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BOOM Festival - Vigilância Epidemiológica num Festival de Música, 2014

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Eventos de massas são eventos cujo número de participantes coloca sobre pressão o planeamento e os recursos dos locais onde decorrem, aumentando os riscos para a saúde, em particular os relacionados com doenças transmissíveis. O BOOM Festival é um festival bienal de música psicadélica Goa‑trance com cerca de 30 000 participantes, com oito dias de duração, tendo lugar nas margens de uma barragem, perto de Idanha‑a‑Nova, Portugal. Em 2008, um surto de Shigella de grandes proporções, foi detectado pelas redes de vigilância epidemiológica internacionais e, retrospectivamente considerou‑se que a origem teria sido o Festival. Desde então, foi implementado um sistema de vigilância local. Para a edição de 2014 do BOOM Festival, foi implementado um sistema de vigilância sindrómica (SVIGBOOM2014) que visou a detecção precoce de doenças ou ameaças para a saúde que exigissem uma intervenção imediata. Métodos: O SVIGBOOM2014 funcionou entre os dias 28 de julho e 15 de Agosto de 2014, tendo sido feito um registo por cada atendimento de saúde efectuado no “Hospital de Campanha” (no recinto do Festival), no Centro de Saúde de Idanha a Nova (a 27 km do recinto) e no Hospital Amato Lusitano em Castelo Branco (a 58 km do evento). Foi aplicado um questionário, preenchido pela equipa de vigilância (constituída por médicos, enfermeiros e estatistas) no “Hospital de Campanha” e pelos profissionais de saúde no Centro de Saúde e no Hospital. O questionário incluiu questões sobre a demografia dos doentes (idade, sexo, país de residência), data de chegada ao Festival, sintomas e a sua data de início. Diariamente, decorreu uma reunião com os diversos intervenientes (Câmara Municipal, Produção do Festival, Autoridade de Saúde, PSP, GNR, SEF, Bombeiros, entre outros), onde foram apresentados e discutidos os relatórios com a informação e análise do dia anterior. Resultados: No total o SVIGBOOM2014 registou 3.651 episódios de doença, com mais de metade (1.909 correspondendo a 52,6%) a representarem queixas traumáticas (na sua maioria, pequenos cortes, flictenas ou entorses). Foram ainda registadas 349 alterações do estado de consciência (9,6%), 245 queixas respiratórias (6,7%) e 203 queixas gastrointestinais (5,6%). De relevante foram detectados dois pequenos surtos de doença gastrointestinal, que foram rapidamente controlados com intervenção da equipa de vigilância epidemiológica. Conclusões/Recomendações: O sistema de vigilância foi implementado com poucos recursos humanos e materiais e cumpriu o seu papel, tendo detectado os casos para que estava desenhado. Recomenda‑se que o sistema de vigilância seja mantido no festival e que, eventualmente, seja adaptado e implementado em outros eventos de massas.

Description

Resumo da apresentação publicado em: Gac Sanit. 2015;29 (Supl):106. Disponível em: http://www.gacetasanitaria.org/es/vol-29-num-s/suplemento/congresos/X0213911115X24386/#II CONGRESO IBEROAMERICANO DE EPIDEMIOLOGÍA Y SALUD PÚBLICA

Keywords

BOOM Eventos de Massas Estados de Saúde e de Doença Vigilância Epidemiológica

Pedagogical Context

Citation

Research Projects

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Journal Issue

Publisher

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

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