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Contaminação do ar no interior de edifícios não residenciais por partículas PM10 e PM2,5 (2017-2022)

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Introdução: As partículas são um dos poluentes mais relevantes para a saúde humana. A sua origem pode ser natural (sais marinhos, cinzas vulcânicas, solo, pólen) ou antropogénica, resultante principalmente de processos de combustão. Nas últimas décadas, o foco tem recaído sobre o seu diâmetro aerodinâmico uma vez que está relacionado com o seu transporte e deposição no trato respiratório e a regulamentação tem incidido especialmente naquelas com diâmetro aerodinâmico igual ou inferior a 2,5 μm (PM2,5) e/ou a 10 μm (PM10). Em 2006 foi publicada em Portugal a primeira legislação relativa à qualidade do ar interior que obrigava à determinação de PM10, tendo sido estabelecido um valor de referência de 150 μg/m3. Com base na evidência científica, as sucessivas alterações na legislação, em 2013 e 2021, obrigaram igualmente a determinação de PM2,5 e adotaram como limiares de proteção valores consideravelmente mais baixos de 50 μg/m3 para as PM10 e de 25 μg/m3 para as PM2,5. Atualmente a Portaria n.º 138-G/2021, obriga à monitorização da qualidade do ar interior com a determinação de parâmetros que incluem as PM2,5 e PM10 mantendo os limiares de proteção referidos. A poluição do ar interior é reconhecida como um importante risco ambiental para a saúde pública, sendo que os níveis de poluentes no interior dos edifícios podem ser duas a cinco vezes superiores aos níveis exteriores (WHO, 2010). Objetivo: Pretende-se com este estudo dar um panorama da poluição do ar interior por partículas em locais de trabalho sem fontes específicas de contaminação. Metodologia: Ao longo de 6 anos colheram-se amostras de ar, em locais de trabalho, para determinação de partículas PM10 e PM2,5 utilizando amostradores SKC-PEM-PM10 e SKC-PEM-PM2,5, respetivamente, e filtros de PTFE de 37mm (SKC) com recurso a bombas ajustadas a um caudal de 4 L/min., num total de 6 horas, seguida de análise por gravimetria com balança digital Cahn, C31 Microbalance pelo método EPA-IP10A (1990). Foram igualmente colhidas amostras de ar no exterior para referência. Resultados: A concentração média de PM2,5 obtida nas 730 amostras de ar foi de 17 μg/m3 (4–392 μg/m3) que apesar de inferior à média de 73 amostras do exterior - 22 μg/m3 (7–139 μg/m3) – 13% destas excederam o limiar de proteção de 25 μg/m3. Paralelamente, colheram-se 727 amostras para determinação de PM10, tendo-se obtido uma concentração média de 25 μg/m3 (4–622 μg/m3) que apesar de inferior à média de 74 amostras do exterior - 44 μg/m3 (8–540 μg/m3) - excedem em 9% o limiar de proteção de 50 μg/m3. Conclusões: Os resultados indicam que, apesar regulamentação, nem sempre são cumpridos os valores de referência, seja pela contaminação do ar interior com partículas do exterior, particularmente zonas de tráfego intenso, seja pela deficiente manutenção dos equipamentos de ventilação, seja, ainda, pela existência de fontes específicas, designadamente papel, arquivo aberto, etc. A monitorização regular da qualidade do ar interior é fundamental na deteção precoce de níveis elevados de poluentes, com origem em fontes de contaminação específicas, e na tomada de medidas de mitigação com vista à proteção da saúde humana, através do controlo da exposição dos ocupantes. Salienta-se que, em edifícios de habitação menos controlados, com aquecimento e cocção de alimentos baseados na combustão, serão expectáveis concentrações consideravelmente superiores.

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PM10 PM2,5 Qualidade do Ar Interior Poluição do Ar Interior Avaliação do Risco Poluição do Ar Ar e Saúde Ocupacional Saúde Pública

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