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- Genotoxicidade da MCLR em vários modelos biológicos: linhas celulares, eritrócitos de murganho e linfócitos humanosPublication . Dias, Elsa; Louro, Henriqueta; Pereira, Paulo; Silva, Maria JoãoO conhecimento sobre as propriedades toxicológicas das microcistinas é ainda bastante limitado, em particular no que respeita à sua actividade cancerígena. É globalmente aceite que as microcistinas são promotores tumorais, mas é ainda ambígua a sua eventual genotoxicidade. Alguns autores defendem que as microcistinas são genotóxicas e que induzem quebras no ADN, outros defendem que as microcistinas não são genotóxicas. Alguns destes resultados são dificilmente comparáveis porque foram obtidos através de metodologias distintas, nomeadamente no que respeita ao tipo de toxina usado, ao modelo celular testado e ao método para avaliação de efeito genotóxico aplicado. A nossa equipa tem vindo a estudar as propriedades genotóxicas da MCLR em diversos modelos biológicos: linha celular Vero-E6 (rim de macaco), linha celular HepG2 (hepatoma humano) e eritrócitos de murganho. Para tal temos usado dois tipos de abordagem metodológica: o Teste do Cometa, que avalia danos ao nível da cadeia de ADN, e o Ensaio do Micronúcleo, que avalia a actividade clastogénica (quebra cromossómica) ou aneugénica (perda de cromossomas). Naqueles modelos demonstrámos que a MCLR não induz danos no ADN pelo teste do Cometa mas induz o aumento da frequência de micronúcleos in vitro e in vivo. Nesta apresentação iremos discutir os nossos resultados mais recentes acerca do efeito da MCLR na indução de micronúcleos em linfócitos humanos e comparar com os resultados publicados por outros autores. Iremos também discutir o mecanismo de acção genotóxica da MCLR e a sua importância para a avaliação do risco de exposição humana a água contaminada com cianobactérias produtoras de microcistinas.
- Ocorrência de Planktothrix spp. em águas doces Portuguesas: identificação e caracterização molecularPublication . Churro, Catarina; Menezes, Carina; Dias, Elsa; Pereira, Paulo; Valério, Elisabete; Vasconcelos, VitorPlanktothrix é um género de cianobactéria potencialmente produtor de microcistinas frequentemente encontrado em albufeiras Portuguesas. Com o objectivo de caracterizar genética e morfologicamente espécies deste género foram usados neste estudo dezoito estirpes de Planktothrix. As estirpes foram previamente isoladas de várias albufeiras e em diferentes anos e mantidas em culturas monoclonais na colecção de culturas Estela Sousa e Silva. Cada estirpe foi identificada e caracterizada através da análise morfológica e taxonómica, através da técnica de “PCR-fingerprinting” com a sequência repetitiva “STRR (short tandemly repeated repetitive sequences)”, e com base em análise filogenética do gene rpoC1. O potencial tóxico de cada estirpe foi avaliado através da amplificação por PCR do gene mcyA. A diversidade genética das diferentes estirpes foi também avaliada por meio do padrão de bandas de sequências repetitivas de DNA do bacteriófago M13. Os perfis de “PCR-fingerprinting” gerados permitiram a discriminação de estirpes pertencentes a diferentes bacias hidrográficas e revelou similaridade genética entre estirpes de mesma bacia hidrográfica.
- Efeitos de microcistina-LR em células HepG2, Vero, MDCK e CaCo2Publication . Menezes, Carina; Alverca, Elsa; Dias, Elsa; Sam-Bento, Filomena; Pereira, PauloA microcistina-LR (MCLR) é amplamente reconhecida pela sua hepatotoxicidade. No entanto sabe-se que também afecta outros orgãos tais como o cérebro, rins e intestinos. Este trabalho tem como objectivo comparar os efeitos tóxicos da exposição a uma gama de concentrações de MCLR pura e de extractos de cianobactérias em linhas celulares hepáticas, renais e de intestino, representativas dos orgãos de acumulação da MCLR, ao nível da viabilidade celular e ultrastrutura. As linhas celulares HepG2 (hepatoma), Vero-E6 e MDCK (renais) e CaCo2 (adenocarcinoma do cólon) foram expostas a 1-100 ìM de MCLR durante 24h e a viabilidade celular foi determinada através do teste do Neutral Red. Observou-se em todas as linhas celulares um decréscimo da viabilidade dependente da concentração de MCLR. Contudo, as células HepG2 mostraram uma maior sensibilidade, seguidas das células Vero e das células MDCK e CaCo2. A observação da ultrastrutura celular a concentrações citotóxicas de MCLR revelou a presença abundante de células apoptóticas nas quatro linhas celulares. A baixas concentrações de MCLR, as células HepG2 e Vero apresentaram numerosos vacúolos citoplasmáticos, com conteúdo electrodenso, indicativo de autofagia. Nas células Vero foram ainda visíveis alterações no retículo endoplasmático, o que sugere que ambos os organelos estão envolvidos num mecanismo de resposta celular a concentrações sub-citotóxicas de toxina. Em células MDCK os alvos intracelulares primários parecem ser o complexo de Golgi e as mitocôndrias, tal como em células CaCo2, ainda que neste caso os efeitos tóxicos sejam observáveis apenas a concentrações de MCLR mais elevadas. Os resultados deste estudo in vitro mostram que a MCLR induz efeitos mais pronunciados nas células de fígado tal como indicado pelos estudos in vivo. Para todas as linhas celulares estudadas a perda de viabilidade é dependente da concentração de MCLR apesar de o tipo celular parecer interferir na sensibilidade e alvos intracelulares da MCLR.
