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- A Tabela da Composição de Alimentos Portuguesa e o programa PortFIRPublication . Dias, M. Graça; Viegas, Silvia; Oliveira, LuísaINTRODUÇÃO. A primeira edição da Tabela da Composição dos Alimentos (TCA) Portuguesa foi publicada em 1961, e a última versão é de 2006, tendo o INSA a incumbência da sua produção e publicação. ATCA atual tem dados referentes a 42 componentes de 962 alimentos organizados em 14 grupos de alimentos. ATCA foi editada em papel, em CD-ROM e desde 2010 está disponível on-line. Tendo em consideração o tempo e o custo das análises bem como a evolução dos métodos analíticos e dos gostos da população, a manutenção de uma TCA atualizada é uma tarefa impraticável para uma instituição. METODOLOGIA. Com base na rede europeia de Excelência, EuroFIR, projeto financiado pela União Europeia no âmbito do 6º Programa Quadro (2005-2010), o INSA criou em Portugal a Rede Portuguesa sobre Composição de Alimentos e posteriormente o programa PortFIR1. Aquela rede pretende envolver todos os recursos do país e intervenientes na área da Composição de Alimentos. Para implementar a rede foi necessário identificar e contactar todos os utilizadores e todas as partes interessadas na área dos alimentos. Assim a Rede PortFIR envolve a Produção (pesca, agricultura, indústria, distribuição), a Investigação, a Educação, os Reguladores, a Comunicação (media), o Planeamento e Política, e o Consumo (associações de consumidores, especialistas em nutrição e clínica). RESULTADOS. No âmbito da rede PortFIR, criaram-se diferentes Grupos de Trabalho, permitindo uma troca de informação/diálogo entre o INSA e os outros utilizadores, o que possibilitará uma resposta mais adequada às suas necessidades e uma harmonização de procedimentos. A disponibilização de dados analíticos, para a base de dados de composição de alimentos, por outros produtores de dados (laboratórios da indústria, universidades, etc.) permitirá potenciar a utilização dos recursos nacionais, nomeadamente através da identificação de lacunas e consequente fundamentação da necessidade de investimento em investigação para a produção de novos dados laboratoriais. A inclusão na Rede de autoridades regionais de saúde e a agricultura bem como das autoridades de controlo fornecerá informação referente a hábitos alimentares e alimentos regionais, informação essencial para a definição de planos de amostragem, além de apoiar na colheita das amostras. CONCLUSÃO. A colaboração de todas as partes interessadas na TCA Portuguesa através da Rede PortFIR permitirá obter mais dados, com qualidade superior e mais adaptados às necessidades dos utilizadores, potenciando todos os meios do país na área dos alimentos e possibilitando ao mesmo tempo economizar recursos. 1http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/AreasCientificas/AlimentNutricao/AplicacoesOnline/PortFIR2/Paginas/PortFIRdef.aspx
- Avaliação nutricional dos alimentos tradicionaisPublication . Costa, H.S.; Albuquerque, T.G.; Sanches-Silva, A.; Vasilopoulou, E.; Trichopoulou, A.; D’Antuono, F.; Finglas, P.Os alimentos tradicionais são um elemento importante, para a cultura, história, património e identidade de uma região ou país. Estes alimentos são normalmente conhecidos como alimentos característicos de um determinado local, onde foram consumidos durante muito tempo e cujo método de preparação foi passado de geração em geração. Os alimentos tradicionais podem também contribuir para o desenvolvimento e sustentabilidade económica das zonas rurais, e para a preservação da biodiversidade. Um dos objetivos do projeto EuroFIR (European Food Information Resource) foi determinar a composição nutricional de 55 alimentos tradicionais de 13 países Europeus. Para cumprir este objetivo foram desenvolvidos procedimentos harmonizados que foram aplicados ao estudo sistemático dos alimentos tradicionais. Os alimentos tradicionais foram selecionados e prioritizados com base na definição de “Alimento tradicional” desenvolvida no EuroFIR. Desta forma, os critérios específicos para a seleção dos alimentos foram: documentação de caráter tradicional; dados de composição; dados de consumo; implicação para a saúde e potencial de marketing. Para assegurar a qualidade dos resultados analíticos, foram selecionados laboratórios acreditados ou laboratórios que participassem com êxito em ensaios interlaboratoriais. Os 55 alimentos tradicionais selecionados, foram totalmente documentados no que diz respeito a: descrição dos alimentos, ingredientes, receita, plano de amostragem, preparação de amostras, identificação dos componentes, métodos analíticos utilizados e avaliação da qualidade dos resultados, de acordo com as normas EuroFIR para inclusão de dados nas bases de dados nacionais de composição de alimentos. A abordagem utilizada no EuroFIR para estudar os alimentos tradicionais, foi posteriormente aplicada ao projeto BaSeFood (Sustainable exploitation of bioactive components from the Black Sea Area traditional foods), que tem como principal objetivo recolher informações sobre os compostos bioativos, com potenciais efeitos benéficos para a saúde, com a finalidade de dar oportunidade às partes interessadas para desenvolver dietas sustentáveis. Para cumprir este objetivo foram selecionados 33 alimentos tradicionais de 6 países da região do Mar Negro, para os quais foi determinada a composição nutricional e a composição em compostos bioactivos, utilizando as regras previamente desenvolvidas e validadas no projeto EuroFIR. A utilização de uma metodologia comum para o estudo de alimentos tradicionais permitirá aos países interessados continuarem a investigar estes alimentos, bem como continuar a atualizar as bases de dados nacionais de composição de alimentos. Além disso, a base de conhecimento dos alimentos tradicionais de países da região do Mar Negro contribuirá para promover a biodiversidade local e as dietas sustentáveis, através da manutenção de hábitos alimentares saudáveis.
- Caracterização do perfil de aminoácidos em peixes de aquiculturaPublication . Mota, Carla
- Avaliação da ingestão de vitaminas e minerais em diabéticos do tipo 2Publication . Valente, A.; Bicho, M.; Duarte, R.; Raposo, J.F.; Costa, H.S.Introdução: O consumo adequado de vitaminas e minerais é importante para a manutenção das diversas funções metabólicas do organismo. A adoção de um padrão de consumo alimentar saudável, requer uma ingestão adequada destes micronutrientes. A diabetes do tipo 2 é uma doença crónica que está directamente relacionada com a alimentação e é frequentemente associada a um défice de vitaminas e minerais no organismo. Objectivo: Avaliar e comparar a ingestão de vitaminas e minerais numa população de diabéticos do tipo 2 com e sem complicações angiopáticas. Identificar os principais défices de ingestão na população em estudo e elaborar recomendações nutricionais específicas. Métodos: A população em estudo é composta por 150 diabéticos do tipo 2, com idades entre 40-75 anos. Os participantes foram divididos em 2 grupos: GI- 75 diabéticos com angiopatia e GII- 75 diabéticos sem angiopatia. A ingestão de vitaminas e minerais foi avaliada através de um questionário semi-quantitativo de frequência alimentar, previamente validado para a população portuguesa. Os valores médios de ingestão para cada vitamina e mineral foram comparados entre os grupos e com os valores de referência diários. A análise estatística foi efectuada pela aplicação de um teste Z bilateral não emparelhado. Resultados: Os valores médios de ingestão obtidos para as vitaminas A (526 RE/dia), K (18,0 µg/dia) e folatos (277 µg/dia) no grupo I foram significativamente superiores aos obtidos para o grupo II (vit. A- 399 RE/dia; vit. K- 14,6 µg/dia; folatos- 259 µg/dia). Em relação à ingestão de minerais, foi verificado que a ingestão média de cálcio (994 mg/dia) foi significativamente superior no grupo I em relação ao grupo II (227 mg/dia). De um modo geral, a prevalência de diabéticos de ambos os grupos com ingestão de vitaminas e minerais inferiores aos valores de referência diários é relativamente baixa, no entanto, o ácido pantotênico é uma excepção. Em ambos os grupos a porporção de diabéticos com uma ingestão inferior ao valor de referência foi superior a 80%. Conclusão: O padrão de ingestão de vitaminas e minerais na população de diabéticos em estudo é muito semelhante nos dois grupos, no entanto, os diabéticos do tipo 2 com complicações angiopáticas têm um padrão de ingestão de vitaminas e minerais mais adequado do que os diabéticos sem complicações. Estes resultados indicam que os diabéticos que já têm complicações têm maiores preocupações em seguir um plano alimentar específico da diabetes. Todos os participantes devem aumentar o consumo de alimentos ricos em ácido pantotênico.
