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- Uma observação sobre Cuidados Continuados no domicílioPublication . Branco, Maria João; Paixão, EleonoraO Departamento de Epidemiologia realizou um estudo com o objectivo de contribuir para a caracterização de cuidados continuados, nomeadamente, de longo termo e paliativos através da informação fornecida directamente pela população alvo potencialmente beneficiária da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, no Continente. O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no segundo trimestre de 2007, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 1034 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. Nestas unidades de alojamento residem 3030 indivíduos. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, dos elementos com dependência, dos cuidados utilizados, das unidades de alojamento e dos cuidadores. Obtiveram-se 952 questionários válidos. As percentagens estimadas foram as seguintes: Dependentes com necessidade de cuidados continuados - 2,0%, na totalidade de residentes das unidades de alojamento (2788); Dependentes com ajuda adequada sempre ou quase sempre, independentemente do tipo de apoio em causa - 81%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade e que tem ajudam (59). Para duas situações de dependência não existe qualquer apoio; Dependentes com necessidade de ajuda no desempenho de uma ou mais actividades da vida diária - 97,6%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes com necessidade de apoio no transporte - 69,4%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes com necessidade de ajudas técnicas - 53,7%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes com alojamento considerado adequado para a situação - 72,1%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Dependentes cujos cuidador era um familiar próximo - 96,3%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade (61); Os cuidadores na sua maioria eram mulheres - 72,8%, do grupo etário dos 45-65 anos - 55,1% e coabitavam com o dependente - 92,6%, na totalidade de UA com elementos em situação de incapacidade cujo cuidador principal era um familiar (57); A percentagem de inquiridos que tinham algum familiar dependente institucionalizado foi de - 4,0%, na totalidade de respondentes (711) A percentagem de respondentes que desempenhavam o papel de cuidadores informais, noutra unidade de alojamento foi de - 5,1%, na totalidade de respondentes (711). No estudo apenas foi detectado um indivíduo com necessidade de cuidados paliativos, cuja “unidade familiar, se revelou auto-suficiente para gerir a situação. Não será demais frisar que estes dados não devem ser inferidos acriticamente para a população do Continente. Apesar das limitações metodológicos os resultados obtidos podem constituir valores de referência, quiçá úteis, na fundamentação de programas de intervenção.
- Ar condicionado e mortalidade intra-hospitalar durante a onda de calor de 2003: evidência de um efeito protectorPublication . Nunes, Baltazar; Paixão, Eleonora; Dias, Carlos Matias; Nogueira, Paulo; Falcão, José MarinhoEm Portugal, ocorreu uma onda de calor em Agosto de 2003, que foi responsável por um excesso de mais de 1900 óbitos. A nível Europeu é também conhecido que esta onda de calor foi responsável por um excesso de cerca de 70000 óbitos. Uma parte apreciável do excesso de mortalidade verificada, durante esta onda de calor, ocorreu em estabelecimentos hospitalares. Desde então, o Plano de Contingência para as Ondas de Calor (PCOC) recomenda a climatização dos hospitais como medida essencial para diminuição da mortalidade intrahospitalar. O objectivo deste estudo foi avaliar a associação entre a mortalidade intra-hospitalar e a existência de ar condicionado nos serviços de internamento durante a onda de calor de 2003 em Portugal continental. Foi delineado um estudo de coortes histórico, incluindo todos os doentes com idade igual ou superior a 45 anos que estiveram hospitalizados durante os 7 dias antes do inicio da onda de calor e que, por isso, foram expostos ao excesso de calor apenas no hospital. O critério de avaliação principal do estudo foi a sobrevivência dos doentes nos 18 dias de ocorrência da onda de calor, mais um período de 2 dias, uma vez que a mortalidade ainda tem repercussões durante alguns dias imediatamente a seguir às ondas de calor. Este critério foi utilizado para comparação entre os doentes em serviços com ar condicionado (AC+) e os doentes em serviços sem ar condicionado (AC-). Os dados sobre os internamentos hospitalares foram retirados da base de dados dos Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH) de 2003, que contém todos os episódios de internamento registados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal continental, e que tiveram alta em 2003. A informação sobre a existência de ar condicionado, nos diversos serviços dos hospitais do SNS, foi obtida através de um inquérito dirigido às Administrações de cada hospital, que decorreu entre os meses de Abril a Julho de 2007.
