the incidence gradually decreased. However, it never reached values lower than those of 2012, even during the years of the COVID-19 pandemic. During the study period, the incidence in men and women was similar, except between 2016 and 2019, where the incidence in men was higher. In terms of age, the incidence of Hepatitis A by age group showed high heterogeneity over the years, without a predominance. Conclusions. In Portugal, the incidence, except for 2017, was relatively low. However, most diagnoses occur in adults when the disease can present greater severity, with consequences in terms of morbidity and mortality. The decrease in incidence is a good indicator of improved hygiene and sanitary conditions, but it increases the possibility of outbreaks since the population tends to see its natural immunity against the disease reduced. It is essential to monitor the incidence of the disease in the population of Portugal to develop timely public health strategies to control potential outbreaks of Hepatitis A. Strategies to be implemented must take into account not only the human dimension in terms of prevention with vaccination, diagnosis and treatment of the disease but also measures in the environmental dimension, since transmission of the disease occurs via the faecal-oral route, it is essential to implement legislation and measures that promote food and water safety and alert the population to risk behaviours. References. 1Hofmeister MG, Foster MA, Teshale EH. Epidemiology and Transmission of Hepatitis A Virus and Hepatitis E Virus Infections in the United States. 2019. 2Castaneda D, Gonzalez AJ, Alomari M, et al. From hepatitis A to E: A critical review of viral hepatitis. World J Gastroenterol 2021; 27: 1691–1715. 3Jefferies M, Rauff B, Rashid H, et al. Update on global epidemiology of viral hepatitis and preventive strategies. Australia World J Clin Cases 2018; 6:589–599.
- Hospitalizações por Hepatite A em Portugal – Análise da tendência entre 2013-2022Publication . Santos, João Almeida; Fonseca, Yasmin; Almeida, AnaIntrodução: A Hepatite A é uma doença infeciosa provocada pelo vírus da Hepatite A (VHA). A principal via de transmissão é fecal-oral, embora a transmissão sexual tenha vindo a desempenhar um papel mais preponderante na disseminação deste agente. Existe uma associação entre a incidência de Hepatite A com o acesso à água potável e indicadores socioeconómicos. Regiões globais de alta renda têm um reduzido número de novos casos de doença, no entanto a maioria dos diagnósticos é realizado em adultos, faixa etária em que a doença tende a apresentar maior gravidade, com consequências na morbilidade e mortalidade. A infeção por VHA pode ser assintomática, subclínica ou provocar insuficiência hepática aguda. O diagnóstico precoce da infeção é essencial, a hidratação adequada e controlo dos sintomas integram o processo terapêutico. É fundamental a prestação de cuidados intensivos, multidisciplinares para o reconhecimento de fatores de mau prognóstico, como complicações hepáticas ou extra-hepáticas. Objetivo: Caraterizar a tendência de hospitalizações por Hepatite A ocorridas em Portugal entre 2013 e 2022. Material e métodos: Estudo observacional retrospetivo, que analisou a tendência de hospitalizações por hepatite A identificadas na Base de Dados de Morbilidade Hospitalar (BDMH/ACSS), utilizando os códigos 070.0 e 070.1 (ICD-09) e B15 e B15.9 (ICD-10), entre 2013 e 2022. Estatística descritiva foi realizada através SPSS® ver.25 e a tendência das hospitalizações foi estimada através do Joinpoint Regression Program 5.0.2. Resultados: Entre 2013 e 2022, ocorreram 546 hospitalizações por Hepatite A com uma mediana de duração de 5 dias (0-133 dias). A maioria das hospitalizações corresponderam a indivíduos do sexo masculino (n=391; 71,6%), com idades entre 25 e 44 anos (n=231; 42.3%). Apenas 5.5% das hospitalizações envolverem crianças com idade <14anos. Neste período registaram-se 13 óbitos, sendo a maioria do sexo feminino (n=7; 54%), com idades compreendidas entre 44 e 86 anos (mediana 63 anos). A tendência crescente das hospitalizações foi estatisticamente significativa quer quando avaliada globalmente (+40.7, p=0.04), quer quando observada de forma distinta em homens (+53.4, p=0.04) e mulheres (+35.5, p=0.02). A tendência crescente foi mais acentuada em homens do que em mulheres. As faixas etárias 45-64 e >65 anos foram as únicas a apresentar uma tendência crescente estatisticamente significativa (+39.2, p=0.01; +46.8, p=0.004). Discussão e Conclusão: Em Portugal, o número de novos casos de doença reportados é baixo. A diminuição dos casos, apesar de ser um bom indicador da melhoria das condições higieno-sanitárias, aumenta a possibilidade da ocorrência de surtos pois a população tenderá a ver reduzida a sua imunidade natural contra a doença. A maioria dos diagnósticos ocorre em indivíduos de idade adulta, traduzindo-se no aumento da gravidade da doença e consequentemente no aumento das hospitalizações. Nas regiões urbanas, Lisboa e Porto, a disseminação da infeção foi associada maioritariamente a transmissão sexual. A monitorização da doença é fundamental para a implementação precoce de medidas de prevenção, de forma a mitigar danos que um surto possa ter na população e auxiliar no desenvolvimento de estratégias de saúde pública no controlo da Hepatite A.
- Incidência de Sífilis congénita em Portugal e na União Europeia – tendência das últimas décadas (2001-2021)Publication . Santos, João Almeida; Almeida, AnaIntrodução: A sífilis é uma infeção causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo a transmissão vertical ocorrer por via transplacentária ou durante a passagem do recém-nascido (RN) pelo canal do parto. A sífilis precoce não tratada durante a gravidez, pode resultar em morte do feto (40%), RN com sífilis congénita (40%) ou RN sem infeção (20%). As estratégias de controlo incluem o rastreio precoce e tratamento de todas as grávidas e o desenvolvimento de intervenções específicas em grupos de risco elevado. Objetivo: Caraterizar e detetar alterações da tendência temporal relativa à sífilis congénita em Portugal, entre 2001 e 2021 e comparar com a tendência observada na União Europeia (UE). Material e métodos: Estudo retrospetivo, desenvolvido com base nos casos de sífilis congénita (indivíduos <1ano) em Portugal (2001-2021). Os dados foram obtidos a partir da DGS e do Surveillance Atlas of Infectious Diseases (ECDC). Estatística descritiva realizada através SPSS® e a tendência de sífilis congénita estimada através do Joinpoint® ver 5.0.2. Resultados: Entre 2001 e 2021, foram notificados 281 casos de sífilis congénita em Portugal. A incidência mantém-se abaixo dos 21 casos/100000 nados-vivos desde 2007, apresentando heterogeneidade de ano para ano. A variação percentual média anual (AAPC) da incidência apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-5.48%, p<0.001, 2001-2021). Analisando a tendência da variação percentual anual (APC) observaram-se três períodos distintos: 2001-2003 observou-se uma tendência decrescente acentuada (-24.5%); 2003-2017 observou-se uma tendência decrescente menos acentuada mas significativa (-5.6%, p=0.01); 2017-2021 observou-se uma tendência crescente mas estatisticamente não significativa (+11.1%). Apesar dos valores de incidência da UE serem inferiores aos de Portugal, apresentam igualmente três períodos distintos, com o período entre 2016 e 2021 a apresentar uma tendência crescente (+7.5%). Discussão e Conclusão: Apesar da tendência não ter sido estatisticamente significativa, torna-se preocupante observar um aumento do número de casos de sífilis congénita nos últimos anos, quer a nível nacional quer a nível europeu. Este aumento provavelmente reflete o aumento do número de casos de sífilis em adultos observado em Portugal e no resto da Europa. Os resultados observados alertam para a necessidade de serem pensadas estratégias específicas de forma a impedir o sentido da tendência observada.
