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- Genetic causes of severe dyslipidaemiaPublication . Bourbon, Mafalda
- Nanotoxicology: study of nanomaterials’ genotoxic effects in cell linesPublication . Santos, Joana; Louro, Henriqueta; Dias, Deodália[PT] Nos dias de hoje, surge cada vez mais a necessidade de se recorrer a uma maior qualidade e quantidade de variados produtos, para que seja possível responder ao rápido crescimento da população. Assim desenvolvem-se novas tecnologias, das quais, uma das mais recentes é a utilização de nanomateriais (NMs) em diversas áreas, como na cosmética, alimentação, biomedicina, indústria, entre outras, designando-se assim de NMs manufaturados (produzidos deliberadamente pelo Homem). Os NMs contêm propriedades distintas ao nível da estrutura levando a um aumento da área superficial relativamente ao volume e, consequentemente, a um aumento das moléculas na superfície, sendo que estas características modificam a reatividade, melhorando muitas das suas propriedades. Porém, os NMs têm suscitado grande interesse por parte dos investigadores, pois o seu efeito para a saúde humana ainda não é bem conhecido e alguns estudos sugerem a sua implicação no desenvolvimento de cancro. Apesar da grande variedade de estudos efetuados acerca da genotoxicidade dos NMs, os resultados obtidos acerca do perigo que estes podem constituir para o ser humano não são concordantes. Este facto deve-se às características que os NMs apresentam e à sua capacidade de as alterar, consoante os meios em que se encontram e das condições em que são utilizados como, por exemplo, o tamanho, estado de aglomeração/agregação, ligação a proteínas, presença de metais de transição entre outros. Assim a avaliação dos efeitos dos NMs levando em consideração as especificidades destes, tem surgido como uma nova área da toxicologia, a nanotoxicologia. Nesta área, verifica-se que existe na literatura acerca da toxicidade dos NMs falta de concordância, pelo que surge a necessidade de se efetuarem mais estudos recorrendo a metodologias padronizadas e a NMs bem caracterizados, de maneira a conseguir-se comparar resultados. O objetivo deste trabalho foi investigar a cito- e genotoxicidade de NMs, na perspetiva da nanotoxicologia, contribuindo para a avaliação da sua segurança. O estudo envolveu NMs desenvolvidos com o intuito de aplicação médica, o Poli(metil metacrilato) (PMMA) e um novo NM recentemente desenvolvido a partir desse, o Poli(metil metacrilato)-eudragit (PMMA-eud). Foram ainda investigados dois NMs manufaturados frequentemente utilizados na indústria, um NM de dióxido de titânio (TiO2) e outro de nanotubos de carbono de parede múltipla (MWCNTs). Os NMs analisados foram previamente caracterizados com detalhe relativamente às suas propriedades físico-químicas e as suspensões para a exposição das linhas celulares foram preparadas de acordo com metodologias padronizadas. Para avaliação da citotoxicidade, utilizaram-se os ensaios clonogénico e contagem de células, bem como a análise de índice replicativo. O efeito genotóxico foi avaliado através do ensaio do cometa e do ensaio do micronúcleo com bloqueio da citocinese, realizado de acordo com as orientações internacionais para testes de genotoxicidade. O efeito do PMMA e PMMA-eud foi avaliado em fibroblastos de ratinho (células L929) através do ensaio do micronúcleo em que foram determinados também os índices proliferativo e replicativo para avaliação da citotoxicidade. Na experiência preliminar, verificou-se um atraso ou um bloqueio do ciclo celular quando as células foram expostas por 48h a PMMA-eud, pelo que se optou por uma exposição de 54h no ensaio seguinte que não revelou efeitos citotóxicos nas células expostas a nenhum dos dois NMs. Quanto à genotoxicidade destes dois, somente os PMMA induziram um aumento na frequência dos micronúcleos 54h após exposição, mas apenas em duas concentrações, sem um efeito de dose-resposta. Estes resultados sugerem que a aplicação médica de PMMA-eud pode ser vantajosa em relação ao PMMA, uma vez que apresenta menos efeitos adversos. A diferença obtida entre estes dois NMs pode ser devida à carga de superfície, que é distinta entre os dois, ou ainda a uma maior capacidade do PMMA-eud para formar mais aglomerados, relativamente à PMMA, tornando estas últimas partículas mais pequenas, podendo facilitar a entrada dentro das células. Relativamente aos NMs manufaturados, TiO2 e MWCNTs utilizaram-se as células do epitélio pulmonar (A549) para a sua avaliação de toxicidade, uma vez que a via mais provável de exposição é a via respiratória. A citotoxicidade destes NMs foi avaliada através do ensaio clonogénico. Após 8 dias de exposição o TiO2 revelou-se ligeiramente citotóxico apenas numa concentração, enquanto os MWCNTs foram citotóxicos em todas as concentrações analisadas, sendo possível delinear uma curva de dose-resposta. No entanto, nos ensaios de citotoxicidade realizados após exposição de 24h ou de 48h (contagem de células e índices proliferativo e replicativo), não foram observados efeitos citotóxicos. Para a avaliação dos efeitos genotóxicos causados por estes NMs, foram avaliadas as quebras de ADN em cadeia simples e cadeia dupla após 24 horas de exposição, assim como as quebras cromossómicas durante uma exposição de 48 horas através dos ensaios do cometa e do micronúcleo respetivamente. Através do ensaio do cometa, observou-se um aumento nos danos no ADN das células expostas por 24h a TiO2, que era dependente da concentração. No entanto não se observou genotoxicidade no ensaio do micronúcleo após exposição por 48h a este NM. No que respeita ao TiO2, este NM de forma cristalina anatase, mostrou causar um aumento nos danos de ADN no ensaio do cometa. Este resultado, foi coerente com outros estudos efetuados anteriormente utilizando um outro TiO2 na forma anatase, sugerindo que esta propriedade físico-química, é importante para a genotoxicidade deste NM. Quanto aos MWCNTs, não se verificou nenhum efeito genotóxico nos dois ensaios efetuados. Os resultados negativos obtidos nos MWCNTs, podem dever-se à forte capacidade de aglomeração. Com este estudo, podemos concluir que a avaliação das propriedades físico-químicas dos NMs é um fator importante relativamente à avaliação dos efeitos tóxicos destes. Pequenas modificações de um NM podem condicionar o seu efeito adverso, pelo que são necessários mais estudos para compreender os mecanismos relevantes, permitindo no futuro desenvolver NMs sem efeitos negativos para a saúde humana. Por sua vez, é importante prosseguir estudos de genotoxicidade utilizando metodologias padronizadas a partir de NMs de referência para garantir a sua utilização segura.
- Human mTOR transcript contains an IRES element that guarantees its expression and function under global translation impairing conditionsPublication . Menezes, JulianeMammalian target of rapamycin (mTOR) is a conserved serine/threonine kinase that integrates signals from the cellular nutrient- and energy-status, acting namely on the protein synthesis machinery. Due to its role in regulating protein synthesis, mTOR signaling, and consequently its deregulation, is implicated in major diseases, such as cancer. Although the regulation of mTOR gene expression is not well known, major advances are emerging regarding the regulators and effects of mTOR signaling pathway. The present work demonstrates that human mTOR transcript harbors an internal ribosome entry site (IRES) element formed by a highly folded RNA scaffold capable of binding directly to the 40S ribosomal subunit. In addition, it is demonstrated that IRES-dependent translation of mTOR is stimulated by hypoxia with associated eIF2α phosphorylation, in a hypoxia-inducible factor 1α (HIF1α)-independent manner. This activation status in response to translational adverse conditions parallels mTOR protein levels. Moreover, our data reveal that the IRES-dependent translation of mTOR is necessary for its ability to induce cell cycle progression into S-phase. These results suggest a novel regulatory mechanism of mTOR gene expression that integrates the protein profile rearrangement triggered by global translational inhibitory conditions.
- Human UPF1 translation initiation is regulated by a cap-independent mechanismPublication . Lacerda, Rafaela; Menezes, Juliane; Marques-Ramos, Ana; Teixeira, Alexandre; Romão, LuísaGene expression is a very intricate process comprising several tightly regulated steps. One of those is translation initiation that, under normal circumstances, is mostly cap-dependent. However, some proteins can initiate translation via a cap-independent mechanism. This allows the maintenance of protein synthesis under conditions that reduce global protein synthesis. Human up-frameshift 1 (UPF1) has a key role in several cellular processes such as nonsense-mediated mRNA decay, telomere replication and homeostasis, and cell cycle progression, suggesting a tight regulation in order to prevent abnormal proliferation. These data suggest UPF1 might initiate translation in a cap-independent way, allowing the cell to overcome stress conditions that impair cap-dependent translation. To test this hypothesis, we cloned the UPF1 5’UTR in a dicistronic vector and transfected cervical and colorectal cancer cell lines with either this construct or the control counterparts. We observed a 15- to 25-fold increase in relative luciferase activity of the UPF1 5’UTR-containing construct compared to the levels obtained from the empty counterpart in all tested cell lines, suggesting a cap-independent translation initiation. Cells transfection with in vitro transcribed mRNAs resulted in a 2-fold increase in protein levels, confirming translation can occur in a cap-independent way. This is maintained under conditions of global protein synthesis inhibition. Deletional analysis of the UPF1 5’UTR revealed that the minimal core required for cap-independent activity is present either within the first 100 nucleotides or within the last 125. Further experiments are being undertaken to understand the biological role of a cap-independent mechanism for the translation of UPF1 and how it contributes to the roles UPF1 plays in the cell.
