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- Aplicação da sequenciação de nova geração ao diagnóstico genético do cancro da mama hereditárioPublication . Theisen, Patrícia I.; Silva, Catarina; Pereira-Caetano, Iris; Rodrigues, Pedro; Isidro, Glória; Vieira, Luís; Gonçalves, JoãoIntrodução: O cancro da mama hereditário (CMH) constitui 5-10% dos casos de cancro da mama, dos quais cerca de 30% se devem a mutações germinais de elevada penetrância nos genes BRCA1 e BRCA2. Embora tenham sido identificadas mutações noutros genes de suscetibilidade para cancro da mama, estas são raras, pelo que a análise sequencial de múltiplos genes se torna ineficaz e dispendiosa pelos métodos convencionais(1,2). A determinação da causa genética subjacente ao CMH permite não só identificar os indivíduos com risco aumentado de cancro da mama, como oferecer uma medicina personalizada, mais eficaz na redução da incidência de cancro da mama assim como da morbilidade e mortalidade associadas(3). A sequenciação de nova geração (NGS) veio possibilitar a pesquisa de mutações em múltiplos genes em simultâneo, permitindo um diagnóstico molecular rápido, eficaz e com custo inferior ao da sequenciação de Sanger. Objetivos: Otimizar o diagnóstico molecular do CMH através da implementação de um protocolo de NGS baseado num painel abrangente de genes de suscetibilidade para cancro da mama. A 1ª fase de concretização deste objetivo consistiu em validar a utilização da NGS na deteção de mutações nos genes BRCA1, BRCA2 e TP53. Material e métodos: Foram analisadas por NGS 12 amostras de doentes com cancro da mama, previamente sequenciadas pelo método de Sanger para os genes BRCA1, BRCA2 e TP53. As bibliotecas de sequências-alvo foram preparadas a partir de DNA genómico pelo método de captura por hibridação, num protocolo que integrou o Trusight Cancer Sequencing Panel e o kit TruSight Rapid Capture (Illumina), e sequenciadas numa plataforma MiSeq com leituras paired-end de 150 bp. A análise bioinformática incluiu os softwares MiSeq Reporter, VariantStudio e Isaac Enrichment (Illumina). Resultados: Foram detetadas por NGS um total de 97 variantes de sequência nos genes BRCA1, BRCA2 e TP53, das quais 35 são variantes únicas (33 single nucleotide variants e 2 deleções), numa concordância de 100% com a sequenciação de Sanger. Conclusões: Estes resultados preliminares comprovam a eficiência da NGS na deteção de variantes em 3 genes de elevada penetrância para cancro da mama e abrem caminho para a oferta de um painel de genes de suscetibilidade para cancro da mama que permitirá um diagnóstico molecular do CMH mais abrangente, rápido e com custos reduzidos relativamente à sequenciação de Sanger. Bibiografia 1. Tung N, Batteli C, Allen B et al. (2015). Frequency of mutations in individuals with breast cancer referred for BRCA1 and BRCA2 testing using next-generation sequencing with a 25-gene panel. Cancer, 121: 25-33. 2. Apostolou P, Fostira F (2013). Hereditary breast cancer: the era of new susceptibility genes. BioMed Res Int, 2013: 747318. 3. Ellsworth R, Decewicz D, Shriver C, Ellsworth D (2010). Breast cancer in the personal genomics era. Curr Genomics, 11: 146-161.
- Especiação química em alimentosPublication . Gueifão, Sandra; Ventura, Marta; Coelho, Inês; Castanheira, IsabelA concentração total de um elemento não nos dá a informação específica de que esse mesmo elemento é prejudicial ou não para o ser humano. HPLC-ICP-MS é a técnica usada para a separação, deteção e quantificação das espécies químicas. A toxicidade e a biodisponibilidade de um elemento estão dependentes da forma química em que este se apresenta. No caso particular do arsénio, as espécies inorgânicas estão classificadas como cancerígenas enquanto que a AsB, espécie orgânica, é considerada não tóxica. As espécies químicas de selénio mais relevante para os alimentos são SeCys, SeMet e o selénio inorgânico (SeIV e SeVI). No caso do iodo, as espécies mais importantes para os alimentos são iodo inorgânico e aminoácidos. Os alimentos presentes neste estudo foram os sumos de fruta, pescado, arroz para a determinação das espécies de arsénio e leite e couves para a especiação de selénio. Nos sumos de fruta, as espécies de arsénio encontradas com maior abundância foram o arsénio inorgânico enquanto que no pescado foi quantificado maioritariamente a AsB (espécie não tóxica). No arroz foram quantificadas duas espécies (DMA e AsIII) em que DMA está presente em maior abundância. A espécie de selénio mais abundante analisada no leite foi detetada e identificada como SeMet enquanto que nas couves, a espécie com maior abundância foi quantificada como SeVI.
